Eleições presidenciais

Entrevista com o Bispo da Diocese de São Tomé e Príncipe

QUE A CAMPANHA SEJA LIMPA, DIGNA E TRANSPARENTE – No programa ‘’Cartas na Mesa’’, da Rádio Jubilar, o Bispo da Diocese de São Tomé e Príncipe, D. Manuel António Santos, exortou a que a campanha para a segunda volta das presidenciais ‘’decorra num ambiente pacífico e conciliador’’ e que o próximo Presidente da República  escute a voz dos pobres, contribua para a estabilidade e seja encarado como ‘’um pai da Pátria’’. O bispo defendeu igualmente  ‘’uma maior base de entendimento que permitisse ao governo ser um governo de legislatura, criando projectos a longo prazo’’. A transcrição editada é uma cortesia da Emissora Católica.

Entrevista conduzida por São de Deus Lima

P – Quais são as suas expectativas, as expectativas da Igreja Católica, em relação à campanha?

R – Que a campanha seja limpa, digna, transparente, democrática, que decorra num ambiente pacífico e conciliador, de festa, que as pessoas possam ser mais ou menos esclarecidas e que os candidatos possam estar com uma presença respeitadora do outro, sem ataques pessoais, procurando que a campanha decorra com alegria e serenidade, num espírito verdadeiramente democrático.

P – O que ressaltou da campanha para a primeira volta?

R – Em primeiro lugar o grande número de candidatos. Num país tão pequeno como STP não deixa de chamar a atenção que tenham aparecido tantos candidatos à Presidência da República.

P E isso foi bom ou mau?

R – Pode ter os dois aspectos. O lado positivo é considerar-se que o povo em geral vive uma certa consciência de cidadania, com a ideia de que, afinal, como cidadão com direitos e deveres, tenho o direito de me candidatar ao mais alto cargo da nação. Negativo é que pode haver uma certa relativização e até banalização do cargo de Presidente da República e isso não é desejável.

P Os requisitos deveriam ser apertados?

R – Eventualmente sim, aumentando o número de assinaturas exigidas, por exemplo.

PQue outros aspectos marcaram, para si, a primeira volta?

R – O modo pacífico como decorreu. No global, não houve propriamente situações de conflito…tirando o caso de alguns boicotes, as coisas decorreram pacificamente, sem confrontos entre adversários. Aí, é preciso elogiar a consciência cívica e democrática do povo de São Tomé e Príncipe. Infelizmente continuamos a ter a situação do ‘’banho’’.

P –  O senhor tem sido, de há algum tempo a esta parte, um crítico muito frontal  do fenómeno do ‘’banho’’ nas suas diferentes formas, incluindo ‘’a boca da urna’’…

R – Sim, em primeiro lugar porque acho que é um espectáculo triste. As pessoas vendem-se por pouco dinheiro. Talvez as pessoas ocultem o seu exercício de liberdade, não sei, mas não deixa de ser um pouco degradante até para a democracia em São Tomé e Príncipe. Mas sabemos também que as pessoas esperam o ‘’banho’’ devido à pobreza, como forma de arranjarem alguns trocos para a sua sobrevivência.

P – Há quem defenda que o banho é o txikilá dos pobres…correspondendo a uma espécie de lógica redistributiva, ainda que eticamente discutível, num país de grandes assimetrias e desigualdades.

R – Sim, mas mesmo assim, é condenável, porque se as pessoas têm consciência disso, que não esperem pelas eleições para comprar os pobres, isso não se pode justificar. Não falo de brindes e ofertas, isso é normal. Têm de ser ajudados todos os dias, ao longo do ano.

PO ‘’banho’’, que é tido como uma criação dos políticos, ter-se-á virado contra os políticos?

R – Creio que sim e que alguns já terão sentido na pele essa situação. Perceberam, em alguns momentos, que pessoas que estavam para os receber em comícios e outras ocasiões, viravam costas e iam embora. E sabemos também, até pelas notícias, que boa parte da abstenção foi por causa de pessoas que estiveram todo o dia à boca da urna para que lhes pagassem e não votaram porque o dinheiro apareceu tarde ou não apareceu. Os políticos estão a sofrer as consequências daquilo que semearam.

PMuitos candidatos instaram os eleitores a embolsar o dinheiro e a votar em consciência. A sua posição?

R – Se as pessoas são pobres e os candidatos têm dinheiro para dar, não vou dizer às pessoas que deitem fora. Ao menos que façam bom uso desse dinheiro. Mas que isso não sirva para comprar o meu voto.

PO que diria a uma comunidade sem água e sem luz, que planeasse um boicote em época eleitoral para reivindicar a instalação dessas condições, como aconteceu em Mé-Zóchi e Lembá?

R – Em primeiro lugar, diria que têm razão porque toda a gente tem direito a reivindicar condições de vida mais dignas. Mas também lhes diria eventualmente que o momento de eleição talvez não seja o melhor, talvez uma manifestação pacífica usando os meios de comunicação. Até porque não é um boicote livre, há um grupo que decide boicotar as eleições e ninguém pode votar. Nem que houvesse apenas uma pessoa que achasse que devia usar o seu direito de voto, deveria poder fazê-lo. Portanto esses boicotes são anti-democráticos.

PAs autoridades devem intervir nestas situações?

R – Sim, embora com alguma serenidade porque uma intervenção de força só exacerba ainda mais os ânimos e não ajuda a situação.

PHouve suficiente debates, as propostas e projectos foram suficientemente explicados?

R – Uma campanha, sobretudo para o cargo de Presidente da República, baseia-se muito no candidato. Sobretudo aqui em São Tomé e Príncipe, as pessoas conhecem o candidato que está em causa, a sua história, a sua ideologia e votam em A, B ou C . Talvez mais debates na televisão e na rádio, permitindo o cruzar de argumentos…

PQue observação lhe merece a campanha de esclarecimento e sensibilização por parte da Comissão Eleitoral Nacional?

R – Houve particular atenção a dois aspectos: o apelo para que as pessoas fossem votar e também a luta contra o ‘’banho’’. Mas é também muito importante a explicação das competências do Presidente da República.

PQue papel podem desempenhar, se o devem fazer, as igrejas, nesse caso, a Igreja Católica,  em períodos eleitorais?

R – A igreja não se deve meter em campanha, sobretudo se o regime democrático é normal.  Imaginemos um candidato que quisesse uma ditadura no país. Acho que esse candidato não deve ser, de maneira nenhuma votado, porque temos que defender os ideais da liberdade e da democracia, etc. Numa situação em que os projectos dos próprios candidatos são, todos eles, em defesa da liberdade e dos direitos dos cidadãos, da democracia, aí a igreja deve, sim senhor, apelar ao exercício do voto, exortar os fiéis a exercer esse direito, a votar em consciência, a analisar os projectos e programas dos candidatos.

PE isso foi feito?

R – Creio que sim. Embora eu próprio tenha dado entrevistas aos órgãos de comunicação social e exercendo a minha liberdade pessoal, também os párocos procuraram sensibilizar as pessoas para o acto eleitoral, para o ‘’banho’’, etc. Agora, se alguém da igreja entrou em apoio directo a algum candidato, fez mal e foi contra os princípios da própria igreja.

PAs promessas de alguns candidatos, o grau de expectativas de muitos eleitores por desconhecimento dos poderes constitucionais do Presidente da República não levarão a uma desilusão? Não há o risco de se projectar sobre a figura do Presidente poderes e competências que ele não tem?

R – Sim, esse risco existe e não apenas aqui. Muitas promessas feitas por certos candidatos durante a campanha não são exequíveis já que ultrapassam as suas próprias competências se forem eleitos. Creio que a imagem que as pessoas têm do Presidente da República pode levá-los à desilusão. As pessoas do povo falam do Presidente como daquele que tem poderes para pôr ordem no país, aquele que tem poderes para tomar decisões de fundo sobre projectos nacionais.

PComo prevenir ou minorar esse risco desilusão?

R – Creio que tem que haver da parte das instâncias competentes um melhor esclarecimento sobre as competências do Presidente da República e, da parte dos próprios candidatos, evitar promessas que sabem que não podem depois cumprir. Por isso digno que a campanha deve ser limpa, digna, esclarecedora, para levar as pessoas a entender qual o papel do Presidente da República.

PEvangelho e política são incompatíveis?

R – Não, de maneira nenhuma. Todo o cidadão, até aquele que diz que não quer ter nada a ver com a política, está a tomar uma atitude política. E por isso também as religiões também têm a sua influência na política. Por alguma razão os imperadores romanos perseguiram os cristãos que até se apresentavam como uma religião de paz.

PHá exemplos bem mais recentes…Martin Luther King, D. António Ferreira Gomes, D. Manuel Martins, D. Paulo Evaristo Arns e os teólogos da libertação na América Latina, a posição firme da igreja anglicana contra o apartheid na África do Sul…

R – O próprio bispo de São Tomé e Príncipe já foi acusado de fazer política…

PE toma posições que podem ser consideradas claramente políticas. A 3 de Fevereiro de 2010, por exemplo, a sua homilia foi uma contundente denúncia da corrupção.

R – Certamente que se a igreja condena a corrupção, por exemplo, condena a ânsia do poder que tantas vezes está aí presente.

PConvive pacificamente com a controvérsia que estas posições possam gerar?

R – Pessoalmente, convivo. Agora compreendo que possa incomodar as autoridades ou aqueles para quem a corrupção é o dia-a-dia, para quem a política é a arte de saber sobreviver num meio onde quem tem unhas é que toca guitarra, mas eu, até pelos meus ideais, não posso, de maneira alguma, concordar com isso.

P Já alguém lhe disse: «O senhor Bispo gosta de se meter onde não é chamado, preocupa-se mais com a política do que com o Evangelho?»

R – Não, pelo contrário. Há até pessoas, mesmo políticos, que, na rua, me dão os parabéns dizendo que é boa esta posição da igreja, de esclarecimento, de apontar caminhos. Alguém vir ter comigo e dizer, o senhor bispo está a meter-se onde não é chamado, devia estar era calado, não.

PQue desafios se colocam hoje ao povo de São Tomé e Príncipe e como os relaciona com o momento que se vive?

R – Primeiro o povo necessita de uma grande dose de esperança no futuro e no amanhã. Penso que os candidatos a Presidente da República devem ser pessoas que percebam que este povo está à espera que lhes apontem caminhos de esperança. E por isso peço-lhes que não defraudem o povo nesse aspecto. Alguém que escute a voz dos pobres, a voz desta terra, que ajude o governo nas suas tarefas de servir o povo, com os seus problemas e as suas dificuldades. Que de facto seja o governo a criar projectos para este país. Não podemos continuar a depender completamente da água que cai do céu. Temos de ter um projecto para as potencialidades que este país tem, até a nível hídrico, energético, etc. Não podemos continuar a assistir a famílias completamente desestruturadas, assistindo à morte de crianças, no século XXI, não podemos continuar a aceitar isso. Todos nós devemos tomar consciência da nossa responsabilidade em relação a um futuro melhor para os nossos jovens, as nossas crianças, num empenho na educação, na saúde, na melhoria das condições de vida da população.

PQual deve e pode ser o contributo do Presidente da República?

R – Alguém capaz de representar bem o povo, que ocupe o seu lugar com hombridade, uma espécie de pai da Pátria. Sendo alguém que, em primeiro lugar conheça e saiba escutar o seu povo. Num país como São Tomé e Príncipe, acho que o Presidente da República deve ser conhecido por todos. Se há lugares onde não é conhecido, alguma coisa falta. Deve ser alguém que, a partir do momento em que se torne presidente da República, se ponha acima das tricas partidárias, alguém, como já disse, que seja uma espécie de pai da nação.

P No actual xadrez político, face aos alinhamentos e ao jogo de forças, poderá o próximo Chefe do Estado vir assumir-se, efectivamente, como  Presidente de todos os são-tomenses?

R – Penso que sim. Agora, o xadrez político não está fácil. Sabemos que o próprio governo tem as suas dificuldades, já que não tem a maioria,  portanto está numa situação bastante instável, neste campo.

PNessa medida, que importância atribui à palavra estabilidade, que esteve, com maior ou menor ênfase, na boca de todos os candidatos?

R – Vejo que, por detrás, está a história do relacionamento entre os Presidentes da República deste país e os governos, muita gente tem a ideia de que muita instabilidade foi criada pelos próprios presidentes da República. Os candidatos, todos eles, quiseram aparecer como figuras que se opõem a isso. Aí eu diria que o Presidente da República tem um papel importante nesta estabilidade, sendo capaz de dialogar com as forças partidárias, de modo a que se faça um projecto de governo nesse país a longo prazo…Embora, como disse o Presidente da República, a estabilidade não se possa defender a qualquer preço, penso que, para o futuro de São Tomé e Príncipe, seria bom haver uma maior base de entendimento que permitisse ao governo ser um governo de legislatura, criar projectos a longo prazo, o que não tem sido possível.

PA resposta seria o alargamento da base de sustentação do actual governo, eleito em Agosto último?

R – Pode ser uma hipótese, tem de se ouvir o governo, os deputados. Também é importante outra coisa, creio que não é bom para o governo não ter uma oposição forte. Por exemplo, a situação do Príncipe, ali não há oposição, creio que não é bom e já o disse ao Presidente do Governo da Região.

PGanhe quem ganhar, dadas posições dos candidatos que se vão defrontar a 7 de Agosto, Manuel Pinto da Costa e Evaristo de Carvalho, a possibilidade de surgimento de um partido de inspiração presidencial parece não ser grande…

R – E creio que seria um erro. Os anteriores presidentes enveredaram por essa linha e creio que não ajudou à estabilidade. Como disse, assim que um candidato for eleito, deve ser o Presidente de todos os são-tomenses. Se funda um partido, deixa de o ser. Creio que já houve suficientes experiências nessa linha, precisamos de um Presidente que verdadeiramente represente este país no seu todo, em quem o próprio povo se possa rever, sem achar que é desta ou daquela facção.

27 Comments

27 Comments

  1. Paracetamol 500mg

    1 de Agosto de 2011 at 20:26

    Apesar de palavras bonitas, a igreja não deve opinar ou meter-se na politica.

    • Ernestino

      6 de Agosto de 2011 at 11:32

      Palavras bonitas~são e seria mais bonitas se elas fossem dita por um Bispo Negro de Santomense genuíno já basta 504 anos do monopólio da Igreja Católica Santomense mudar de rosto , entregar a Obra de Deus aos Santomense que têm Dom Religiosa e que são empurado para outros paises Africano , impedindo-lhes progredir no seu próprio país. Aconcelho o Srº Bispo a ensinar os Católicos a Utilizar a Bíblia Sagrada nos cultos e nas missas e não limitar apenas adorar imagem ,porque isto limita conhecimento dos Crentes no campo Bíblico e empura-lo para maldades por falta de conhecimento da palavra do Senhor Deus Poderoso Pai do Céu e da Terra. Amém

  2. xei!

    1 de Agosto de 2011 at 21:34

    qué que a religiao tem a ver com a politica?
    r: nao deiva ter a ver, mas sobretudo esta religiao dita dominante, pois é a sócia numero 1 dos politicos.

    o que faz esse senhor em stp?
    r: é convidado de honra de jantaradas e tem sempre seu tinto á mesa. nada mais…

    • Verdade liberta

      2 de Agosto de 2011 at 22:29

      Concordo plenamente contigo. Ele mais a sua organização existem em STP ou em qualquer que seja o país Africano porque as pessoas não estão informadas.
      Poucos sabem do Vaticano, papas, mais os seus actos… Quem sabia que o vaticano tem um exército (militares armados)? E esses mercenários fazem um juramento de fidelidade ao papa? Quem sabia que esses indivíduos vivem numa tremenda luxúria?

      Quem sabia que a colonização ainda não terminou? A mental ainda não terminou.

    • xei!

      3 de Agosto de 2011 at 9:37

      a sério até que exército armado teem?? isso na osabia. é o cúmulo da cegueira mundial de facto as pessoas nao verem o que nos está ao entorno.

  3. kua li tasondu

    1 de Agosto de 2011 at 23:17

    MEU caro paracetamol 500mg!!! igreja e uma polica! tanto e k existem varias religioes..

  4. Helves Santola

    2 de Agosto de 2011 at 2:36

    Muito boa a entrevista, o Sr Bispo se virou bem….espero que os candidatos tenham tempo para ler isto, acredito que é isso mesmo que o povo está a espera…..pelo menos eu estou! Abraços!

  5. Digno de Respeito

    2 de Agosto de 2011 at 3:27

    Caro Paracetamol, sabes qual a relação entre o Estado de Santa Sé e os outros Estados? Conheces a história da Antiga Grécia e a Roma Antiga?

    Quando souber um pouquinho de história da Teologia e das religiões, logo há-de entender a relação entre a igreja e a política. Tudo tem uma razão de ser…

    • Concordo com dígno de respeito

      2 de Agosto de 2011 at 17:21

      Concordo com o digno de respeito. É engraçado como esses indivíduos sabem dar opinião nos países dos outros. Quando é que teremos um bispo negro?
      Essa instituição andou durante séculos de mãos dadas com os colonizadores, escravizaram negros, fizeram uma lavagem cerebral neles (“vocês são o povo do calvário e como tal devem obedecer aos vossos donos”) queimaram inocentes, e dividiram o saque (fruto da escravatura) entre eles. Dá para ver a riqueza do vaticano. É engraçado como temos memória curta e não prestamos atenção nessas coisas.
      Até é verdade o que ele disse, mas essa moralidade toda deve começar da sua instituição…

    • xei!

      3 de Agosto de 2011 at 9:35

      Ademais de que, se for-se a analisar estrictamente o que foi e o que deve ser o verdadeiro evangelho, nao tem nada a ver com essa pomposidade que vivem os dirigentes dessa religiao que auto-proclamam-se os primeiros e ditos seguidores de pedro, enquanto que a Biblia em nenhum momento menciona que jesus deu a pedro nada de seguimento do apostolado, nem Jesus era politico, chegando mesmo a ponto de fugir quando o queriam coroar rei e de ter dito que o seu preconizado reino nao fazia parte deste mundo de homens politicos que se engodam uns aos outros.

      A verdade é que a politica é coisa de homens e palavreado com a pretensao de dominarem-se uns aos outros, e a religiao pagan actual é a maior socia e propagadora dos males junto com os inexpertos e politicos interesseiros.

      essa conivencia entre ambas as instituicoes é aquilo que a Biblia bem relata como sendo uma prostituicao entre ambos ( igreja e politica).

      nao devia ter nada a ver uma coisa com a outra, pois pregar o evangelho é confiar e falar do Deus poderoso e nao pregar votos em homens terrenos, mortais e imperfeitos.

    • Fijalatao

      3 de Agosto de 2011 at 10:59

      Sr. Xei, cada religião tem a sua estratégia de estar no mundo, assim como cada homem é livre de criticar as religiões!

    • xei!

      3 de Agosto de 2011 at 14:54

      querias filosofar ou já filosofaste?

      é tudo?

      bravo, estás de parabens! conceptuaste algo novo…

    • Fijalatao

      3 de Agosto de 2011 at 11:17

      Os Bispos negros nunca chegarão a S.Tomé e Príncipe enquanto a própria instituição católica santomense não impuser ao Vaticano tal pretensão. Enquanto autointitulamos de pequenos, mais pressão se fazem sobre nossos ombros para que não atinjamos o nível desejado! Enquanto o negro continuar com o complexo de inferioridade perante o seu colonizador, então este se estique sempre como pai de sempre! Enquanto os portugueses em anos 90 maltratavam e escorraçavam negros nos seus aeroportos( dando prioridades aos brancos dos países do Leste),esquecendo os negros com quem conviveram 505 anos), hoje que a desgraça lhes bateu a porta, são bem recebidos em Angola e outros paises de África com abraços e beijinhos por negros que foram maltratados a poucos anos no aeroporto de portela e tratados abaixo de cão em selas improvisadas no mesmo aeroporto!
      Não digo represália…mas, devemos fazer valer a nossa oportunidade e impor o respeito. O Negro não se respeita e não se impõe, por isso os brancos pensam sempre que nós sem eles não avançamos!

    • Fijalatao

      3 de Agosto de 2011 at 11:29

      Digo mais, não há razões para depois de 36 anos de independência tantos padres já se formaram e, enfim ainda continuam tendo como seu chefe um branco!
      Sabe porquê que isso acontece? porque o próprio preto não se respeita ou seja se o Vaticano colocar aí um preto, em meia dúzia de dias o público terá histórias de várias ordens dos subordinados em relação ao chefe! porque o preto acha que o preto como ele não lhe dê ordens! Então por mais que fosse um branco Anão a dar ordens ao preto ele obedece!
      Eis a as armas do branco para nos dominar, ou seja enquanto vós não entendeis entre vós, o nosso reinado não findará! palavras ocultas do colonizador e do Vaticano!

    • xei!

      4 de Agosto de 2011 at 9:31

      com esses 2 comentários, disseste coisas que valem ap ena.

  6. Alice das Maravilhas

    2 de Agosto de 2011 at 10:38

    Os dois candidatos deviam ler esta entrevista. Adeus e fui!

  7. maria chorona

    2 de Agosto de 2011 at 10:56

    Até deus esta com pai grande

  8. Olho Vivo

    2 de Agosto de 2011 at 11:14

    Passagem de entrevista com Bispo

    P – Muitos candidatos instaram os eleitores a embolsar o dinheiro e a votar em consciência. A sua posição?

    R – Se as pessoas são pobres e os candidatos têm dinheiro para dar, não vou dizer às pessoas que deitem fora. Ao menos que façam bom uso desse dinheiro. Mas que isso não sirva para comprar o meu voto.

    • Fijalatao

      3 de Agosto de 2011 at 10:55

      Amigo Olho vivo está a fazer o que muitos deviam fazer! Sublinhar as frases mais importantes do bispo nesta entrevista, tornando-a um motivo de estudo.
      As palavras do bispo nesta entrevista são consideras como cada versículo da bíblia.
      Se fizeres uma análise profunda de certos versículos da bíblia poderá constituir horas de estudo e debates! Por isso façam como Olho vivo; Sublinhe as palavras e frases do bispo que achar mais relevante e faça um estudo!

  9. Fijalatao

    3 de Agosto de 2011 at 10:48

    Caros Compatriotas

    Honestamente falando, tive oportunidade de rever alguns comentários a favor e contra as opiniões do Bispo! Ma o certo é que muitas respostas e análises aqui expostas por esse bispo, são meras verdades e que muitas delas deveriam ser lidas e estudadas por qualquer candidato que ganhe as eleições no dia 07 de Agosto.
    Muitos até consideram a igreja católica como sendo sócias do governo e dos partidos, por desconhecer o papel apaziguador que a igreja seja ela qual for ” Católica, Evangélica, Anglicana, Reino de Deus, etc” têm na sociedade das nações, embora sem fazer parte dela.
    O nosso povo infelizmente não está informado sobre as actividades, hierarquia e outras formas de estar do vaticano e de outras cristandades no mundo devido a informação que não chegue ao povo através desta maravilhosa ferramenta que temos que é a televisão. A Televisão devia estar ao serviço da informação e formação do povo e para o povo e não se partidarizar como tem acontecido no nosso país! Mas estou certo que com o tempo tudo isto mudará!
    Por isso concluo dizendo que foi muito bom a participação do bispo nesta entrevista e que muitas das suas palavras deverão ser motivo de estudo para o governo e o futuro presidente.
    Um bem haja a todos.

    • xei!

      4 de Agosto de 2011 at 9:34

      estás num dancante contrasenso que já nao te entendo.

      o que o dito senhor falou, pode ter algo de principios genéricos na biblia, mas os principios objectivos e especificos que movem o homem e ao qual a bilbia aconselha, ele nao falou nada. porque á sério, acredite nisso, o evangelho nao incentiva a politica, senao que a neutralidade quanto a mesma. acredite!!!

  10. amor

    3 de Agosto de 2011 at 19:27

    BANHO É NORMAL EM STP. A POBREZA É A CAUSA PRINCIPAL. PARA COMBATER O BANHO, TEMOS QUE COMBATER A POBREZA.

  11. Digno de Respeito

    4 de Agosto de 2011 at 4:39

    Meus Caros,
    Apenas sugiro que se cultivem mais sobre essa e outras matérias que dizem respeito a nossa Nação. Só assim, poderão sentir-se livre das vossas dúvidas. Entendo que nesse momento mais o País precisa de todos nós. Cada um fazendo a sua parte, seja em São Tomé e Príncipe ou na Diáspora todos temos responsabilidade da fazer com que o País cresça política, cultural e religiosamente.
    Alguém questionava quando termos um Bispo negro?! Pois, boa pergunta para aqueles que têm memória curta, talvez já não se lembram do Padre Horácio Neto. Acho que ele esteve ao serviço na Paróquia da Conceição durante anos e provavelmente estaria a fazer a caminhada para sua ascensão, mas (talvez) por conjuntura do País, motivou o distanciamento do referido Padre da sua Terra Natal. Quem sabe hoje não seria o tão esperançoso Bispo Nacional?!! Mas, talvez estaria eu a navegar nas palavras por isso, haja quem saiba melhor para esclarecer essa longa ausência e o vazio questionado. Mas tarde, lembro-me que existir um padre (Superior) que muito batalhou para que São Tomé e Príncipe conquistasse tal proeza mas, a morte foi mais forte. Padre João, teria manifestado muito a mesma vontade de muitos de nos santomenses e começou por lançar os Seminários (Maior e Menor) frequentados por alguns dos nossos jovens Padres nacionais.

    Hoje posso dizer que faltou a convicção à alguns. Outros seguiram em frente e outros ainda fora do País (em Missão,) entre esses resta-nos os poucos que actualmente trabalham em São Tomé. Resta saber se esses poucos (padres santomenses) que ainda seguem a sua caminhada estariam mesmo interessados e ascender ao Bispado. Se alguma vez tiveram essa pretensão, o que motivou o distanciamento de alguns “poucos” desviando-se do percurso?! Ao questionar, certamente encontrarão a resposta desejada. Não é lançando palpites e insinuações carregadas de mágoas contra pessoa(s) indevida(s) é que atingimos a meta desejada.
    A inteligência é para todos por isso saibam saibam usufruir-se dela.

  12. FM 99.05566MHz

    4 de Agosto de 2011 at 13:52

    6ªFeira-5/Agosto/2011-15H00
    “ PRAÇA YON GATO EM FESTA “
    Santomenses que apostam no futuro para STP!
    Todos os que votaram. Os indecisos:
    Vamos todos ao Grande Comício de Enceramento+Festa Natalícia de Pinto da Costa
    Vamos cantar “Parabéns”.Mas atenção!
    Ainda não vamos entregar o “Presente”de aniversário.
    No dia 7/Agosto vamos dar-lhe um grande presente que é: com um ” X ” no 1º Quadradinho.E no dia 8 vamos todos juntos celebrar com uma passeata.
    Vamos todos comprar este presente.
    Vamos todos no dia 7/agosto votar no Pinto da Costa
    Votar no 1º Quadradinho
    Votar no !!!PINTO DA COSTA!!!PINTO DA COSTA!!!
    !!!VOTA!!! !!!VOTA!!! !!!VOTA!!!

  13. Telma

    4 de Agosto de 2011 at 19:46

    O monstro do passado a agarrar o nosso desenvolvimento! Nota-se que o bispo está preocupado com a cegueira do povo em elegerem Pinto da Costa. Lembro-me das perseguições de Pinto da Costa a igreja católica no tempo da ditadura. Maus tempos virão caso os santomenses continuem a votar mal, a pensar no particular em detrimento do colectivo.

    Vejo estes maus tempos pelos comentários dos apoiantes do Pinto. Que Deus nos proteja! Um país sem rumo, sem religião que esita em pegar o futuro com as próprias mãos:Quem somos nós?

  14. Maleficio Diabólico

    4 de Agosto de 2011 at 21:15

    Minha gente alguem sabe do Ossama Bin Landem? Tanto tempo, não vejo por cá..

  15. Francisco Ambrósio Agnelo

    5 de Agosto de 2011 at 15:37

    O Srº Bispo já teve o conhecimento que em Angola também está a contecer aquilo que a Escola de Guadalupe Vive?
    Será que é a fome como referiu no seu discurso?
    A declaração que fizera, hoje exige ou não o pedido de desculpas ao Povo de Lobata?

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