Destaques

Religiões Novas

O ADI realizou recentemente o seu congresso extraordinário com o objetivo de aprovar a moção de apoio da candidatura de Evaristo de Carvalho ao cargo de Presidente da República. A única novidade, neste caso, como eu adiantara no artigo anterior, é que esta decisão vem demonstrar, claramente, que o ADI quer, de facto, transformar este ato eleitoral numa segunda volta das eleições legislativas. Nunca tive dúvidas sobre isto e entendo, aliás, que este expediente é um meio de salvação que o Patrice Trovoada encontrou para impedir, momentaneamente, a erosão e morte lenta do ADI.

O ADI, ao contrário daquilo que eu vejo muita boa gente propagar por ai, tem muitas deficiências relacionadas com a sua génese, organização e funcionamento que só consegue esconder, por um lado, através da personalização da sua estrutura orgânica e, por outro lado, transformando a conquista de poder num expediente, quase obsessivo, que permitirá assegurar a continuidade do partido apesar destas mesmas deficiências.

O ADI necessita do poder para se manter no poder e, por isso, transforma esta conquista num único objetivo que tem de se sobrepor a todos os outros. A conquista de poder, por qualquer meio, é a condição de subsistência do partido ou, pelo menos, dos seus principais dirigentes.

Só que isto implica alguns problemas que não abordarei, na totalidade, neste artigo. Todavia, um dos problemas associado a esta “estratégia” é a aceitação de risco máximo para a conquista e continuidade no poder.

Patrice tinha todas as condições do mundo para apoiar um bom candidato nestas eleições presidenciais como forma de inaugurar um novo ciclo político compaginável com aquilo que ele, propagandisticamente, proclama como um novo ciclo de transformação do país.

Todavia, ao obrigar o seu partido a aceitar e apoiar a candidatura de Evaristo de Carvalho, ele aceita uma atitude de risco máximo, convencido da vencibilidade deste, criando condições, assim, para que, daqui por cinco anos, seja ele a se candidatar para o referido cargo e, consequentemente, garantir a continuidade do seu partido no poder por muitos anos. É esta a única fórmula de sobrevivência do ADI.

É por isso que o ADI é o que é! Eu nunca esperei ver nada de diferente neste ADI. O ADI é Patrice Trovoada e o Patrice Trovoada é o ADI.

Contudo, quando eu vejo alguns compatriotas meus embevecerem-se com um congresso partidário, como aquele que o ADI realizou recentemente, ao ponto de considerarem o líder do referido partido como uma espécie rara no mundo e comparável a líderes ou ativistas políticos, reformadores e com carisma, de grandeza de Mahatma Gandhi, Jean Monnet, Nelson Mandela ou Martin Luther King, pelo facto do referido protagonista patrocinar a transmissão do evento em causa, através da Internet, para comunidades que estão fora do país, subvalorizando, no entanto, o conteúdo do referido congresso, que mais parecia uma cerimónia daquelas “religiões novas” cujos líderes se preocupam mais com os dízimos, tal facto diz muito sobre aquilo que somos como país e comunidade e, sobretudo, sobre o modelo de democracia que estamos a construir.

Se a moda pega, teremos, de certeza, vários exemplares destas “religiões novas”, um pouco espalhados pelo país inteiro, como forma de regeneração dos nossos partidos políticos e provavelmente estaremos a oferecer ao mundo uma nova forma de abordagem da democracia.

Os pastores destas “religiões novas” vivem de uma regra que muita gente desconhece: proclamam regras e leis aos seus seguidores que eles mesmos não cumprem e vão vivendo e alimentando este expediente cíclico de encobrimento, por muito tempo, como mecanismo de sobrevivência do projeto que criaram. O ADI funciona um pouco desta forma.

Recordo que eu fui um dos poucos, senão o único, que escrevi contra o facto de um destacado deputado e responsável do ADI, na Assembleia Nacional, ter dito que o principal problema do país, no contexto educativo e outros, estava relacionado com o número de filhos que certas pessoas tinham. Um deputado do ADI respondeu-me dizendo que eu estava a dizer o que disse pelo facto de ter poucos filhos e que caso tivesse muitos filhos não tomaria a posição que tomei em contraposição àquele argumento. Ou seja, para o ADI, naquele contexto temporal concreto, existiam cidadãos de primeira e de segunda de acordo com o número de filhos que tinham.

Fico felicíssimo contudo que, no referido congresso, apesar do ADI invocar e querer, até, anteriormente, legislar, sobre a existência de cidadãos de primeira e de segunda, em função do número de filhos de cada um, ninguém se tenha lembrado de chamar a atenção ou questionar a honorabilidade do senhor Evaristo de Carvalho em função do número de filhos que o mesmo tem. Espero, aliás, que todos os candidatos para estas eleições façam o mesmo apesar de alguns destacados dirigentes do ADI pensarem o contrário quando defenderam esta tese. O senhor Evaristo de Carvalho tem os mesmos direitos que qualquer outro cidadão nacional, independentemente do número de filhos que o mesmo tem.

Também constatei (e já escrevi sobre isso) que alguns destacados militantes e simpatizantes, do ADI, na falta de argumentos, andaram a zurzir, de forma maldosa, patética e asquerosa, no atual presidente da república, relacionando uma eventual recandidatura presidencial do mesmo com a sua idade.

Eu que tive o cuidado de acompanhar o tal congresso do ADI, em direto, não vi nenhum daqueles congressistas que andaram tanto tempo a lançar este ato de censura discriminatório, sobre o atual presidente da república, a fazerem o mesmo, naquele palco, com o atual candidato do ADI que tem uma idade semelhante.

Ainda bem que não o fizeram e, fico felicíssimo, por isso. A idade da pessoa não deve ter relevância nenhuma na assunção de uma candidatura deste género. Isto só pode constituir um crivo decorrente de uma reflexão pessoal. Só espero que o ADI tenha aprendido com esta lição.

É por isso, aliás, que, depois de assumir a candidatura do Evaristo de Carvalho como sua, para este embate eleitoral, o ADI foi perdendo, ao longo dos tempos, os principais argumentos que, antecipadamente, foram preparando como artilharia pesada contra a eventual candidatura do atual presidente da república. Nunca mais ouviu-se falar, por exemplo, da idade do atual presidente da república como empecilho para assunção de uma eventual candidatura presidencial por parte deste.

E há um facto, negligenciável ou esquecido por um grande número de pessoas, mas cujos contornos tiveram um peso determinante na escolha e aposta que o Patrice Trovoada fez para estas eleições presidenciais compaginável, aliás, com os seus propósitos de aquisição e continuidade no poder, por muitos anos, de que fiz referência anteriormente.

Basta reler o trabalho jornalístico de Jon Lee Anderson no “The New Yorker” em outubro de 2002, em que este constatava que, num dia, estando Fradique de Menezes mostrando-lhe a sede dos seus negócios de cacau, em S.Tomé e Príncipe, este disparou com alguma tristeza: «O ano passado, eu tinha uma boa vida, ganhava dinheiro, tinha meninas e festas, e vieram os TROVOADAS perguntarem-me se eu gostava de ser presidente, e aqui estou eu!»

Neste caso concreto, o tiro saiu-lhes pela culatra. Fradique desfez-se do pai criador e autonomizou-se politicamente o que deve ter irritado bastante os seus criadores.

Desta vez, Patrice Trovoada, avisado, repete a tática só que com maior precaução, tendo a sensação que controla todos os riscos inerentes ao processo em causa que serão menores caso Evaristo de Carvalho ganhe estas eleições presidenciais.

E tendo Patrice Trovoada e seu pai, escolhido Fradique de Menezes como candidato do ADI para aquelas eleições presidenciais, mesmo sabendo que nestas eleições os partidos não gozam do monopólio de candidaturas mas as probabilidades de eleição sem o apoio dos mesmos são reduzidas, há um julgamento político dos dois mandatos de Fradique de Menezes que deveria ser feito, mesmo por parte do ADI, neste congresso, tendo em conta que a tática utilizada pelo partido foi a mesma que momentaneamente usam com os resultados que se conhecem.

Fradique de Menezes foi uma escolha do ADI, do Patrice Trovoada e do seu pai e quando eu vejo militantes, simpatizantes e, até, comentadores conotados com o ADI, criticarem-no, como coisa que ele não tem nada a ver com o ADI e com Patrice Trovoada, fico preocupado.

Num sistema democrático como o nosso, em que o protagonismo principal é dos partidos políticos, e, até, são estes que escolhem, patrocinam, organizam e dinamizam toda a candidatura presidencial, como aquela que o ADI representa neste momento e fez relativamente ao caso de Fradique de Menezes, a responsabilidade política, sendo individual, é também extensível aos partidos políticos, para o bem e para o mal.

Por isso mesmo, os tentáculos do ADI no país, em termos de organização e exercício do poder, não se restringem ao atual governo. É muito mais vasto e com contornos que reclamariam uma análise e reflexão política mais cuidada e recomendável. Afinal de contas, este congresso extraordinário do ADI não serviu para isto! Onde é que está a novidade e inovação?

Adelino Cardoso Cassandra

 

 

25 Comments

25 Comments

  1. Aqui se Faz Aqui se Paga

    1 de Junho de 2016 at 11:46

    Meu caro,
    Só os distraídos deste país é que não sabem o plano deste senhor. Ele transformou a função pública numa sua gleba onde ele põe e dispõe com informadores e bufos espalhados em todos os cantos. Ele transformou a Justiça num braço ao dispor do governo onde os juízes são mansos e limitam a cumprir as suas ordens com medo de sofrerem represálias. As empresas públicas estão repletas de bufos que cumprem escrupulosamente as ordens do senhor primeiro-ministro e transferem dinheiro destas empresas para actos que não têm nada a ver com o dia-a-dia destes empresas. A própria assembleia nacional, casa da democracia está transformada numa correia de transmissão dos actos do governo. A TVS e rádio nacional transformaram-se em rádios privadas do governo e do ADI. Alguns cidadãos por falarem e dizer qualquer coisa contra o governo são postos de lado e encerrados em salas sem mínimo de dignidade. É neste clima que vivemos neste país. Na semana passada uma prima minha foi chamada pelo director e convidada para mudar de secção e ir trabalhar para alfandega por ter dito numa conversa que ele iria votar no outro candidato que não é do ADI. Onde vamos parar com estes abusos todos. A única coisa que eu confio é que Deus é grande e justiceiro. Aqui se faz aqui se paga.

  2. J.Pires

    1 de Junho de 2016 at 12:07

    Mas vocês acham que algum destes delegados deste congresso tem aquilo no sítio para ousar desafiar o Patrice Trovoada? Isto é que era bom. Patrice Trovoada é temido até por gente que eu nunca pensei que teriam medo dele. O Afonso Varela vê Patrice Trovoada e fica logo a tremer com medo. O Kiney simulou faser uma critica e olha só o que aconteceu com ele. Teve que pedir desculpas e erscrever uma carta pessoal para Patrice Trovoada a justificar a crítica e pedir desculpas de ter dito aquilo para impressa. O Boca Balança começou com esperteza numa reunião e foi mandado calar com risco de perder o trabalho dele no banco. O Patrice Trovoada não tem brincadeiras. Aqilo ai é comer e calar. Como é que esperavam que as pessoas iriam falar neste congresso com este clima de terror e medo? Eu já sabia disto a muito tempo. Ai daquele que abusasr e falare mal do ADI ou contradizer alguma coisa no partido.
    J.P

  3. Herlander

    1 de Junho de 2016 at 12:25

    A única coisa que eu não vi neste congresso são pessoas a entrarem em transe e tomar jambi como acontece nestas igrejas. Mas dizem que já aconteceu isto numa reunião em Santanaa quando Patrice Trovoada tocou na cabeça de uma senhora naquela reunião. Enfim são coisas novas que estão a acontecer cá em São Tomé.

  4. Gimi

    1 de Junho de 2016 at 12:40

    Boa análise. Parabenizo-te meu caro Cassandra. Abraços.

  5. Maria Silva

    1 de Junho de 2016 at 12:49

    Senhor Adelino Cardoso Cassandra , como sempre a nos brindar com seus ricos artigos , e sempre com uma visão CLARA dos factos , e eu sou uma fã ( gosto de pessoas coerentes ) !!!
    Realtivamente ao ADI e seu profeta, descipulos e seguedores , só tenho que lamentar . Como eu já disse aqui neste site, pior que Patrice trovoada são os verdadeiros santomense que estão feitos com ele !
    Eu nem quero imaginar de como estará stp quando esta tempestade ( trovoada ir embora ) passar .
    Eu detesto os trovoada e suas política demagoga e populista , manipuladores !

  6. Liceu Nacional

    1 de Junho de 2016 at 14:26

    Patrice Trovoada sabe perfeitamente que ele está metido numa grande embrulhada. Ele escolheu Evaristo de Carvalho para segurar este tacho para ele durante 5 anos para quando ele deixar de ser primeiro-ministro poder ir ocupar este lugar. O problema aqui é saber se Evaristo conseguir ganhar estas eleições. Infelizmente é esta a maneira de se fazer política neste país. As pessoas não são escolhidas e eleitas tendo em conta as suas motivações, ideias para o desenvolvimento do país e capacidade para ocuoar uma determinada função. São obrigadas a concorrer por outros para assegurar o lugar. Desta forma é impossível o país avançar.
    E mesmo se o Evaristo de Carvalho ganhar estas eleições teremos o ADI na presidência durante os próximos 15 anos. É obra. 5 anos de Evaristo de Carvalho + 10 anos de Patrice Trovoada e se calhar + anos de filho de Patrice Trovoada. Timboralá… Quem viver verá.

  7. Budo Dáwa

    1 de Junho de 2016 at 14:37

    Mas dizem que o Patrice é muçulmano. Como é que ele pode ter uma religião nova é que eu não percebo. Deixem o homem trabalhar. Ou vai ou racha. Foi o povo que escolheu coisa dele deixa ele governar. Quem não quer amarrota cara mas deixa o homem trabalhar.

  8. Trindade

    1 de Junho de 2016 at 17:11

    Isto demonstra como a família Trovoada ao contrário daquilo que dizem estão a governar S.Tomé como uma monarquia. O poder passa dos pais para os filhos e dos filhos para os netos. Estão nesta brincadeira desde 1975 e fingem que nunca estiveram no poder, nunca fizeram nada, não têm nada a ver com o destino do país desde a independencia. Muito obrigado senhor Adelino Cardoso Cassandra pela sua crónica. S.Tomé e Príncipe agradece. Também não posso condenar só a família Trovoada. Os senhores do MLSTP também sabem o que é que andaram a fazer a este país.

  9. ADI Antigo

    1 de Junho de 2016 at 17:42

    De facto eu acompanhei esta coisa que não sei se pode-se dizer que era um congresso e fiquei com a impressão também que se pode comparar com uma missa. Via-se alguns fiéis que obedeciam e cantavam e entusiasmavam com o líder que naquele caso poderia se considerar como um pastor que comandava as ovelhas. Esta obediência cega a um líder que ninguém pode contrariar com medo e nalguns casos com chicote não me parece boa para um partido que diz que é moderno. E se repararem este partido não tem no seu quadro gente com grande capacidade de pensar e executar tirando um ou outro quadro que mesmo assim quase que não pode falar. Basta verificar-se a quantidade de quadros que fizeram parte do ADI no início e foram saindo do partido um a um. Até recentemente o Agapito Mendes que trabalha no banco mundial veio fazer assessoria ao senhor primeiro-ministro e teve de ir embora porque não resistiu a este clima de obediência cega que existe no governo e no partido. Se o partido continua assim pode mesmo acabar no futuro. É uma pena. Mas eles é que sabem coisa deles.

  10. Sónia Taveira

    1 de Junho de 2016 at 20:02

    E assim se vai construindo a história do nosso país. No futuro dirão que todos somos culpados. Pela minha parte não tenho nem nunca tive nada a a ver com estes casos nem participei direta ou indiretamente na escolha e eleição de candidatos que contribuiram para arruinar o país. De uma coisa tenho a certeza são sempre os mesmos desde 1975 que mais têm mamado e transmitem este hábito aos seus filhos e gerações vindouras. Tenho dito. Agradeço imenso ao autor desta crónica pela capacidade de arrumar ideias e nos brindar com estas coisas.
    Não compreendo a razão das pessoas participarem neste fórum em anonimato já que estamos em democracia. Criticamos os outros mas mantemos alguns vícios deles.
    Sónia

  11. Gente Daqui Mesmo

    2 de Junho de 2016 at 7:37

    Infelizmente é assim que as coisas ainda são feitas no nosso S.Tomé. Como é que o país pode desenvolver desta forma é que eu não sei.

  12. Triste

    2 de Junho de 2016 at 8:25

    Já vi que a “Politica” do Dr. Patrice é escolher pessoas por conveniência e não por competência. É só olhar pra gentes que foram colocadas nas chefias de Administração Pública e forma como foram substituídas quando assumiram o poder. Pois é. O País está a perder cada vez mais qualidades em termos de valorização de competências. Eu pergunto a mim mesmo: Estudar pra quê? Em 2010, votei ADI, porque fui levado pela fúria de uma verdadeira mudança e acreditar que a nova geração iria pegar STP e transformar verdadeiramente num País moderno, de inovações e com dirigentes com outra mentalidade. Fico mais triste ainda quando vejo gentes como Agostinho Fernandes, Carlos Vila Nova e Stock, pessoas que sempre admirei pela competência e pelo profissionalismo e idoneidade, estarem metidos nesta promiscuidade.Já não acredito em nada neste País…Deus Abençoa STP…

    • Desiludido

      2 de Junho de 2016 at 9:25

      Meu caro “Triste” o Patrice Trovada utiliza sempre este esquema de eleição para eleição. Ele utiliza as pessoas, promete mundos e fundos, fala de modernização, de agenda de transformação, de inovação, de reformas e outras coisas e depois é capaz de fazer exatamente o contrário daquilo que ele andou a afirmar. Eu sei o que ele me disse, juntamente com mais alguns colegas, no gabinete dele. Todos nós que ouvimos aquilo que ele dizia ficamos convencidos que o homem era de facto um grande líder que iria transformar S.Tomé. Uma treta infelizmente. É só promessas e mais promessas para iludir. Eu reconheço que acreditei muito nele e tinha fé que ele era o homem que iria transformar este país. Pura ilusão minha e de alguns colegas. Reconheço que fui enganado mas agora sei que é difícil ou impossível enganar-se toda a gente ao mesmo tempo. Vamos aprendendo com o tempo e conhecendo as pessoas.

    • Triste

      2 de Junho de 2016 at 10:29

      Quero aproveitar também para felicitar o Sr. Adelino Cardoso Cassandra por esta brilhante reflexão. Gostaria que o Sr. Abílio Neto, comentador e porta-voz de família Trovoada lê-se esta reflexão e tomasse juízo dessa vez sobre todo o olhar cego que tem feito a favor dos seus interesses pessoais e familiares…

    • Triste

      2 de Junho de 2016 at 17:55

      Queria eu dizer: “Lesse”

  13. Lourenço

    2 de Junho de 2016 at 10:22

    Patrice Trovoada só engana alguns. Ele não pode enganar todos ao mesmo tempo. E alem disso cá em S.Tomé ainda existem pessoas que pensam com as suas cabeças e não vão na conversa de fazer boi dormir do senhor Abílio Neto e outros trocantintas arrumados em analistas embora pagos a peso de ouro pelo trabalho que fazem.
    Deus abençoa S.Tomé e Príncipe.

  14. Trindadense

    2 de Junho de 2016 at 10:53

    Mas qual mudança senhor ou senhora TRISTE? Tudo isto é fogo de vista para enganar cada um. Se eu lhe contasse histórias que eu passei com este senhor atual primeiro-ministro, nos outros tempos que o ADI era outro, o senhor não acreditará naquilo que eu lhe digo. Nem dois dias davam para eu lhe contar as histórias deste senhor. Nós passávamos uma noite inteira em reuniões da comissão política este senhor dizia cada coisa, citava fontes e personagens, dizia contactos que ele tem (alguns até eram verdadeiros) prometia tudo, dizia que iria transformar S.Tomé na Suiça (aquele tempo era Suiça) dizia que tinha fundos para isso já garantidos e só muito depois é que chegávamos a conclusão que tudo isto eram truques. Só eu sei o que eu ouvi da boca deste senhor. Agora ele está a repetir a mesma coisa com outros personagens. Só que na minha opinião estes truques já são velhos. No entanto há ainda que cai. Eu já vi muita coisa neste país. Um dia ainda tentarei escrever sobre isto.

    • José Araújo Gomes

      2 de Junho de 2016 at 17:16

      Meu caro compatriota Trindadense, chamo-me Carlos Gomes e estou a escrever um livro intitulado: Patrice Trovoada – um aldrabão africano, por essa razão solicito-lhe se pode me disponibilizar todas as informações que dispõe deste indivíduo.
      Obrigado

  15. Malebobo

    2 de Junho de 2016 at 11:43

    “Igrejas Novas” é uma boa designação para esta coisa. Que raio de partido é que só uma pessoa é que manda ninguém mais pode falar nem dizer nada porque mesmo se disser a última palavra é dele. Neste caso é melhor só ele fazer parte do partido e não deixar ninguém mais participar no partido. Homem parece um pastor que toda a gente tem que seguir religiosamente e respeitar. Que raio de coisa é esta?! Até a fotografia que estava no cenário era do senhor de gente. Na minha opinião esta foto deveria ser do candidato que vamos apoiar. Ou não é assim? Para além disso eu também já não estou a gostar de usar em todos os congressos camisolas com fotografias do senhor primeiro-ministro. Mas que raio de coisa é esta? Isto é Corei do Norte ou quê? Tem que haver mais liberdade no partido.

  16. malebobo

    2 de Junho de 2016 at 13:44

    Adelino cassandra, artigo de reflexão para qualquer comentador aqui neste fórum, muito obrigado,

  17. helmer dias

    2 de Junho de 2016 at 14:43

    Boa tarde sr Adelino cassandra

    Estou de acordo com tudo que escreveu,e a maneira clara que o sr tem da nossa política e dos nossos políticos.Quando não somos competentes, não temos personalidade,nao somos profissionais e queremos vida de sanguessugas e não estamos nem ai para crescimento e desenvolvimento do pais acontece isso.o sr doutor Patrice trovoada nosso 1ª ministro e chefe de estado quer fazer do povo oque ele quer,espero que nos santomense actualmente possamos perceber isso não ir em cantigas dele.Ele tem as suas”condições” e muitos dos seus seguidores não tem por isso são “SEGUIDORES” para não dizer outra coisa. Espero que continue a nos brindar com as suas reflexões e cronicas é assim que o povo quer viver em paz.Teria muitas coisas mais a dizer mais ,estarei sempre atento as suas cronicas e reflexões.
    ABRAÇO

  18. Vexado

    3 de Junho de 2016 at 9:52

    Só não entende quem não quer entender. Que este artigo ilumine a mente do Senhor Doutour, juiz, Advogado, assessor e não só Augerio Amado Vaz.

    Santomense deve deixar de pensar atentendo a fé. Deve basear as suas acções, em certas questões, na razão.
    Deve-se perguntar: “Porquê que um homem bem sucedido, afortunado que não precisa de são tomé para nada como afirmam os seus seguidores quer a todo o custo o poder em stp?”
    ” Porque que um homem com o dito “perfil” (de caracter duvidoso) vem sujar com a politiquice de são tomé?”
    Com 30 anos era assessor, o pai presidente. Será que na presidencia constam algum parecer do celebre assessor? Qual foi o contributo para melhoramento da economia de stp?

    Cada um com o seu interesse no seio do adi.

  19. Paulo

    7 de Junho de 2016 at 14:52

    “Rica analise”
    Necessitamos de mas pessoas com caracter e sem medo.
    Só podia ser gente da ilha do Príncipe.
    Obrigado Sr. Adelino Cassandra pelo rico artigo. “Quem não deve não teme”

  20. Ralph

    10 de Junho de 2016 at 7:14

    O autor levanta algo que parece estar a acontecer em volto do mundo. Ou seja, os políticos procuram ter poder pura e simplesmente para ter poder. Em muitos países democráticos, as razões principais de ser por muitos partidos políticos têm deixado de ser importante porque a sociedade tem mudado tanto. Isto leva a uma situação na qual o povo fica cada vez mais desiludido com todo o sistema de governação.

    Por exemplo, na minha nação de Austrália, temos os trabalhistas e os conservadores como os partídos principais. Porém, nem destes grupos parecem acreditar em muito hoje em dia. E quando têm políticas, os partidos parecem frequentemente ser meras cópias um do outro. Isto tem resultado na criação recente de micro-partídos e políticos independentes que visam apelar a gente que não se sinta representada por nenhum dos partídos do estabelecimento. Estamos no meio de uma campanha eleitoral na Austrália em que os eleitores estão completamente fartos com ambos os partídos principais e estão tentados a elegerem um governo minoritário. Na minha opinião, a única coisa que uma pessoa pequena pode fazer é dar-lhes um sinal às urnas, o que parece ser a única mensagem que entendam. Este é um fenômeno que eu acredito que vá continuar a acelerar-se nos anos que vêm. Boa sorte!

  21. Inocência Mata

    12 de Junho de 2016 at 20:07

    «O ano passado, eu tinha uma boa vida, ganhava dinheiro, tinha meninas e festas, e vieram os TROVOADAS perguntarem-me se eu gostava de ser presidente, e aqui estou eu!» Fradique de Menezes

    Ó Adelino, ri-me tanto! Às gargalhadas, porque se nos nos rirmos das nossas desgraças, “genti agita”!
    Bem, antes de mais, queria felicitar-te pela desafiante reflexão. Tenho seguido os teus artigos, nem sempre em tempo desejável. Ultimamente tenho vindo mais por causa das eleições que se avizinham. Mas o mais importante é que nos vamos comunicando por outros meios.
    Um abraço.

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