Cultura

“Quero enriquecer cada vez mais a nossa cultura….. “-Bill Lima

O reporterSTP continua a acompanhar a trajetória dos cantores são-tomenses. Desta vez, fomos conhecer a vida e a obra de Bill Lima. Estoirou em 2004 com a música Hirondina e vem sendo até hoje um dos maiores precursores da música feita no arquipélago. Com quatro álbuns de originais, já lançados, o cantor elege o estilo tradicional e a língua “Santomé” como bases das suas músicas, já que acredita serem pedras fundamentais, para a perpetuação de qualquer identidade cultural.

É hoje um dos nomes incontornáveis da música são-tomense. No entanto, Bill Lima conta que começou por fazer música, ainda em criança, “sem ter grandes noções do que esta significava”. Explica que se via metido nas festas familiares”, cantando e dando o seu contributo para a alegria de todos”.

“Em 1999 gravei a primeira música, mais ainda sem ter a consciência do que era verdadeiramente”, assume o cantor ao realçar o período de aprendizagem que se seguiu. Entretanto, é em 2004 que todo São Tomé e Príncipe passa a conhecer Bill Lima, após o estoiro que foi o “hit” Hirondina.

“Hirondina, teve grande sucesso, foi um grande êxito devido a forma descontraída e divertida como foi cantada. Foi considerada música do ano em 2004, é uma das músicas que me identifica enquanto cantor e depois dela nunca mais parei de cantar”, assegura Bill Lima aos microfones do ReporterSTP.

Atualmente, o artista já leva quatro trabalhos discográficos no mercado. Entre vários outros projetos musicais, integra também a banda “Leguelá”, na condição de vocalista. Bill Lima quer “enriquecer cada vez mais a cultura e carregar o nome das ilhas além fronteiras”. Por tudo isto, assume o estilo tradicional e a língua “Santomé” como ferramentas essenciais para conseguir este desiderato.

“Uma vez que os pais não falam [Santomé] para os filhos em casa, acredito que se as músicas forem bem cantadas na língua [Santomé], os nossos filhos que irão por sua vez cantá-las, irão aproveitar a oportunidade para aprender. é como se diz, [a música é uma escola], ela nos ensina, parece que não, mas o ensinamento está lá”, afirma Bill Lima.

Numa análise pessoal, Bill Lima regista um significativo melhoramento a cada álbum, a cada trabalho diferente. Por outro lado, queixa-se da falta de apoio governamental ao desenvolvimento da música e dos músicos do arquipélago. No entanto, conclui ao dizer que nem tudo são “espinhas”, no mundo da música, acrescentando o regojizo que é receber elogios e ver o sorriso de felicidade nas pessoas que apreciam as suas músicas e testemunham mudanças que as suas letras e melodias muitas vezes operaram na suas vidas.

Brany Cunha Lisboa

3 Comments

3 Comments

  1. SANTOMÉ CU PLIXIMPE

    11 de Agosto de 2020 at 16:01

    Plantar banana ,,,, cultivar roça,,regras de boa conduta também fazem parte da nossa cultura….Dá uma mão por favor…

  2. Aurora Santos

    11 de Agosto de 2020 at 19:53

    Este rapaz como músico, à semelhança de outros da sua geração, não tem qualidade. Têm sorte de “gaguejar” num país sem exigências. Num país como nosso, onde os consumidores da cultura são profundamente iletrados. Enriquecer a nossa cultura, é apostar na formação e não na vaidade.
    Esse rapaz foi convidado da RTP-áfrica no dia da nossa independência, e foi uma lástima, uma vergonha.

    • Sotavento

      12 de Agosto de 2020 at 12:42

      Eu não diria falta de qualidade mas sim um pouco de cultura geral.Temos cantores que no palco triunfam,mas o problema é pós-palco.Se são chamados a imprensa é um desastre.Com um pouco de esforço isto se resolve?????????

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