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Festa da Independência Nacional no Gabão

A comunidade são-tomense no Gabão, celebrou com vigor os 40 anos da independência nacional. Uma nota informativa da embaixada de São Tomé e Príncipe no Gabão, enviada a redacção do Téla Nón, indica que a festa se prolongou até o dia 18 de Julho, com uma intervenção do Encarregado de Negócios da representação diplomática Andersone Silva.

O discurso, chamou a tenção de cada membro da comunidade são-tomense no Gabão, para a necessidade de manter os laços com a sua terra natal.

bisca1Várias activiaddes marcaram os festejos com destaque para torneio de futebol em que a equipa masculina santomense perdeu 1-0 diante da equipa masculina composta por cidadãos angolanos que residem no Gabão. Por outro lado a equipa feminina de Okala venceu a da Derrière la prison. 

Bisca 61 não faltou, a equipa dos “Científicos”, foi a vencedora da competição. 

 

 

 

 

 

 

O leitor é convidado a partilhar as ideias de força que marcaram o acto central da festa da independência no Gabão :

Libreville, 18 de Julho de 2015

1. UM MINUTO DE SILÊNCIO em honra de todos aqueles que lutaram pela nossa independência
2. Caros Compatriotas
Distintos convidados
Minhas Senhoras e Meus Senhores;

3. É com orgulho de ser santomense que estou aqui, na qualidade de Encarregado de Negócios, em representação de Embaixada da RDSTP, neste país, onde se preparou a luta pela libertação do povo e da nação são-tomense.

4. Penso que deveríamos estar todos orgulhosos de estar aqui na comemoração desta que é a maior festa de todos os santomenses. Orgulho da liberdade. Orgulhosos de possuir uma nacionalidade, de trilharmos o nosso próprio destino. 5. Longe do país, aqui estamos juntos para confraternizar, louvar o empenho daqueles que lutaram por uma condição social melhor – para – cada – santomense.

6. Da conquista da liberdade, as desigualdades reais na distribuição de oportunidades, o desejo de cada um em melhorar as suas condições de vida, despertou no santomense à necessidade de ir à procura de “juntar algum” para assim contribuir para o desenvolvimento.

7. Caros compatriotas, Como haveis lembrados, as trocas comerciais dos anos 70 começou a seduzir a população santomense para o Gabão de onde traziam tecidos, arroz, açúcar, sabão, e levavam animais vivos, hortaliças, matabala, inhame, etc. Foi assim que fomos fixando aos poucos nas terras gabonesas aos nossos dias. Pelo que, nesta singela cerimónia, apelo-vos ao respeito, ao
trabalho, a honrarem este país que nos acolhe, a estarem mais vinculados á Embaixada e ao País São Tomé e Príncipe.

almoco28. Distintos convidados, Compatriotas, Minhas senhoras e Meus Senhores Sair do nosso país à procura de uma vida melhor é sempre um sonho que alguns conseguem conquistar e outros nem tanto, porque não se está a pensar nas vicissitudes que vão surgindo ao longo da vida.

9. Porquanto, amigas e amigos, precisamos mudar de atitude e comportamento em prol do desenvolvimento. Precisamos reconquistar a extraordinária reputação que os nossos pais, avôs e amigos conquistaram nos anos 70 e 80 no Gabão.

10. A título de exemplo, apelo-vos uma vez mais a abandonarem lugares e gentes suscetíveis de praticar ou se envolver em atos ilícitos ou criminais; a evitar as práticas de bruxaria, e a se protegerem de doenças como o vírus de HIV/Sida.

11. Com frequência, distintos convidados, damos conta de conterrâneos nossos abandonados à porta da Embaixada em situação gritante. Há testemunhos de conflitos, de crianças por se registar, compatriotas em situação irregular, etc.

12. Sabeis por isso que a Embaixada faz e muitas das vezes o impossível. Porquanto, essa tarefa poderia ter maior êxito se houvesse a “união” para fazer a força necessária.

13. Por isso, nunca é demais sublinhar que a Embaixada precisa do vosso apoio. Precisamos que vivam em união como irmãos são-tomenses. Que se ajudem mutuamente. Que mudem de atitude perante tais situações.

14. Precisamos mudar de atitude, sublinho, em prol da educação dos nossos filhos, cuidar da nossa saúde, amando a nossa família.

15. Outra questão que, com a vossa permissão, gostaria de aflorar – a poupança!

16. Dizemos na nossa língua forro – tela nguê sa son di lenda – por isso, compatriotas, o que se diz na economia “remessa de emigrantes” nada mais é senão o “cumé guadá”, isto é, guardar um pouco daquilo que ganhamos para garantirmos um quarto e uma sala no nosso solo pátrio.

17. Reparem. Ao reconstruirmos a esperança de dias melhores, temos, sim, temos e não digo devemos, empenhar-nos no trabalho, na disciplina e na unidade.

18. É preciso que tenhamos sempre presentes a razão/motivo que nos levou a emigrar. O país, São Tomé e Príncipe precisa de nós emigrantes. E é preciso termos bem presentes que contribuir para o desenvolvimento de São Tomé e Príncipe também pode ser feito a partir do Gabão. Aliás, estarão recordados que em 2011 realizou-se pela primeira vez o Fórum dos Emigrantes Santomenses na Diáspora. Esta é uma preocupação clara de que, embora os constrangimentos financeiros, de inúmeras prioridades, o nosso Estado quer os seus concidadãos da melhor maneira possível.

19. Caros compatriotas Distintos convidados Minhas senhoras e meus senhores Não podia terminar esta intervenção sem tecer considerações a pessoas e instituições que fizeram possível esta atividade. E começaria por todos os presentes. Cada um de vós, aqui e agora, pela disponibilidade, pelo empenho e sacrifícios.

20. Um agradecimento especial, aos colegas de profissão e a todos os colaboradores da Embaixada pelo esforço necessário à concretização deste momento.

21. Agradecimentos ao BISTP e ao BGFI-São Tomé que se juntaram a nossa festa ao patrocinar a presença dos cantores João Seria e António Garrido que vieram a animar. Um agradecimento a Sua Exa. O 1° Ministro e chefe do Governo, Dr. Patrice Trovoada, pela presença inédita da jornalista da RNSTP que tem feito a cobertura deste momento.

22. Por último, e não menos importantes, aos senhores que estiveram envolvidos na organização das equipas de futebol e bisca 61, às associações, às cozinheiras, assim como, às instituições locais. 23. E por ser a atividade que simboliza os 40 anos da nossa independência, um agradecimento a todos e viva a República Democrática de São Tomé e Príncipe!

5 Comments

5 Comments

  1. Gil Costa

    22 de Julho de 2015 at 15:57

    Saúde e felicidades pra todos os emigrantes santomenses e em especial pra vcs ai do Gabão. Tudo de bom pra vcs.

  2. Camargo

    22 de Julho de 2015 at 16:55

    fico triste com a situação que vive a nossa comunidade em terras gabonesas, em diversos níveis, sou natural de Libreville, e sinto-me revoltado com os trabalhos prestados pela nossa embaixada la, tenho familiares, amigos e compatriotas nascidos em Libreville, já maiores de idade, e nem sequer conhecem STP, e não conseguem se legalizar, sinceramente não sei a função da nossa embaixada em terras Gabonesas.

  3. CASSANDRA WILL FRANTZ FANON

    24 de Julho de 2015 at 17:39

    mais uma vez meus carros compatriotas por razoes diversas nao pude estar presente nesta ceremonia de 12 de julho na qual como cidadao santomense sinto muito mas prometo que no ano proximo darei o meu contributo de uma forma ou de outra a esta festa entretanto encorajo a nossa representacao deplomatica na continuidade desta celebracao, data esta que nos todos como filhos da terra devemos participar de uma forma ou de outra tive informaçoes do decorrer das ceremonias em que tudo passou a mil maravilhas sem incidentes nem acidentes na qual gostaria de propor um coloquio interno da diaspora santomense do gabao organizado pela embaixada que podera ser em qualquer momento ou no ambito das actividades da festa da independencia (12 de julho 2016) em que poderemos talvez encontrar um caminho para sairmos do marasmo que nos atravessa tendo em conta que as dificuldades sao imeras “unidos venceremos” é verdade que a embaixada enquanto representaçao de um pais no outro tem o grande dever sobre tudo na sua parte consular de encontrar solucçoes as dificuldades do seu povo , mas que nos nao abusemos em prorogar as vertentes do consulado eu pessoalmente agradeço a todo a equipa da nossa embaixada pelo zelo as diversas situaçoes dos emigrantes santomenses mas é verdade que poderiam fazer um pouco mais sei que os meios disponiveis nao favorecem mas “dinheiro nao faz tudo” é verdade que sem nada nao se faz nada mas tentemos de utilizar outros recursos viva a nossa representacao deplomatica e todos quantos tem contribuido para o prol. de um stp melhor e espero que em breve teremos um embaixador de forma a sermos mais crediveis e significantes na terra do outro

  4. Carlos MENEZES - cabe Angola / batepa

    26 de Julho de 2015 at 15:28

    Olha meus amigos os nossos emigrantes nao estão bem , Gabão , Angola , Portugal e outros por ai . Com a crise mundial e a baixas do valor do baril do petrolio a coisa esta feia . Nao devemos lembrar só destas familia quando e 12 de Julho nem nas campanhas . A gente nossa a passar fome a viver mal os filhos andado em criminalidade e drogas . Cabe a stome e principe ter uma política que de mais condições para o regresso desta gente . Sabe o que mi parece foi mais fácil dar nacionalidade aos cabo verdianos cuidar de carros e confortos para covernantes do que ter uma política de um bom estadista , que governo que trabalha sem ter um programa de emigração . Olha durante muitos anos foi com dinheiro destas gentes e que sustentava muitas famílias . Olha exemplo de Portugal , cabo verde , Espanha Brasil etc . Encentivos fiscal , baixas tas taxas aduaneiras , terrenos cedidos pelo estado , escolas para os filhos , terreno para trabalhar as rocas e boa política de saúde e social.
    Somos tão pouco , quem vive de favor nao cresce olha pode ser o problema de stome . Agora ate dizem que somos preguisouso e falamos muito estamos em uma ditadura muito sofisticada e culta , alguns já deram conta mais a maioria sao analfabetos parcimónias sabem ler e. Escrever mais nao sabem qualidade diferença entre o bem e o mal . A pobreza fãs com qui o nossopovo escolha gentes desta para governar . Mudamos de panela , mais o tempero e sempre o mesmo . A mais gentes a pedir du que a dar olá a coisa esta feia ai eu. Que diga estragaram o meu povo aonde esta aquele santomense de gema . Fico por ai estou. Muito zangado com o rumo que estão a dar o nosso stome . Por favor basta

  5. bola de folha

    5 de Agosto de 2015 at 22:19

    Inen sungue boa noite
    feça cole glavi muntu.
    Kua passa ni tvs de todos nos.
    Se tem probema passa na embaixada eles vao vus ajuda.
    Nao para so a critica nao , vai la pa embaxada.

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