Estradas cortadas, centenas de árvores de fruto e não só tombadas, cacauzal dizimado, e quase que já não existem bananeiras de pé na região norte da ilha É este o cenário que o temporal do último sábado, criaram na parte norte de São Tomé.
O Ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural Teodorico Campos, visitou a região e constatou que a situação é grave. O Governo prometeu apoiar os agricultores. O poder local do distrito de Lembá em parceria com outras instituições já começou a abrir algumas vias que foram cortadas por árvores.
Junto a delegação do ministério da agricultura no distrito de Lembá, o Téla Nón teve acesso aos dados do desastre natural. A comunidade de Ponta Furada, produtora de banana e fruta pão, perdeu grande parte de tais culturas.
Na comunidade de Mulundo, o mau tempo desabou o tecto da casa dos agricultores, deixando 12 famílias sem-abrigo.
Espraínha é outra comunidade agrícola que foi varrida. Os lotes de terra dos agricultores ficaram praticamente sem cacauzal, o mesmo acontece na roça Maria Luíza, onde as árvores de sombra foram derrubadas pelo temporal, destruindo por sua vez o cacauzal.
As comunidades de Ribeira Palma Ôbô, Rosema, São João, Paga Fogo, São Manuel, Dona Amélia, Santa Geny, Mendes Leite, São João e Bindá, também perderam a produção de banana e cacau. Como se não bastasse ficaram isoladas. Pois o mau tempo derrubou várias árvores que cortaram as vias de acesso para as respectivas comunidades.
Sustento e rendimento de centenas de famílias da região norte da ilha de São Tomé, foram postos em causa pelo temporal do último fim-de-semana. O Governo está a ajudar as comunidades na remoção das ´árvores sobre as estradas e na recuperação do cacausal.
No entanto segundo a delegação da agricultura na região norte, a produção para este ano está comprometida. A estação seca deve chegar em Maio próximo, situação que não permite revitalizar a produção de banana e de outras árvores de fruto como fruta-pão que constituem base alimentar, e fonte de renda da população local.
Abel Veiga