Análise

Presidenciais 2011 de A a Z

Os são-tomenses votarão este domingo em eleições presidenciais, as mais concorridas de sempre. Mais de 92 mil eleitores. Candidatos, 10. Uns  mais candidatos que outros. O meu A a Z.

Escrever n´Areia

São de Deus Lima

Presidenciais 2011 de A a Z

A – Anfiteatro – O imponente salão do Palácio dos Congressos testemunhou o lançamento oficial de quase todas as candidaturas de peso. Houve enchentes para todos os gostos. Restou saber quem teve mais convidados de pé ou caprichou mais (ou menos) na coreografia.

A Aurélio MartinsA campanha do jovem e impetuoso Presidente do MLSTP-PSD foi ensombrada por uma sucessão de peripécias. Depois do tsunami que o trouxe à presidência do partido, com mais de 70% dos votos, a corrida à Presidência da República, contra todo o estado-maior social-democrata, foi uma jogada de altíssimo risco. Amanhã, saberá se as suas obras de benfeitoria ainda são recordadas. O resultado destas eleições terá um impacto profundo e prolongado na sua vida e carreira.

B – Bandeira – Não deveria ser permitido que o símbolo maior do povo, da nação e do Estado fosse truncado como veículo de propaganda. Verde, vermelho, amarelo e as duas estrelas. Nada mais.

B – ‘’Banho’’ – O povo inscrito e não inscrito acusa amargamente os políticos de terem sido muito unhas-de-fome nestas presidenciais. Choramingaram e pedincharam. Sitiaram as sedes de campanha, sitiaram residências, montaram emboscadas. São tenazes no precário e efémero papel de caçadores. A Comissão Eleitoral Nacional enfatizou nos seus programas educativos que o voto é livre e secreto.

B – Boca de urna – A investida final para condicionar, com dinheiro, a liberdade de escolha. Embolsar e votar em consciência, foi o apelo de muitos candidatos.

B – Boatos – Proliferaram durante a campanha, fosse por falta de informação ou devido a manobras de contra-informação.

C – Cartazes  – O mais profissional: Filinto Costa Alegre; o mais folclórico: Maria das Neves. No meio, há-os para todos os gostos.

C – Cartazes e outdoors – Poucos outdoors e disciplinadamente colocados. Nada de edifícios públicos, incluindo cemitérios, desfigurados por cartazes. A Câmara Distrital de Água Grande acabou com a rebaldaria e fez muito bem.

C – CEN – A Comissão Eleitoral Nacional, agora dirigida por Victor Correia, debateu-se com uma série de constrangimentos, sobretudo de ordem financeira, mas tudo parece a postos e a tempo. Graças, em grande medida e como sempre, ao apoio dos doadores. Meritória campanha de informação e de sensibilização.

C – Comícios – Há os fiéis, há os que receberam alguma coisa para ir, há os que foram para ver os artistas e viver a festa, há os meros espectadores, há os que foram a todos porque sim. Valem sempre como barómetros, se forem relativizados.

C – Constituição – Choveram promessas, umas lúcidas e exequíveis, outras perfeitamente bizarras. As competências e poderes constitucionais do Presidente da República foram atropelados pela maioria dos candidatos.

C – Cruz – O esforço e o engenho nos tempos de antena, para explicar exactamente em que quadrado colocar a cruz no dia 17, daria um pequeno filme.

D – Debates – De ideias e de projectos. O que faltou, mais uma vez.

D – Delfim Neves –Entrou na campanha com uma semana de atraso, culminando um processo que deixou o país suspenso. O impacto nas urnas será medido em breve. Foi acolhido em apoteose no aeroporto e os seus comícios foram concorridos. Não teve tempo para percorrer todo o país, deixando o Príncipe de fora. Goste-se ou não de Delfim Neves, há-que se lhe reconhecer uma forte empatia com franjas específicas da população. Reivindicando ser um homem que conhece o povo porque vem do povo, e que não se aproxima do povo apenas em eleições, diferenciou-se imageticamente: pose informal nos posters, fato e gravata nas T-shirts. O vice-presidente do PCD acusa os seus adversários de tudo terem feito para travar a sua candidatura. Apesar dos seus desmentidos, a polémica STP Trading não sairá da agenda dos seus opositores. Propõe-se ‘’unir os são-tomenses em defesa de interesses comuns.’’  Demasiado controverso para unir? ‘’Apenas para a elite, os que nunca passaram fome.’’ Leitura recomendada: Um Homem do Povo, de Chinua Achebe.

E – Elsa Pinto – A intrépida ex-ministra da Defesa e várias vezes ministra da Justiça afirmou os seus dotes de comunicadora na entrevista à TVS e reafirmou-os nos últimos dias da campanha. Tem estilo e argúcia.  Propõe-se protagonizar uma magistratura de influência, com a diplomacia ao serviço da cooperação para o desenvolvimento. Mulheres, crianças, velhos – alvos prioritários de atenção. Diz que a ausência de nomes mediáticos na sua candidatura pode jogar a seu favor. Entrou cedo no terreno mas depois desacelerou. Outdoors, cartazes e outros materiais de campanha chegaram muito tarde, impondo-lhe um intenso e muitas vezes madrugador porta-a-porta. A fazer fé na televisão, o incidente com José Cardoso Cassandra não lhe interditou o acesso ao eleitorado da Região Autónoma. Elsa quer fazer história e, para o conseguir, cita os exemplos de Obama, Ellen Johnson da Libéria e Dilma, do Brasil.

E – Energia – No último dia da campanha, a transmissão dos tempos de antena, pela TVS, foi interrompida. Delfim Neves e Maria das Neves foram afectados.

E – Estabilidade – Palavra repetida até à exaustão por quase todos os candidatos, significando, para quase todos, apenas a coabitação pacífica com o actual governo. No seu discurso de 12 de Julho, Fradique de Menezes advertiu: a estabilidade não depende apenas do relacionamento Governo – Presidente, passa também por entendimentos parlamentares (sobretudo quando não há maioria). Alguém escutou?

E – Evaristo de Carvalho – Para 99 palavras de cada um dos outros candidatos, Evaristo proferiu 9. O seu cartaz de campanha inscreve apenas uma: Estabilidade. As suas intervenções resumiram-se também a uma: estabilidade. Tradução: permitir que o ADI cumpra os quatro anos de mandato. Personalidade branda e afável. Profundo conhecedor da história da República pelos lugares que ocupou, o homem escolhido por Patrice Trovoada não é um bom comunicador e não se esforçou muito por o mascarar, transformando quiçá esse defeito numa espécie de estilo, uma marca de genuinidade.

F- Festa – A par do ‘’banho’’, das promessas, da demagogia e do populismo, da ausência de confrontos de ideias e de projectos, do maior o menor esbanjamento de recursos, as campanhas eleitorais arrastam consigo uma atmosfera festiva, com mobilização dos grandes nomes da música nacional e a vinda de alguns estrangeiros.

F – Filinto Costa Alegre – A sua consistência intelectual sobressai na lista dos 10. Apresenta uma inatacável ficha pessoal. Conseguiu mobilizar nomes habitualmente distantes da política e o apoio de jovens quadros. Reivindica o seu papel na luta pela independência, como dirigente da Associação Cívica, a organização que mobilizou a colónia para a independência, e na abertura democrática, como um dos fundadores do Grupo de Reflexão. Reivindica-se candidato da mudança, contra a corrupção e a privatização do Estado, em defesa dos grupos mais desfavorecidos. Desenvolveu uma meticulosa campanha de formiga, apoiada por brigadas de voluntários e privilegiando contactos de proximidade. Propõe-se liderar ”a terceira libertação dos são-tomenses – o desenvolvimento”.

FFradique de Menezes – Profereriu um discurso marcante e fortemente crítico no dia 12 de Julho. Prometeu dirigir-se pela última vez a nação como Presidente, na investidura do seu sucessor. Deixa um legado muito controverso. A tentativa de reactivação do seu MDFM-PL, parece não ter sido muito bem sucedida.

F – Fraude (?) – Em entrevista esta sexta-feira, à Rádio Jubilar, o candidato Filinto Costa Alegre alegou estar em preparação uma ‘fraude em larga escala’ que passaria pela compra de mesas de voto. O alerta foi relançado à noite, no seu último tempo de antena.

G – Galvanização – Escasseou. Campanha morna, com um ou outro momento alto.

H – Helder Barros – Formado em Relações Internacionais, esteve ao serviço das Nações Unidas durante anos, residindo presentemente no estrangeiro. Antigo ministro das Finanças e Coordenação Económica pelo ADI, concorre como independente. Promete bater-se ”por uma democracia participativa ao invés da democracia representativa em vigor no país.” A sua foi a 14ª candidatura aprovada, quando já estavam publicados os boletins.

I – Independência – (Acto Central) – Tendo coincidido, mais uma vez, com o auge da campanha eleitoral, o acto central das celebrações do (36º) aniversário da independência nacional foi um desapontamento. Um rico desfile de grupos culturais de todo o país, numa Praça vazia. Valeu, na véspera, a festa da Chama da Pátria que encheu o local.

J – Jorge Coelho – Economista de formação e actualmente docente nos Estados Unidos da América. Antigo Director da Enasa e da Empresa Nacional de Seguros. Natural do distrito de Cantagalo, a sua imagem gráfica de campanha inspira-se no modelo americano: Coelho2011. Promete bater-se pela melhoria de vida dos mais desfavorecidos e dignificar as funções e o cargo de Presidente da República.

J – José Cardoso Cassandra ( Tó Zé) – O carismático Presidente do Governo Regional do Príncipe colocou o seu peso por detrás da candidatura de Filinto Costa Alegre. Há poucos meses, disse em entrevista à Rádio Jubilar que o Príncipe deveria apoiar um único candidato, ‘’capaz de defender os interesses da região’’. Não tendo convertido a sua UMPP a essa tese, o seu apoio pessoal poderá fazer contudo diferença quando se contarem os votos na região.

M – Manuel de Deus Lima ”Minho’‘ – Economista de formação. Actual embaixador no Gabão, antigo ministro dos Recursos Nacionais, antigo líder do MDFM-PL, antigo administrador do Banco Central. Não tendo obtido o apoio do seu partido, concorre como independente, prometendo empenhar-se no progresso e no desenvolvimento do pais, ”através de uma magistratura de influência.” Auto-apresenta-se como ‘Minho Bola’, convocando a memória dos seus talentos de antigo futebolista internacional. Aficcionado da música, promete apoiar a cultura, especialmente os grupos folclóricos. Diz que o processo da cunhagem de moedas é um caso encerrado. Os seus tempos de antena têm sido em crioulo forro.

M – Maria das Neves – A primeira mulher a chefiar um governo em São Tomé e Príncipe acha que chegou a hora de voltar a fazer história. As suas ambições presidenciais não são recentes e parece contar com o apoio de significativas franjas da OMSTEP, o poderoso braço feminino do MLSTP, do qual é presidente. Tem o apoio expresso do ex-líder do partido e ex-primeiro-ministro Joaquim Rafael Branco. Maria das Neves exibe um extenso currículo, vários cargos administrativos e políticos: ‘’A experiência ao serviço da nação’’.O seu manifesto e discursos privilegiaram as mulheres, as crianças, os velhos e os deficientes físicos. O seu estilo é suave, quase maternal.

Mé-Zóchi – O determinante corredor central.

M – Miguel Trovoada – O inaugurador do regime multipartidário e o mais famoso prisioneiro político da I República deu, subtilmente, um certo mote à campanha eleitoral, numa extensa entrevista televisiva, exactamente no dia em que Manuel Pinto da Costa lançou a sua candidatura. Coincidência? Jogador de xadrez, cultiva a paciência e o silêncio como métodos. O conselheiro invisível?

M – Motoqueiros – Profissionalizaram-se como agentes de campanha, com direito a kits especiais, incluindo T-shirts e outros materiais. Ninguém terá aplaudido tanto a proliferação de candidaturas. Precavidos, vestem várias T-shirts, tendo o cuidado de aparecer no lugar certo com a camisola certa. Com tantas passeatas, desfiles e recepções a pré-candidatos no aeroporto, não terão tido razões para se queixar desta campanha.

M – Mulheres – As mulheres e crianças estiveram no centro da campanha, em grande medida, por força das candidaturas de Elsa Pinto e de Maria das Neves. Constituindo a maioria da população, o seu voto tem sempre um peso incontornável nas eleições.

N – Nacionalidade – A cartada que parece ter sido jogada por alguns intervenientes, nomeadamente por uma certa imprensa. Lançaram-se suspeições desnecessárias, deixando pairar, por algum tempo, a sugestão de que todos os candidatos, excepto um, seriam ‘‘estrangeiros’’. Sabia-se atempadamente quem tinha e quem não tinha dupla nacionalidade.

N – Nelson Carvalho – O Presidente da Câmara de Mé-Zóchi desafiou o seu partido, o ADI, e deu a cara pela candidatura de Aurélio Martins. Irá pagar uma factura?

P – Palácio do Povo – Tem um aspecto triste e deprimido, a reclamar nova pintura, obras de restauro e mãos nos jardins. O próximo locatário tem um consolo: o orçamento para reabilitação já foi aprovado.

P – Passeata – Marcou o vocabulário destas eleições. Não há candidato ou candidata que não tenha feito a sua. O termo sugere auto-confiança, uma travessia descontraída por território amigo ou convertido. Mas significou também escassez de recursos ou prospecção a território hostil: se a coisa corresse bem, lá se improvisava uma concentração. Caso contrário, era desfilar e regressar, de mansinho, à base.

P – Patrice Trovoada – Concebeu uma estratégia bicéfala, bem patente no último tempo de antena. A Evaristo de Carvalho, coube magnificar a natural imagem tranquila e afável e repetir a mantra da estabilidade. O líder do ADI e primeiro-ministro assumiu-se como motor. Foi ele o centro da campanha, foi ele quem  definiu os termos, conceptualizou, exortou, argumentou e, na recta final, atacou de forma cirúrgica e demolidora. Na qualidade de chefe do governo, havia percorrido antes o país,. No auge da campanha, não esteve com meias conversas e, controversamente,  indicou que se joga nestas presidenciais a sobrevivência do seu governo. Subiu a parada no penúltimo dia, pedindo a vitória do seu candidato na primeira volta. Encaixará  pessoalmente a derrota. Ou a coroa de glória.

P – Pinto da Costa (Manuel) – No seu último tempo de antena, pediu aos são-tomenses que resolvam a disputa na primeira volta, reconduzindo-o, (na terceira e decerto derradeira tentativa), ao palácio que habitou durante os 15 anos da I República. Ao longo a campanha, hasteou a bandeira da luta contra a corrupção e a pobreza.

Pinto da Costa tem carisma, tem peso, tem imagem de Estado, tem seguidores indefectíveis. É amado com intensidade pelos que o amam e detestado com intensidade pelos que o detestam. Em 1996, pediu perdão pelos erros do regime de partido único. Quem quis ou pôde perdoar, já perdoou. Quem não perdoou, não perdoará – o seu destino nestas eleições joga-se no centro, entre os dois extremos. Como fundador do Estado, o seu nome já está gravado na História. O seu indiscutível protagonismo, ainda que a contra-gosto, na abertura ao multipartidarismo ainda é objecto de disputa por outros protagonistas do mesmo processo. Os seus adversários alegam causticamente que o livro Terra Firme encobre 20 anos de ócio. O título de Primo Levi, Senão agora, quando?, assenta-lhe hoje como uma luva.

Quatro (4) – O número de candidatos saídos das hostes sociais-democratas.

R – Referendo (ao governo) – Não, não é o que vai acontecer este domingo. Foi, sim, a carga conotativa de que o Primeiro-ministro imbuiu a candidatura de Evaristo de Carvalho. Se a eventual vitória de Evaristo equivale a uma relegitimação do governo, a sua hipotética rejeição significará o quê?

S – Segunda Volta – Provável. Inevitável?

Téla Nón – Fundamentalmente para a diáspora mas não só, a informação sobre as dinâmicas da campanha passou por este diário digital. Previsivelmente, o número de visitantes disparou durante a campanha.

Terra Firme – Provavelmente o mais extenso manifesto eleitoral produzido por um candidato presidencial em São Tomé e Príncipe. Quem esperava o intimismo de uma autobiografia, ficou desiludido. Quem queria episódios do passado, ficou desiludido. Quem aguardava registos ou posicionamentos sobre factos controversos, sobre o partido único, sobre as feridas ou sequelas do modelo Partido – Estado, ficou desiludido. O livro contém propostas, globalmente pacíficas, sobre o presente e o futuro. Saberá Pinto da Costa que o escritor português Miguel Torga publicou, em 1941, um livro intitulado, precisamente, Terra Firme?

T – Tribunais (Tribunal Constitucional) – Cairam aparatosamente no meio da campanha eleitoral.  Primeiro a 14ª candidatura, fora de horas, publicado já o boletim inicial, com apenas 13 nomes. Depois, a controversa divulgação do relatório preliminar da auditoria do Tribunal de Contas, cujo impacto empurrou tudo o resto para segundo plano. E ainda a controvérsia sobre se Delfim Neves tinhamais tarde, nova controvérsia com a TVS, suscitada pela aprovação da candidatura de Delfim Neves. A histeria parece estancada, mas as ondas de choque irão muito para além destas eleições.

UUnião – O que, de forma directa ou indirecta, todos os candidatos prometem.

V – Voto – Exercício de cidadania, Livre e Secreto.

X – Xadrez – Haverá uma reconfiguração do xadrez político. A natureza e o grau dependerão não só de quem ganhar mas também do modo como se perder.

ZZinco– Alguém sabe se terão sido distribuídas chapas de zinco desta vez?

31 Comments

31 Comments

  1. Observador

    16 de Julho de 2011 at 15:25

    É sempre dificil falar sobre o patrão. E as regras da democracia?

  2. a verdade

    16 de Julho de 2011 at 18:24

    Eu gostaria que o Evaristo ganhasse mas por causa do Patrice votarei no Filinto Costalegre. Pinto da Costa Jamais

    • publow devis

      17 de Julho de 2011 at 9:43

      vc deve ser filinho do papai e tas com medo k o pinto n u poin a andar

  3. Francisca Cara Linda

    16 de Julho de 2011 at 20:26

    No D, faltou o Debate para as eleiçoes.
    A TVS não foi capaz de organizar um debate entre os candidatos. Em todo caso, se houvesse um entre Pinto da Costa (PC) e Evaristo de Carvalho (EV), mediado por Deus Lima (DL), teríamos algo parecido:
    DL – Em primeiro lugar, queria fazer uma pergunta ao Dr PC. Caso seja eleito PR, quais serão as suas prioridades?
    PC – O nosso pais precisa recuperar a credibilidade. E necessário criar mecanismos para combater sem tréguas a corrupção, um dos principais entraves ao desenvolvimento. Ao nível da política externa, procurarei, em colaboração com o governo, usar a minha influência para atrair investimento externo para o nosso pais. Etc, ectc
    DL – E o Dr Evaristo Carvalho, a mesma pergunta?
    EV – Como todo mundo sabe eu sou um candidato de consenso e estou cá para garantir a estabilidade.
    DL- E ao nível de politica externa, qual será a sua prioridade?
    EV – Como todo mundo sabe eu sou um candidato de consenso e estou cá para garantir a estabilidade.
    DL – Quando fala de estabilidade esta a referir a estabilidade governamental, não estou a ver o que é que estabilidade tem a ver com política externa?
    EV – Minha senhora, eu já disse que sou m candidato de consenso e estou ca a penas para garantir a estabilidade. Se quiser fazer perguntas difíceis tem que chamar o meu chefe o DR Patrice Trovoada.

    • Fela di bê

      17 de Julho de 2011 at 13:18

      Akakakakakakaka. Quando se é pau mandado dá nisso, chacota!

    • Laura Mendes

      17 de Julho de 2011 at 21:43

      Francisca Cara Feia, parece-me que te enganaste na resposta do Pinto,que deveria ser:
      Dê-me mais 20 anos para me preparar.

      Em relação a resposta do Dr. Evaristo Carvalho,(eleito por consenso multipartidário como presidente da Assembleia) se pensas que a estabilidade não é nada, então não entendes nada de gestão de um país. O nosso beteu todos os recordes de instabilidade, como não deves saber, é quase impossível desenvolver um país sem estabilidade.

      Que tristeza estes apoiantes do Pinto.

    • Francisca Cara Linda

      19 de Julho de 2011 at 17:26

      Resultado das eleições presidenciais:
      Aurélio Martins – queria dar um Tempo Novo Para Todos mas ninguém aceitou. Por isso só ele vai usufruir daquilo que prometeu. Só lhe restam as cuecas.
      Delfim Neves – vai continuar os seus estudos e voltar a concorrer nas próximas eleições, com o doutoramento concluído.
      Evaristo Carvalho – Não para de ter pesadelos. Sonha que esta a ser empurrado por ventos de Trovoada para uma capoeira com milhares de Pintos. Em todo caso começou a preparar-se para dar uma boa imagem. Ambiciona poder responder as perguntas de qualquer jornalista nacional e internacional e em qualquer língua. Por enquanto já sabe dizer estabilidade, stability e estabilité.
      Elsa Pinto – não pode ouvir o nome de Aurélio Martins que começa logo a rir.
      Filinto Costa Alegre – Encheu a jornalista Carllile Costa Alegre de porrada. Porque será?
      Maria das Neves – comprou um relógio novo. O velho tinha um ritmo muito acelerado e adiantava imenso as horas.
      Manuel Pinto da Costa – tinha perguntado as horas a Maria das Neves e começou a cantar de galo cedo demais.
      Helder Barros, Manuel Deus Lima e Jorge Coelho – Não aceitam que ninguém se ria a frente deles.

    • António lopes

      17 de Julho de 2011 at 21:45

      Artigo morno, rebuscado que nada diz.

    • Laura Mendes

      17 de Julho de 2011 at 21:50

      Dá-me mais 20 anos para pensar? Resposta do Pinto

    • Bejunto Aguiar

      18 de Julho de 2011 at 13:53

      HAHAHAHAHA Valeu a rizada, obrigado pelo humor 🙂

  4. Mafili

    16 de Julho de 2011 at 21:04

    Mais uma vez São Lima…..excelente.
    Gosto muito de São Tomé, mas uma jornalista- escritora- poetisa como São Lima….para São Tomé?
    Não…ela merece palco maior, país melhor e povo mais sábio.
    Parabéns….

    • Helves Santola

      17 de Julho de 2011 at 0:35

      Pois é….vê-se mesmo que és são-tomense, sem patriotismo, lástima!

    • h silva

      17 de Julho de 2011 at 10:15

      Sao as vezes tb inclina para os seus,msm sendo de cara uma grande jornalista.mas sera impossível ser imparcial em STP onde enquadram pessoas pelo apelido ou favores.tentou de forma intelectual mandar a baixo Pinto da costa(falou dele e mais a baixo critica a sua obra) e focou muito mais no caso STP-Strading do Delfim…mas referiu que Minho(bola”cunhagem”)a cunhagem faz parte do passado.o regime já passam a mais do vinte e esta como o presente.lol,e nem cita pk o governo de tome vera cruz a quando do Minho era ministro assinou contratos lesivos para STP.tela-non deveria saber k não poderia publicar nada que tenha contexto desse gênero ontem e hoje.mas uma fazem coisas que não se compreende.por favor essas horas só msm o desenrolar das votações,nada que possa prejudicar um ou outro candidato.campanha já acabou,deixem os indecisos decidirem por si.boa escolha a todos.ppf

  5. Sr Lei

    16 de Julho de 2011 at 21:11

    “Alto Nível”.. não sei mais o que dizer porque tudo o que disser vai ser um conjunto de sinónimos. Você é um génio do jornalismo e esta a anos luz de distancia de todos os jornalistas santomenses.

  6. JOSE TORRES

    17 de Julho de 2011 at 0:08

    Parabens Sao Deus Lima

  7. Helves Santola

    17 de Julho de 2011 at 0:36

    Gostei do texto…informativo, isento, esclarecedor….parabéns!

  8. Digno de Respeito

    17 de Julho de 2011 at 4:50

    Cara São,

    Aqui abriste uma auto-estrada de reflexão que espero ter encaixado como uma luva na mente de cada um: análise e decisão é para cada um. Gostei do relato deste xadrez de palavras.

    O momento escolhido parece oportuno para o teu artigo. Coincidência ou não és uma profissional eficaz. Acredito numa “batalha” entre Filinto e Pinto. E, numa tentativa de aproximação estará Maria da Neves e ou Delfim Neves.

    Força senhora jornalista!

    • h silva

      17 de Julho de 2011 at 10:22

      momento inoportuno.cada decidi por si.hoje já não estamos mais na campanha.quem somos nos para influenciar os outros com nossa palavras?mania feia dos jornais.ontem foi dia para refletir,julgo cada um ter decidido, não sei pk esse artigo ontem e hoje…jornais tem k ter mais responsabilidades.

  9. carlos

    17 de Julho de 2011 at 8:50

    esta são boa jornalista mas põe outra foto tas muito linda

  10. Mario Guarana

    17 de Julho de 2011 at 11:19

    Em Portugal o trabalho da CEN merece uma apreciação abaixo da média. Na realidade, para além do processo de recenseamento eleitoral já ter sido um “fiasco” muitos eleitores desconhecem os lugares aonde devem votar, porque a divulgação foi muito mal feita. Existem pessoas que só no momento de exercer o seu direito (e depois de alguma espera) estão a ficar a saber que estão no local errado!!

  11. mosssad

    17 de Julho de 2011 at 13:28

    Miquel Trovoada governou…mas ate que ponto levou o pais a miseria???
    O que o fradique fez para o povo? Sera que um cidadao que sempre disse que e do povo fez mesmo para o seu povo? infelizmente a nossa cidade se tornou mais num resto de betao e madeira herdados dos Portugueses que colocaram o seu presidente (Fradique) para poder destruir mais o pais. e encher de betao os bancos de petroleo.

    Outros candidatos nao estao interessados a governar o pais mas sim em governas os financiamentos estrangeiros que nunca chegam a populacao, os miseraveis que nestas epocas eleitorais tentam angariar algum.

    Deveria haver eleicoes todos os meses para que o povo nao vivesse na miseria.

    Pinto da Costa apesar de muitos nao o quererem na presidencia do pais..e o unico Homem capaz de colocar ordem e acabar com essa corrupcao alargada em que se vive em Sao tome E Principe.

    Sao Tome e Principe nao precisa de um Delfim Neves, quem o vai orientar? Cosme Rita? Albertino Braganca?
    no que e que esses contribuiram para o pais?

    temos de limpar a imagem de um pais desorganizado deixado pelo Miguel Trovoada…. Miseravel sujo… destruido deixado pelo Fradique.

    Pinto Da Costa e o Presidente que Sao Tome e Principe precisa.

    • António lopes

      17 de Julho de 2011 at 21:48

      Que tristeza estes descursos que só defendem ditadores mesmo qdo já acabou a campanha! è o povo que temos, os miseráveis de sempre.

  12. Hadja Vida

    17 de Julho de 2011 at 13:30

    Parabéns São,
    Num país onde se cultiva a mediocridade em quase todas as áreas de actividade, tu és sem dúvidas a excelência do nosso jornalismo.
    O facto de não estares a frente de qualquer órgão de comunicação social do país (pública ou privada), não deixa de ser revelador de que o profissionalismo e a capacidade técnica não são factores determinantes na gestão em São Tomé e Príncipe.

  13. Fernanda Alegre

    17 de Julho de 2011 at 14:24

    Eu não posso ficar indiferente, a sua reflexão faz o mundo girar. Conhece alguém que ti admira muito e na altura achava incomodo por ouvir tantas vezes…mais hoje eu percebo o motivo..voçe é sinonimo de inteligencia.

    Meus parabéns…seguirei seus passos um dia.. bjx fofos..

  14. Anca

    17 de Julho de 2011 at 21:39

    Prestem atenção ao poder das palavras,

    Escrita,”Por SÍLVIA ARAÚJO
    Autora do Coluna “Neurolinguista & Coaching, Gestão Sistêmica de Desempenho e Responsabilidade Social””

    “O Poder das Palavras”

    “Para que servem as palavras? Uma, de tantas as respostas, é que elas servem para a comunicação entre pessoas.” “Portanto, quanto mais clara for a forma do falar, melhor será seu o resultado.”

    “A palavra comunicação tem sua raiz no latim communicatio, ideia de tornar comum, que deriva de communis, dos sufixos -ica que indica estar em relação, e -ção que indica ação. Logo, comunicação é a ação que tem como objetivo tornar comum uma ideia ou mensagem.”

    “Para a Programação Neurolinguistica (PNL), considerada a ciência da excelência, as palavras são como programas que rodam na mente e geram resultados. O cérebro é o hardware e as palavras são os softwares.”

    “O sociólogo e jornalista Ciro Marcondes Filho, através de sua citação, ilustra com maestria uma das habilidades mais extraordinárias do ser humano: “Comunicação é antes um processo, um acontecimento, um encontro feliz, o momento mágico entre duas intencionalidades”.”

    “Quando as palavras comunicam a intenção, a magia acontece. É maravilhoso, ver, ouvir e sentir esta mágica em contextos profissionais, familiares, amorosos ou sociais.”

    “Por outro lado, o uso inadequado das palavras enfraquece, distorce ou até mesmo destrói esta arte. Quantas vezes você já viu ou ouviu alguém dizer:”

    “— Na verdade, o que eu queria dizer era… Você não entendeu o que eu disse…”

    “Muitas vezes o conflito já se instalou e é tarde demais para manter a harmonia do objetivo original.”

    “A responsabilidade da comunicação é de quem comunica. O como falar é o que faz a diferença para tornar a comunicação conflitante ou eficaz. Compartilho aqui sugestões no uso de duas palavras muito comuns: “Gostaria” e “Não”, elas podem mudar o rumo de muitas histórias.”

    “Por exemplo, a palavra “gostaria”, pressupõe um impedimento.”

    “Imagina alguém dizendo a seguinte frase: — Eu gostaria de lhe agradecer por ler este texto. Instantaneamente surge um diálogo interno: — Então agradeça.”

    “Ou perguntas internas como: — O que te impede de agradecer? — Quando Vai agradecer?”

    “Experimente, então, imaginar o som da frase: — Agradeço a sua atenção em ler este texto.”

    “A experiência interna é diferente, pois acontece o processamento neurológico do agradecimento e a mensagem torna-se mais eficaz.”

    “Vejamos alguns exemplos com a palavra “Não”: Não pense em um elefante rosa de bolinhas lilases.”

    “Pronto! É suficiente para imaginar o elefante rosa e de bolinhas lilases. Isso acontece porque o “Não” funciona como um comando hipnótico que direciona o cérebro a pensar justamente naquilo que está sendo negado. É como se fosse uma programação para o que vem depois do não, ou um processamento adicional para buscar o sim.”

    “Já imaginou dirigir num lugar desconhecido e se direcionar por um GPS com os seguintes comandos: “Não vire a direita, não vire a esquerda, não siga em frente…””

    “Seria uma confusão, não é mesmo? Ainda bem que os GPS costumam ter uma linguagem assertiva: Vire a direita, vire a esquerda e siga em frente.”

    “Muitas pessoas estão acostumadas a dizer o que não querem e isso pode limitar o alcance de seus objetivos. Uma forma interessante para gerar foco e ações é se perguntar: quando digo “não” para isso, quero dizer “sim” para quê?”

    “Por exemplo: — Não se atrase para a reunião. Troque por: — Chegue no horário.”

    “— Não quero me irritar! Substitua por: — Quero gerenciar minha inteligência emocional.”

    “—Não vamos perder negócios, por: __ Queremos fazer negócios.”

    “— Não quero sofrer, por: — Quero ser feliz!”

    “Lembre-se de que quando encontrar um “não” numa experiência, busque o “sim” ou os “sins”.”

    “Quando um profissional desempregado ao passar por um processo seletivo recebe um “não”, a pessoa continua sem trabalho.”” Nada mudou.”” Nada?”” Claro que sim, basta buscá-los.” Normalmente existem novas percepções e aprendizados para o “sim” que estar por vir.”
    “O “não” nada tira de você, pense nisso!”

    “O que afinal faz muitas pessoas se frustrarem com o “não”? As representações internas dos milhares de “nãos” registrados e suas cargas emocionais acumuladas ao longo da vida.”

    “Então, diante de um “não”, inconscientemente somos remetidos a significados de rejeições passadas.”
    “Somente na infância recebemos mais de um milhão de “nãos” e registramos sentimentos primários como medo, tristeza ou raiva pelo simples fato de desconhecer os “sins”.”

    “Vale comparar o registro de Moisés no antigo testamento da Bíblia ao comunicar os mandamentos da Lei de Deus com o novo testamento de Jesus.”

    “Moisés: — Não matarás, não furtarás, não… não… não… não… não… não… não… não!!!”

    “Jesus: Amarás a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo.”

    “Pelos ensinamentos deixados pelo maior líder de todos os tempos, pelas descobertas da ciência, pela arte de viver e pelos mistérios da vida.” “Vale a pena focar naquilo que se deseja para facilitar a beleza da vida.”

    “Foco é como a mais bela flor que encanta o jardim do seu bem estar e daqueles que compartilham da vida com você.”

    “Abraços Carinhosos,”

    “SÍLVIA ARAÚJO é Administradora, Educadora, Coach e Consultora. Master Trainer em Neurolinguistica, Professora em Cursos de Pós-graduação e Educação Corporativa em São Paulo, Brasil. Ela é a autora do Coluna “Neurolinguista & Coaching, Gestão Sistêmica de Desempenho e Responsabilidade Social” no ZWELA ANGOLA.”

    In Zwela Angola

    Bem Haja

  15. nacional

    18 de Julho de 2011 at 7:03

    força evaristo de carvalho

  16. Lucas

    18 de Julho de 2011 at 10:30

    Idependentemente do tema, sou fã da escrita da São Lima! uma vez mais, meus Parabens….

  17. cubas

    18 de Julho de 2011 at 11:16

    São, gostaria de dar resposta ao teu ultimo ponto. o

    “Z – Zinco- Alguém sabe se terão sido distribuídas chapas de zinco desta vez?”
    Sim, houve zinco. E com o maior descaramento. Sabes aquele zinco que criou problemas para o Cosme Rita? O donativo do Japão? Pois esses zincos foram distribuidos pelo PM PT para conseguir os votos para aquele que ficou no segundo lugar.
    E cadê o Tribunal de Contas?
    Resp: não ousam tocar no PT, estão a serviço dele.

    Fui

    • sara

      19 de Julho de 2011 at 12:41

      O Pinto da costa so vai ai arranjar mais algum porque ja ficou pobre e de novo governar para familia costa coitados dos povos que so comen na epoca de campanha. BANHO

  18. Zidane

    19 de Julho de 2011 at 17:28

    Escrever assim não é para todos.
    Parabéns São!!!
    Continue a brindar-nos com os teus artigos, sempre que puderes.

  19. mosssad

    19 de Julho de 2011 at 19:12

    Desde de quando que Evaristo Carvalho de DR….. ate titulo ja e dado a qualquer cidadao que ocupa algum cargo politico, mesmo nao tendo qualificacoes para tal…
    O que se passa em sao tome e mais sobre irresponsabilidade dos chamados poderosos. Pesos nas quais acreditam que Sao intocaveis. Meu argumento é que na nossa sociedade nós precisamos de nova cultura, regras. E estrutura na qual encorage as pessoas a agirem com responsabilidade
    quando e que isso vai acabar???

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