Cultura

“África Negra” extinto em STP continua a ser  embaixador do país na Europa

O conjunto musical “África Negra”, foi o Rei dos fundões de São Tomé e Príncipe sobretudo na década de 80 do século passado.

Oficialmente foi extinto nos finais de da década de 90. O grupo musical deixou de ter possibilidades de adqueirir instrumentos, e boa parte dos membros emigrou.

João Seria,(na foto com boina vermelha) o vocalista principal continua a residir em São Tomé. País onde o África Negra produziu maravilhosas composições musicais. A maioria é da década de 80, mas continua actual. Composições devidamente trabalhadas, ritmos cuidadosamente alinhados, combinaram com uma voz africana eloquente, que fez furor na década de 90.

As composições do África Negra, todas no dialecto forro, carregadas de metáforas, continuam no século XXI, a pôr milhares de pessoas em África e na Europa a dançar. O valor das músicas do África Negra, pode ser comparado a do grupo musical das Antilhas, os Kassav. O tempo passou, mas a qualidade das músicas continua actual, com muito mais valor do que as composições atabalhoadas dos dias de hoje.

Em São Tomé e Príncipe, o África Negra ficou no passado, mas na Europa continua a ser uma actualidade. Só neste ano, João Seria e os seus companheiros das guitarras e das baterias, reviveram por duas vezes consecutivas, no meio do enorme público Europeu as maravilhas do África Negra.

Na Alemanha, Bélgica, Holanda, e demais países Europeus, incluidno Portugal fala-se e descobre-se São Tomé e Príncipe, através das músicas do África Negra da década de 80.

A mais recente digressão do África Negra pela Europeu aconteceu em Junho, último. Leonildo Barros, violinista do África Negra que há vários anos reside em Portugal, dá conta da diferença que o seu agrupamento musical, continua a a ser no panorama musical são-tomense. «É um momento de muito orgulho pôr o nome de São Tomé e Príncipe, a ser enaltecido nos grandes palcos Europeus», referiu o violinista.

João Seria, o vocalista principal, que ascendeu ao título de General, garante que o África Negra, jamais morrerá. «O Africa Negra nunca vai morrer e mesmo com os 71 anos de idade que tenho, vou continuar a cantar sempre e levar o nome de São Tomé e Príncipe,  bem longe», sublinhou.

Nas principais praças Europeias, São Tomé e Príncipe é cada vez mais conhecido, pelos sons do África Negra, pelas músicas produzidas na década de 80. A enorme qualidade das composições, não enfastia, pelo contrário é cada vez mais actual.

Prova evidente de que o África Negra ainda tem vida longa, é a produção de um novo disco. Intitulado “Alia cu Ómali”(Areia e o Mar), o CD estará no mercado dentro de dois meses.

Nesta empreitada para o seu reavivamento musical, o África Negra contou com o apoio do grupo “Filhos Únicos” e do cidadão são-tomense radicado em Portugal Jess Flander.

As sucessivas digressões do África Negra pelo continente Europeu, onde o nome e a imagem de São Tomé e Príncipe são promovidos, nunca contaram com o apoio da Direcção da Cultura de São Tomé e Príncipe, ou do Governo da República.

Abel Veiga

9 Comments

9 Comments

  1. Seabra

    26 de Julho de 2018 at 17:16

    A Africa Negra, é um grupo musical por EXCELÊNCIA. Merece ter a reputação RELÍQUIA, pelas pérolas musicais, estilo e letras das canções ,numa única linguagem universal : fazer dançar e dar alegria,numa atmosfera de paz e de brincadeira. Muitas pessoas curtem e dançam ao ritmo da AFRICA NEGRA sem compreender uma só palavra…Vi dançar “Carambola” numa recepção nos Estado Unidos.
    LONGA VIDA E BOM SUCÊSSO AO AFRICA NEGRA.VIVA STP!

    • Seabra

      27 de Julho de 2018 at 15:37

      …meu Deus ! Mesmo quando não se falar de política ou de algo que possa suscitar opiniões diferentes, há que vem – me pôr 1 NÃO (que eu chamo de MÁ FÉ). Ora que falo de evento positivo , bom e satisfatório para todos os sãotomenses. Em vez de porêm NÃO simplesmente, façam argumento, porque esta pessoa *que sei de quem se trata*
      está longe de ter coragem de me enfrentar, mesmo por escrito.

  2. Silvestre Ceita

    27 de Julho de 2018 at 5:04

    África Negra é o cartão de visita santonense. Meus parabéns aos África Negra, aos Filhos únicos e ao Jess Flander, um jovem batalhador que sempre preservou e divulgou a nossa cultura

  3. ONDE MESMO?

    27 de Julho de 2018 at 7:35

    Sem dúvidas os ÁFRICA NEGRA continuam a dar show no exterior do país. Para isso é de agradecer os promotores, e realçar e de que maneira o último parágrafo do artigo do Tela Non – “As sucessivas digressões do África Negra pelo continente Europeu, onde o nome e a imagem de São Tomé e Príncipe são promovidos, nunca contaram com o apoio da Direcção da Cultura de São Tomé e Príncipe, ou do Governo da República” -. Esperemos que o governo entenda que só com o apoio e a promoção da n/cultura da qual os África Negra são realmente Embaixadores é que poderemos colocar o nome de S. Tomé e Príncipe na senda cultural mundial.

  4. Madiba

    27 de Julho de 2018 at 9:58

    Eu, com os meus 50 anos ainda dancei de que maneira as músicas do conjunto musical os África Negra.Tudo tem o seu tempo de vida útil. Mesmo não estando no activo, as sua músicas impressionam pela qualidade e melodia. De facto estavam muito avançados para época. Hoje, muitos que fizeram aquela magia ou desapareceram ou estão já com idade avançada, como é o caso do general João Seria que até vive com algumas dificuldades. Seria bom que o governo olhasse pelo menos para o caso desse senhor que acaba sendo um combatente da pátria. Até porque se alguém é combatente da pátria num país onde nunca teve guerra é de facto o senhor general João Seria com suas picantes músicas que levaram e continuam a levar o nome do país para o mundo inteiro.

  5. Feliciano cruz

    27 de Julho de 2018 at 12:26

    Muito bem. Onde estão os patrocinadores/investidores para fazarem renascer o Africa Negra? Então aonde está o PT para patrocinar o Africa Negra ao invez de patrocinar a discordia e o terrorismo, já que diz ter muito dinheiro?

  6. Daniel Nascimento

    27 de Julho de 2018 at 21:18

    Parabéns África Negra, vi o concerto na Bélgica, fiquei encantado com o que vi, mesmo sem o Pacheco, o Imidio, tocaram muito e o nome de STP está no top 10. Obrigado África Negra.

  7. Tomaz Nascimento

    27 de Julho de 2018 at 21:21

    África Negra tem feito melhor trabalho que o Patrice Trovoada que anda enganando o Povo. Patrice deveria ter vergonha e ajudar João Seria e os elementos do África Negra

  8. João Baptista Efígie

    30 de Julho de 2018 at 12:10

    Concordo com o Seabra e outras pessoas que aplaudem este lendário grupo.
    Fez furor, mas é mesmo furor, em Cabo Verde, nos anos 80.
    Eu já estava crescido para avaliar. Aliás, ainda hoje quando se fala da cultura Santome-princense, um dos valiosos ativos dessa cultura que me vem logo à cabeça é o conjunto África Negra. Que continue até o fim do mundo são os meus votos.

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