Cultura

São Tomé tem 478 anos

São Tomé, é uma das mais antigas cidades lusófonas do continente africano. A importância comercial da pequena povoação localizada no caminho marítimo que liga África aos continentes, Americano e Europeu, levou o rei Dom João III de Portugal a declarar São Tomé como cidade.

Há 478 anos, no dia 22 de Abril São Tomé elevou-se a categoria de cidade. Uma cidade pequena, no entanto cheia de histórias, convergiu povos e culturas dos quatro cantos do mundo.

Um dos principais entrepostos de escravos no Golfo da Guiné, para alimentar o comércio de escravos para o continente americano e europeu, São Tomé, foi também uma das principais praças do comércio internacional de açúcar.

A pequena povoação que desempenhava papel importante na economia colonial portuguesa, ascendeu a categoria de cidade, através de uma carta régia publicada pelo Rei de Portugal Dom João III.

Quase 5 séculos depois, Ekeneide Santos, Presidente da Câmara distrital de Água Grande, garante que São Tomé, continua a ser cidade de grande importância económica e comercial. «­­Passados estes anos, a conclusão a que chegamos é que a cidade de São Tomé continua a ocupar um importante lugar no contexto sócio/económico do país, constituindo o principal ponto comercial do país», declarou.

O Presidente da Autarquia desafia a sociedade civil e as autoridades governamentais para uma reflexão profunda sobre o futuro de São Tomé. Uma cidade construída para albergar algumas centenas de moradores e que hoje está entulhada com quase metade da população do país. «O crescimento acelerado da população dentro da cidade tem constituído um dos sérios problemas para a Câmara porquanto este crescimento traz consigo problemas de ordenamento do território, custos com manutenção de bens e equipamentos essenciais para a promoção de uma qualidade de vida, de difícil solução atendendo as restrições financeiras que se exige nesse contexto de crise internacional», sublinhou Ekeneide Santos.

O poder local que administra a cidade de São Tomé, não tem recursos financeiros para dar resposta a tantos problemas e carências. Dos cerca de 200 mil habitantes que São Tomé e Príncipe deverá ter, dado a confirmar após o recenseamento geral da população em curso, pelo menos 70 mil vivem na cidade de São Tomé e nos seus arredores. «O trabalho que a Câmara tem pela frente é gigantesco, mas a falta de recursos tem dificultado ainda mais a nossa missão. Titulo de exemplo, para um Distrito como a de Água Grande com inúmeras atribuições, é lhe alocado menos que 0,05% da verba no Orçamento Geral do Estado», explicou.

Apesar da falta de recursos financeiros, o poder local de São Tomé, diz que tem dado passos no sentido de melhorar as condições de vida na cidade centenária. «A câmara tem levado a cabo várias tarefas e podemos afirmar hoje e agora que temos a situação de limpeza na cidade controlada, temos lançado e concluído diversas obras de interesses sociais no distrito. A cidade de São Tomé está a mudar com esta Vereação Camarária», pontuou.

A descentralização do poder ou das acções de apoio social, é uma das exigências de Ekeneide Santos, para dignificar a cidade de São Tomé. «A Câmara hoje tem uma estrutura sólida, competente, capaz de levar a cabo qualquer tipo de projecto pelo que lamentamos que determinamos projectos de interesse local, como reparações de passeios, manutenção de estradas, limpezas de sargentas e esgotos não seja delegado a Câmara para a sua execução. Porque é a Câmara que está mais próxima da população e conhece de perto as suas necessidades», reclamou.

O apelo ao Governo Central no sentido de descentralizar alguns serviços, ecoou na intervenção do Presidente da Câmara Distrital de Água Grande, que desafiou a todos no sentido de unir forças para elevar a capital são-tomense, a outra categoria que conquistou no passado e que nos últimos anos foi posta em causa, que é da cidade mais limpa da África Central.

Para ler na íntegra o discurso do Presidente da Câmara de Água Grande por ocasião do 478º aniversário da Cidade de São Tomé clique – DIA DE S.TOMÉ

Abel Veiga

7 Comments

7 Comments

  1. C & C

    24 de Abril de 2012 at 11:37

    Erro grave da autoridades nacionais, sobretudo da Camara de Água grande, são 477 anos e não 478 como infelizmente foi veiuculado quer pelo kiney e pela TVS de ADI e Oscar Medeiros.

    • João Carlos

      24 de Abril de 2012 at 19:21

      Não sei quem mais manda na terra, senhor tem documento que prove e deixe de estar a mencionar nomes das pessoas em vão…

    • C & C

      25 de Abril de 2012 at 14:26

      O senhor João Carlos não deve saber nada mesmo deste país, ao ponto de perguntar”não sei quem mais manda na terra” Cresce e dps aparece, ok. Vai estuadr mais um pouco a história de STP que a tua geração destruiu.

    • João Carlos

      26 de Abril de 2012 at 13:32

      Que a nossa geração destrui C&C, porque a tua geração vem desde 477 anos a trás, também gostaria de viver até hoje…

  2. A historia Veridica

    25 de Abril de 2012 at 5:29

    Não Existe Erro grave nenhum por parte de nenhum dos nomes que foi frisado no comentário do C & C , quem esta errado é o senhor Albertino Bragança e a sua Historia, porque o senhor veio com uma data que so ele mesmo é que sabe pq na altura ele nem sonhava em nascer quando a igreja como órgão que fazia registro das datas comemorativas e não só fez o registro da cidade de São tomé, e existe este documento para quem quer tirar a duvida no arquivo Histórico, Enquanto que o senhor Albertino Bragança tem o documento na seu arquivo e vem ja a mts anos defender o erro que o senhor arranjou para confundir a cabeça dos muitos com as suas invenções.
    Viva os 478 anos da cidade de são tomé
    Viva o Sr Ekiney dos Santos ( Presidente da câmara)

  3. dPires

    27 de Abril de 2012 at 9:22

    Meus senhores, vamos ver se falamos o que presta e excluímos conversas que nem servem para estar no ecoponto das imbecilidades e ignorâncias. Na matemática, mais um menos um é igual a zero (+1 – 1 = 0) e na prática esse um ano não fará diferença no que concerne o assunto em questão! Esperei ver comentários construtivos que pudessem complementar o artigo publicado e enaltecer a Cidade de S.Tomé. Penso que o “Tela non” não é um centro de desabafos, mas sim um espaço onde os Cibernautas possam manter actualizados relativamente aos assuntos do país e contribuir com sugestões para a mudança de certos factos. Se “Chum” tem alguma coisa contra “Mano” ou “Cunúno”, deve tirar satisfações de formas mais adequadas e pelos meios adequados!
    Da minha parte, seria uma grande tranquilidade ver a cidade, onde vi pela primeira vez a luz do dia, crescer ao nível turístico, económico-social e não só, e ver preservado o ninho das minhas gerações futuras! Durante o período pós independência, o gráfico do desenvolvimento da cidade e do país não logrou os objectivos esperados, tanto que há cada vez mais pessoas a vender nas praças e nas zonas limítrofes a esta, há mais lixos, mais formados e menos empregos e muitos outros vestígios de subdesenvolvimento. Somos uma cidade fértil, onde se pode semear qualquer projecto desenvolvimento, muitas das vezes, o que não temos são meios de concretização desses projectos ou desvios desses meios para algibeiras alheias, que não à mim cabe apontar dedos!
    MAS MESMO COM TODOS OS PROBLEMAS A NOSSA CIDADE SERÁ SEMPRE A CIDADE DE S.TOMÉ. VIVA A NOSSA CIDADE E FORÇA A TODOS AQUELES QUE QUEREM VÊ-LA A SORRIR!

  4. castro leal

    31 de Maio de 2015 at 20:42

    Apoio ao sr presidnte de camara distrital de àgua grande pelo seu esforço de por a nossa cidade bonita.!São tome e Santo Antonio lhe ajuda. Força Kiney!!

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