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O Prostíbulo Internacional

Por estes dias, a grande notícia, que caiu como uma bomba no país, é a declaração, por parte do governo Santomense, de corte de relações diplomáticas com Taiwan. A notícia, tendo em conta as fontes da diplomacia de Taiwan que não foram desmentidas pelo governo Santomense, tem contornos inacreditáveis, inusuais e até humilhante para o país,  aparece escancarada em vários jornais e em conteúdos informativos de várias agências  noticiosas internacionais com este título: <…S.Tomé corta relações com Taiwan depois desta lhe ter negado 100 milhões de dólares…> Posteriormente, concluem, citando o ministro de negócios estrangeirosTaiwanês : <…Taipé apoiou S.Tomé e Príncipe dentro das suas possibilidades, mas não conseguiu satisfazer as exigências de S.Tomé…>

Fui, posteriormente, ler o conteúdo do comunicado do Conselho de Ministro que tomou a decisão em causa e nele se argumenta, entre outras coisas, para a tomada da referida decisão <… a agenda de transformação do país, os objetivos de desenvolvimento sustentável das Nações Unidas 2030 e da União Africana 2063…> bem como <…as tensões prevalecentes no plano internacional, a multipolarização dos centros de decisão, bem como a defesa cada vez mais aguerrida dos interesses nacionalistas por parte dos principais atores da cena internacional em detrimento do multilateralismo, opção de longe, mais favorável à expressão dos pequenos estados…>

Duas pequenas conclusões podem ser tiradas, tendo em conta o conteúdo noticioso internacional relacionado com o referido caso bem como o conteúdo do comunicado do governo.

A primeira conclusão, em termos de forma, em ambas as fontes citadas anteriormente, leva-nos a concluir, sem margens para dúvidas, que o país cortou relações com Taiwan por causa de dinheiro, ou seja, de 100 milhões de dólares que foram exigidos para satisfação de exigências relacionadas com a agenda de transformação do país e outras manigâncias.

Ou seja, a referida decisão, tendo como argumento a vertente económico-financeira para  o cumprimento da agenda de transformação do país, denuncia a materialização de uma política oportunista, leiloeira e, até, chantagista, no contexto das relações internacionais, porque, o governo interiorizou, antecipadamente, que, ao fazê-lo, teria como única alternativa, tendo em conta as relações políticas entre a China continental e Taiwan, cair nos braços da grande China, como, aliás, Miguel Trovoada fizera com Taiwan, relativamente à China Continental, há 20 anos. Conseguimos, mesmo na nossa condição de país minúsculo e insignificante no concerto das nações, deixar uma marca importante, como modus faciendi, para outros povos, a partir de agora: sempre que as condições de exigência financeiras não forem satisfeitas corta-se ou suspende-se as relações diplomáticas entre países e povos.

O país está dividido ao meio: uns acham que o governo fez bem porque o investimento de Taiwan era muito racional e sujeito aos condicionalismos muito rígidos, em múltiplas áreas, que onerava um forte crescimento do país no curto prazo; outros, pelo contrário, acham que o governo fez mal porque não se deve tratar desta forma um fiel parceiro de desenvolvimento que fez muito pelo país durante 20 anos.

Muitos esqueceram-se, todavia, de um pormenor importante: o país atravessa uma crise gravíssima com contornos socioeconómicos e políticos imprevisíveis no futuro, depois do primeiro-ministro nos ter prometido um país novo idealizado a partir da concretização daquilo que ele chamou de “agenda de transformação”.

STP IN – London 2015 foi a primeira manifestação de fracasso para atingir este objetivo e é por isso, aliás, que ninguém mais fala sobre esta iniciativa.

O corte de relações diplomáticas com Taiwan, depois desta negar a ajuda de 100 milhões de dólares ao país para este mesmo propósito, representa o segundo fracasso para o cumprimento deste mesmo objetivo.

A aposta na China Continental é, por isso, a terceira e, provavelmente, última carta ou trunfo que Patrice Trovoada vai jogar para atenuar os sintomas da crise que assola a nossa terra e cumprir a concretização da “agenda de transformação do país” que prometeu ao povo.

Todavia, o país colocou-se numa posição tão frágil, decorrente desta decisão política, ao cair desta forma nos braços da China Continental, numa situação de crise socioeconómica e exposição voluntária aos sintomas de um autêntico leilão em termos de relações internacionais entre estados, que muito dificilmente se pode esperar algo de muito extraordinário ou diferente, relativamente àquilo que Taiwan fez no país, em termos de investimento.

Por que razão a China Continental, neste momento em que o país lhe cai nos braços como uma criança sem pai nem mãe que, ainda por cima, não tem alternativas nenhumas para contornar a crise que lhe aflige, tem de oferecer condições extraordinárias de investimento ao mesmo para que este ponha em marcha a sua “agenda de transformação” prometida por um primeiro-ministro que já bateu várias portas e não conseguiu abri-las e, na anterior situação de disputa política, há 20 anos, entre esta e Taiwan, optou pelo dinheiro desta?

Quem garante aos dirigentes e políticos Chineses que o país tendo feito o que fez há 20 anos, tendo optado por dinheiro de Taiwan em detrimento das relações com a China Continental e, agora, tenha optado pela promessa de muito dinheiro da China Continental em detrimento de garantias financeiras fixas de Taiwan, não volte a fazer o mesmo daqui por 15 ou 20 anos, em sentido contrário, tratando-se dos mesmos protagonistas políticos que tomaram as referidas decisões políticas em S.Tomé?

Todos nós sabemos que os Orientais, de uma forma geral, e especialmente os Chineses, valorizam muito a sensação de confiança que as relações pessoais podem oferecer com a finalidade de desenvolverem uma relação empresarial ou política de longo prazo. Como é que eles podem confiar em políticos nacionais que, por duas vezes, revelaram exatamente a falta de confiança para o estabelecimento desta relação empresarial ou política de longo prazo?

Como cidadão nacional não me repugna nada, muito pelo contrário, o estabelecimento de relações diplomáticas entre o meu país e China Continental ou, em alternativa, Taiwan. A forma esquizofrénica, infantil, leiloeira, prostituível ou chantagista como resolvemos fazê-la é que me preocupa como cidadão porque coloca todos os Santomenses numa situação humilhante. O país pode e deve estabelecer e desenvolver relações diplomáticas com quem quiser, mas não pode transformar-se, neste âmbito, num prostíbulo internacional com preço a partir de 100 milhões de dólares.

Por outro lado, as relações que o nosso país tinha com Taiwan não eram simplesmente de natureza económico e financeira. Nos últimos anos houve um esforço de ambos os lados no sentido de dinamização de atividades culturais, empresariais e de outra natureza, entre os dois países, que indiciavam a criação de condições para a solidificação de relações de amizade entre os povos em causa.

Neste âmbito, o primeiro-ministro Patrice Trovoada, em nenhum momento, anterior ou posterior às eleições legislativas, nos informou, no seu manifesto eleitoral ou em declarações ao país, que iria tomar medidas para rever esta relação que o povo Santomense começava a estabelecer com o povo Taiwanês. Não o tendo feito, ele tem legitimidade para o fazer, agora, de forma abrupta, tendo como único argumento a negação por parte de Taiwan de uma ajuda de 100 milhões de dólares para o cumprimento dos seus caprichos eleitorais? É assim que as relações entre os países e povos funcionam?

Somos todos carneiros que andam a pastar que, por caprichos ou estados de alma momentâneo do senhor primeiro-ministro e do seu pai temos de, ora aprofundar relações de amizade com China Continental, ora com Taiwan e, posteriormente, de novo, com China Continental, numa espécie de leilão em que cada Santomense tem um preço predefinido?

E já agora, por que razão o primeiro-ministro não toma a mesma decisão em relação aos outros países, como por exemplo Angola, cujos fluxos financeiros, em forma de ajuda ao nosso país, diminuíram muito nos últimos tempos?

Além disso, a China Continental, depois deste episódio rocambolesco e triste, não tem obrigação moral nenhuma de nos ajudar a implementar uma “agenda de transformação” para cumprimento de promessas eleitorais. É óbvio que os Chineses não são parvos nem tão pouco a China Continental é uma agência filantrópica internacional ao serviço de desvarios de Estados praticamente falhados. Tudo o que disponibilizarem fazer para S.Tomé e Príncipe, em termos de ajuda financeira, terá retorno equivalente ou superior. Basta se ver o que tem sido a prática em muitos países africanos. Temo muito pelas consequências, sobretudo de natureza ambiental, que tudo isto possa acarretar, no futuro, em prejuízo das gerações vindouras.

A segunda conclusão, em termos de conteúdo, que tiro do comunicado do Conselho de ministros, sobre este assunto, encerra trapalhadas, confusão e até disseminação de alguma ignorância em assuntos tão delicados. Como é possível que se diga, neste comunicado, que <… as tensões prevalecentes no plano internacional, a multipolarização dos centros de decisão, bem como a defesa cada vez mais aguerrida dos interesses nacionalistas por parte dos principais atores da cena internacional…> é mais vantajosa ou favorável, à expressão dos pequenos estados, neste contexto político internacional concreto, em detrimento do multilateralismo, sendo que tal legitimou a decisão em causa? Sinceramente que não consigo alcançar o significado desta frase que configura uma autêntica trapalhada governamental para não dizer ignorância.

Tudo isto é, também, reflexo da nossa pequenez, ingenuidade, aprisionamento ao circuito de pequenos prazeres que estas mudanças políticas proporcionam àqueles que estão numa situação privilegiada para as promover e materializar, perante o definhamento socioeconómico, ético e moral do país no médio e longo prazos.

Não vemos mais longe do que a vida imediata ou do que o curto prazo e, quase sempre, esquecemos que as decisões urgentes, tomadas em cima das crises, dificilmente são decisões acertadas. Uma das consequências deste ato é que, quase sempre, transferimos para os outros a decisão de construção ou não do nosso projeto coletivo, enquanto comunidade, ao passo que nos mantemos ligeiramente preocupados com questiúnculas menores sem qualquer significado para a comunidade.

De repente, vejo algumas pessoas tão satisfeitas com esta decisão governamental, transferindo o ónus da responsabilidade pelo desenvolvimento do país para China Continental, resultante desta decisão política recente do atual governo, enquanto transformamos a Assembleia Nacional, por exemplo, numa autêntica macacada onde o senhor primeiro-ministro passa a vida a esconder-se em vez de explicar e informar os deputados nacionais sobre as decisões políticas que toma. Ninguém, por exemplo, questiona as opções políticas que foram tomadas, durante 20 anos, que eventualmente poderiam explicar o destino de centenas de milhões de dólares que Taiwan injetou no país, em vários sectores de atividades e, cuja receita, provavelmente, vamos repetir, de forma acrítica, com a China Continental, a partir de agora, para, daqui por 20 anos, voltarmos a dizer que  este investimento ou opção por China Continental também não foi bom para o país.

José Gil, no livro “Portugal, Hoje, – O medo de Existir” – diz esta coisa maravilhosa sobre Portugal cujo paralelismo estabeleço com a nossa terra. Segundo ele < … circular por entre as pequenas coisas, investir nelas e logo desinvestir, conectar-se e a seguir desconectar-se dá a ilusão de movimento de liberdade, de um desejar diverso, rico e múltiplo (…)  e assim se vai, de uma tarefa a outra, de um empreendimento a outro, de um afeto a outro, de um pensamento a outro. Sempre saltitando, em trânsito permanente para parte nenhuma…>

E assim, esperando sem esperança, vamos continuando a viver na ilusão de que estamos a construir um país.

Adelino Cardoso Cassandra

21 Comments

21 Comments

  1. luisó

    23 de Dezembro de 2016 at 9:41

    Subscrevo na totalidade.

  2. Adelino Lucas

    23 de Dezembro de 2016 at 10:10

    Assunto para ser minuciosamente analisado e discutido. Uma discussao que deve ser feita em sede propria, devendo no entanto os contornos dessa analise, cautelosa tambem, ser posta a disposiçao/conhecimento publico, ainda que de forma mesuravel…( ? )…. Todavia, vaos os meus parabens, e porque nao admiraçao(?), para o autor do artigo, quer pelo titulo como pela reflexao feita.

  3. Costa Pedro

    23 de Dezembro de 2016 at 10:32

    Grande artigo. Parabéns Adelino Cassandra pela reflexão.

  4. Diamonde

    23 de Dezembro de 2016 at 11:21

    Não acredito que o senhor leu o meu pensamento. Esta frase diz tudo sobre a nossa situação: “Somos todos carneiros que andam a pastar que, por caprichos ou estados de alma momentâneo do senhor primeiro-ministro e do seu pai temos de, ora aprofundar relações de amizade com China Continental, ora com Taiwan e, posteriormente, de novo, com China Continental, numa espécie de leilão em que cada Santomense tem um preço predefinido?” Infelizmente é esta a nossa situação. Estamos nas mãos de meia dúzia de burros que manda-nos virar para um lado e todos nós viramos, depois manda-nos virar para outro lado e toda a gente vira de novo. Não existe uma direção certa, com lógica, pensada e refletida. É só navegação a vista sem bússola nenhuma. É por isso que eu digo que este país não tem salvação.

  5. explicar sem complicar

    23 de Dezembro de 2016 at 11:24

    Segundo informações,estamos também em vias de cortar relações diplomáticas com ANGOLA, pelo facto da SONANGOL estar a exigir que Stomé e Principe comece por pagar inicialmente 50% das dívidas. Já está tudo acertado com a NIGÉRIA. Segundo informações, a Nigéria irá assumir a dívida com Angola em contrapartida, S.Tomé terá que cortar relações diplomáticas com Angola e renunciar o acordo de abastecimento de combustível a STP.
    Assim sendo brevemente a NIGÉRIA será o fornecedor legítimo de combustível a STP.
    E na entrevista sobre o caso TAIWAN Patrice Trovoada já de,instruo este sinal, quando fala de que “mais ainda vai acontecer”…na nossa sub-região.
    RECORDAO? Quem tem ouvidos, OUVIU MUITO BEM. Ficou o aviso.
    Em breve TCHAU Angola.

  6. V

    23 de Dezembro de 2016 at 12:38

    Tambem Subscrevo na totalidade.

    Neste caso, bem que o fundo é sempre de zelar para os interesses do pais, a forma é indigna e as razoes não são boas!

    A culpa não é do Patrice, a culpa é do povo santomense que continua a aceitar a existência de um tal executivo e de estes deputados mudos que não servem os interesses do povo que lhes elegeram. Porque isso não é democracia, é palhaçada!

    Em qualquer pais, dito “democrático”, antes de tomar uma tal decisão, é necessário uma explicação, um debate entre executivo e os deputados, com analises de peritos sobre as consequências (politicas, económicas, culturais, nossa imagem internacional…) e as soluções para superar as mesmas à curto ou longo prazo!

    STP não é a empresa de ninguém!
    é o nosso bem comum e uma só pessoa não pode decidir unilateralmente porque a maioria e principalmente as gerações futuras, iram sofrer!

    Povo santomense, exige e tome o controlo do teu destino!

    • zagaia

      23 de Dezembro de 2016 at 18:34

      “A culpa não é do Patrice, a culpa é do povo santomense que continua a aceitar a existência de um tal executivo e de estes deputados mudos que não servem os interesses do povo que lhes elegeram. Porque isso não é democracia, é palhaçada!”
      Também subscrevo,RDSTP, tem que ensinar nas escolas,desde ensino primário,O QUE É A DEMOCRACIA. Tem que se reformar, urgentemente o ENSINO em São Tomé e Príncipe.

      UM FELIZ NATAL E UM PRÓSPERO ANO NOVO PARA TODOS.

  7. Eusebio Neto

    23 de Dezembro de 2016 at 14:07

    Parabéns Adelino Cassandra pelo excelente e critico trabalho. Espero como desafio outro Adelino, o Lucas que esta mudança de parceria que o governo fez,não seja aceite de forma passiva e desinteressada pois, indícios suficientes pairam ao ponto dos partidos políticos da oposição e a sociedade civil sentirem-se chamados a exigir mais explicações ao senhor Primeiro Ministro.Tendo o Adelino Cassandra esgotado tudo o que a situação oferece realçar, limito-me a chamar a atenção de todos em relação ao calendário pré estabelecido e escrupulosamente pelo sr PM para desautorizar seu próprio pai or causa de Usd 100.000.000. Recordam-se que inicialmente o sr PM contraiu sorrateira e secretamente uma divida/ajuda financeira de Usd 30.000.000 junto de Pequim. Depois surpreendeu-nos a todos com uma remodelação governamental por todos considerada atípica, tendo na altura substituído o ministro Salvador Ramos. Estou a falar do Ministro dos Negócios Estrangeiro que, salvo erro, era Assessor para Assuntos Internacionais do então Presidente Miguel Trovoada quando este decidiu romper relações com Pequim para reconhecer a soberania de Taipé. Portanto, Salvador foi sacrificado nessa remodelação porque, realmente seria caricato ser ele o MNE de um governo que deu o dito por não e, por causa de dinheiro decide e penitenciar perante o pais que ele tinha ajudado a desvalorizar. Não me interessa comparar as vantagens e desvantagens das relações com a China Popular ou China Formosa. O que deixa o nosso extremamente desvalorizado e possivelmente a ser visto como uma espécie de terra de traficantes e caloteiros são as razões que levaram Emery Trovoada a pontapear os taiwaneses para fora. Ou muito me engano ou muito em breve os taiwaneses irão publicar realmente o que se passou e então todos saberemos porque nosso continua tão atrasado.

    Deus nos acuda.

  8. Nuno De Menezes

    23 de Dezembro de 2016 at 15:13

    Senhor Adelino Cardoso Cassandra;

    Acabei de ler o seu artigo, existe pontos que nao batem certo.

    O Senhor escreveu que;

    A notícia, tendo em conta as fontes da diplomacia de Taiwan que não foram desmentidas pelo governo Santomense, tem contornos inacreditáveis, inusuais e até humilhante para o país, aparece escancarada em vários jornais e em conteúdos informativos de várias agências noticiosas internacionais com este título:

    Pelo visto;

    Isso tem haver com dinheiro foi por essa razao que o Senhor Primeiro ministro corta a relacao com Taiwan.

    Mais no entanto a China agradece o corte com a relacao com Taiwan.
    http://www.telanon.info/politica/2016/12/22/23499/china-ja-agradeceu-stp-pelo-corte-com-taiwan/

    Isso quer dizer que os chineses tambem querem dinheiro de Twain os mesmos negaram a Sao Tome e Principe 100 milhões de dólares.

    Politica nao Percebo, mais o ponto de analize, e tambem sei ler mais ou menos e escrever tambem, acho que existe coisas que nao batem certo em relacao as Noticias todas que tem haver com Taiwan dentro de Sao Tome e Principe.

    Nao quero dizer que ando contra a china e Tawain.
    Tanto ‘e que existe familia minhas das ambas partes.

    Se foi negado 100 milhões de dólares a Sao Tome, Ok, isso eu percebo o Senhor Primeiro Ministro deveria pedir esse mesmo valor a China.

    Normalmente se o Banco nao da a mim o emprestimo, tento outro.

    Acho e penso que nao tem nada haver com o emprestimo de 100 milhões de dólares. nao acha senhor Adelino Cardoso Cassandra?

    Ponto N.1 -> Porque que a China já agradeceu STP pelo corte com Taiwan?

    Ponto N.2 -> Porque que o senhor Primeiro ministro de Sao Tome e Principe nao pediu emprestado a china 100 milhões de dólares?

    Ponto N.3 -> O presidente da Republica de Sao Tome e Principe o que diz a esse Respeito em relacao cortada com Tawain?
    A reacao do Mesmo Presidente da Republica de Sao Tome e Principe qual foi?

    O meu modelo de vida a minha forma de estar depedendo da minha profissao e forma de estar analizo muito o que vejo dentro da europa e tento passar a informacao da melhor forma para assim perceber e troca de informacao tambem pode imitar nao 100% mais quem sabe 4% para a melhoria.

    Abri o jornal online hoje aqui na inglaterra Reino unido a Primeira Ministra de Reino Unido Theresa May, a mesma esqueceu alguma coisa a mornarquia da mesma ou seja a Queen da Inglaterra.

    http://www.dailymail.co.uk/news/article-4060406/Theresa-disappointed-Queen-failing-plans-Brexit-Balmoral-visit.html

    Sera que o Nosso Primeiro de Sao Tome e Principe Falou com o Nosso Presidente da Republica de Sao Tome e Principe em relacao cortar Relacoes com o Povo Tawain?

    Atencao:
    O Povo, nunca se esquecem disso ainda mais o Povo quem ajudou dentro dos Possiveis no hospital e outras coisas mais do nosso conhecimento., O Povo Tawain.

    Para perceber o que aconteceu com a Thresa May aqui dentro de inglaterra a Primeira Ministra se faz o favor de Pedir a Google.com a traducao.

    http://www.dailymail.co.uk/news/article-4060406/Theresa-disappointed-Queen-failing-plans-Brexit-Balmoral-visit.html

    Quem sabe assim deixamos de dormir por qualquer tipo de motivo e o mesmo motivo juntos Ganhamos com a colaboracao dos Outros Paises dentro da Lei.

    Nuno Menezes
    Reino Unido,Lincoln
    United Kingdom,Lincoln

  9. CA'mucuço

    23 de Dezembro de 2016 at 16:27

    Brutal!
    Dignidade precisa-se!
    Parabéns, caro Adelino.
    Carlos Almeida “CA’mucuço”

  10. Fernando

    23 de Dezembro de 2016 at 16:46

    Magnífico artigo. Os meus sinceros parabéns.
    Bom natal para toda a gente de S.Tomé e Príncipe.

  11. António Silva

    23 de Dezembro de 2016 at 19:23

    Quem viver verá. Nenhum país dá nada a outro neste mundo. Aqueles que estão a pensar que a China vem para cá para andar a distribuir dinheiro pelo país e pelos nossos políticos é melhor tirarem o seu cavalinho da chuva. O que é que S.Tomé tem para oferecer a China de extraordinário que por exemplo Angola, Moçambique ou outro país africano qualquer não pode dar em troca? Fala-se num porto de águas profundas. Para quê é que eu não sei. Ele será rentável tendo em conta que outros países já começaram a fazer exatamente isto? Para quê que os Chineses precisam de gerir um porto de águas profundas cá em S.Tomé se já têm as suas bases dentro de Angola, Moçambique e outros países africanos? Provavelmente precisaram de fazer negócios em torno das pescas e neste caso os nossos pescadores irão sofrer pois eles têm barcos mais bem preparados e com meios como arrastões que apanha tudo o que vem pela frente.

  12. Guida Gostosa

    23 de Dezembro de 2016 at 23:08

    Continuo a defender o reconhecimento da República Popular da China por São Tomé e Príncipe e o simultâneo corte de relações diplomáticas com Taiwan, como a correcção de um erro que nunca devia ter sido cometido por parte do Estado Santomense há 20 anos atrás, mas fico estupefacta com as alegações do Governo Taiwanês sobre os motivos, meramente financeiros, “leiloeira” e “chantagista”, como classifica o ilustre analista e autor deste artigo.

    No meio de toda esta história, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da República Popular da China, Huan Chunying, já veio publicamente afirmar que “o princípio da China única não deve ser comercializado”, deixando desta forma um sério aviso ao nosso país de que a China não se deixará levar pelas habituais “jogadas de mestre” de Patrice Trovoada. Esperemos pelas cenas dos próximos capítulos!

  13. Rodrigo cassandra

    24 de Dezembro de 2016 at 10:50

    A primeira coisa que tenho e devo fazer é agradecer de todo o coração o artigo,, tem conteúdo ,, tem estrutura e tem sobretudo opinião e conclusão,, Estamos sim perdidos não sabemos nem onde vamos,,, nem como vamos ,,,estamos todos a sabor do dinheiro quem da mais fica,,,, no fundo de forma grosseira sem querer ofender ninguém prostituta,,, mas tudo isso tem um fim mas vale estar sozinho do que muito mal acompanhado

  14. Bem de S.Tomé e Príncipe

    24 de Dezembro de 2016 at 12:16

    Boa reflexão do Adelino Cassandra.Infelizmente fizeram Taiwan entrar pela janela e agora, a mesma equipa mandou-a sair pela maneira como havia entrado.Quero dizer que quando entrou,foi pela vontade de uma só pessoa e agora saiu pela decisão unilateral de uma só pessoa, que fez parte da entrada desse país em 1997.

  15. Martelo da Justiça

    24 de Dezembro de 2016 at 20:37

    Vai ser muito difícil. O contexto, os motivos e o time em que foi feito o rompimento das relações diplomáticas com o Taiwan não ajuda muito. Só numa situação de desespero é que isso pode acontecer. O Patrice prometeu mundos e fundos e não conseguiu. Não foi apenas devido a crise internacional mas também a forma pouco séria como ele dirige os destinos do Pais. Há dois anos já havia crise e ele andou a escamotear tudo para ganhar as eleicoes. O Patrice Trovoada e o seu Pai são pessoas rancorosas e amantes de dinheiro fácil. E gentes assim não podem nem devem ser dirigente de um pais. Fazer chantagem para obter benefícios não é bom para fim pessoais muito menos para um pais digno.
    Quando a China Continental começa a dizer que o reconhecimento da única China não é comercializável, é uma mau sinal e era mesmo de espera. É mesma coisa que dizer que não vamos meter nenhum recurso financeiro nas mãos destes prostitutos “os Trovoadas”. O Patrice pensa que os Chineses são parvos e que não fazer essa leitura.
    Porque que o Patrice fez tanta guerra ao Pinto da Costa, quando o mesmo quis retomar as relações com a China Continental? Porque é que ele chumbou todos os projetos propostos e já negociados por Pinto da Costa? Este Senhor não pode fazer do Pais propriedade dos Trovoadas. Não me admira que os Chineses não venham a condicionar qualquer ajuda a São Tome e Príncipe contra a saída do Governo dos Trovoadas (ADI).A ver vamos!
    Vou mais uma vez dar um conselho aos Políticos São-Tomense: Por favor sigam o exemplo dos Políticos Cabo-Verdianos. Vejam como apesar das dificuldades o Cabo Verde tem avançado.Porquê? Porque têm dirigentes sério.Tenham vergonha na Cara. Confesso-vos como São-Tomense já estou farto disto. Tem que se parras com essa pouca vergonha que apenas serve para atrasar o desenvolvimento do nosso querido São Tomé e Príncipe.

  16. José Mário

    26 de Dezembro de 2016 at 18:14

    A China Taiwan fez muito pelo país. Se hoje São Tomé tem muito menos malária, deve-o ao investimento de Taiwan. A forma pouco elegante e transparente como o Governo de São Tomé cortou relações com Taiwan deverá fazer pensar os outros países doadores (e a União Europeia). Valerá a pena investir e oferecer milhões de euros a um país assim, cuja atual classe política se mostra ingrata e mesquinha?
    A China vai “investir” naquilo que dá lucro. A saúde, educação e agricultura não são prioridades.

  17. FCL

    26 de Dezembro de 2016 at 22:53

    Suga Taiwan antê osso bédê…
    Pema molê tonha bédê..

    Mas sun Adelino..Sun sá supeto munto.. Mal empregado que eu tenho homem…

  18. reflexão

    30 de Dezembro de 2016 at 8:54

    parabéns senhor Adelino Cardoso pelo brilhante artigo.
    De um assunto digno de reflexão sobre a postura Diplomática dos nossos dirigentes.
    Relações bilaterais entre Estados não são estáticas. Como afirmou o pai do actual primeiro Ministro.
    Mas, a forma abrupta e o motivo que leva o rompimento isto sim é deveras preocupante no âmbito da cooperação bilateral.
    Pois temos aproveitado da divergência que existe entre as duas Chinas. a RPC e a RC, para no momento de um colapso financeiro jogar uma contra outra, e sair vencedor o que melhor atender as nossas exigências. Pergunto: Até quando o país continua a contar com estas jogadas para satisfazer as necessidades pontuais? Imaginemos que a China conseguisse uma reunificação com Taiwan o seu grande objectivo, onde o Primeiro Ministro ia buscar agora os 100 milhões que exigiu a Taiwan? Em que circunstância a China vai conceder o empréstimo? será integrado no grupo de assistência Oficial de Ajuda? Será mais um empréstimo que vai somar as nossas dívidas Externas, sem a criação de riqueza para posterior pagamento. ou estão a contar com donativo Chinês? tendo em conta o motivo do rompimento de Relações com a China há vinte anos, o que volta a acontecer agora com Taiwan haverá sempre uma ponderação e precaução com investimento Chinês. Pois como disse Adelino Cardoso, trata-se de uma política oportunista, leiloeira, chantagista e até prostituível. Recordem-se que a quando do rompimento de Relações com a China fomos obrigados a pagar a dívida com a china no quadro de acordo bilateral.

  19. reflexão

    30 de Dezembro de 2016 at 18:50

    Desde já felicito o senhor Adelino Cassandra pelo brilhante artigo.
    Como referiu pai do primeiro ministro, protagonista do acordo entre STP/Taiwan, as Relações entre Estados não são estáticas. Entretanto, tanto a República Popular da China como Taiwan, sabem que STP tem aproveitado do impasse de reunificação que envolve as duas chinas, para no momento de grande aperto financeiro, colocar em jogo os dois países e tirar o proveito daquele que melhor responder às suas exigências. Trovoada ao prometer Dubai ao povo, não sabia que o país vive com base nas ajudas externas e que a crise que assola o mundo não concorre para as suas “aspirações”? China é gato escaldado. Recorde-se que na altura de troca de reconhecimento Diplomático de China continental para Taiwan, a RPC exigiu que STP pagasse as dívidas contraídas. O Financiamento Chinês não será donativo. São empréstimos que vêem somar a nossa dívida Externa e que não vai contribuir para criação de riqueza. Cabo-Verde, por exemplo, tem conduzido de forma sensata a sua Política externa no âmbito da cooperação quer bilateral como multilateral, e pela sua imagem e credibilidade internacional tem tirado proveito disto. Não é o caso de S.Tomé e Príncipe com a postura chantagista leiloeira e até prostituível como referiu Cassandra, no âmbito de cooperação, e agindo por incoerência Diplomática.

  20. Barão de Água-Ize

    31 de Dezembro de 2016 at 20:45

    Muitos parabéns pelo texto!

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