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PNUD investe 6 milhões de dólares para preservar a biodiversidade em STP

Está elaborado o novo projecto de conservação da biodiversidade e uso sustentável dos ecossistemas florestais, para São Tomé e Príncipe. O documento que foi apresentado e validado na quinta – feira, pretende ser decisivo na melhoria da biodiversidade, travar a degradação das Florestas de São Tomé e Príncipe, e transformar os parques naturais num activo gerador de rendimento para as comunidades.

Com financiamento de 6 milhões de dólares, o projecto partilha o valor em duas frentes. 3 milhões para a conservação da biodiversidade e outros 3 milhões para combater a degradação da terra.

Na apresentação do projecto, Carlos Albuquerque, consultor do PNUD que elaborou o projecto, reforçou a ideia de que tem-se que por fim ao abate de árvores no país. «Temos que acabar com o abate das árvores. Este projecto tem uma linha de criar viveiros, feitos aqui, para repormos as árvores que estão a ser abatidas ilegalmente», declarou.

As grandes empresas de exploração agrícola como Agripalma, Satocao, e as cooperativas agrícolas, serão envolvidas no processo de criação de viveiros para repor as árvores de sobra nas áreas de produção do cacau e café. Elemento importante segundo Carlos Albuquerque para manter a boa qualidade do cacau e café de São Tomé e Príncipe.

Acções de sensibilização das comunidades serão implementadas de forma intensa para mudar a mentalidade. No entanto, até que os viveiros se transformem em árvores, a alternativa para evitar o contínuo abate de árvores, passa pela importação de madeiras. «Vamos lançar estudos para na bacia do golfo da Guiné encontrar alternativas em países que já estão a exportar madeira e certificada. Vamos buscar madeiras em toros ou pranchas e vamos recuperar as antigas serrações em dois ou três sítios de São Tomé e na Ilha do Príncipe, para tratar a madeira e oferecer as comunidades num preço mais competitivo», explicou o consultor.

O projecto financia o processo de importação das madeiras, para garantir a sustentabilidade do ecossistema nacional. Madeira é a principal matéria-prima na construção civil em São Tomé e Príncipe. Consequência do abate contínuo muitas espécies de árvores que produzem madeira de alta qualidade estão em fase de desaparecimento.

O projecto vai investir forte para diminuir o ruído das motosserras no país.«Uma das ideias da criação das serrações é podermos vir a ter os operadores de motosserras a trabalhar nas serrações. Não podemos aceitar a desculpe de que as pessoas têm que levar o pão para casa, por isso fazem mal a algo que é de todos. Vamos envolver os operadores de motosserras nestas serrações. Assim saberemos o que está a ser cortado, como e quando e evitar estragar tanta madeira como se faz», concluiu Carlos Albuquerque.

O Director das Florestas que marcou presença na cerimónia de apresentação do Projecto, reconheceu que a instituição não tem tido controlo sobre o abate ilegal das árvores, por falta de meios e de pessoal devidamente treinado e equipado.  Segundo o director, o novo projecto vem assim em boa hora.

2017, é o ano em que começa a ser executado o projecto para conservação da biodiversidade e uso sustentável dos ecossistemas florestais, avaliado em 6 milhões de dólares.

Abel Veiga

3 Comments

3 Comments

  1. Lupuye

    16 de Setembro de 2016 at 12:52

    E de louvar tal atitude. Se continuarmos assim ainda vamos acabar como o Haiti que num passado ainda nao muito distante era todo verde. Muitos santomenses nao pensam no futuro do pais e so pensam no “hoje” e como sustentar as suas familias mesmo que o pais todo venha a sofrer mais tarde. Ja estamos a sentir os efeitos das mudancas climaticas e se continuamos assim a degradacao vai ser muito mais rapida e catastrofica. Essa ajuda chega em boa hora.

    • Pumbú

      18 de Setembro de 2016 at 7:19

      A maioria das familias em STP enfrentam dificuldades incomensuráveis para o próprio sustento. Neste contexto acho impróprio depositar a responsabilidade pela deflorestação e outras consequencias nas famílias. A responsabilidade sim devia ser dos dirigentes. Estes deviam e devem adoptar políticas reais de de preservação da natureza solucionando problemas das populações criando emprego, diversificando tipos de combustível, e materiais de construção…

  2. ANCA

    17 de Setembro de 2016 at 0:48

    Excelente notícia

    Muito boa cooperação entre ajuda, excelente interacção PNUD/Autoridades Instituições Nacionais, Governo.

    A abate indiscriminado de árvore, seja para queimadas, energia/combustíveis, construção civil, construção de canoas no seio da População/Território de São Tomé e Príncipe, consoante o nosso clima, quente e húmido, Equatorial, com árvores de copas, que protegem árvores(cacaueiro, cafezeiros, bananeiras, jaqueira, mangueiras, fruteira) e solos, tem consequências, riscos ambientais, agrícolas, sociais, culturais, a quando da chuvas torrenciais, nas actividades agrícolas, na sobrevivência dos cidadãos São-tomenses, risco de aumento de pobreza extrema, risco de aumento de fome,…pois que quando se cortam as árvores de grande porte, normalmente, as de copas ou de sombra, para além de fazer desaparecer a biodiversidade características, deixa-se o Húmus(camadas de constitui o solo), a descoberto à radiações solares, estas radiações matam os micro-organismos que fazem acelerar o processo de decomposição de matérias orgânicas(folhas secas, lenha secas) que devem formar o Húmus, que permite os nossos solos sejam considerados ricos, se tivermos alguns cuidados coma natureza.

    Pois que se as árvores de copas e microorganismos, morrem os os solos estão desprotegidos, expostos a radiações solares, que vai ´fazer desaparecer a primeira camada do solo, até chegar a erosão das rochas, logo a desertificação.

    Por outro lado às árvores de copas, com as suas raízes fortes desempenham o papel de protecção do solo, a quando das chuvas torrenciais, de elas deixam de existir, quando há ocorrências de chuvas fortes, nos locais mais elevados, pode haver aluimento de terras, escorrências e enxurradas de lamas, terras, soterrar casas e ceifar vidas, destruir culturas agrícolas, etc, etc,…

    Claro hoje ainda, só se houve falar de avanço de mar, secas, falta de água, pois que alguns cidadãos/instituições continuam distraídos, pouco atentos,…

    Estes acontecimentos devem nos alertar caros cidadãos, devem chamar atenção sociedade civil, captar preocupações as autoridades competentes, por quanto as características do nosso Território/População a nossa localização, a dupla insularidade, a questão da pobreza, a falta de sensibilidade social cultural ambiental, para as causas e consequências, das alterações climáticas, (hoje um acontecimento climatérico,cheias, chuvas acidas, as secas, as inundações, os fogos, etc, etc,… num determinado ponto do globo tem consequências, noutros lugares ponto do globo e vice versa).

    Medidas devem ser organizadas, o bom planeamento deve ser feito, a prevenção, monitorização, acompanhamento, devido enquadramento legal jurídico, educação, formação, informação social cultural ambiental.

    Temos casos de abate indiscriminado das árvores, extracção excessivas, abusivas de areia, construções sem devido enquadramento planeamento dos riscos ambientais, falta de organização medidas ambientais que previnem a degradação a erosão costeira, a questão de sobreaquecimento do planeta, suas consequências nos Pequenos Estados Insulares, já de si com inúmeros problemas fragilidades dependências e no caso de São Tomé e Príncipe, a dupla insularidade, as consequências sociais, culturais, desportivas, ambientais, politicas, económicas e financeiras.

    Os pequenos estados insulares como é o caso, de São Tomé e Príncipe, que sofre com a problemática de dupla insularidade, pois que o problema com o custo de produção energética, o preço pago pela energia pela população pelas empresas, constituí um dos principais entrave desenvolvimento, aos investimentos internos/externos,assim como o custo dos transportes aéreos/marítimos/terrestres internos/externos, falta de investimentos em portos e aeroportos, boas vias de comunicação, assim como a distância em relação aos grandes centros de decisão, pequena dimensão/diversificação do mercado interno, das actividades económicas, demografia reduzida, falta de lucidez na leitura/interpretação/acompanhamento, ilações das evoluções e progressos tecnológicos, retrocessos, que passam nos grandes centros, instituições internas públicas/privadas fracas pouco consolidadas pouco maduras, a nível social cultural ambiental desportivo político económico e financeiro falta de entendimento e um clima de paz nos grandes objectivos que o país deve prosseguir como é o caso da luta contra a pobreza, os riscos ambientais, as alterações climáticas, as secas, a subida do nível do mar, as cheias, as catástrofes naturais, os riscos das doenças endémicas, as DSTs, a sida.
    Mas tudo isto pode deve ser ultrapassado mediante concórdia e clima cultura de paz de responsabilidade entendimento de humildade e muito muito gosto pelo trabalho árduo.
    Aos parceiros de desenvolvimento tudo devemos apostar na melhoria dos cais portos e aeroportos, no aumento da dimensão do mercados internos e exportações, mediante diversificação das actividades económicas, aposta na transformação,atribuição de mais valias nos produtos produzidos quer a nível primário secundário e terciário da economia tanto a montante como a jusante, estratégia de desenvolvimento e consolidação de uma classe de homens empreendedores, seja em parceria com empresas externas ou criação de classe de empresários de renome nacionais, capaz de agarrarem as oportunidades e ofertas de negócios que a região ao qual está inserido o país Território/População/Administração, se encontra de estratégica geopolítica económico e financeiro, a que saber tirar partido disto apostar no crescimento desenvolvimento sustentável áanível social cultural ambiental desportivo político económico e financeiro integrados, aposta nas novas tecnologias de informação, novas técnicas de produção, calibragem, separação, embalagem, designação de origem a certificação, tornar a instituições públicas/ privadas fortes mediante fiscalização auditoria internas externas, certifica-las, formação aquisição de culturas de responsabilidades e responsabilização social cultural jurídica civil e política pelos actos que pratica-se no cargo lugar e desempenho das actividades, etc, etc,… responsabilização familiar parental, a base da sociedade está na instituição família/Estado, ao qual todos pertencemos.

    A aposta na educação e formação deve ser uma constante, que se quer de qualidade.

    Se se queres ver o País Território/População/Administração bem

    Acredita em ti

    Juntos somos fortes mais melhores

    Juntos somos capazes

    Prátiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe.

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