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Arroz de 13 contos ainda não satisfaz a grande procura do POVO  

O produto ofertado pelo Japão e que o Governo começou a distribuir em Dezembro de 2014, a preço de 13 mil dobras o quilo, praticamente já desapareceu do mercado.

Populares da região norte da ilha de São Tomé, aproveitaram o exercício de Patrice Trovoada com vista a elaboração do Orçamento do Cidadão, para reclamarem a ausência do arroz de 13 contos nas bancas das lojas e quitandas do distrito de Lembá.

Chamaram a atenção do Chefe do Governo para o facto de o arroz, cujo preço foi fixado pelo conselho de ministros em 13 mil dobras, estar já a ser comercializado por mais de 20 mil dobras o quilo.

Caué, distrito que ocupa a região sul da ilha de São Tomé, também questionou o Primeiro-ministro sobre o arroz de 13 contos. A maioria da população de Caué, diz que ainda não viu a cor do arroz de 13 contos. Foi a primeira e a mais sonante promessa eleitoral do Chefe do actual Governo, fixar o preço do arroz ofertado pelo Japão em 13 mil dobras.

Apesar das medidas de seguimento adoptadas pelo Governo, para que o produto chegue ao consumidor a preço de 13 mil dobras, o “poderoso” mercado informal são-tomense, bastante especulativo, já começou a contornar as medidas populares do executivo.

Nos centros comerciais, o arroz importado por operadores privados, é vendido a preço que varia entre 20 e 30 mil dobras o quilo. A variação do preço define a qualidade do arroz que o cliente deseja comprar.

O arroz do Japão, está enquadrado na ajuda alimentar. Um donativo que visa atender as necessidades do chamado “povo pequeno”.  O resultado da venda, reverte a favor do mesmo “povo pequeno”.

Desde a década de 90 do século passado, que foi criado um fundo de contrapartida resultante da venda do arroz ofertado pelo Japão. O montante é aplicado em obras de valor social e não só. O arroz do Japão sustenta o regime democrático em São Tomé e Príncipe.

Por exemplo uma boa fatia da verba que assegura a realização das eleições no arquipélago, sai do fundo de contrapartida da venda do arroz ofertado pelo Japão. Aliás como aconteceu com as eleições de maioria absoluta da ADI, em 12 de Outubro de 2014.

A demanda do arroz de 13 contos, é grande no seio do “povo pequeno”. Na cidade de Angolares, uma das regiões mais pobres do país, Patrice Trovoada, anunciou que na primeira fase de distribuição a capital de Caué, recebeu mais de 200 sacos de arroz.

Para esta semana, o líder do Governo, que foi considerado por um popular do distrito de Lobata como sendo Jesus Cristo, que regressou a terra (São Tomé), prometeu enviar mais um carreamento de arroz para as zonas da Ribeira Peixe e Porto Alegre.

Patrice Trovoada indicou 23 de Janeiro como data em que mais um barco vai atracar no porto de São Tomé, para descarregar o último carregamento de arroz ofertado pelo Japão, para este ano.

Segundo o Primeiro Ministro, com o segundo carregamento que chega no dia 23, o executivo vai melhorar a distribuição do arroz de 13 contos.

No mercado são-tomense a procura do arroz de 13 contas, é muito superior a capacidade de oferta garantida pelo Reino do Japão.

Enquanto isso, o Governo de Patrice Trovoada, procura esclarecer o paradeiro de 1000 toneladas de arroz que chegaram a São Tomé e Príncipe no ano 2013. O executivo foi colocado contra a parede pelo Reino Nipónico. Se as 1000 toneladas de arroz não aparecerem, a par do esclarecimento de outras situações anómalas, Tóquio suspenderá o fornecimento do arroz de 13 contos.

As operações de busca do arroz alegadamente desviado no ano 2013, realizadas na última semana na Roça Monte Forte, na zona norte da ilha de São Tomé, resultaram para já num fiasco.

As diversas polícias envolvidas na operação, não encontraram sequer um grão do produto que domina o mercado e a política são-tomense, em nenhum dos lugares suspeitos.

Abel Veiga

3 Comments

3 Comments

  1. santomense

    12 de Janeiro de 2015 at 12:40

    Patrice está arrasca. Não tem dinheiro para cumprir promessa, nem arroz de 13 contos consegue tapar buraco. Quando Japão cortar ajuda já, corrida só.

    • Mandioca

      13 de Janeiro de 2015 at 10:21

      Claro né, andou a dar todos os compassas arroz e água tá arrasca. Até quem não tem licença de comercio recebeu arroz. Dizem por aqui que tb os cantores famosos da praça receberam arroz.

      Desafio o Governo a apresentar a lista dos beneficiários do arroz do Japão.

  2. sinto triste

    14 de Janeiro de 2015 at 10:06

    Caros compatriotas, deixemos de apostar e consumir o que nao é nosso. O ARROZ NAO É A NOSSA BASE DE ALIMENTAÇAO. Nao sabemos nem como cultivar, como vamos te-lo como a nossa base de alimentaçao. No orçamento de cidadao 99,9% das pessoas so fala de arroz de 13 contos, minha gente a nossa base de alimentaçao é banana, matabala, e mandioca, apostemos no que é nosso e sejemos mais patriotas.

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