Economia

Guiné Equatorial já avançou como principal placa de prestação de serviço no Golfo da Guiné

São Tomé e Príncipe cujas autoridades anunciavam nos seus discursos nos últimos dois anos, que iria ser a principal placa giratória de prestação de serviços na região do golfo da Guiné, esqueceu-se que não está sozinho na região. Afinal a Guiné Equatorial já tem o processo muito avançado.

Sem grandes alaridos, a vizinha Guiné Equatorial está a materializar projectos estruturantes que a coloca numa posição favorável como placa giratória de prestação de serviço na região do Golfo da Guiné. São Tomé e Príncipe cujas autoridades foram anunciando nos últimos anos, como sendo futura placa de serviços da região, não realizou qualquer obra para sustentar tal projecto político e económico.

Toda esperança são-tomense ficou depositada na possibilidade de construção do porto em águas profundas na zona de Fernão Dias, que até a data presente continua a ser uma miragem.

Enquanto isso a vizinha Guiné Equatorial, inaugurou nos dias 11 e 12 de Outubro um porto e um aeroporto na ilha de Annobon, localizada exactamente ao sul de São Tomé e Príncipe. Annobon é a ilha mais próxima de São Tomé e Príncipe na região do golfo da Guiné.

O porto inaugurado em Annobon, tem capacidade para receber comboios transportando pessoas e mercadorias, e pode receber navios com capacidade de 8 mil toneladas. As obras foram realizadas pela empresa marroquina SOMAGEC.

Mas as obras realizadas em Annobon, são apenas uma ponta do iceberg no projecto da Guiné Equatorial em transformar-se no principal ponto de prestação de serviços na região do golfo da Guiné. O coração da placa de serviços está na capital do país, Malabo.

A mesma empresa marroquina a SOMAGEC, está a liderar o projecto de extensão do porto de Malabo por mais 400 metros sobre águas profundas. Obra que deverá estar concluída no final de 2010. O porto de águas profundas de Malabo, vai ter capacidade para receber navios cargueiros de 11 mil contentores, com uma profundidade de 16 metros.

No fundo o novo porto de Malabo, vai ganhar 80 hectares ao mar. Uma rampa que lança o país vizinho produtor de petróleo na primeira posição como centro de prestação de serviços na próspera região do Golfo da Guiné e da África Central.

Abel Veiga

20 Comments

20 Comments

  1. jp

    28 de Outubro de 2010 at 14:43

    É preciso não criar alaridos, afinal a prestação de serviços não se esgota com a construção de um porto e aeroporto….. ainda continuo a acreditar que STP pode prestar muitos serviços e tirar partido da sua condição geo-estrategica !

  2. vamos la chegar

    28 de Outubro de 2010 at 15:05

    VE-SE que ha pais que nao so fala mas tambem cumpre o governo tem falado tanto sobre porto de aguas profundas aeroporto,que s.tome se encontra na zona estrategica de circulacao de bens e produto no golfo da guine,a Guine equatorial que tambem esta bem posicionado ja nos passou a frente o que vamos fazer?temos que procurar parceiros certos para execucao dos projectos nao essa brincadeirs que estamos ai a aranjar.

  3. Matabala

    28 de Outubro de 2010 at 16:51

    Eu acho que o novo Governo ainda não tem culpa no fracasso destes projectos…ainda estão a tentar arrumar a casa, mas é importante não ficarem despercebidos destes exemplos, porque o mundo avança que as oportunidades não duram todo tempo…é preciso apanha-las antes que seja tarde demais…

  4. Colomba

    28 de Outubro de 2010 at 17:43

    Desculpem a minha ignorância sobre o assunto, mas infelizmente, a meu ver a Guiné Equatorial estará sempre em vantagem para com S.Tomé, como placa de prestação de serviços, uma vez estar inserida no continente e por tal, poder escoar de maneira mais fácil e cómoda, tanto por via ferroviária como rodoviária, as mercadorias em transito, o que não acontece com S. Tomé, que é uma ilha.
    Cumprimentos

  5. António Veiga Costa

    28 de Outubro de 2010 at 21:00

    O problema de São Tomé e Príncipe não foi só de parceria para o projeto. O problema foi a blindagem do Ministério das Infraestruturas pelo PCD.
    O problema foi da incompetência dos ministros nomeados pelo PCD.

  6. De Longe

    28 de Outubro de 2010 at 22:56

    Há registos a constar que a Guiné Equatorial é o país com maior rendimento per capita a nível africano, facto muito sustentado pela extração do petróleo.
    Independemente do índice do desenvolvimento humano ser baixo naquele país, não será só por boa fé dos nossos dirigentes que conseguiremos levar a melhor nos programas em que nos rivalizarmos com os equato-guineenses.
    Como estamos a avançar para um mundo onde o conhecimento e a consciência social constituirão por si uma das fontes de riqueza, aí poderemos exigir uma boa acção governativa para um futuro melhor e uma maior credibilização para apoio internacional às nossas pretensões.
    Podemos começar pelo apoio da união europeia para assegurarmos uma agricultura com futuro. É preciso termos projectos sérios e não simples aproeitamentos constantes de oportunidades vindas do favor. Como é necessária a participatição de todos para o desenvolvimento social, torna necessário que as pessoas estejam alimentadas. Este terá de ser o início dado que ninguém nos ouvirá falar do civismo, da cultura, do desenvolvimento sem ter comido.
    Depois da alimentação assegurada a saúde estará naturalmente mais revitalizada. Poderemos assim, partir para a sensibilização das pessoas para defesas de causa comum: DESENVOLVIMENTO DE STP. Este povo já deu mostras de que adere. Todavia, é preciso que:
    – as pessoas que produzem tenham as suas culturas defendidas de assaltos;
    – os trabalhadores consigam comprar produtos de origem externa sem se sujeitarem a inflacionamentos desregulados – o que em contrário será o roubo de todos os seus esforços;
    – haja orientaçãopara a produção e condução honesta de produtos para mercado externo, com resultado incentivador para os produtores;
    – as pessoas acreditem que os governantes estarão preocupadas com o povo e não com a sua riqueza pessoal desmedida;
    – as oportunidades sejam maiores para quem mais investir – por exemplo, a prioridade à preferência dos melhores alunos para o prosseguimento dos seus estudos, independentemente da sua origem, familiar, local, económica…

    Tenhámos a consciência de que a ganância apenas permite destruir depressa e de que precisamos urgentemente de começar a construir de forma continuada. Assim, poderemos no futuro rivalizarmo-nos com alguns países na defesa dos nossos interesses no mundo.

  7. Paracetamol 500mg

    29 de Outubro de 2010 at 1:11

    Parece que temos concorrência de peso e a poucos metros de distancia.Será o projecto de stp superara o do Annobon? Há que redefinir o esse projecto de aguas profunda de STP.
    Acho que será mais um projecto de papel. A não ser que seja uma coisa grandiosa e, relação a ilha vizinha.

  8. lambuco

    29 de Outubro de 2010 at 7:44

    O problema dos nossos governantes é a falta de visão estratégica, realmente falou – se em construção de um porto de Águas profundas, mas será que se tomou em considerações todos os pormenores como, o financiamento , a localização, a mão de obra qualificada, a energia que é pior, mas como falar senhores, S.tomé precisa de dirigentes que pensam com cabeça não com Bolso.

  9. QUINTINO

    29 de Outubro de 2010 at 8:53

    ATENÇÃO:
    Meus senhores a oportunidade está perdida, sem duvida, levamos muito tempo a esperar ovo no rabo da galinha infelizmente a galinha não pôs ovos e pegamos pássaro rabo ………… tudo isso, devido Alguns homens considerado coxos e amputado que S.Tome et Principe produziu neste últimos anos após independência. se repararem bem temos altos quadro na díaspora. O MLSTP e PCD produziram homens sem formação académica para assegura lugares preponderante na senda social do Pais deu o que deu e esta sendo difícil cortar mal pela raiz, inclusive conheci alguns que na altura já lhes chamavam de Doutor mas que afinal nem bacharelato tinham e foram alto dirigente do País, então quê que esperávamos desses coxos e amputados a não ser ……………………………………
    Acho que eu fiz entender, quero com isso dizer que : a nossa politiquice dos 35 anos principalmente nos últimos 15 anos só nos levou a penúria desconfiança perante os nossos parceiros de desenvolvimento.

    fui volto brevimente

  10. Mina di Célivi

    29 de Outubro de 2010 at 9:26

    E agora?!
    Os governantes terão que erguer a cabeça e seguir em frente.
    Mas tudo isso é porque esqueceram do velho ditado do “segredo e o negócio”… Enquato o Delfim e o Man Rafael, andavam a discutir de quem era a ideia, um “espertinho” associou-se aos Equato-guineense e decidiu lançar-se…

  11. Português de Gema

    29 de Outubro de 2010 at 9:45

    Como sempre, `falta de ideias inovadoras STP corre atrás de miragens. As grandes infraestruras de apoio à exploração petrolífera na região já existem: estão localizadas em Port Harcourt (Nigéria) e Point Noire (Congo. Esta é que é a relaidade. STP podia sim lançar-se como centro de serviços e especialmente de lazer, tipo Dubai. Mas para isso precisávamos de criar um Emirates (English Managed, Indian Run, and Total expatriate Staff).

    • RS

      31 de Outubro de 2010 at 23:15

      STP deveria apostar em tornar-se uma espécie de Cote D’Azur da região, através de um turismo de qualidade, segurança, tranquilidade, ruas arranjadas e limpas, atrair os milionários e endinheirados que existem na subregião desde Angola, Nigéria, etc, etc.

    • Português de gema

      5 de Novembro de 2010 at 8:33

      Foi exactamente isso o que eu quiz dizer. E creiam: funcionava. Muito poderia eu dizer sobre isso. Assim houvesse gente com ouvidos e espírito de iniciativa. Mas enquanto a discussão nacional for em torno do umbigo (tipo os maus da fita são os colonianistas) o País não vai a parte nehuma.

  12. Macarofe

    29 de Outubro de 2010 at 11:57

    E agora? Os nossos concorrentes são fortes……

  13. Celsio Junqueira

    29 de Outubro de 2010 at 14:42

    Meus Caros,

    Essa noticia é esclarecedora da diferença que existe entre um Governo que muito fala e pouco faz, e o outro que muito faz e fala pouco.

    Mas não é tão negativa assim como possa parecer.

    Concordo com a ideia de uma plataforma de serviços para a região, mas não concordo com a verba a ser gasta unicamente no futuro Porto de Aguas Profundas.

    Podemos negociar partilha da futura plataforma de serviços dos arquipelagos do Golfo da Guiné com a Guiné Equatorial, assim aliviaria o endividamento para a criação de infraestruturas necessárias. Dividiriamos as despesas e os riscos, e partilhariamos os dividendos.
    O sector de serviços é vasto e a area geografica também, é tudo uma questão de negociação como deve ser.

    A Guiné Equatorial tem “cash money” e nós so temos por enquanto “receitas futuras”.

    O que para mim é dificil é casar modelos de governação diametralmente opostos, um é democracia e o outro é uma ditadura.

    Um Bem Haja,

  14. COCO NZUCU

    30 de Outubro de 2010 at 14:44

    Cheque-mate limpo. Bem feito.

  15. Faustão

    31 de Outubro de 2010 at 12:35

    Quem pensa que outros estão a dormir, só nós, os santomenses é que nunca fazemos nada. Todos sabemos o que passa com o projectos em STP. Aparecem pessoas que não deixam avançar os projectos, seja de água potável, energia, estradas ou outra coisa, alegando titulos de posse de terras e mais coisas. Mas os terrenos são de Estado e nada funciona. Aparecem toda especie de instituições que bloqueam tudo. E querem fazer Porto ou Aeroporto? É muita brincadeira. Só para que nada seja feito, mais tarde dizem que fizeram muita coisa. Mas existe muita gente que ganha com tudo isso.
    Nós só sabemos criticar. Enfim, até quando é que trataremos de nós em vez de critar os outros. Então os Paises que se desenvolveram por esse mundo fora, por exemplo, na Asia, foi atravez da “democracia” tipo nossa? Então temos democracia? Que vergonha! Eu entendo que democracia, é onde se respeita as pessoas, onde se respeita o trabalho dos outros, onde se responsabeliza os politicos e outros. E em STP? Deixem os outros e vamos trabalhar pra STP, mesmo com os vizinhos e não só.

  16. o suspeito de sempre

    1 de Novembro de 2010 at 23:55

    penso que nosso pequeno grande pais tem k fazer, falar menos e agir mas* nao basta tar com bla bla bla e nao fazer nada..ou seja indozir outros ha fazer e ser mero telepestador..abram o pais no seu todo,tamos muito fechados no eu frio e louco temos k nos liberta( tanto os k estao la como os k estao fora penso temas k fazer uma revolucao so assim isso mudara nao..

  17. o suspeito de sempre

    2 de Novembro de 2010 at 0:00

    faz um pouco sentido temos um governo ha benfica fala muito e faz pouco,e guine aquatorialtem mas estilo porto faz mais e fala pouco porem os resultados estao ha vista..temos k deixar o levi levi) e passar para rapido rapido quem sabe assim safamos..

  18. Argomely

    10 de Junho de 2011 at 13:15

    Uma Sociedade Doente
    carente de saúde mental ė assim vivemos nesta Ilha do Equador.

    Os politicos criram uma governacao selvagem
    Para ele sobreviver nesta selva e ele prejudica todos os dias os seus melhores amigos que tem a capacidade e Sabedoria.

    Um Tempo perdido assim pode ser a nossa permanência nesta ilha.

    Vivemos numa sociedade doente de canibais onde o mais rápido come o maior.

    A Verdade que nos comove é a mesma que nos consome.
    Eles criaram um governo selvagem onde o povo é consumido.

    A sabedoria é colocada em segundo plano. A falta de informação

    apenas o tornou mais confuso e ambicioso

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