Opinião

A Puíta e o Maruvo

É mais um artigo 5 estrelas de Adelino Cardoso Cassandra. Ilha de São Tomé, ilha do Príncipe, a Diáspora, Governo, Presidente da República, são ingredientes que sustentam o artigo de fundo, ao som da Puíta e regado com Maruvo(vinho da palma).

A Puíta e o Maruvo

Cada dia que passa, cercados por grilhões de ignorância, corrupção e desnorte institucional, os Santomenses, de uma forma geral, continuam a esperar sem esperança.

E, não há nada pior, para um ser humano, no meio de um imenso oceano suportado por dois mamilos rochosos de natureza basáltica do que continuar, indefinidamente, a esperar sem esperança.

Mudam-se os governos, mudam-se os protagonistas políticos, mudam-se alguns procedimentos palavrosos, caracterizadores da nossa configuração política e institucional e, no entanto, continuamos a esperar sem esperança.

É óbvio que, nestes quase quarenta anos de independência, foram ocorrendo mudanças e algum dinamismo, como em qualquer outra sociedade. Só que, no nosso contexto, estas mudanças transformaram-nos em autênticos caranguejos tropicais. Ou seja, andámos para trás, para frente, para esquerda e para a direita, sob destino de mais de uma dezena de governos, para que tudo continuasse, até agora, quase na mesma.

A única diferença, neste momento, relativamente aos contextos políticos anteriores, é que estamos em presença de um governo da república que se autoproclamou, de forma voluntária, “agente de mudança”, coisa que os outros não ousaram fazer ou, ainda, insistiu, reiteradamente, no contexto pré e pós eleitoral, na expressão e afirmação da sua principal mensagem eleitoral, “Deixem-nos Trabalhar”, para, em contrapartida, oferecer ao povo uma receita de puíta e muito barulho.

Estamos, assim, num contexto de festa onde a puíta reina. Para garantir sucesso continuado o governo oferece maruvo, muito maruvo, aos homens e mulheres que engrossam as filas daqueles que querem dançar puíta. No país só se dança puita. A TVS só passa puita. A própria RDP- África, outrora, partidária do ecletismo, só passa puita. Os trabalhadores da rádio nacional revoltaram-se e puseram-nos nos eixos com puita.

Os trabalhadores da função pública revoltaram-se e deram-lhes maruvo para dançar puita. Mesmo os médicos, sob juramento de Hipócrates, também não tiveram alternativas senão entrar na puita.

O governo resolveu berrar e proclamar-se justo, transparente e trabalhador, antecipadamente, para fazer, exactamente o contrário, posteriormente, e oferecer-nos muito barulho e puita. Ninguém compreende a mensagem pouco clarificadora da puita mas somos todos forçados a cantar e a dançar puita. O país, momentaneamente, é uma autêntica puita.

Aqueles que ousaram desafiar esta preferência governamental estão condenados ao isolamento e ostracismo e perdem o palco, espectadores, liberdade e dignidade pessoal e/ou institucional.
Na puíta existe muita persuasão para que, posteriormente, os efeitos da cumba sejam esteticamente relevantes e empolgue a plateia mobilizando mais gentes para as fileiras da dança.

Só que, neste último caso, Patrice Trovoada e seus amigos esqueceram-se que o fenómeno persuasivo, tem regras e pode criar problemas. Face a estímulos de natureza persuasiva, pré e pós eleitorais, para dançar puíta, raramente os receptores, neste caso as populações, ficam sem reacções ou limitam a registar os conteúdos das referidas mensagens ou informações, sem juízo crítico, sobretudo se estas variarem sistematicamente de conteúdo, consoante a plateia. Ou seja, chegar ao Príncipe e assinar contratos, pré ou pós eleitorais, com a referida população e depois recusar cumpri-los fazendo, posteriormente, o mesmo, com populações de outros distritos e diversos grupos socioprofissionais poderá causar-lhe imensos problemas como já está a acontecer.

Há um ditado popular que diz: quem semeia ventos colhe tempestades. Ninguém está disposto a dançar só puíta.
Patrice Trovoada ainda corre o risco, de ser apelidado de mentiroso compulsivo, com esta prática política, para além de estar a provocar a erosão de toda a sua base política inicial de apoio, credibilidade institucional e política, porque ele esqueceu-se que ninguém consegue enganar toda a gente ao mesmo tempo e por tempo indeterminado.

Todavia, isto é um problema de Patrice Trovoada e dos seus colaboradores que, sendo grave, não é tão incompreensível e assustador como a irresponsabilidade política associada ao projecto Agripalma, desde a sua génese.

Como é possível que alguém que encha a boca e ande a gritar aos quatro ventos “deixem-nos trabalhar” associando este exercício proclamatório, sem sentido, a outros dislates tenha, no entanto, uma praxe exactamente contrária, no exercício governamental, criando dificuldades, perseguindo ou discriminando financeiramente outros órgãos de administração autónoma territorial, designadamente, o governo da região autónoma do Príncipe, ou, pior ainda, impeça que este, sim, possa, de facto, trabalhar?

É difícil entender esta contradição: quem quer, de facto, trabalhar não pode impedir que os outros o façam com artifícios habilidosos e irresponsáveis comparáveis ao de um inimputável perigoso.

Toda a gente minimamente informada sabe que o “Projecto Agripalma”, desde a sua génese, não passa de uma tentativa para arruinar, de ponto de vista social e económico, a ilha do Príncipe, a longo prazo, destruindo e matando, lentamente, o seu património ecológico repetindo práticas de outras paragens, de exploração agrícola extensiva de óleo de palma, designadamente do Sudeste Asiático e América do Sul, com todas as consequências dai decorrentes.

Só que a ilha do Príncipe não tem dimensão daquelas unidades territoriais nem tão pouco um ecossistema comparável. Para tal, o referido projecto, pressupunha o desmatamento de grandes extensões de floresta primária da ilha do Príncipe, com perdas irreparáveis de biodiversidade, no âmbito da fauna e flora autóctone, com consequências desastrosas resultantes do impacto da poluição do solo e hídrica associada.

É óbvio que a pequenez territorial da referida ilha e a fragilidade e dinamismo de todo o seu ecossistema contribuíram para que todo este plano, aparentemente arquitectado, tendo em conta a teimosia que os políticos proponentes do referido projecto colocaram na sua implementação, funcionasse como uma bomba ao retardador que acabaria por matar toda a economia, a sociedade, a cultura e a própria população da ilha do Príncipe. Ou seja, este é um acto criminoso que o anterior governo cometeu e que este governo, incompreensivelmente, continua a sustentar.

Por isso os proponentes iniciais do referido projecto, designadamente, o anterior governo central, nunca hesitaram em impedir que os responsáveis do governo regional estudassem e compreendessem, com calma e ponderação necessária, os impactos ambientais associados ao referido projecto não obstante as tentativas para a sua realização, designadamente, no âmbito das palestras realizadas na referida ilha, sobre o tema em causa e consulta pública envolvendo a elite e população local sobre a eventual implementação do mesmo.

É, aliás, por isso, que o projecto tendo avançado em S.Tomé, aparentemente, morreu no Príncipe. Sendo um acto criminoso, é assim que deveria acabar, como todos os actos criminosos. Por isso mesmo é que ninguém compreende a explicação patética e irresponsável do governo central exigindo indemnização aos proponentes do projecto Agripalma, por parte do empresário Sul Africano, responsável pela empresa HBD-Boa Vida, pelo facto deste ter assinado com o governo regional um contrato de concessão da Roça Sundy para a implementação de um projecto naquela ilha que oferece todas as condições de sustentabilidade ecológica da mesma.

Sendo o projecto Agripalma um projecto criminoso ele nunca será implementado no Príncipe, com projecto HBD-Boa Vida ou sem o referido projecto, e as tentativas do governo central para transformar este acto criminoso numa oportunidade indemnizatória, para os ideólogos e proponentes deste suposto crime, configura, também, um acto criminoso do próprio governo central.

Passámos a ter um governo central, neste momento, com um primeiro-ministro e ministros que, em vez de servirem e defenderem os interesses nacionais, se transformaram em advogados da Agripalma e coveiros da ilha do Príncipe. Esqueceram-se, todavia, que nenhum povo, sob sentença e condenação à morte, por uma Agripalma qualquer, se predispõe a ajudar o referido carrasco.

É isto que o governo central, consciente ou inconscientemente, está a fazer. O Príncipe lutará até as últimas consequências para que o projecto Agripalma nunca seja implementado naquela ilha, com ou sem projecto HBD-Boa Vida do Sul-africano. Por isso, qual a necessidade ou propósito de pagar uma indemnização a Agripalma?

Aliás seria interessante saber a razão pela qual, o governo do senhor Rafael Branco tendo sido tão solícito, pressionando o governo regional para que assinasse o projecto Agripalma, não o fora, igualmente, relativamente ao projecto de cabo submarino de fibra óptica que exclui a ilha do Príncipe deste grande projecto nacional.

Isto explica, em parte, a sobreposição de interesses pessoais e de grupos, por parte de alguns políticos da nossa terra, em detrimento de interesses colectivos.

Continuo a pensar que é uma autêntica indecência, irresponsabilidade e, eventualmente, um acto criminoso pagar qualquer indemnização aos proponentes do projecto Agripalma, para a ilha do Príncipe, porque, desde a sua génese, este, configura um autêntico crime ecológico e humanitário.

Qualquer advogado estagiário ganharia esta causa em qualquer tribunal do mundo a não ser que o anterior governo central, num acto de enorme irresponsabilidade e/ou falta de transparência, como é habitual na nossa terra, tenha blindado o referido contrato, assinado com Agripalma, com artifícios e cláusulas contrárias a boa-fé como ensaio para a tragédia que hoje assistimos relacionada com pedidos de compensação indemnizatória.
O Príncipe, neste momento, encontrava-se, por isso, entre a espada e a parede, sem alternativas. Por um lado, estava a ser discriminado financeiramente por um governo central que impôs esta vontade autoritária aos habitantes daquela parcela do nosso território e, por outro lado, os governantes regionais estavam impedidos de desenvolver qualquer trabalho em prol do desenvolvimento daquela ilha, como o que aconteceu com a criação de condições, decorrentes da aprovação do novo estatuto político-administrativo da região, que permitiram a atracção de investimento estrangeiro Sul-africano para a mesma, porque um governo central que tinha como lema eleitoral “Deixem-nos Trabalhar”, não deixava, em contradição com o referido slogan, que os representantes do governo regional trabalhassem.

Quando um povo espera sem esperança e a alternativa é não ter alternativas, num quadro de manifestação de colonialismo interno, numa feliz designação de Boaventura de Sousa Santos, caracterizador de relações de dominação entre regiões do mesmo conjunto arquipelágico, a queima de bandeira nacional é apenas um detalhe.

Não é demais salientar que tendo em conta a grandeza e qualidade de investimento estrangeiro, Sul-africano, mobilizado pelo governo regional, para a ilha do Príncipe e, consequentemente, para o país, decorrente do aprofundamento do processo autonómico, com a aprovação do novo estatuto político-administrativo, para a região do Príncipe, a avaliação preliminar deste processo, a fazer, só pode ser positiva.

Nunca qualquer governo central conseguira para a região do Príncipe e, consequentemente, para o país, um investimento estrangeiro desta grandeza e qualidade. Por isso mesmo, o resultado político desta avaliação preliminar, decorrente da aprovação do novo estatuto político-administrativo, para a região autónoma do Príncipe, só pode ter como consequências mais instrumentos para o reforço desta autonomia e não a sua restrição ou retrocesso por ciúmes ou outras razões pessoais incompreensíveis.

Só assim o governo central estará a agir de acordo com o seu slogan “Deixem-nos Trabalhar”.

Reitero a constatação e tenho pena que Patrice Trovoada e seu governo tenham cometido tantos erros em tão pouco tempo e, consequentemente, desbaratado o potencial de crescimento e de afirmação de uma consistente mudança de que o pais tanto carece em prol da afirmação da sua puíta.

Ao contrário do que já ouvi, a afirmação do ministro da educação, num fórum nacional, culpabilizando os emigrantes pela desgraça que abatera no país pelo facto destes ousarem não abdicar da expressão da sua cidadania não é apenas um lapso desprezável e insignificante. É, pelo contrário, uma estratégia do próprio governo, de dividir para reinar, convencido que está da conservação da sua base de apoio político ainda, depois de proclamações avulsas de carácter reformador, sem consequências, para, numa conjuntura económica e social difícil, como a actual, ir preparando o terreno ideal para a vitimização.

Por isso, nada melhor do que colocar emigrantes Santomenses contra as pessoas que estão no interior do país e os habitantes de S.Tomé contra os habitantes do Príncipe.

Ou seja, os emigrantes nacionais e a população do Príncipe que ousaram desafiar o convite para a puíta foram ostracizados, desrespeitados e associados à vulgaridade, para além de ficarem proibidos de beber maruvo que se converteu, momentaneamente, numa espécie de bálsamo no interior do país.

Por isso, o senhor primeiro-ministro não hesitou em comparar o Príncipe com as regiões mais recônditas dos Distritos de Cauê e Lêmba num exercício de vulgarização da sua importância, política, histórica, económica e cultural, no contexto nacional, da mesma forma que o senhor ministro da educação quando resolveu insultar os emigrantes, num fórum nacional sobre a cultura, fê-lo na Língua forra.

Todavia, ao comparar o Príncipe com estas regiões mais recônditas de alguns distritos de S.Tomé, para além de revelar desprezo, institucional e político, pela região autónoma do Príncipe e seus representantes bem como algum desconhecimento da História do próprio país, o senhor primeiro-ministro esqueceu-se que os mecanismos e instrumentos de estruturação e dinamização de políticas fomentadoras de igualdade de oportunidade, num contexto nacional com características arquipelágicas como o nosso, e, consequentemente, dotado de descontinuidade territorial e problemas crónicos de ligação inter-ilhas, aconselhariam outra prudência política e analítica, a não ser que o senhor primeiro-ministro nos surpreenda, um dia destes, com mais um convite para puíta, dizendo-nos que vai mandar construir uma ponte, no meio do Atlântico, para ligar as duas ilhas.Não me admiraria nada que tal acontecesse.

O senhor Presidente da República, farto de tanta confusão e irresponsabilidade política, no seu discurso de final de ano, deu ordens: Parem a puíta, já!
É um caminho prudente sugerido por alguém com experiência e maturidade, política e institucional, que conhece as consequências de um registo monocromático só de puíta e maruvo para a resolução dos problemas do país.

Uma mudança consistente com base num planeamento metódico, suportado por princípios de equidade territorial e social, só é possível mediante a existência de um projecto. E, neste momento, o país não tem um projecto, para além de puíta, muita puíta, o que não contribui para transformar S.Tomé e Príncipe num local privilegiado para o investimento estrangeiro.

A única forma de não continuarmos a depender totalmente da vontade e bondade externa, a médio e longo prazos, é começarmos a construir um projecto, que vá para além de latas, tambores, ferros e maruvo e uma linguagem pouco clarificadora, caracterizador da essência da puíta, mas, sim, suportado por uma narrativa, personagens – principais e secundárias – que dêem dignidade aos episódios da história que estamos a construir, algum conteúdo estético, harmónico e moral, para além de barulho. Ou seja, precisamos, provavelmente, neste momento, de mais Tchiloli e Acto de Floripes do que puita.

Patrice Trovoada, se quiser, ainda vai a tempo de arrepiar caminho e transformar este sonho num desígnio nacional.

Adelino Cardoso Cassandra

33 Comments

33 Comments

  1. José

    10 de Janeiro de 2012 at 10:52

    Fantástico! É das melhores coisas que li por aqui.
    É pena que estes “mamilos rochosos” só forneçam leite para meia dúzia de pessoas privilegiadas.
    Continue assim, meu caro. Todos deviam ler este texto com atenção.
    Saudações
    José Gomes

    • PodeConfiar

      10 de Janeiro de 2012 at 18:58

      Meus parabéns por mais uma vez nos brindar com as suas manobras de diversão mas não poderia deixar de fazer algumas considerações, olha ai mente esquecida o governo regional e a UMPP também se proclamaram agentes da mudança, já se esqueceu do “Pela primeira vez ” e do yes we can ditas de forma inconsequentes pelo presidente do governo regional, e lhe pergunto que receita a UMPP ofereceu a não ser manobras de diversão, olha ai meu caro há um ditado que diz atirar areia para os olhos dos outros da uma sensação de alívio, vir defender e dizer sempre do mesmo não acrescenta valor, olha entretanto quero lhe agradecer pois eu não sabia que o projecto Agripalma é uma tentativa para arruinar do ponto de vista social e económico a Ilha, e lamento que só agora após o surgimento do HBD- Boa Vida, e que realmente veio dar boa vida a alguns o Sr. Vem fazer vincular a sua posição. Olha eu o aconselharia a ler o estatuto regional antes de tentar engrandecer coisa alguma, é compreensível a sua tentativa em ajudar o mano mas não seja cego, trata-me dessa amnésia. o problema da ilha é de se auto condicionar a objectivos pequenos e eleitoralistas, com uma politica muito domestica e que não vai levar o Príncipe a lado algum, este barulho todo não passa de manobras de diversão, já se esqueceu da confusão que foi do aeroporto agora é da Sundy e depois há de vir outra qualquer. Agora pode usar da sua falta de sensatez e insultar quem o contradiz. Os investimentos, devem ser baseados em projectos claros de governação, não sustentado unicamente por alguém de diz querer investir.

    • João Oquê Ponte

      11 de Janeiro de 2012 at 10:06

      Se existe algum sítio com projecto claro de governação no nosso país, meu senhor, é a ilha do Príncipe.
      Senão repare. A ilha do Prícipe tem um Plano de Desenvolvimento elaborado e a ser aplicado que envolveu toda a população na sua implemementação. O referido plano foi discutido, reflectido e assumido pela população da ilha do Príncipe. O governo regional, tem feito tudo, dentro dos condicionalismos existentes, para a implementação do referido plano de desenvolvimento. Por isso:

      a) acertou protocolos com universidades e personalidades estrangeiras para a investigação e levantamento dos problemas e património das espécies animais e das plantas existentes cá na ilha do Príncipe. Foi por isso que se chegou a conclusão sobre a existência de muitas espécies novas cá na ilha.

      b) acertou protocolos com universidades e outras instituições estrangeiras para o estudo e preservação da nossa tartaruga que se encontrava em vias de extinção. Por isso temos colaborado com universidades portuguesas e outras instituições internacionais para compreendermos o comportamento desta espécie cá na ilha do Príncipe;

      c)Acertou condições com entidades estrangeiras, mais concretamente Portuguesas, para a criação de condições para que o Príncipe seja considerado, no âmbito da UNESCO, património universal tendo em conta a sua riqueza paisagística e não só;

      d)acertou com o empresário Sul Africano o desenvolvimento de um projecto sustentável do ponto de vista ecológico e económico de acordo com as premissas do seu plano de desenvolvimento.

      Qual é a outra região do país que tem um plano com estas características baseado num modelo sustentável de desenvolvimento? Gostaria que o senhor me dissesse outra zona do país que tem um plano desta categoria e com este alcance e tem feito tudo para a sua implementação. É isto que lhe chateia, eu sei. Aqui no Prícnipe nós sabemnos exactamente para onde vamos e para onde queremos ir. Os senhores que nunca fizeram nada na vida, passam a vida a andar de avião para cima e para baixo, e não têm plano nenhum, só têm como missão estragar a vida dos outros. É por isso que insistem em estragar a vida do Príncipe propondo que o Prícipe adira ao projecto Agripalma para com isso poderem matar o sonho e projecto proposto para a nossa ilha.
      O senhor Adelino Cassandra tem toda a razão. O projecto Agripalma é um projecto criminoso feito para destruir os interesses e objectivos de desenvolvimento da ilha do Prícnipe, sobretudo porque sabem que a ilha do Príncipe está a fazer uma aposta clara num desenvolvimento sustentável.
      Objectivos políticos domésticos são aqueles que estão a acontecer na ilha de S.Tomé com convites para o Maruvo como disse o senhor Adelino Cassandra, compras de consciências em momentos eleitorais, incompetência e outras coisas.
      O senhor acha que os investimentos que se têm feito em S.Tomé, caso da Agripalma são feitos com bases claras e objectivos claros de governação? Vocês não sabem o que estão a fazer. Um dia falam em defender o ambiente, para no dia seguinte aprovarem projectos como Agripalma.
      Um dia falam em combater a corrupção para no dia seguinte fazerem coisas pouco claras como o que aconteceu com a Doca Pesca.
      Ai é que não há governação clara. Só existe confusão, contradição e falta de rumo.
      No Príncipe, pelo menos sabemos, para onde estamos a ir. Sabemos que a opção é defender uma politica de desenvolvimento baseada no respeito pelo ambiente coisa que o projecto Agripalma não faz. É por isso que vocês defendem a Agripalma. É a política de terra queimada.
      João Oquê Ponte

    • EuConfio

      11 de Janeiro de 2012 at 18:49

      O Sr. Oquê Ponte é o exemplo de grande falta de brio pois contenta-se com tão pouco que da dó. O Sr. De a) á d) não acrescentou nada e da para perceber que ou esta na boa vida ou é boa vida em pessoa, já parou para perceber o custo de vida de um cidadão comum, tenta parar alguém no mercado regional e pergunta como tem sido o dia-a-dia. Viagens! olha pergunta ao presidente do governo regional quantas vezes ele viaja por ano e soma o valor e faz a divisão pelo salário que paga a empregada domestica e vê se não dava para pagar durante 20 ou 30 anos. portanto fala em projectos eu gostaria de saber qual? é que já existe um que esta na gaveta e custou dinheiro e pelo que se vê foi feito mais um, Sr. Oquê ponte afinal dois planos de desenvolvimento, é para termos mesmo a certeza de que é mesmo desenvolvimento. Sabe que mudança esta a acontecer ca na Ilha é mudança de pouca coisa para que tudo fique na mesma. Eu não vejo beneméritos nenhum na actividade do governo regional, se me viesse dizer que o governo regional tem o seu orçamento consolidado tanto do lado das despesas como das receitas eu dava-lhe os parabéns, por ser o começo rumo a estabilidade financeira agora vem dizer bla bla bla, quero ver trabalho asseriu, é criar liquides para sustentar os custos operacionais do governo regional, isso sim, é que eu estou a comprar arroz cada vês mais carro, olho nem se fala peixe eu já não posso comer todos os dias carne nem cheiro. Eu não tenho nada nem a favor nem contra a Agripalma mas ver o espectáculo em que esse assunto se tornou é triste pois é uma politica eleitoralista e autóctone, deve sim haver descriminação pela positiva e não politiquices.

    • João Oquê Ponte

      12 de Janeiro de 2012 at 13:56

      Como é que o senhor poderia ver coisas positivas na actuação do governo regional se, lá da capital, por parte do governo central, só existe a preocupação canina de entravar ou criar condicionamento às actividades do governo regional?

      Um governo central sério não criaria condições para o estrangulamento das condições de vida das pessoas que vivem cá na região cortando verbas que, de direito, deveriam ser canalizadas cá para o Príncipe.

      Um governo central sério não criaria condições para aumentar a marginalização do Príncipe no contexto nacional fazendo com o que o Príncipe ficasse fora do projecto de cabo submarino de fibra óptica como fez o governo do senhor Rafael Branco.

      Um governo central sério criaria condições para a implementação de de uma Lei de Finanças Regionais, coisa que andamos a pedir e reclamar há muito tempo, para que o governo regional fosse mais responsabilizado politicamente.

      Um governo central sério não aprovaria um projecto tão mau para o nosso país como o projecto de Agripalma assinado pelo governo do senhor Rafael Branco.

      Um governo central sério não reunia connosco cá na ilha do Príncipe propondo ajudar financeiramente a resolver problemas regionais, como o problema energético e requalificação das estradas da cidade de S.António, para imediatamente fazer o contrário num exercício de tentativa de estrangulamento das condições de vida da população da ilha do Príncipe.

      Um governo central sério nunca deveria ter ciúmes das realizações de um governo regional que com menos meios tem feito tudo para a resolução dos problemas regionais.

      Um governo central sério não assinaria contratos de pesca chorudos com entidades estrangeiras, como a Comunidade Europeia e Taiwan, para serem desenvolvidos sobretudo no mar do Príncipe por estes países, para, posteriormente, o Príncipe, no entanto, ser a região mais sacrificada do país em termos de realizações sociais e projectos de investimentos cuja origem financeira vem exactamente das contrapartidas oriundas destas contratos.

      O senhor deveria saber que com contrapartidas financeiras resultantes dos contratos de pesca realizados com estes países, que abrangem sobretudo a zona maritima do Príncipe, o governo regional teria condições para que a população do Príncipe vivesse em condições de segurança económica e social.

      O senhor deveria saber que são os recursos do Príncipe que estão a sustentar estes contratos chorudos que os senhores utilizam para andarem a viajar de um lado para o outro. Quer dizer, são os recursos do Príncipe que sustentam o orçamento nacional e as despesas dos senhores governantes e no entanto é o Príncipe que é mais afectado de ponto de vista discriminatório como disse o senhor Adelino Cassandra.

      O senhor não quer ver as condições operadas no Príncipe pelo governo regional porque o senhor é cego. Normalmente os cegos não podem ver. O facto da UMPP ganhar este segundo mandato com maioria absoluta reflecte esta constatação. Se o MLSTP, sob a coordenação do senhor Rfael Branco, tivesse feito o mesmo, provavelmente ganhariam também a possibilidade de renovação de mandato. Qual foi o resultado? Foram corridos. O povo põe o povo tira. Em S.Tomé quiseram mandar para casa o senhor Rafael Branco, não obstante a força do banho do homem, mas cá na ilha do Príncipe o povo reforçou a votação no UMPP. Porque será? Se as dificuldades sociais fossem assim tantas, cá no Príncipe,como o senhor diz, acha que a UMPP, com toda a artilharia que o MLSTP do senhor Rafael Branco,enviou para cá, venceria as eleições regionais?
      O senhor deveria preocupar com as condições existentes nos arredores da cidade capital onde a criminalidade grave tem aumentado, a degradação social atinge cada vez mais pessoas e classes sociais, não existe um rumo.
      João

    • Adelino Cassandra

      11 de Janeiro de 2012 at 17:20

      Caro Senhor ou senhora

      Peço-lhe imensas desculpas mas eu não tenho por hábito insultar as pessoas que, voluntariamente, queiram debater comigo assuntos relacionados com o desenvolvimento do meu país (volto a frisar, meu país). Toda a formação familiar e/ou formal que recebi foi feita e sedimentada sob estes alicerces firmes: respeitar as opiniões alheias, por mais estapafúrdias ou incompreensíveis que sejam e desprezar tentativas de misturar assuntos públicos com privados e/ou familiares num espaço com estas características. Não sei se é a mesma que o senhor ou senhora recebeu nos referidos contextos educativos. Por isso, não me há-de ver falar do meu irmão, da minha tia ou da minha avó neste espaço. Aceito e percebo que o faça, fruto do seu percurso pessoal e formativo. Agora, não me peça que eu lhe responda da mesma forma. Como é esta a receita que o senhor ou a senhora trouxe para discussão, menosprezando o conteúdo, temático e formal, do meu artigo, compreenderá que eu não lhe responda, por respeito e consideração aos leitores, até porque não tenho o hábito de dar pérolas aos porcos.
      Os meus melhores cumprimentos.

      Adelino Cardoso Cassandra

      P.S: Quando o senhor ou senhora estiver interessado/a em debater os assuntos da nossa terra eu estarei totalmente disponível para o fazer consigo.

    • Felispote

      11 de Janeiro de 2012 at 18:43

      Meu caro. não existe estatuto regional. existe estatuto político-administrativo da região autónoma do príncipe. como responsável político o senhor deveria saber isto.
      abraços
      Felispote

    • Adam

      10 de Janeiro de 2012 at 22:28

      O meu companheiro tem de deixar de preguiça um bocado e começar a pensar em escrever um livro. Não desperdice talento, meu caro. Belo texto!
      Saudações

    • kim kim

      12 de Janeiro de 2012 at 7:53

      Amigo Adelino Cassandra,
      Julgo que apresentas boas razões e argumentos fortes mais, todavia, por seres irmão do Tozé Cassandra esqueceste de responsabilizar igualmente o teu irmão que é só o Presidente do Governo Regional.
      O Tozé Cassandra e o Patrice têm que se entender para o bem do país. Isso é obrigatório e bom para o país. No entanto o Tozé Cassandra tem que ser responsabilizado pelo contrato da Agripalma e encontrar a melhor saíad para o país não ter dívidas por culpa de contratos mal assinados.
      Viva a democracia, viva a sinceridade e a seriedade dos Homens independentemente dos momentos da política.
      Saibamos ver sempre São Tomé e Príncipe

    • João Oquê Ponte

      12 de Janeiro de 2012 at 13:23

      O projecto Agripalma é um projecto criminoso como caracterizou o senhor Adelino Cassandra. Nenhum responsável político deve assumir um projecto com estas características que dá cabo da ilha do Príncipe, destrói as florestas do Príncipe, acaba com os papagaios no Príncipe e outras espécies que só existem na ilha do Príncipe só porque o anterior governo do senhor Rafael Branco decidiu que assim é que deveria ser para ganharem algum dinheiro com este negócio. Se o governo do senhor Rafael Branco sabia que este projecto era assim tão mau porquê que assinou este projecto para ser implementado cá na ilha do Príncipe sabendo que já existiam informações de outros países com as mesmas queixas relacionadas com este tipo de projectos? Um governo responsável faz uma coisa desta? Esta gente deveria estar presa. Como o senhor Adelino Cassandra disse o actual governo em vez de arrumar este projecto para o canto ainda transformou-se em advogado da Agripalma. Qual Agripalma qual carapuça! Vão fazer este projecto na vossa terra. Já não chega a desgraça que vocês têm feito na vossa terra, agora querem trazer esta desgraça cá para o Príncipe? Que raio de gente. Este senhgor Rafael Branco está metido em todos os negócios que arruinaram S.Tomé e Principe. É óbvio que ele está metido neste negócio da Agripalma.
      Se a população do Príncipe não quer este projecto, ponto final parágrafo. Agora é que compreendo o porquê do senhor Rafael Branco mais o Xavier Mendes andarem a pressionar o governo Regional, quando viam cá para o Príncipe, para assinar este contrato da Agripalma. Uma corja de corruptos. As consequências estão a vista. Gente sem escrúpulos que só pensam na vida deles. O Príncipe, com o projecto do Sul Africano ou sem projecto do Sul Africano, nunca aceitará este projecto de Agripalma. E como disse o senhor Adelino Cassandra o governo central não tem nada de pagar nenhuma indeminização aos senhores da Agripalma. É uma forma que arrajaram para sacar dinheiro ao Sul Africano. Este país não avança por causa destas trafulhices.
      Se o projecto vai ao ponto de destruir completamete a ilha do Príncipe, dando cabo do seu património ecológico, como é possível que um governo central de gente séria aprove um projecto com estas características ou ainda se prontifique para pagar indeminização aos senhores da Agripalma. Isto é uma repúblicas das bananas? É óbvio que outros investidores vêm esta situação correm para S.Tomé e Príncipe e simulam qualquer investimento, com qualquer governo central, para despois, uma vez o projecto ser chumbado, reclamarem indeminização. Isto é serviço? Em que país estamos? Uma república de bananas? Quem há-de nos respeitar desta forma?
      João Oquê Ponte

    • Francisco

      13 de Janeiro de 2012 at 12:28

      Não estou dentro do país, mas algumas considerações levantadas neste dabate merecem reflexão.

      Porquê que o anterior governo central, tendo assinado contrato com a tal empresa Agripalma esta, passando dois anos, não fez nada na tal roça Sundy, onde supostamente deveria fazer, de acordo com as premissas do referido contrato, mas, logo após terem conhecimento do conteúdo do contrato com o Sul Africano, feito pelo governo regional do Príncipe, apressaram-se a correr para manifestar a vontade e direito à indemnização? Uma caterva de gananciosos, corruptos, ladrões que este país carrega. O país tem de se libertar de vocês que transformaram o país num quintal vosso, onde podem fazer aquilo que vos apetece. É sempre o mesmo grupo desde a independência nacional. Enchem os bolsos e manifestam um egoísmo sem paralelo noutras partes do mundo. Autênticos parasitas que dão cabo de tudo onde olham que têm oportunidade de tirar mais valias. Que raio de gentes.
      Se este projecto é bastante prejudicial àquela ilha porque razão hão-de pagar indeminização aos malfeitores que idealizaram e aprovaram tal projecto? Indeminização para quê? Pelo mal e crime que cometaram como disse o outro? Se é um crime, como disse o outro, o lugar dos criminosos é na prisão. Metem-nos na cadeia em vez de pagar indeminizações. Só assim o país terá sossego.
      Só por causa destas coisas é que eu abandonei este país muito embora tinha lá uma vida mais ou menos equilibrada. Mesmo se a pessoa quiser trabalhar no nosso país esta gente não deixa. Mesmo se a pessoa tiver espírito empreendedor esta gente não deixa. É sempre o mesmo grupo, desde o senhor Rafael Branco, Pósser, Varela, Maria das Neves, Delfim Neves e outros que se transformaram em novos ricos deste país. O senhor Rafael Branco tinha que estar metido neste negócio da Agripalma. Ele não poderia faltar. Parece uma praga que nós temos. Esta gente anda a volta de negócios privados embora sejam políticos disfarçadamente. Tudo que eles cheiram que tem algo para eles tirarem proveito saltam logo para cima. Parecem abutres. Agora, o senhor Rafael Branco não está no governo mas tem lá o amigo Varela que defende os seus interesses. Como é que este país avança? É óbvio que não pode avançar muito embora o senhor Patrice Trovoada diga que queira fazer mudanças. Mudanças como, se os abutres continuam lá ou estão representados lá?
      Francisco

  2. Carvalho

    10 de Janeiro de 2012 at 10:55

    Gostei muito deste artigo. Muito bem fundamentado. Agora percebo melhor as razões das gentes do Príncipe.
    O Pinto da Costa tem de por travão nesta puíta, senão o país rebenta com tanta puíta. Chega de puíta.
    Carvalho

  3. Isa

    10 de Janeiro de 2012 at 11:04

    Estás de parabéns meu compatriota, pelo facto de conseguires expressar de forma tão afirmativa sobre um problema que nos diz respeito utilizando um registo que não é habitual entre nós.
    A puíta, sendo algo nosso, é representativa de muito barulho, confusão e simultaneamente transe e alegria para aqueles que a dançam e cantam. Parece apropriado para o momento que vivemos. O tchiloli e Acto de Floripes exigem mais responsabilidade e outra actuação.
    Adorei muito o teu texto. Continue a nos brindar com estas maravilhas.
    Isa

  4. Digno de Respeito

    10 de Janeiro de 2012 at 11:37

    Caro Adelino “DIDI”, tiro-lhe o chapéu pela sábia escrita recheada de precisão e com efeitos (não plástica) favorável de inteligibilidade. Soubeste tocar na ferida, mas parece não doer que até posso compara-la com o amor que “arde sem se vêr” incessantemente na pele que parece vulnerável. Contudo, resistente em lidar com o quotidiano sociocultural: hábitos, mitos e costumes sobre a capa de “estamos bem” como dizem os angolanos “estamos sempre a subir” (…) para onde não sei.

    Certo é que a política desmedida pesa imenso entre si: politica versus politiquices. Isto sempre resultou em estratégia de mero “dividir para reinar”.

    Sempre acreditei que os santomenses têm a possibilidade de crescer. Mas, isso só vai acontecer quando sentirmos o verdadeiro sentido de NAÇÃO/ESTADO/AUTORIDADE. Logo, seguir-se-a Unidade-Disciplina-Trabalho/respeito/cidadania e desenvolvimento.

    Caro Adelino, acredito ainda que no dia em que os cidadãos perceberem e aplicarem o espírito empreendedorismo, seguramente a nossa economia será o “olho sobre o azul” na cena internacional. Para isso, é preciso a ambição, não tendencialmente maldosa mas, sim como o conceito de crescimento.

    Parabéns pela mais uma narrativa bastante argumentativa de análise. Amigo, desejo-lhe a continuação de bom trabalho lá pra Algarve.

  5. Maria Rosamonte(imigrante)

    10 de Janeiro de 2012 at 12:10

    Realmente isto parece um jogo de gato e rato;uns puxam de um lado e outros d’outros.Se esse Projecto HBD”Vida Boa,ou Boa Vida ” nao tem pernas para andar é so virem à Comunicaçao Social através dos seus acessores dizer que nao é viavel por tal ou tais razoes.
    So assim o povo e as pessoas interessadas neste projecto,ficarao esclarecidas,e informadas.
    Mas quando num Comunicado divulgado pela TVS,o Senhor Primeiro Ministro veio afirmar que o “Senhor Tozé Cassandra esta como Presidente do Governo Regional porque era ou é uma pessoa de confiança dele;e que “amigos, amigos, negocios à parte”,todos sabemos que deve existir uma certa confiança politica,entre o Sr Primeiro Ministro e o Governo Regional,isto é um caso à parte para a populaçao;ja estao fartos e cansados de politiquices.
    O povo do Principe esta farto desses comentarios.O assunto fulcral é saberem mais rapidamente se este projecto vai ou nao ter andamento,porque infelizmente para eles, este é o ultimo recurso;porque criaram varias esperanças.
    Tendo esperança na boa vontade do Senhor Primeiro Ministro,estou convencida que dentro de alguns dias Ele podera dar o seu aval pela positiva ou pela negativa,sem causar danos psicologicos,morais e materiais a todos aqueles que criaram expectativas neste projecto.Espero que este 2012 seje um ano de Paz,resoluçao de problemas importantes para todos,incluindo a Diaspora
    O meu Bem Haja
    Maria Rosamonte

    • Vane

      10 de Janeiro de 2012 at 19:03

      Minha cara Maria Rosamente. Esta afirmação do primeiro-ministro à nossa televisão define bem o carácter do homem. Eu também ouvi-a com atenção bem como outras até mais patéticas como caracterizou o nosso Cassandra. Quando ele diz “amigos, amigos, negócios a parte” define bem o carácter da pessoa e a forma de se fazer política cá no nosso país. Ele trata o país como a quinta ou casa dele. Ou seja, a política é um negócio para ele e não funções para ajudar a resolver os problemas do povo e do país. Se a política não fosse um negócio para ele provavelmente o problema de Agripalma já estaria resolvido. Sendo um negócio, como ele caracterizou, as coisas ficam complicadas. Eu nunca esperei ouvir estas expressões da boca de um primeiro-ministro do meu país. Em vez dele se preocupar com os reais problemas do país esta a meter os pés pelas mãos, está a criar dificuldades de relacionamento entre as nossas duas ilhas sem necessidades.
      Para uma pessoa que disse para deixarem ele trabalhar é dificil acreditar naquilo que eu estou a ver.
      Vane Henriques

  6. MEZEDO

    10 de Janeiro de 2012 at 12:12

    Meus Caros,
    Esta visão do Senhor Adelino é visão de alguém mesmo estando fora do País, está preocupado com o desenvolvimento sustentado do País.
    AGIPALMA, do Santomense nº. 1 até ao Santomense mais rele, com simples explicação perceberá as consequências da implantação deste projecto no nosso País, só que como existem outros interesses, as coisas ainda estão no banho Maria.
    O Senhor Primeiro Ministro e seus pares dizem que o Estado Santomense tem compromissos com AGRIPALMA, agora pergunto, também não tinhamos forte compromissos e engajamentos com a ZONA FRANCA ou a extinsão da ZF era tãosimplesmente para atingir o BANO e tocar com PCD.
    No nosso País existem normas e Leis para umas coisas e fora da Lei para outras coisas.
    Peço-vos que refletem bem COMPROMISSOS COM AGRIPALME E COMPROMISSOS COM ZONA FRANCA.

    Mézedo

    • Tany

      10 de Janeiro de 2012 at 13:09

      Concordo consigo Mezedo. O país não pode desenvolver a qualquer preço. Há que avaliar os investimentos realizados ou a realizar e em função desta avaliação aceitar ou não estes investimentos. Este projecto de Agripalma é um autêntico veneno para o país. Um país pequeno como o nosso deveria preocupar, como outros países, com a temática do ambiente. Não podemos preocuparnos só com o desenvolvimento a qualquer preço dando cabo do meio ambiente. O governo tem de ter esta preocupação com o meio ambiente senão correremos o risco de deitar fora o bebé com a água do banho e as gerações futuras não nos perdoarão.
      Muito bom artigo. O senhor está de parabéns.
      Um bem haja.
      Tany

    • psiu!

      10 de Janeiro de 2012 at 19:23

      belissíma comparacao feita a tomada de posicao no caso do Banu, em que o primeiro ministro teve uma actitude e no caso da Agripalma em que tem outra.

      Ademais, o artigo do Adelino Cassandrá é de tamanha maturidade e conhecimento de causa e sofrimento para com o nosso pais, que até dá gosto reler áquelas linhas todas! bem escrito Adelino Cassandra.

      Ve-se notoriamente que” o homem só tem governado o homem para a satisfacao dos seus interesses”-Biblico.

      Como é possivel tudo isso num pais tao pequeno?

      Sinceramente Patrice, melhor ficasses com tua nacionalidade gabonesa e ficasses lá pelo gabao e te dessem uma chance de lá ser 1 ministro.

    • Moxima

      11 de Janeiro de 2012 at 18:35

      Isto é reflexo de desorientação política. Eu, na minha humilde opinião, acho que o governo está desorientado, sem rumo, porque eles não sentam para trabalhar com afinco e responsabilidade para dar resposta aos problemas que o nosso país tem. Por isso, tomam uma decisão hoje, depois outra amanhã, depois anulam as duas e voltam a tomar outras, etc. Este problema de ambiente deveria ser um problema que todos os governantes deveriam ter como agenda prioritária. Hoje em dia, tudo passa pela política ambiental porque o futuro depende daquilo que fazemos hoje em dia. Todos os governos do mundo têm trabalhado afincadamente neste tema. Eu não percebo, por isso, porquê que o governo autorizou este projecto de Agripalma sabendo que ele tem consequências desastrosas para o país.

  7. Faustino

    10 de Janeiro de 2012 at 12:39

    Simplesmente 5 estrelas como caracterizou o director do Jornal.
    Vale a pena ler com paciência o artigo. É longo mas vale a pena ler.
    O próprio senhor primeiro-ministro deveria ler com paciência este texto.
    De repente o governo está a entregar o protagonismo ao senhor Presidente da República. É ai que se vê a diferença entre Fradique e Pinto da Costa.
    Fafá

    • João

      10 de Janeiro de 2012 at 13:30

      Há gente gordo metido neste projecto de Agripalma. Porquê que o senhor Rafael Branco quis que este projecto fosse para o Prícnipe e no entanto não fez o mesmo em relação ao projecto de Cabo Subamarino de fibra optica? Muito boa pergunta. Ele deveria vir explicar isto ao país. Estão todos preocupados com o projecto do Sul Africano que é bom e no entanto o projecto Agripalma que vem arruinar o Prícipe eles não se preocupam. Uma caterva de aldrabões, mentirosos e corruptos.
      João

  8. A.M

    10 de Janeiro de 2012 at 13:13

    Quem quiser Maruvo é só pedir ao governo. Eles estão a oferecer Maruvo.
    Dizem que a bicha para Maruvo já está desde aeroporto até a cidade capital.
    A.M

  9. Helmader

    10 de Janeiro de 2012 at 14:26

    “…Passámos a ter um governo central, neste momento, com um primeiro-ministro e ministros que, em vez de servirem e defenderem os interesses nacionais, se transformaram em advogados da Agripalma e coveiros da ilha do Príncipe. Esqueceram-se, todavia, que nenhum povo, sob sentença e condenação à morte, por uma Agripalma qualquer, se predispõe a ajudar o referido carrasco…” Então a única forma de combatermos isso é não baixarmos os braços, senão, qualquer dia seremos confrontados com depósitos de lixos tóxicos de potências nuclear a serem depositados no nosso país a troco de subornos aos nossos governantes como é costume.

    • Tiago

      10 de Janeiro de 2012 at 18:43

      Este primeiro-ministro não sabe muito bem o que lá anda a fazer. Ele de vez em quando pega nos ministros faz umas reuniões, decide umas coisas sem muito interesse para o país e, pronto está a governar. Não existe uma estratégia e planeamento, como disse o articulista, para o desenvolvimento do país, pensada profundamente, contando com o apoio da população das nossas ilhas.
      Ele, como primeiro-ministro, transformou-se numa espécie de pedinte para tapar buracos. Assim o país não pode desenvolver. E deste governo nenhum ministro sobressai como homem pensador que tem uma estratégia definida para o respectivo ministério. É só puita como disse o senhor articulista.
      Mesmo esta confusão toda com a ilha irmã do Prícipe não havia necessidade para acontecer. É só excesso de protagonismo, querer mostrar que posso, quero e mando. O presidente do governo regional com poucos meios tem mostrado mais trabalho e empenho do que estes governantes. É óbvio que isto cria antipatia e alguma inveja. Enfim, estamos em S.Tomé e Prícipe. Vamos ver se as coisas mudam para melhor.
      Tiago

    • F.P.G

      10 de Janeiro de 2012 at 22:19

      Concordo com a sua opinião. O país tem que criar mais Associações de carácter ambiental, ligadas aos problemas da natureza, com fortíssima componente de estudo, reflexão, debates, e publicação que possa servir para ajudar o povo a perceber as consequências de má utilização dos nossos recursos naturais. Num sistema corrupto como o nosso estes dirigentes estão mais preocupados com os seus bolsos do que com os problemas do país e aceitam tudo desde que sirva os seus interesses pessoais. Como é possível que este projecto de Agripalma sendo tão prejudicial ao país estes governantes aceitam que ele seja implementado sem fazer estudos aprofundados de impacto ambiental e só pensam em ganhar dinheiro deles e estragar o país? Que raio de gente é esta? Porquê que esta gente é tão má? Eles esqueceram que os filhos deles poderão escolher S.Tomé e Príncipe para viver? Está na hora de estas pessoas serem corridas da política e os jovens com coragem e dedicação vir substituir esta gente que só pensa nos seus benefícios pessoais. Eu nunca vi gente tão ruim como essa.
      Já uma altura se dizia que estes senhores queriam comprar lixo tóxico, para ser deitado nas nossas águas territoriais, por troca de meia dúzia de dólares. Isto pode ser? Eu não confio nesta gente. O senhor Patrice Trovoada é um bom chefe desta orquestra.
      F.G

    • Rita de Riboque

      10 de Janeiro de 2012 at 22:31

      U´m Clonvetá cuá cú lentlá téla. Estes políticos vão destruir este país.
      Rita

  10. Alcídio Lázaro de Almeida

    10 de Janeiro de 2012 at 21:39

    Como amigo de S.Tomé e Príncipe,aconselho à todos os intervinientes, que reflitam sobre o que é melhor para essas duas Ilhas que “Tanto Amo”. Beijos e Abraços!

  11. sol

    11 de Janeiro de 2012 at 8:56

    Bom trabalho Adelino Cassandra.
    Ajuda – nos contra esses ciumentos.

    • Panela grande

      11 de Janeiro de 2012 at 18:21

      O projecto Agripalma é para rebentar com o país. Acabem com esta porcaria. Quem tomou dinheiro de gente tem de entregar.
      Fui
      Panela Grande

  12. maria chora muito

    12 de Janeiro de 2012 at 16:46

    Parabéns Adelino Cassandra.

  13. flangi

    12 de Janeiro de 2012 at 19:12

    Um bom ano 2012: sucessos, prosperidades, felicidade etc.
    Um abraço

    Edmar Carvalho

  14. Barão de Água Izé

    16 de Janeiro de 2012 at 22:15

    Enquanto em STP se continuar a dar importancia aos politicos e não a quem trabalha na agricultura, nas empresas, aos empresários e à Economia, o povo continuará a receber as sobras, tipo “banho”(eleições) que caem da mesa desses politicos. Sem Economia a pobreza continuará a agravar-se.

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