Cultura

25 DE MAIO: DIA DE ÁFRICA: Momento para Rigozijo ou Ocasião para Reflexão (RxR)

Os continentes, as ilhas, os oceanos e os mares que hoje formatam a estrutura do nosso planeta Terra, nem sempre tiveram a configuração de que hoje convivemos com eles. Os estudos geológicos apontam que a Terra era há milhares e milhares de anos uma única massa acima das águas e, que o continente mais antigo de que a geologia tem memória chamava-se Pegália. Foi este continente que deu origem a movimento de formação de vários outros continentes como a Gondwana e a Laurásia por volta de 500 milhões de anos atrás, que por sua vez continha os continentes como a América do Sul, a África, a Índia, a Antartica e a Austrália.

A África teve o seu nascimento geofísico provavelmente a cerca de 130 milhões anos. Os estudiosos assinalam várias fontes de origem do nome África, sendo que dentre muitas hipóteses a palavra África provém de Avriga, nome atribuído a uma tribo bérbere que habitava o norte do continente, entre a Tunísia e Argélia. No entanto o nascimento histórico político e sociológico do continente ocorreu oficialemnte em 25 de Maio de 1963 com a criação da Organização da Unidade Africana (OUA) com o objectivo de descolonizar o continente, cuja consagração deste anseio ocorreu em 9 de Setembro de 1999 em Sirtre-Líbia, transformando a Organizaçao em União Africana (UA). Neste sentido o 25 de Maio de 2011 será um momento de Rigozijo ou de Reflexão (RxR)?

INTRODUÇÃO

No dia 25 de Maio de 2005, ainda me lembro, pois registei o facto e a História convive com factos prováveis, era uma  Quarta-Feira de uma manhã radiante  e a Rádio Nacional num dos seus programas matinais reproduzia músicas nas suas antenas. A certa altura o jornalista de serviço passou primeiro a composição musical cantada pela malograda Mirian Makeba em Swahili, “Malaika, nakupenda Malaika” e de seguida fez rodar uma outra de Franklim Bukaka cantada em Lingala, que exaltava a África “Ahê Afrika-ê, Afrika” que nas partituras  mergulhava os apaixonados no deleite e, enquanto isso passou-se a escutar umas daquelas composições musicais do conjunto África Negra já extinto, cuja textura reposrta uma série de datas que se tornaram célebres para o nosso país, como o dia primeiro de Maio, 30 de Setembro e 12 de Julho. De seguida o locutor jornalista disse, hoje é 25 de Maio, dia  de África, dia de festa, será que estamos em condições de festejar mesmo?!

Foi a partir daquele momento como que respondendo, pensei em escrever um texto sobre o dia 25 de Maio, dia de África. No entanto, como havia um grande engarrafamento de textos meus a serem publicados nos jornais e dois livros a  sairem do prelo (Crónica de Magodinho e Santomensidade), o artigo ficou adormecido a espera de uma altura própria. Ao publicar o mesmo  texto hoje quase que ficaria descontextuado, embora o cenário mundial e africano tenha sido quase coincidentes, embora se deva reconhecer que o passado tem um grande peso sobre o presente, aliás é graças a recolha do passado que suporta essa memória que segue.

Sinceramente eu admiro e venero os escritores que se assemelham aos escultores, pintores  e cantores, tudo ou algo inesperado constitui para eles motivo de inspiração e produção artística, tradicional ou contemporânea. Certa vez fui a uma exposição de um escultor da nossa praça, Armindo Lopes,  na Alliance Française e fiquei sinceramente admirado como que uma raíz vinda de não sei aonde da floresta ôbô, arrastada pela água do monte (água matu) e veio parar a praia na cidade de S. Tomé, ficou transformada num busto de uma linda senhora de pele castanha luzidia e  com tranças longas negras, tida como o próprio escultor a chamava “Mulher Africana”. A África por natureza é a raíz da nossa espécie como santomenses de origem, ela é consequentemente uma mulher que conheceu muitas alegrias e tristezas, do seu útero nasceu o mundo de recursos humanos que veio parir a realidade sua dos nossos tempos onde a globalização confunde-se com usurpação, hegemonia, onde o norte procura ser sempre superior e onde o sul se eterniza na procura de um equilíbrio quase impossível com o norte, num gladear perpétuo entre os Números e o Tempo. De facto, etimologicamente conforme descrevem alguns autores, o nome África deriva de origem de palavras como Afri –povos, afar– poeira, ifri– caverna ou abrigo e, por último o sufixo ka que se veio ajuntar a palavra inicial Afri+ka que quer dizer útero segundo os egípcios. Este sufixo ka faz-nos recorrer as nossas cestas básicas de leitura, para aqueles que lêem e valorizam obras de autores santomenses, o livro O Suicídio Cultural de Aíto Bonfim, onde o protagonista principal do enredo estilístico é um tal de Kakôlô, cujas as sílabas representam a fase de infância, adolescência e adulto, fase essa de maturidade que satìricamente o Aito faz entender que a África ainda não atingiu. Enfim, o Africa só se parece com o Ouro, (ou a Áurea)  que não é, personagem Kakôlô que existe ou existiu de facto no tempo da infância do Aito Bonfim. Como na transição da infância a adulto a gente se desprega por vezes do colectivo dos amigos, este Kakôlô pessoa real, fruto de inspiração do livro Suicídio Cultural talvez se encontre ainda nas grotas de Boa Morte, como a nossa Africa anda a procura do norte nas grotas profundas do desenvolvimento(RxR).

A  SAGA DOS NÚMEROS E  DO TEMPO

Perante um nascimento socio-político milenar difícil e face a uma adolescência atrofiada perene, do primitivismo a modernidade, dos oceanos e mares aos continentes e ilhas, das guerras fraticidas às pazes anunciadas, do conflito tempestade no deserto à odisseia ao amanhecer, continuamos a assumir mesmo que no MUNDO os números e o tempo dominam a vida dos seres humanos, entre Deus e homens.

A Africa não escapa a bissetriz desses dois braços do ângulo obtuso da verdade: os Números e o Tempo. A medida que o tempo passa e ela, a África, não deixa de ser um continente de referência como berço da humanidade, um continente de recursos onde seu dinheiro ou dinheiro dos seus próprios filhos encontra-se só seguro na Europa pronto a ser congelado, um continente luminoso de uma adolescência atrofiada, conturbada e caótica, os números e o tempo estão sempre presentes.  O caos é que parece ser a ordem preferível para melhor se reinar e tirar dividendos, saquear e roubar,  e continuar a aprender eternamente como pescar ou então pedir peixe para matar a fome. Enfim, desde os velhos tempos isso foi assim e torna-se necessário com a leitura tirarmos ilações como se lê nos textos preambulares do Romance Latitude 63.

Os números e o tempo condicionam a vida dos seres humanos desde os velhos tempos até aos nossos dias, que também são tempos, mas novos. Os números então, estão em todo lugar, em todos os tempos e em todas as coisas, na guerra fratricida ou na paz tranquila, na fome privativa ou na abundância regalada, na astronomia ou na astrologia, na engenharia ou na medicina, na física ou na química, até na própria língua e na escrita diversa e dispersa. Nas reportagens, nos registos estatísticos e contabilísticos, nos julgamentos ou nas declarações policiais, nas crónicas jornalísticas e literárias, na beleza e na formosura, os números e tempo estão sempre presentes, no conjuntivo ou no indicativo, no pretérito ou no futuro. Não é em vão que os santomenses recorrendo as raízes exprimem “ tempu tempu sa mandjoka, zelason di ké ka bêlê” que quer dizer, aconteça o que acontecer com o número dos anos as gerações triunfarão, ou seja como dizem os optimistas, alguns de nós podemos ficar pelo caminho, mas a revolução continua” pelo progresso e desenvolvimento, pela PAZ e Concórdia. A Paz em português escreve-se com três letras do alfabeto como se estivesse a benzer e, a Concórdia escreve-se com nove letras como se estivesse a procurar a plenitude. Entre o benzer e a plenitude, entre a racionalidade e a convição, a África encontrará o seu destino comum?!

Enfim… Prova disso, no ano de 2004, a Comissão Africana divulgava  um trabalho de aturada investigação, um documento sobre o título “AFRICA-NOSSO DESTINO COMUM – Documento de Orientação“- onde os números e o tempo estando bem evidentes deitavam lágrimas de negro sobre o papel branco chamando a atenção dos Africanos para, no quadro da Africanidade fecuda na história e na geografia, ultrapassando, o islão, o cristianismo, a colonização, os Africanos de norte a sul, do leste a oeste, ultrapassando as raças e crioulização, ELES, (os Africanos), lêssem e refletissem a favor do continente. Era como que o texto descrito com sentimento mencionasse o seguinte:

Nos últimos 40 anos, a África viu-se confrontada com conflitos que ganharam contornos inter-Estatais, intra-Estatatais, étnicos, religiosos e económicos. Enquanto o SIDA atacava em 1998, 2 milhões de pessoas, na mesma altura os conflitos ceifavam as vidas de 200 mil pessoas. Como facto evidente, cerca de 26 conflitos armados despoletaram em África entre 1963 e 1998, afectando 474 milhões de pessoas entre 1963 e 1968, afectando 474 milhões de pessoas, ou seja 61% da população do continente. No espaço além subshariano cerca de 79% da população foi afectada na África do Leste, 73 na África Central, 64% na África do Oeste, enquanto 51% de pessoas sentiram-se afectadas na parte de norte de África e cerca de 21% na zona de sudoeste africano.

Dos 75 à 80% de conflitos registados no continente desde 1945, cerca de 40 deles, foram guerras civis, algumas das quais duraram décadas. Por exemplo, as guerras no Chade duraram ou duram 40 anos, no Sudão duram outros 37 anos, na Eritreia já duram 36 anos de guerra, em Angola felizmente os irmãos já se entenderam e a guerra durou 27 anos, enfim, isto para não mencionarmos outros casos antigos e recentes.

Estas guerras incidiram-se ou distribuíram-se por três espaços territoriais do continente, como por exemplo, o Corno de África envolvendo a Etiópia, o Sudão, a Eritreia, a Somália; o sudoeste de África retumbando cerca de 12 conflitos; a África do Oeste envolvendo cerca de guerras; o norte de África por sua vez só se tem a assinalar o caso da Argélia.

Uma das consequências desses conflitos armados tem a ver com o sindroma dos refugiados. Em 2001 por exemplo, na África Central e no Corno de África confrontou-se com o problema de 9,6 milhões de refugiados ou pessoas deslocadas dos seus locais de residência, em virtude de conflitos armados.

Na verdade, desde as independências e anos que sucederam o século passado, a África viveu cerca de trinta conflitos que resultaram em 7 milhões de mortos, 13 milhões de deslocados e 5 milhões de refugiados. Estima-se que os danos económicos causados pelos conflitos armados andam a volta de 250 biliões de dólares norte americanos, só para o período de 1980 à 1986.

E como se não bastasse evidenciando este facto perante os números e o tempo, o Cabo-Verdiano António Carlos Tavares na sua Tese de Doutoramento aceite pelo comité do juri do Instituto Universitário General Gutierrez, Espanha em 2008, enumerava o seguinte quanto ao solo do nosso querido continente luminoso, pois a África conta :

a) “com 9% da reserva mundial de petróleo – 100.000 milhões de barris, com características geológicas extraordinárias, o nível de êxito das perfurações é de 5º%, enquanto que no resto do mundo é de uns 10%.

b) Com com 90% de reserva mundial de cobalto, 90% de platina, 40% de ouro, 98% de cromo, 64% de magnésio e um terço das reservas urânio.

c) Por exemplo, o Golfo da Guiné produz, na actualidade, mais de 15% do ouro negro que os Estados consomem ou seja, o Golfo da Guiné abastecerá 25% de consumo dos Estados Unidos em 2015.

d) Por outro lado a República Democrática do Congo, que se situa no coração de África, é o mais rico país do continente no que toca a recursos naturais, contando com 30% da reserva mundial de cobalto, 1º % de cobre, além de ouro, urânio e, o mais importante, o petróleo. Além disso, por esse território dentro passa o Rio Congo, comparável ao amazonas no Brasil e contém 40-50% das reservas de água do continente”

E associado a isso, de Tunísia ao Egipto atingindo duramente a Líbia onde a tradição e a modernidade, onde o norte o sul se chocam surgiu em 2011, o sindroma da Odisseia ao Amacher como no passado o grupo leste capitaneado pela então União Soviética ajudava a luta dos movimentos de libertação considerados na altura de terroristas. E ainda mais, quando se esperava que os ensinamentos do passado pudessem ajudar os irmãos a se entenderem, na Costa do Marfim em pleno 2011 novo conflito surge a volta dos resutados da eleições. Enfim… é maravilhoso.

É maravilhoso e preocupante quando se absorve o conteúdo desses extractos o que relega-nos a conter as nossas emoções e começar a escrever a história recente da República Democrática de S. Tomé e Príncipe  procurando tirar dela também lições que nos ajuizam a aprender com os nossos erros, porque errar é dos humanos, o que não é aceite é errar sempre e sempre da mesma maneira.

Num espaço de trinta e seis anos de independência nacional conquistados em 12 de Julho de 1975 houve  duas Repúblicas, a Primeira de 1975 à 1990 e a Segunda a partir de 1990 até ao momento que este texto panfletário está sendo publicado no Téla Nom (2011). Durante este período houve vinte oito (28) Governos repartidos em catorze para cada lado.

Na Primeira República o fundamento para explicação de tantos Governos liderados por um só Partido de acordo com os ditâmes da história prende-se talvez com guerras intestinais no seio do próprio Parttido que resultou em mudança tácita de monopartidarismo para o multipartidarismo. Na Segunda República já em plena democracia multipartidária a coisa parece ser mais complicada quando, de acordo com a Constituição que regula a vigência dos Governos para quatro anos e dos Presidentes da República para cinco, se assistiu nos vinte e seis anos que seguiram o termino da Primeira, registou-se por exemplo o surgir no país de, três governos em 1994, dois em 1995, dois em 1996, dois em 2001, dois em 2002, dois em 2003, três em 2004, e dois em 2005. Desses catorze Governos mencionados é preciso frisar que houve outros dois  chamados de Governos de Gestão que no total somam 16 Governos. Alguns estudiosos costumam interpretar a existência desses vinte oito Governos surgidos na República como fenómeno instabilidade.

E argumentam a sua afirmação comparando aos momentos áureos da colonização das ilhas de século XVI à XVIII em que as instituições do governo colonial não se entendiam, em que as rivalidades entre a sociedade civil, o poder político e o clero se destacavam. Essas rivalidades duraram até a entrada do século XX com a abolição da escravatura desfarçada em que um Governador para fazer uma visita a qualquer Roça, tinha que fazê-lo por escrito e com antecedência, senão ser-lhe-ia expulsa e vedada a entrada, como fizeram um Governador, segundo contam,  que foi enviado para S. Tomé para cumprir as suas funções, as autoridades camarárias reencaminharam-no de volta para Portugal por ter sido um imbérbe.

Isto quer dizer que a União Africana nascida com a sucessão da Organização da Unidade Africana quase não pode existir porque os Estados não são estáveis e nem estão unidos, ou ainda não se encontraram. A União tem que existir no seio de cada Estado de modo que todos em nome da União tenham a Vez, a Voz e a Imagem do Continente vincadas no seio da comunidade internacional em nome da PAZ e da Concórdia (RxR).

O MOMENTO É DE RIGOZIJO OU DE REFLEXÃO (RxR)?

Embora o Africano depois de vários séculos de existência ainda não se descobriu, pois ficamos com a sensação de que o Africano não se encontrou, ou ainda não se encontrou consigo mesmo. Embora ele chegasse a fase de se parecer com o que devia ser, ou seja Kakôlô, ele passasse da fase de vítima ao carrasco, de dirigido para dirigente, em que o culpado é ele mesmo;

Embora as estatísticas demonstram segundo o relato do documento da União Africana de 2004 de que dos 48 País Menos Avançados do Mundo, 33 deles se encontram em África, nomeadamente,  Angola, Benin, Burkina Faso, Burundi, República Central Africana, Chade, Comoros, República Democrática do Congo, República do Congo, Djibuti, Guiné Equatorial, Eritreia, Ethiopia, Gambia, Guiné Conakry, Guinea – Bussau, Leshoto, Liberia, Madagascar, Malawi, Mali, Mauritaania, Moçambique, Niger, Sao Tome and Principe, Senegal, Sierra Leone, Somalia, Sudan, Togo, Uganda, Tanzânia e Zâmbia;

Embora a Organização da Unidade Africana (OUA) nascida em 1963 em Addis Abeba tenha transitado para a União Africana em Sirtre Líbia em 9 de de Setembro de 1999, estando sem forças para agir verbalmente, junto da comunidade internacional nos assuntos que afectam toda a comunidade e, especial os africanos em geral, de norte à sul, de este a oeste, sendo incapaz de dizer Oh Africanos Acordem;

Embora em S. Tomé e Principe após trinta e seis anos de independência tenha havido 30 Governos (28 + 2 de gestão), três Presidentes da República, muitas crises governamentais, muitas irrealizações conforme se preconizava;

Embora os dois maiores partidos do país, o MLSTP/PSD e o PCD enfrentam crises de liderança devido a vários factores que não importa mencioná-los agora, ( o primeiro mais visível e complicado que o segundo, o segundo menos desfarçado e tácitamente concensual que o primeiro), pois deveriam ter em conta as responsabilidades que caem sobre os seus ombros, nomeadamente, a fundação da nação santomense pelo primeiro e, a pilotagem da introdução da democracia pelo segundo, ao ponto de pensar-se que os dois partidos são pratos da mesma balança de libertação;

Embora tudo isso abordado, o momento  serve para as duas coisas: de festejos radiantes e muita e de muita refelxão. Não há nada que substitua a independência dos países, não há nada que pague a liberdade e o progresso. A nossa malograda Alda Graça Espírito Santo afirmou num dos seus poemas uma frase que reteremos para a posteridade: A Liberdade É a Pátria dos Homens, e não há como contrariar. Do primitivismo ao colonialismo, da escravatura ao abolicionismo, ninguém quererá retroceder. Só a História como a verdadeira agência reitora da Humanidade pode provar esta retórica.

Nas duas Repúblicas que tingem a História do país, a independência é o grande mérito de luta de libertação, seguido de nacionalização das roças e a introdução da democracia multipartidária. Associado a isso coloca-se o acento tónico na formação de quadros, sendo a primeira tida lugar logo após a independência com grande apoio da comunidade internacional (nomeadamente os países do bloco leste) e a segunda leva de formação que ocorreu já na vigência da Segunda República com o esforço financeiro do país que deve-se rigozijar em algumas áreas científicas ter excessos, pois estas formações não só foram realizadas no exterior do pais como no interior, todos e cada um, na sua maioria procuraram institutos universitários como crentes se multiplicaram no consumo das pregações de seitas religiosas a procura de segurança económica e espiritual.

Por outro lado cada dia 25 de Maio deve ser um momento sempre e sempre de muita reflexão na perspectiva de procura de um norte para o continente de modo a sustentar o desenvolvimento e estar em condições de revelar a sua importância na contibuição do desenvolvimento do mundo, assim como autodefender respetitando o princípio de respeito e interdependência mútuos (RxR).

CONCLUSÃO

Os números e o tempo falam por tudo quanto existe neste mundo, incluindo a África que ocupa o terceiro lugar em extensão depois da Ásia e das  Américas, cobrindo um espaço de cerca de trinta milhões de quilómetros quadrados, correspondente a 20% das terras emersas. Essas terras emersas onde a glória e a dor se desenham, onde a História como agência reitora da Humanidade relegou-nos o 25 de Maio.

Cada 25 de Maio constitui sempre um momento de se reter o presente, rever o passado e preparar o futuro do continente africano. A retenção, a revisão e a preparação distinta destes esspaços, passa por um equilíbrio sereno a estabelecer como momentos de algazara e proposta de iniciativas para mudar e mudar o perfil deste espaço mãe de todos nós, nascido há milhares e milhares de anos com nome feminino tido finalmente por África. Em português, todos os continentes, são femininos, talvez por serem o torrão que gera homens e mulheres do nosso planeta. Mas sente-se na África aquele valor atroz feminino não só por ser o meu continente de Africano, mas por ser sem cinismo o berço da humanidade, onde todas as escavações paleotológicas relataram a origem e a idade dos seres humanos.

No entanto essa mãe de todos nós gostaria de assistir num mundo globalizado segundo os passos da Histósria o cumprimento tão necessário dos Objectivos do Milénio, que os homens e mulheres de África e de outros continentes agrupados numa Organização chamada Nações Unidas, decidiram dar corpo como compromisso, baseado naquilo que assumiram ser os valores fundamentais e essenciais para as Relações Internacionais no século XXI, nomeadamente, seriam a Liberdade, a Igualdade, a Solidariedade, a Tolerância, o Respeito a Natureza e a Responsabilidade Comum. Sobretudo na Reponsabilidade Comum e através de uma Parceria Mundial deveríamos ter uma consideração especial pela África de norte ao sul, de leste ao oeste, comungando a africanidade na procura da Paz e da Concórdia. Mas, no meio dessa reflexão festejemos mesmo assim, como dizem os nossos irmãos e vizinhos Angolanos. Viva a África o continente de todos nós(RxR).

BIBLIOGRAFIA

Africa Hoje, Anuário 96/97, Lucidos Publicações Lda, Lisboa Portugal 1997

African Union, Africa, Our Common Destiny – Guideline Document – May 2004

Aito Bonfim, O Suicídio cultural, Artes Gráficas, S. Tomé, 1992

Francisco Costa Alegre, Latitude 63, Tipografia Lousanense Lda, Portugal, Abril de 2006

Joseph Ki-Zerbo, História de África, Publicações Europa-América, Haiter, Paris, 1972

António Carlos Tavares, O Direito Internacional e os Desafios Humanitários em África, (Tese de Doutoramento), Instituto Universitário “General Gutierrez Mellado” (UNED) Espanha

Textos da Wikpédia sobre África, Maio de 2011

5 Comments

5 Comments

  1. Hilaria Lima De Menezes

    25 de Maio de 2011 at 16:44

    Assunto interessante mais tem um erro. Esta a faltar algo.Nao reparou?
    Sem criar polémicas sera que o mapa representando a Africa neste testo ilustra mesmo a Africa? Onde estao os outros paises? Sobretudos as ilhas que tambem fazem parte dos paises da Africa. ONDE ESTA REPRESENTADO O SEU PAIS SAO TOME E PRINCIPE.
    Esistem mapas que representam verdadeiramente a Africa sem excluir pais nenhum.
    Mais uma vez nao é para polemicar é so uma constataçao. Errar é humano.
    Continua escrevendo e aceite criticas. Nao sou escritora mais adoro ler e emitir umas criticas.

  2. J. Maria Cardoso

    26 de Maio de 2011 at 11:33

    Tornando o Téla Nón uma janela para olharmos o mundo, a nossa África e o nosso STP, é merecido no dia dela, lermos, ouvirmos ou simplesmente pensarmos um pouco na Mãe.
    Ela, a África pode ser considerada nesta linha de pensamento a mãe prostituta k é tudo menos aquilo k almejasse e consolasse o coração dos filhos, mas é mãe, “gostamos dela mesmo assim”.
    Quis a ironia da História, calhar a um dos filhos, liderar os bombardeamentos k deixarão a Líbia destruída e a tão sonhada União Africana, apesar dos pesares, nascida no dia 9 de Setembro de 1999, em Sirtre, com propósitos bastante claros para um futuro competetivo da África aos demais, mais uma vez adiado o sonho.
    Até quando a África?
    Prabéns Francisco Costa Alegre!

  3. Marilay

    27 de Maio de 2011 at 19:14

    Qual o nome do ilustre cidadao que assina esse artigo? Que eu saiba a UA foi fundada em 2002 e nao em 1999.

  4. suelen

    12 de Novembro de 2013 at 10:19

    batatinha quando nasce ce esparama pelo chao volta pra africa com seu pai sua mae e seu irmao……..vida loka

    • suelen

      12 de Novembro de 2013 at 10:20

      que bostaço

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