Política

EUA aplicam mais de 2 milhões de dólares para dar a guarda costeira capacidade naval

A Marinha dos Estados Unidos de América e a guarda costeira de São Tomé e Príncipe assinaram um acordo que relança a cooperação militar.

Depois de alguns anos, em que a cooperação se baseava na assessoria militar, e formação dos militares da guarda costeira, os Estados Unidos decidiram avançar com o fornecimento de meios navais para a fiscalização marítima, e a recuperação das infra-estruturas da guarda costeira.

O acordo assinado na sexta-feira, entre o ministro da defesa e administração interna Jorge Amado, e o embaixador dos Estados Unidos de América Tulinabo S. Mushing, prevê um pacote financeiro de mais de 2 milhões de dólares norte americanos.

«Vamos começar com a construção das rampas da guarda costeira, mas também com o fornecimento de embarcações. Vamos continuar a expandir neste sentido», declarou o embaixador Tulinabo S. Mushing.

A pirataria marítima crescente no golfo da Guiné, é uma das ameaças à segurança de São Tomé e Príncipe, que motivou a assinatura do acordo de cooperação entre a guarda costeira e a Marinha norte-americana.

O embaixador norte-americano, garantiu que é o início de uma cooperação militar mais intensa entre os dois países.

«Para os dois países produzirem resultados positivos. Para que os povos americano e são-tomense possam constatar que os dirigentes estão a fazer qualquer coisa para proteger o povo», pontou o diplomata norte americano.

O Ministro da Defesa e Administração Interna disse que assinou o acordo com um amigo forte. Por isso mesmo o arquipélago se sente mais seguro.

«Sentimos mais seguros, e esperemos que este acordo possa fortalecer a nossa guarda costeira, e trazer maior tranquilidade para o nosso país, para o nosso povo, e promover o desenvolvimento», frisou Jorge Amado.

No passado, os Estados Unidos de América instalaram radares e sensores tanto na ilha de São Tomé como na ilha do Príncipe, que permitem a vigilância de toda a Zona Económica Exclusiva são-tomense e o golfo da Guiné. Desta vez vai oferecer meios navais para abordagem e intercepção de embarcações suspeitas.

Note-se que ainda neste mês de Maio, o ministro da defesa, Jorge Amado, recebeu a embaixadora da China em São Tomé e Príncipe, Xu Yingzhen. Uma reunião em que a China anunciou o início de negociações com o governo são-tomense, com vista a assinatura de um novo acordo de cooperação no domínio da defesa e segurança.

Abel Veiga  

7 Comments

7 Comments

  1. Gerhard Seibert

    27 de Maio de 2023 at 16:04

    O nome correto do embaixador norte-americano residente em Luanda é Tulinabo Salama Mushingi. Ele é natural da República Democrática do Congo.

    Gerhard Seibert

    • Jorge Semedo

      28 de Maio de 2023 at 9:49

      “Para que os povos americanos e sao-tomense possam constatar que os dirigentes estão a fazer qualquer coisa para proteger o povo”. Nada mais falso.
      Está ação vai mais no sentido de proteger as grandes embarcações que trafegam nas águas do Golfo da Guiné,incluído as de STP. Nenhum país capitalista investe milhões sem contrapartida.
      Para que os dirigentes fizessem algo para proteger o povo de facto, deveriam investir 1 milhão em projecto
      de segurança marítima e outro milhão restante em energia solar num distrito qualquer, o que iria beneficiar a todos do referido distrito (dirigentes do partido no poder ou seus familiares, dirigentes e militantes dos partidos na oposição e/ou seus familiares, carpinteiros, sapateiros,pescadores se os houver, médicos, professores, estudantes, palaies se as houver, juízes, militares, ministros, turistas, os edifícios administrativos e os respectivos serviços, enfim toda população residente sem exceção) numa clã e inequívoca acção de governar para todos e não para grupos ou partidos, seus militantes, simpatizantes e amigos.
      Estados Unidos são uma potência vanguarda na matéria de energia solar. Porque razão ela prefere proteger o povo sao-tomense a partir do mar e nao a partir da terra com efeitos palpáveis? A resposta e única: querem simplesmente garantir segurança aos navios mercantes que trafegam próximos de STP. Cabe aos dirigentes serem visionários e desenvolverem acções que beneficiem de modo real e palpável a todos sem exceção. Cérebros de gafanhotos.

    • Jorge Semedo

      28 de Maio de 2023 at 16:59

      “Para que os povos americanos e sao-tomense possam constatar que os dirigentes estão a fazer qualquer coisa para proteger o povo”. Qualquer coisa? Não! Ao povo não interessa qualquer coisa! Ao povo não interessa qualquer coisa lá no alto mar. Ao povo interessa sim tudo que lhe reduza o sofrimento do dia a dia: falta de energia, falta de água, sistema primário de saúde precário, falta de medicamentos ou muito caros, produtos alimentares de primeira necessidade fora do alcance dos bolsos do povo pequeno, estradas e passeios da cidade capital completamente rebentados, etc, etc.
      Nesta ocasião, uma pergunta que não se quer calar: porque razão em menos de 8 meses, Portugal, Nigéria e Estados Unidos reforçaram a cooperação com STP a nível da defesa e segurança marítimas em nome do povo santomense e não avançam com apoios concretos em milhões de dólares para o combate a.crise energética que afeta o povo no seu dia a dia? As centrais fotovoltaicas estão disponíveis nos Estados Unidos. Porque não ceder a STP uma central fotovoltaica de capacidade que possa tornar pelo menos um distrito auto-suficiente em matéria de energia? Seria o primeiro passo e em cada ano seguinte, mais um distrito seria beneficiado de formas que todos distritos seriam auto-suficientes em energia, depois de 6 anos. Isto desafogaria STP (de que maneira) em matéria de Dívida Pública Internacional provocada pela importação não controlada, não certificada nem auditada de combustiveis para geradores da EMAE.
      Sinceramente não compreendo a razão de tanta preocupação por parte de tantos países em simultâneo, com o nosso alto mar. Alguma coisa está acontecendo no nosso alto mar. “Calu ce te angu”. Tela non, por favor não censure os meus comentários. Cérebros de gafanhotos.

  2. Jorge Semedo

    28 de Maio de 2023 at 13:12

    “Para que os povos americanos e sao-tomense possam constatar que os dirigentes estão a fazer qualquer coisa para proteger o povo”. Nada mais falso.
    Está ação vai mais no sentido de proteger as grandes embarcações que trafegam nas águas do Golfo da Guiné,incluído as de STP. Nenhum país capitalista investe milhões sem contrapartida.
    Para que os dirigentes fizessem algo para proteger o povo de facto, deveriam investir 1 milhão em projecto
    de segurança marítima e outro milhão restante em energia solar num distrito qualquer, o que iria beneficiar a todos do referido distrito (dirigentes do partido no poder ou seus familiares, dirigentes e militantes dos partidos na oposição e/ou seus familiares, carpinteiros, sapateiros,pescadores se os houver, médicos, professores, estudantes, palaies se as houver, juízes, militares, ministros, turistas, os edifícios administrativos e os respectivos serviços, enfim toda população residente sem exceção) numa clã e inequívoca acção de governar para todos e não para grupos ou partidos, seus militantes, simpatizantes e amigos.
    Estados Unidos são uma potência vanguarda na matéria de energia solar. Porque razão ela prefere proteger o povo sao-tomense a partir do mar e nao a partir da terra com efeitos palpáveis? A resposta e única: querem simplesmente garantir segurança aos navios mercantes que trafegam próximos de STP. Cabe aos dirigentes serem visionários e desenvolverem acções que beneficiem de modo real e palpável a todos sem exceção. Cérebros de gafanhotos.

  3. luisó

    28 de Maio de 2023 at 15:20

    Lamentável e ficam todos agradecidos por este gesto……
    Cooperação militar com os americanos de 2 milhões de dólares para fazer umas rampas e umas embarcações ?
    Como diria o sherlock holmes: peanuts meu caro…….
    Vêm aí uns zebros mais modernos a que chamam embarcações e ficam todos contentes.
    Todos nós sabemos que mesmo que dessem um ou dois navios ou lanchas maiores era a mesma coisa porque o problema do País não é ter os meios, o problema é ter pessoal qualificado a toda a hora e manter os meios sempre em condições e aqui é que está o PROBLEMA…….não há cumbuuuuuuuuuuuu
    Sem futuro.

  4. Ralph

    30 de Maio de 2023 at 6:28

    Uau! Parece que São Tomé e Príncipe está a ser namorado por ambos os EUA e a China ao tentarem obter mais influéncia na região do Golfo da Guiné. Isto tem de ser uma coisa boa porque implica que o governo possa extrair mais benefícios a partir de cada um ao procurarem tornar-se o parceiro de primeira escolha de São Tomé e Príncipe na área de defesa e segurança. Com certeza que os EUA não vão querer ser derrotados pela China nesta corrida! Por isso, vão estar tentados a oferecer cada vez mais para assegurar uma vitória nos corações e mentes do povo santomense. A questão que se faz é se o governo aproveitará da situação.

  5. Cleopter dos Santos

    30 de Maio de 2023 at 8:49

    Esta rampa já devia estar funcional a mais de 10 anos. Estiveram cá demoliram o carris e a rampa colonial, fizeram aquela dita “rampa” que lá está sem carris, e hoje voltam para reconstrui-la.

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