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“Aqui toda gente de uma maneira geral tem hipertensão arterial”

A constatação é do cardiologista Nuno Quintal, da ONG Cadeia da Esperança, que está a realizar consultas de cardiologia em São Tomé.

A equipa de cardiologistas que realiza missões no país desde o ano 2009, considera que a tensão arterial é principal patologia cardíaca em São Tomé e Príncipe. «Fundamentalmente quase toda gente tem tensão arterial. É a doença número 1 aqui. E depois vem as valvuloplastias, que são doenças das válvulas do coração que deixam de funcionar bem», referiu o médico especialista em cardiologia.

médico geralSegundo Nuno Quintal(na foto), as causas já estão diagnosticadas. O consumo exagerado do sal, é a causa principal, sem esquecer os picantes. «Em relação a hipertensão arterial, eu penso que a população em São Tomé come muito sal, muitos molhos, coisas muito fortes. Aqui toda gente de uma maneira geral tem hipertensão», reforçou.

A ONG Cadeia da Esperança, instalou no hospital Ayres de Menezes a primeira unidade de cardiologia do país no ano 2012. Começou a operar no país no ano 2009. O centro de cardiologia foi equipado com alguns meios de diagnósticos.

A equipa de dois médicos cardiologistas do Hospital Universitário de Coimbra-Portugal que periodicamente que realizam missões no país, atendem de cada vez cerca de 200 pacientes. «Os casos mais graves, são evacuados para o nosso serviço no centro hospitalar e universitário de Coimbra, onde temos cirurgia cardiotoráxica, que opera esses doentes. São operados e regressam. E nessas nossas vindas fazemos o controlo desses pacientes» precisou o cardiologista.

Segundo o Cardiologista Nuno Quintal, em média, o departamento de cardiologia do hospital de Coimbra recebe 1 doente de São Tomé e Príncipe por semana.

Abel Veiga

3 Comments

3 Comments

  1. Maria de Jesus Costa

    23 de Janeiro de 2015 at 19:05

    Sou em formação de Cardiologia Pediátrica. Acho muito pertinente essa abordagem. É bom reflectirmos todos nos factores de risco dessa patologia silenciosa, e sobretudo na melhoria das condições de saúde em S.Tomé e Príncipe…

  2. Maria de Jesus Costa

    23 de Janeiro de 2015 at 19:41

    Sou médica a receber formação em Cardiologia Pediátrica. Acho pertinente a abordagem sobre essa doença silenciosa. Devemos envidar esforços para melhorar o nosso sistema de saúde.

  3. Telmo Fernades

    26 de Janeiro de 2015 at 17:11

    Se são médicos porque que só agora estão a pronuciar-se quando todos sabem que o mal existe.
    Há medicos e Medicos.
    1.Quase grande parte dos santomenses gostam de molho de peixe salgado e sal alto na comida.
    2.A comida com molho em excesso ainda mais com arroz de 13 contos para cobri-lo no prato é com muito molho sim.
    3.O abuso das cervejas e vinhos de baixa qualidade muitas horas ao sol são todos elementos catalizadores para má saúde.
    Já imaginaram quantas cervejas bebe uma palaie no mercado por dia? Os homens da rua etc etc?

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