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Boom na captura do pescado movimenta 30 milhões de euros por ano

A captura do peixe aumentou de 4 mil ara 12 mil toneladas por ano. A pesca movimenta a economia são-tomense com fluxo financeiro na ordem de 30 milhões de euros anuais.

São dados divulgados pela Direcção das Pescas, após a realização de estudos no terreno durante os anos 2015 e 2016.

O último estudo sobre o nível de captura do pescado em São Tomé e Príncipe foi feito no ano 2005, e indicava que o arquipélago capturava 4 mil toneladas de pescado por ano.

Com apoio da FAO, foram realizados novos estudos que confirmam o aumento explosivo da captura do pescado. «Com o trabalho no terreno registamos um aumento da captura para 12 mil e 100 toneladas, o que implica movimentos financeiros no sector das pescas na ordem de 30 milhões de euros por ano», explicou Ilair da Conceição, Responsável pelo Departamento de Investigação, Estatísticas, e Aquacultura da Direcção das Pescas.

Em Média cada habitante de São Tomé e Príncipe consome 37 quilos de peixe por ano, a maior de todo o continente africano. O arquipélago que há 10 anos tinha pouco mais de 1000 pescadores, regista actualmente cerca de 3200. «Estamos tendo informações mais fiáveis de que os recursos estão a ser explorados de forma agressiva. É preciso que o Governo tenha medidas para equipar esta actividade», afirmou.

O responsável pelo departamento de investigação e estatísticas da Direcção das Pescas, chamou a atenção para o risco que se vive no país. «A pesca não é como a agricultura em que se introduz fertilizantes para aumentar a produção. Na pesca só tiramos.E é preciso controlar de forma razoável os recursos pesqueiros», precisou..

O resultado do estudo realizado nos anos 2015 e 2016, está a ser debatido num ateliê, organizado pela FAO em São Tomé.

Peixe representa 80% da proteína animal consumida pelos são-tomenses. A pressão sobre o ecossistema marinho pode ameaçar a segurança alimentar no país. « É preciso medidas urgentes para controlar o stock se não futuramente corremos o risco de não ter o peixe no prato», concluiu.

Direcção das Pescas, está empenhada em envolver toda a sociedade são-tomense, nas acções com vista a preservação dos recursos piscatórios.

Abel Veiga

 

5 Comments

5 Comments

  1. ANCA

    18 de Maio de 2017 at 17:06

    Quando se lê no noticias como está necessário ter algum sentido critico e de analise.

    De lembrar que a nossa forma e tipo de pesca, equipamento, barcos, tecnologias, os nossos pescadores utilizam, trata-se de pesca artesanal.

    Há que ter em conta o que o pescado que é capturado pelas grandes embarcações europeias, africanas, chinesas, etc,… mediante acordos financeiros com São Tome e Príncipe, como sabemos, são embarcações de pescas, equipadas, com redes de arrastões, traineiras estrangeiras que capturam tudo,em que nada sabemos enquanto sociedade civil, as autoridades nacionais, enquanto País(Território/População/Administração) quanto ao números de toneladas o pescado que estas embarcações capturam.

    De recordar que hoje deve haver normas de captura quanto ao tamanho e fiscalização, recurso a Aquicultura deve ser o caminho a seguir, na produção de pescado, crustáceos, algas a nível mundial.

    Há que analisar e pensar nas alternativas, para a conservação e reprodução, quanto ao cada espécies de peixes no nosso mar.

    Há que monitorizar e fiscalizar, embarcações das quais temos acordos, quanto ao tamanho e tonelada de pescado capturado, há que formar pescadores, sensibilização para a questão, não obstante as melhorias na aéreas de comercialização/exportação dos pescado, que possam vir acontecer através,da parceria com a FAO.

    Se se queres ver o Pais bem

    Acredita em ti,

    Juntos somos capaz

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  2. Preto

    19 de Maio de 2017 at 13:52

    Meu caro ANCA, que tipo de cacharamba o sr. bebe?

  3. Orhg

    19 de Maio de 2017 at 14:30

    Entregamos o nosso mar para explorarem, sem termos capacidade de fiscalizar.
    O valor que se recebe da cooperação com a União Europeia, por exemplo, no domínio das pescas, parte deveria ser canalizada para mobilizar meios para o efeito de fiscalização. Em vez disso, pouco se sabe sobre a aplicação do montante negociado nessa cooperação.

    A nossa pesca, mesmo sendo artesanal, pode ser prejudicial, mas não ao ponto de nos colocar na situação de falta de espécies anteriormente muito comum de se ver no mercado. Agora não se encontra.

    Temos um futuro alimentar muito incerto, devo a ganância dos nossos membros de governos.

  4. Brasileiro

    19 de Maio de 2017 at 17:28

    É preciso que haja controle hoje para que amanhã não falte esse alimento vital aos cidadãos deste país. Há que se ter cuidado com a pesca “predatória”, deve se ter em conta que existe um grau de maturidade e uma quantidade coerente de peixes de dada espécie que podem ser pescados. O mais perigoso de tudo, são as grandes embarcações pesqueiras que realizam a captura em escala industrial.
    A direção desta nação precisa estabelecer limites criteriosos, sob o risco de devastação ambiental futura e escassez de víveres.

  5. Ralph

    22 de Maio de 2017 at 6:27

    Isto reforça a necessidade de desenvolver uma estratêgia de pescaria sustentável para que o país possa continuar a depender no recurso no futuro. Um pouco restringimento na parte de todos será necessário para assegurar um fornecimento para gerações futuras.

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