Nos últimos dias o meu nome ficou notícia nos órgãos de comunicação social estatal por causa de uma informação veiculada pela Agência Lusa de Noticias, relativamente ao número de pessoas que vivem com o vírus de HIV em São Tomé e Príncipe.
A peça da Lusa, publicada no dia 01 de Dezembro, Dia Mundial de Luta Contra o Sida referia-se que São Tomé e Príncipe tem “pelo menos 35 mil pessoas” seropositivas.
Essa noticia acabou sendo publicada também em vários órgãos de comunicação social, nomeadamente a RDP África, e os jornais online A Bola e o Téla Nón.
Quero dizer que assumo esta notícia, mas não assumo esses números. Ou seja, é verdade que enviei uma peça para a Lusa, da qual sou correspondente há vários anos, dizendo que em São Tomé e Príncipe 1,8% da população é portadora do HIV. Isso de acordo com as declarações que eu tenho gravadas, do Coordenador do Programa Nacional de Luta Contra a Sida (PNLS), o Sr. Bonifácio Sousa.
Nessa entrevista ele referiu-se a 1,2% de pessoas seropositivas na ilha do Príncipe e 0,6% em São Tomé. E foi simplesmente estas percentagens que eu enviei na minha peça para a Lusa.
Infelizmente, na redacção central em Lisboa essas percentagens foram usadas para se fazer cálculos que acabaram por dar excessivamente exagerados.
Comuniquei o facto a Lusa em Lisboa que me esclareceu o motivo do erro. O que se passou é que a redacção da Lusa em Lisboa foi buscar o número de habitantes de São Tomé e Príncipe, pegou nos tais 1,8 %, e calculou o número de pessoas seropositiva. O resultado devia ser 3500 pessoas, mas acabaram escrevendo 35 mil.
É verdade que depois a notícia ser divulgada, o responsável do PNLS veio explicar que estas contas não se fazem assim, por considerar que são necessários utilizar “métodos científicos e fórmulas próprias”.
Mas qualquer cidadão que houve dizer que a ilha do Príncipe tem 1,2% de serro prevalência e São Tomé tem 0,6, a tendência natural é fazer as contas: 1,2 + 0,6 = 1,8 e daí fazer-se os cálculos com o numero de habitantes. E foi isso o que a redação central da Lusa fez.
Eu tive a oportunidade de esclarecer esse assunto junto aos responsáveis do PNLS, durante uma entrevista que foi dada a Radio e a Televisão onde se fez o desmentido da notícia da Lusa.
Lamentavelmente o efeito produzido pela notícia originou bastante alarido, provocou um certo mau estar e serviu de oportunidade para algumas pessoas, incluindo dentro do próprio órgão onde trabalho (TVS) tentarem denegrir a minha imagem de profissional responsável, imparcial e isento.
Eu quando escrevo e sobretudo para um órgão como a Lusa, faço-o sempre com responsabilidade porque não sei especular, não invento factos e não faço sensacionalismos.
Nessa matéria sou um jornalista impoluto.
Nesse frenesim provocado com a divulgação da notícia, a Lusa prometeu-me que iria esclarecer o mal-entendido junto do Gabinete do Senhor Primeiro Ministro – acho que nesta altura já o terá feito – e prometeu também repor a notícia já com números mais reais.
Essa carta foi feita a pedido de familiares e amigos que entenderam ser o melhor método para manter o meu bom nome como jornalista profissional responsável.
Manuel Barros
(Jornalista)
Cobra branca
7 de Dezembro de 2015 at 14:10
Nao comprendo como um professional pode somar porcentagems de quantidades diferentes. Se fora o 100% de Príncipe e o 10% de Sao Tomé, ele falaria o 110% dos santomenses? Em fin…
homem d escuro
7 de Dezembro de 2015 at 14:51
Esses portugueses so publicam o que lhes enterressam…ve la se eles publicam o de Portugal e dos outros cantos da europa.
Claudio
7 de Dezembro de 2015 at 15:04
Repara,nós nem se quer sabemos disfarçar o mal, pura descriminação.
O país em S.T.P.
Devíamos calcular basicamente a percentagem total e não andar aí com contas inexistente.
1,2+0,8=1,8 errado
1,2+0.8=2
Quanto + fala enterra-se.
jose almeida
7 de Dezembro de 2015 at 15:07
Esta desculpado
Os jornalistas da Lusa devem aprender a matematica para calcular percentage
Gostam denegrir
Burrrrrros
Jose
fiá luxinga
7 de Dezembro de 2015 at 18:13
Boa tarde, importante em tudo isso é jornalista teve coragem, apesar de ter falhado na conta na qual quis explicar o sucedido. Por outro lado não erra, quem não se faz nada, isto porque é umas das capacidade humana de forma a aprendermos para futuro.
Se numero lançada por lusa fosse verdade é bem dizer que STP esta acabado, mas mesmo assim estamos mal porque este numero lançado por Ministério de saúde é apenas da classe média baixa, porque senhores que possui condições não trata em S.Tomé dada meio ser pequeno e preferem vir a Europa e mandar os seus entre-queridos efetuar compra semanalmente ou quinzenalmente
Francis Mekano
8 de Dezembro de 2015 at 8:41
Tudo bem;mas é necessário a Lusa vir publicamente reconhecer o erro e pedir desculpas ao povo santomense. Eu sei que nunca farão isso porque os nossos irmãos portugueses só sabem denegrir.