Cultura

Por causa do Rei Amador autoridade literária crítica os titulares de órgãos de soberania

Francisco Costa Alegre, investigador, escritor e ensaísta insurgiu-se contra a ausência dos titulares dos órgãos de soberania do Estado, no acto central do dia consagrado ao mais importante herói nacional, o Rei Amador. Foi no dia 4 de Janeiro.

«Eu sou uma autoridade literária e linguística. Estou a falar que esta oportunidade é para trazer a nós uma grande unidade nacional», afirmou Francisco Costa Alegre.

Na praça da cultura, no centro da cidade de São Tomé, está a estátua do Rei Amador. Com catana na mão, a estátua reflecte a bravura de um escravo, que depois de ter sido capitão de mato, comandou a maior revolta de escravos na ilha de São Tomé.

Segundo a história, em 1595 as plantações de cana e engenhos de açúcar, que constituíam as principais infra-estruturas económicas da ilha, ficaram em chamas.

Os violentos combates protagonizados pelos escravos revoltosos liderados por Amador Vieira, forçaram as autoridades coloniais portuguesas a fugirem para a ilha do Príncipe. Segundo a ministra da educação, cultura e ciência, Isabel Abreu, terá sido a primeira grande revolta dos escravos na região do golfo da Guiné.

«Para que o legado não fique apenas a nível das leituras e interpretações académicas, e que se entranhe nas nossas escolas e chegue de facto à nossa juventude. É preciso que compreendam que o arrojo, tenacidade e coragem de Amador foram contributos importantíssimos para a construção do nosso presente colectivo», afirmou a ministra.

Um homem que lutou pela liberdade, e fomentou a união dos escravos, deveria ser uma inspiração para o presente colectivo de São Tomé e Príncipe. Ainda mais numa altura em que as autoridades clamam pela unidade nacional.

Francisco Costa Alegre, e demais homens da cultura, contestaram a ausência dos titulares de órgãos de soberania.

«Porque os altos magistraturas do país, sua excelência o Presidente da República, sua excelência o Primeiro-ministro Patrice Trovoada, sua excelência a Presidente da Assembleia Nacional, Celmira Sacramento, não fizeram presente a esse evento. Não estou a mandar recados. Vejam isso, porque se eles não se envolvem, os outros momentos políticos também não merecerão o nosso envolvimento», pontuou.

O herói nacional, Amador, acabou por ser traído pelos seus companheiros e esquartejado na praça são-tomense no século XVI.

«Que sejamos sempre mais unidos, que tenhamos entre nós, o valor dinâmico e espiritual do Amador e de outros líderes que apareceram no país e que nos fizeram independentes», reforçou Francisco Costa Alegre.

Chefe do Governo, Presidente da Assembleia Nacional e o Presidente da República chamados a respeitarem e a seguirem o legado do maior herói nacional, Rei Amador.

Abel Veiga

3 Comments

3 Comments

  1. Mezedo

    6 de Janeiro de 2023 at 7:59

    O herói nacional, Amador, acabou por ser traído pelos seus companheiros e esquartejado na praça são-tomense no século XVI.

    Este exemplo serve para este povo que deu maioria absoluta ao ADI e hoje é traído e cortejado no Quartel Militar.

    Os dirigentes autuais não estão disponíveis para unir o país, estão sim prontos para escravizar esse povo e o exemplo ja foi dado a 25 de Novembro no Quartel.

  2. Sem assunto

    6 de Janeiro de 2023 at 11:58

    Bravo Francisco Costa Alegre.
    Na verdade este país tende a ser dominado e invadido cada vez e a cada dia que passa por um grupo de iletrados e desconhencedores da alta cultura e do real valor da pátria e dos seus reias simbolos e emblemas. Este acéfalos estão procupados com a agenda global que os instruem sobre o que deve ser feito, esquecendo da sua cultura e dos seus ritos.
    Eles estão ao serviço do Imperalismo Cultural sem saberem. Coitados!

  3. Pierre Faleiro

    6 de Janeiro de 2023 at 20:46

    A ausência de figuras de proa do Estado neste ato sublime, é um isulto a Nação, e demonstra mais uma vez e quão eles valem.
    E mais, a TVS e a RNSTP, não valem um vinté, estruturas pagas com o dinheiro dos contribuintes, e que prestam um mau serviço a sociedade. Estas são instituições totalmente invalidas, e que só servem os partidos no poder, sobretudo o ADI que tem estas maninhas tristes de censurar noticias e mensagens insignificantes e que só contribuem para unidade e valorização da santomensidade. Só pelo facto de um ativista cultural santomense de renome, manifestar o descontentamente dos “homens e mulheres da cultura” sobre a ausência de figuras de topo do Estado no ato central do dia do “REI Amador” é matéria de sensura? Será que os que sensuram sabem o que devem sensurar? Ou isto é Patologia dos politicos e seus lacaios?
    Senhores Politicos santomenses, aprendem com os nossos irmão Caboverdianos. Deixem de serem estupidos, isto não nos levam ao lado nenhum, senão ao inferno.

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