Opinião

Visto e Vista

Não estando total e radicalmente, em termos abstratos, contra a ideia de isenção de vistos, num contexto temporal concreto, mediante certas condições, para entrada de turistas num determinado território nacional, entendo, porém, que a iniciativa em causa deve estar sempre condicionada aos contornos de uma profunda reflexão interna e sentido de responsabilidade.

O que me preocupa e inquieta, no caso que aconteceu recentemente em S.Tomé e Príncipe, é a cascata de acontecimentos, relacionadas com tal decisão, que evidenciam, mais uma vez, que as decisões políticas, neste e outros âmbitos, tomadas na nossa terra, não têm como suporte a reflexão séria e prévia e estudo aturado que possa proporcionar aos atores institucionais de tal medida defenderem-na e justificarem a opção política adotada.

É, por isso, aliás, que o governo escondeu-se, perante um mar de críticas relacionadas com a decisão política em causa, e deve estar preocupado com a eventual qualificação de um comportamento ziguezagueante e bandalheira institucional, associada aos contornos de reversibilidade da medida em causa. Porém, é sempre melhor dar um passo atrás, refletir melhor, organizar e criar condições para que uma medida desta envergadura tenha consenso nacional e incorpore, de facto, um efeito reformador transversal com mais-valias para o país. Reformar não é sinónimo de acordar todos os dias, ter vontade de fazer coisas e, com tal, tomar decisões políticas sem qualquer estudo, reflexão, condições organizacionais, desrespeito pelo enquadramento legislativo nacional e internacional vigente e, até, em contradição com o programa do próprio governo.

Não é sério nem responsável tomar uma medida desta envergadura, associando-a simplesmente ao critério falacioso de promoção de turismo nacional. Caso contrário, a medida em causa, pode, até, ter efeitos perversos no futuro, em total contradição com os interesses que, supostamente, pretenderia defender.

Em primeiro lugar não existe estudo nenhum, mais ou menos fundamentado, onde esteja demonstrado que o insuficiente crescimento do turismo nacional esteja relacionado com a temática dos vistos de entrada no país e muito menos com a quantia que os turistas pagam para a validação dos mesmos ou, ainda, com os problemas burocráticos associados.

E mesmo que os problemas associados ao crescimento do turismo nacional tivessem como causa direta excessos burocráticos e de natureza similar relacionados com conceção e validação dos vistos de entrada no país, nas embaixadas e consulados, no exterior do país, bastava, para tal, melhorar as condições de organização e funcionamento destes serviços, simplificar as exigências burocráticas e, até, tirar proveito das tecnologias de informação e comunicação, que o governo faz sempre questão de afirmar que é o seu maior instrumento de transformação do país e, simultaneamente, criar condições para que os turistas pudessem, também, ter possibilidades de entrar no país sem a conceção e validação prévia de um visto no exterior podendo, todavia, obtê-lo já no interior do país, num guiché único criado para o efeito, mediante o pagamento, ainda que simbólico, de uma determinada quantia.

Prescindindo da conceção e validação do visto bem como da referida quantia associada para a obtenção do mesmo, a ideia que o governo dá é que este é, momentaneamente, o maior empecilho para a viabilização do turismo nacional e que uma vez removido a situação tenderá a alterar de forma radical num contexto de competição, como destino turístico, com outros países. Isto é fantasioso porque os fatores de estrangulamento do nosso turismo têm outras causas preocupantes que esta decisão avulsa de isenção de vistos não vai resolver.

Dois erros básicos podem ser encontrados nesta fórmula. Em primeiro lugar S.Tomé e Príncipe não tem condições para competir com outros destinos mais favoráveis ao desenvolvimento de turismo de massas e, por isso, mais propensos a tentações para a abertura generalizada de fronteiras em prol do desenvolvimento dos respetivos serviços de turismo.

S.Tomé e Príncipe nunca poderá ser o Brasil, a Tunísia, o Egito ou a República Dominicana, por exemplo, por mais esforços que faça para abrir totalmente a sua fronteira para o desenvolvimento de um turismo de massas. Se é esta, aliás, a convicção do governo acho que é um autêntico disparate para não dizer que se trata de uma grande irresponsabilidade. A eventual aposta na criação de condições para o desenvolvimento de um turismo de massas é contraproducente e pode configurar, até, um desastre, para o país, no futuro.

Em segundo lugar, o governo não pode andar a dizer que vai alargar a base tributária com intuito de maximizar a transparência e equidade fiscal, fazendo com que todos contribuintes paguem de forma justa e atempada os impostos, incluindo neste seu propósito os pescadores, os agricultores pobres e, até, palaiês, como pretexto de angariação de mais receitas fiscais e, ao mesmo tempo, prescindir da receita relacionada com obtenção e validação de vistos sem criar condições de organização interna, no contexto legislativo e de outra natureza, que permita que os impostos relacionados com determinados serviços, como sejam restaurantes, aluguer de viaturas, arrendamento de casas e outros impostos de consumo relacionados com a atividade turística não cheguem aos cofres do Estado. Custa-me compreender que um partido governamental que se autoproclama partidos dos pobres e daqueles que não têm voz tenha um comportamento deste.

Além disso, se o governo quer prescindir do dinheiro relacionado com a obtenção e validação dos vistos turísticos, porque não precisa dele para nada, poderia utilizá-lo para fazer uma coisa interessante que faz parte do seu programa cuja intenção, parece-me remota, neste momento, e que é o reforço da coesão social e da unidade nacional.

Não se pode promover a unidade nacional, um dos dois eixos do programa do atual governo, sem criar as condições de ligação inter-ilhas com o mínimo de segurança e frequência temporal garantidas bem como tornar o preço das passagens aéreas adequado para a generalidade das pessoas.

Hoje em dia é “proibido” uma palaiê, um agricultor ou um comerciante pobre, para não dizer um professor ou médico, viajar de avião para o Príncipe em negócios ou mesmo de férias. No sentido inverso acontece a mesma coisa, com todos os custos que isto acarreta nos domínios da coesão social e da unidade nacional que o governo garantiu, no seu programa, querer melhorar. Quem pode, de facto, pagar duzentos e vinte Euros (220.00 Euros) por uma viagem de avião entre as duas ilhas que distam 150 quilómetros uma da outra num percurso, sensivelmente, de meia hora?

A receita do visto turístico que o governo, aparentemente, não quer, por ter os cofres cheios, deveria ser canalizada para efeitos de subvenção de transporte, aéreo sobretudo, para as pessoas que vivem no Príncipe ou queiram ir para o Príncipe fazendo, assim, baixar substancialmente os preços das referidas passagens aéreas entre as duas ilhas.

Os próprios turistas ganhariam com isto porque alguns deles teriam condições de viajarem para o Príncipe, também, encontrando ai uma oferta alternativa em termos turísticos que acrescentaria valor ao turismo nacional. Tenho amigos estrangeiros que visitaram recentemente S.Tomé e afirmaram que não foram para o Príncipe tendo em conta, entre outras justificações, o preço das passagens aéreas entre as duas ilhas. Uma família, constituída por quatro pessoas, que estando de férias em S.Tomé e queira visitar o Príncipe tem de pagar quase de mil euros por este autêntico luxo.

Fazendo isto o governo estaria, de facto, a criar condições para melhorar a coesão social e unidade nacional cumprindo assim o seu próprio programa.

O que o governo fez com esta decisão política foi abrir totalmente as fronteiras entre S.Tomé e o mundo e, no entanto, mantê-las fechadas entre as duas ilhas criando, com isso, condições para reproduzir o contrário daquilo que pretende no seu programa que é o reforço da unidade nacional. Estamos no bom caminho!

Nestas coisas de vistos é preciso também ter vista!

Adelino Cardoso Cassandra

 

40 Comments

40 Comments

  1. Levelengue

    13 de Agosto de 2015 at 15:48

    Está a abrir o país para bandidagem mas é. Deveria ser preso mas é. Uma quantidade de bandidos que este país tem. O que é que devemos que estamos a pagar com estes dirigentes tão mediocres?

    • Mash

      18 de Agosto de 2015 at 10:25

      Partilho da mesma opinião. Acho que o governo abriu os portões de STP às pessoas que têm mais poder económico e dão-se ao luxo de fazer férias enquanto existem pessoas necessitadas que precisam de apoio social. Devia haver alguma contrapartida, ao menos a isenção da taxa aeroportuária para os cidadãos nacionais e um agravamento aos turistas que entrassem sem visto. Isto seria mais que justo. Infelizmente não houve ninguém capaz de travar essa asneira…

  2. Maria silva

    13 de Agosto de 2015 at 15:51

    Uma vez mais meus parabéns ao senhor Adelino Cardoso !
    Como já tinha dito antes, o patrice trovoada ( PM) não está minimamente priecupado com ” povo piqueno ” muito menos com o desenvolvimento de stp, o Pt está única e exclusivamente priecupado em tirar proveito de stp , ou seja com esta decisão de abrir as portas de stp ao mundo irá favorecer e muito o patrice trovoada com os seus malabarismos ( negócios escuros )
    Agora sim, realmente podemos dizer categoricamente que estamos à DERIVA com esta atitude de mà fé ( ma cunxensà ) do senhor patrice emery trovoada !
    Sumu ê lívlà anca n’boca de cassô ééé

    • Salomão

      13 de Agosto de 2015 at 23:36

      Maria, eu também penso o mesmo. Muita lata, muito palavreado, muito negócio e tudo continua somente para o lado dos gordos.Povo pequeno continua pequeno até morrer.

  3. Aurélio Valente

    13 de Agosto de 2015 at 15:59

    Que Deus livra S.Tomé e Príncipe de muitos problemas que esta medida do governo pode gerar. Eu estou convencido que nós estamos muito parecido com a guiné bissau e e cada vez mais longe de caboverde. Fui.
    Aurélio Boa Morte Valente

  4. Mucluclú

    13 de Agosto de 2015 at 16:11

    Parabens pelo seu grande artigo. Tiro o meu chapéu. Quem viver verá.

  5. André

    13 de Agosto de 2015 at 16:15

    Estamos no bom caminho, como disse o articulista.
    Meus parabéns pela crónica.

  6. Manuel Jorge Trigueiros

    13 de Agosto de 2015 at 16:42

    Eu assino o seu artigo por baixo. Não sou dado a partidarites. E até acho que muitos problemas que enfretamos hoje tem que ver com este problema. Tenho de concordar consigo que quase todas as leis, decisões e tomadas de posição que os governos fazem não tem como suporte um estudo feito e bem explicado aos cidadãos sobre aquilo que o governo pretende com as leis, decisões ou estas tomadas de decisão. Eles comem e bebem, do bom e do melhor, alguns vão bêbados para os gabinetes, e começam a tomar decisões a torto e direito, como quem caiu de madeira, e depois aparecem estas merdas como esta ideia de a abrir fronteiras para toda gente entrar em S.Tomé. Isto revela muita ignorância que infelizmente ainda existe nas instituições do país. Este governo só tem ignorantes. Desde quando o Américo faria parte de um governo sério deste país? Desde quando o Carlos Stock faria parte de um governo deste país? Desde quando o Agostinho tem condições para ser governante? Desde quando a Maria de Jesus percebe alguma coisa de Saúde? O padre Daio alguma vez seria ministro em algum país sério? Desde quando um país como o nosso que dava cartas no tempo colonial teria um ministro de agricultura que nem sequer sabe falar? Desde quando o troca tintas do Varela seria ministro de um país sério? É esta infelizmente a situação que estamos nela. Só peço aos meus filhos que estão lá fora para não virem para este mar de ignorantes que todos os dias estão a afundar o país.

    • Testemunha de Jeová

      14 de Agosto de 2015 at 15:15

      Todos sabemos que os membros do nosso governo são fraquinhos. Raras são as exceções que escapam. Basta ver um ministro deste governo a falar ou intervir num ato qualquer para se perceber a diferença com um ministro de Moçambique, Cabo Verde ou mesmo Angola. Mas esta é a nossa realidade. E não concordo que seja só um problema deste governo. Todos os governos de S.Tomé dos últimos 20 ou 30 anos sâo fraquinhos em termos de ministros. Toma decisão atoa, muitos são ignorantes em áreas que estão a cobrir, outros nem sequer servem para empregados de limpeza de certas empresas. É com pena que eu digo isto. Isto também tem contribuído para o país não avançar. Hoje em dia a competência é muito importante para um país avançar.
      Neste lei de isenção de visto chega-se logo a conclusão que não houve competência. Cada um chega ao ministério e ouve conversas de cafés e no dia seguinte vai para conselho de ministros e apresenta uma lei qualquer sem estudar bem o problema. Como é que nós podemos avançar assim? O senhor primeiro-ministro tem de por ordem nisto.

  7. Dadú

    13 de Agosto de 2015 at 17:42

    Este caso é muito grave para andarem a brincar com coisas sérias. Andam a dizer que estão a reformar o país e o resultado desta reforma será catastrófico. Onde já se viu abrirem as fronteiras completamente para quem quiser entrar poder entrar no país sem qualquer documento. E nós que vivemos nesta escumalha e abrimos a nossa fronteira para os outros entrarem não temos direito a entrar nos outros países também? Isto é muito vergonhoso e triste.

  8. Trindadense

    13 de Agosto de 2015 at 19:40

    Mufinus, malditos, sanguessugas. Vão desgraçar este país.

  9. Príncipe

    13 de Agosto de 2015 at 23:33

    O preço do bilhete de avião é muito caro. Como é possível uma coisa desta. Parece dois paises diferentes e não duas ilhas que pertencem ao mesmo país e ficam perto uma da outra. É mais caro ir para príncipe do que ir para angola.
    Tanta reforma, tanto blá, blá, blá e tudo continua na mesma ou pior.

    • Pico Papagaio

      14 de Agosto de 2015 at 15:29

      Nós aqui no Príncipe somos tratados como se fizessemos parte de um outro país, infelizmente. Como é este o tratamento que nos dão iremos fazer tudo para usufruir com satisfação deste privilégio. Só espero que não aja queixas mais tarde nem que começam a criar problemas. É bom que não esqueçam que existe direitos e deveres. Se não existe direitos não pode existir deveres. Qualquer cidadão nacional de Angolares, Neves ou Portalegre pode deslocar em todo o país, fazer seus negócios e até turismo mas as pessoas que estão no Príncipe não podem usufruir disto porque as passagens de avião são muito caras. Se existe unidade nacional e respeito por todos os cidadãos não deveria existir este problema. Eu recordo que no regime de partido único, com todos os defeitos que havia, nunca o Príncipe foi tratado como é agora. Havia bons barcos e avião com passagem normais para qualquer cidadão que quisesse embarcar. Agora que vivemos em democracia existe o contrário. Que raio de coisa é esta? Se nos tratam assim também temos o direito de escolher o caminho mais adequado para nós com o nosso esforço e empenho.

  10. Ospibinho

    14 de Agosto de 2015 at 5:44

    Bom dia caros leitores;
    Estejemos todos a mais uma manobra nada convicentes dos derrotados, insucedidos politico na ultima eleicoes que nao teem nada mais em termo politico para nos apresentar senao o teatro ja apresentado durante a trouka em que o povo sensurrou.
    Qd o Pinto tomou a mesma medida ninguem munguiu nem tossio. Serah que esses politicos ou analista politico da nossa terra soh ficam espero e cheio de ideia quando o ADI toma uma accao correcta? Em pouco tempo o ADI demonstrou e mostrou de eh capaz de fazer mais.
    Comissao Politica do ADI, nao se destraiam com preguisosos mentais. Tiveram oportunidade de fazer durante a Troika, mas como eh de habito nao fizeram nem mostraram vontade de fazer.

    • Fantasma

      14 de Agosto de 2015 at 12:36

      Ospibinho eu não vejo o que é que isto tem a ver com derrotados. Eu votei no ADI e estou contra esta medida do governo. Acho que não se pode abrir totalmente as portas do país para qualquer pessoa entrar e os naturais deste país não têm os mesmos direitos para sair do país. Além disso eu acho que esta medida só não contribui para desenvolver o turismo. O turismo precisa de melhor saúde, melhores hotéis, melhor aeroporto, melhor publicidade do nome do país lá fora, melhor higiene nas ruas, melhores políticos a governar o país, menos desigualdade, menos pobreza, etc.

    • Mash

      18 de Agosto de 2015 at 10:34

      Pois é, abrem os portões de qualquer maneira prejudicando-nos e esquecem-se do básico que foi mencionado: saúde, saneamento básico, melhoramento das vias (terrestre, marítima). E ainda esquecem-se de tirar alguma contrapartida: criação de uma taxa à entrada ou à saída para esses turistas. De facto é muita incompetência….

    • catia

      15 de Agosto de 2015 at 20:00

      Ve-se mesmo que tu fazes parte do ADI nao se escreve é com h (eh) meu amigo depois diz que so se fala mal do peaple do ADI.lol

  11. Vexado

    14 de Agosto de 2015 at 7:29

    Isto de desburocratizar os serviços e facilitação de obtenção dos vistos já existe. E existe um site para o efeito http://www.smf.st cá têm tudo. O processo é simples e eficaz pese embora as abordagens dos agentes em querer extras.

    Isentar os vistos, deve ter sido por outras razões.

    • Catia

      14 de Agosto de 2015 at 12:27

      Vexado eu não percebo esta simplificação que o senhor diz que existe. O meu patrão vive em Anadia no centro de Portugal. Disse-me com a boca dele que queria ir para S.Tomé. Eu disse ele que era boa ideia, que o país era bonito e etc. Ele foi para Lisboa para arranjar um visto. Disseram ele que era preciso fotografias e outras coisas. Além disso ele tinha que deixar lá o passaporte e depois vir buscar de novo. Imagina o senhor o tempo que se perde com estas coisas sabendo que ele é empresário e não tem tempo. Ele desistiu de ir para S.tomé e foi para outro país. Eu não compreendo esta desburocratização que o senhor fala.
      O país deveria permitir que as pessoa entrassem em S.tomé sem visto e pagasse lá um visto no aeroporto.

    • Vexado

      16 de Agosto de 2015 at 4:23

      Este site existe há anos. Não sei que governo criou este mecanismo, mas existe.
      Acontece que os serviços da migração e os da embaixada trabalham de formas autônomas, porque cada um quer tirar o seu pedaço do bolo.
      Não há coordenação entre os sectores.
      O governo deveria publicitar o site mas não é conveniente para actual politica do turismo.

    • Filipe

      14 de Agosto de 2015 at 16:40

      Obrigado Vexado pela informação. O processo parece estar mais facilitado agora no site dos Serviços e Fronteira. Mas parece-me que as embaixadas cobram mais do que 20 Euros. A minha tia pagou 50 Euros para obter o visto de Portugal para S.Tomé. Já não sei quem está a mentir.
      Muito obrigado.

  12. GOVERNO SABE TUDO

    14 de Agosto de 2015 at 9:39

    Dando os meus parabéns ao Adelino Cassandra pelo artigo, aproveito para sublinhar q, dum Governo como este, liderado por um 1ª Ministro FANFARAO com ar mais de TURISTA do q tudo e rodeado dalguns Ministros meio analfabeto, não se pode esperar outra coisa, senão medidas avulsas, contraditórias e mal refletidas (AUTENTICA PALHAÇADA), podendo por em causa a frágil segurança interna de STP!

  13. Diogo

    14 de Agosto de 2015 at 12:39

    E como é que as embaixadas irão sobreviver sem estas receitas? Um país pobre arrumado em rico. Sinceramente que eu não percebo estes políticos do mau país.

  14. Testemunha de Jeová

    14 de Agosto de 2015 at 15:06

    Se as embaixadas tinham problemas agora com esta lei eu acho que vão fechar todas as embaixadas. Também acho que as próprias embaixadas deveriam dar contributo para esta lei com ideias novas, propostas e opiniões. São eles que contactam com os turistas e conhecem as opiniões deles. Devia existir uns questionários ou inquéritos para os turistas responderem e agora teriam uma base de dados com estas informações todas. Eu acho que é mal abrir totalmente as fronteiras do país e do outro lado não darem o mesmo passo. Isto parece uma casa mãe joana que todos entram sem qualquer pedido.

  15. Treco-Treco

    14 de Agosto de 2015 at 16:21

    Meu caro amigo Diogo, as embaixadas e consulados também precisam de uma grande reforma. Há muita anarquia e irresponsabilidade nas embaixadas do nosso país lá fora. Os doentes, emigrantes e turistas são os que mais sofrem com algumas das nossas embaixadas.

  16. Não Acredito

    14 de Agosto de 2015 at 17:16

    Não digo nada para não ferir suscetibilidades sobretudo agora que vivemos uma onda cá no país de acusação e contra-acusação e ninguém se entende com ninguém. No entanto não acredito que a isenção de vistos de entrada no país vai resolver o problema de turismo cá em s.tomé. Existem outras coisas mais importantes que o governo deveria preocupar com elas. Mas querem assim, assim será. Quem sou eu para dizer o contrário.

  17. Brincadeira tem Hora

    14 de Agosto de 2015 at 18:54

    Meus conterraneos, o problema é que quem não paga impostos cá em s.tomé e principe são os próprios governantes. por isso eles não vão fazer leis nenhumas para pagarem impostos. quem tem carros para alugar para turistas são os governantes e ex-governantes. quem tem casas para alugar para turistas são os atuais e ex-governantes. eles não vão fazer leis para eles mesmos pagarem impostos destas coisas. ainda por cima isentam os turistas de não pagamento de visto para entrar no país. isto é uma brincadeira de criança.

  18. Não Acredito

    15 de Agosto de 2015 at 12:22

    Tanta irresponsabilidade e confusão num país tão pequeno que toda a gente deveria estar a remar para o mesmo lado. Sumum dãm plama…

  19. Auoooeee

    15 de Agosto de 2015 at 20:08

    misericordia

  20. António Fernandes

    16 de Agosto de 2015 at 22:35

    Toda a gente diz que Stp é um destino de turismo, mesmo qualquer governo diz o mesmo. De facto trata-se de uma grande indústria, e que diga Cabo Verde, para não falar de outros destinos, agora quero reflectir no turismo em Stp, o qual muita gente diz que está bem e recomenda-se :

    – aeroporto , terrível à chegada e à partida
    – oferta hoteleira de baixa qualidade
    – praias mal exploradas e cheias de lixo

    – por último, quantos turistas vêm à Stp por ano , e quantos voltam?

    Eu vivo em Stp, já viajei por muitos países do mundo, uns com turismo à séria (Caraíbas, Cabo verde, Senegal) entre outros em África e na Ásia . Posso dizer que vou para a África do Sul sem visto, pago uma taxa à chegada, não se consegue entender isto num País que necessita de receitas como do pão para a boca.
    No mundo actual ainda se questiona em Stp a possibilidade de ingerências de países externos, desculpem mas o que é e quem é Stp na economia global….nada!!!

    Não se preocupem com os vistos para o turismo….preocupem se sim com o desenvolvimento do País , e com políticas que levem ao mesmo.

    O que conta é as receitas que ficam dos poucos turistas que ainda vêem cà . Porque por 350€ temos 5dias em CV com pensão completa em hotéis à séria, por favor não brinquem, mais em relação a CV existem 5 voos diários desde Portugal.

    Por favor não brinquem… Quem sofre, e muitos querem que continuem a sofrer, são os Saotomenses, mas muitos querem….

    • Mash

      18 de Agosto de 2015 at 10:44

      É precisamente isso que eu defendo Sr. Fernando, uma taxa de à chegada ou à partida. É tão simples quanto isso.
      Eu nunca governei, apenas tenho licenciatura em Medicina. Mas qualquer pessoa de boa fé pensa da mesma maneira.
      Bem haja.

  21. Lémba

    17 de Agosto de 2015 at 12:08

    António Fernandes, só posso concordar consigo. Nada justifica esta atrapalhação que nós estamos a viver a 40 anos. Nada é pensado bem no país, tudo é feito em cima do joelho, nem sabem copiar aquilo que já existe neste mundo fora. Entra governo só vejo asneira. Sai o governo e entra outro novo só vejo asneira. Não sei onde vamos parar com esta asneira toda. Todos os países, ricos e pobres, estão a fazer a sua vida, com mais ou menos dificulidades e nós estamos como os caranguejos. Andamos para frente e voltamos a andar para tras.

  22. Turismo Sustentável

    17 de Agosto de 2015 at 12:39

    Se o país quer desenvolver um turismo sustentável como eu vejo toda a gente a dizer, inclusivé o governo vai fazer uma semana sobre turismo sustentável, eu não percebo porquê que o governo vai isentar o visto de entrada no país. O dinheiro do visto deveria servir também para dar respostas aos problemas de natureza ambiental. Se o país não tem dinheiro para nada eu não percebo porquê que vai isentar os turistas de pagamento do visto de entrada. Eu não consigo perceber isto.

  23. Nira Alvim

    17 de Agosto de 2015 at 19:02

    Nunca estive tao de acordo com um artículo como estou com o escrito por o Adelino Cassandra .E diria, ainda podia ter escrito mais.Quem teve tal estúpida ideia ?Os santomenses para entrar noutros países devem ter visto e os dos outros países nao?Quando a maioria de países,cada vez controla mais,como controlarao que tipo de gente entra no país?Para incentivar o turismo ,fazem falta outro tipo de gestoes e uma podia ser baixar o custo do visto,melhores estructuras,etc,etc.E isso que eu nascida em S.Tomé,ao utilizar um passaporte portugues,sempre que vou ,pago o visto de entrada .

  24. Desiludida

    17 de Agosto de 2015 at 23:08

    Concordo com a senhora Nira Alvim.Isto é próprio de amadores e gente que está a apostar noutras coisas e não no desenvolvimento do país. Dá um aspeto saloio e de quem perdeu o tino abrir completamente as fronteiras de um país só para aumentar o nível de turistas. Na minha humilde opinião eu acho que nenhum turista que quer vir cá para S.Tomé vai deixar de vir para aqui e vai para outro país por causa de visto e de 30 ou 40 euros de que tem de pagar. Isto não tem cabimento nenhum. Na minha humilde opinião eu acho até que estes turistas são capazes de estranhar que um país com tanto potencial turístico e tanta pobreza e miséria abra completamente as suas fronteiras sem eles terem de pagar nada para entrar cá no país. Há um mínimo de respeito e dignidade que toda a gente deve cumprir. Eu não sou um especialista nestas coisas de vistos de turismo nem de direito nem nada disso, mas acho que os vistos de entrada num país nunca deveriam fazer parte de um esquema competitivo para atração de turistas quando existem coisas mais importantes neste aspeto como condições do nosso aeroporto, saúde, estradas, hotéis, restaurantes, pobreza, etc.

  25. explicar sem complicar

    18 de Agosto de 2015 at 10:56

    Patrice Trovoada ainda não trabalhou 1 ano e já tomou férias de 1 mês. E está relaxando nos Estados Unidos.
    Viva Dubai.

  26. Fufú

    18 de Agosto de 2015 at 14:12

    É o fim da picada para o nosso país. Deus é que nos proteja.

  27. Quilixe Furtado

    20 de Agosto de 2015 at 14:28

    Este Governo não tem norte.
    Apesar de dele fazerem parte pessoas licenciadas em diversas áreas e com experiência bastante na vida e na Administração, têm tomado medidas de ignorantes. Senão, creio que estão de má fé. Em direito, diz-se que têm agido com “dolo”, desde logo passíveis dum processo de responsabilização criminal.
    Num mundo em que o islamismo radical (Boko Haram, Estado Islâmico) tem avançado de forma galopante, tomar essas medidas revela grande ignorância ou, pior, intensão de prejudicar gravemente STP.
    Deveria já haver uma forte manifestação das forças vivas e demcráticas no País ara travar esta medida perigosa.
    O Patrice como é muçulmano, quer nos impor o Estado Islânico pouco a pouco.

  28. Quilixe Furtado

    20 de Agosto de 2015 at 14:29

    Este Governo não tem norte.
    Apesar de dele fazerem parte pessoas licenciadas em diversas áreas e com experiência bastante na vida e na Administração, têm tomado medidas de ignorantes. Senão, creio que estão de má fé. Em direito, diz-se que têm agido com “dolo”, desde logo passíveis dum processo de responsabilização criminal.
    Num mundo em que o islamismo radical (Boko Haram, Estado Islâmico) tem avançado de forma galopante, tomar essas medidas revela grande ignorância ou, pior, intensão de prejudicar gravemente STP.
    Deveria já haver uma forte manifestação das forças vivas e democráticas no País para travar esta medida perigosa.
    O Patrice como é muçulmano, quer nos impor o Estado Islânico pouco a pouco.

  29. Cacharamba de Folha Fede

    21 de Agosto de 2015 at 17:58

    É prá sabê. Toda a gente conhecia este primeiro-ministro e as suas falcatruas. Quando se dizia isto algumas pessoas diziam que é exagero, que é perseguição, que é assado que é cozido. Agora aguentam. Comam e calam. É isto que pediram é isto que têm. Numa altura que o país mais precisava de inteligência, competência, capacidade de realização e empenho temos só trapalhices, confusão, incompetência e porcarias. Já não há respeito pelas instituições do país nem consideração. Aguentem.

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