Economia

Sociedade Civil analisou execução do OGE – 2015/2016

A Rede da Sociedade Civil para a Boa Governação terminou mais um trabalho de rastreio orçamental referente ao exercício do ano 2015 e o do 2016, na componente Obras Públicas.

O relatório é o resultado de recolha de informações orçamentais e de verificação no terreno da maneira como o dinheiro público foi aplicado, e já começou a ser apresentado publicamente.

Este trabalho foi realizado por cinco equipas da Rede da Sociedade Civil para a Boa Governação, quatro em São Tomé e uma no Príncipe.

O coordenador da Rede e Secretário Permanente da FONG-STP, Eduardo Elba, explica que a metodologia é “pegar no orçamento e tentar perceber aquilo que o Governo planificou, aquilo que fez e como é que fez em 2015 e 2016, numa perspectiva de mostrar aos decisores que a Sociedade Civil está atenta à maneira como estão a gerir os recursos públicos”.

Na apresentação pública da primeira versão do relatório, várias preocupações se levantaram pelos cidadãos. Na ilha do Príncipe, as pessoas entendem que é urgente o Governo melhorar o processo de fiscalização das obras. “A estrada de Porto Real não teve acompanhamento e fiscalização adequada e por isso não tem qualidade. Os fiscais das obras o Governo Central, quando executadas cá na Região, não permanecem aqui até a sua conclusão. Algumas partes dessa estrada estão a afundar. É necessário voltar a fazer muita coisa que já foi feita. Isso vai pesar no bolso da população por causa da falta de rigor dos governantes”, reclamou Inocêncio Cidália.

Uma das conclusões chegadas com esse exercício de monitoria é que nem sempre as obras executadas respondem às necessidades dos cidadãos. O Presidente da Associação de Moradores de Pinheira, Celestino Isabel Pereira, denuncia que “a estratégia de algumas pessoas é de intimidar as pessoas da sociedade civil para não reclamarem da qualidade das obras. Há muitos interesses escondidos na construção de obras públicas. O Estado gastou mais de 2 mil milhões de dobras com uma obra de depósito de água para a comunidade de Pinheira que não resolveu o problema. Todos nós pagamos a má gestão do Estado”, concluiu.

Uma outra denúncia vem de Lobata. “As 10 casas de barro construídas no projecto-piloto em Lobata com o financiamento do PNUD estão a cair. Antes de fazer uma obra, é preciso pensar na sua utilidade para o povo. Governo entra e Governo sai, mas ninguém encontra solução para essas obras que foram feitas para beneficiar o povo”, disse Constâncio Afonso, residente em Água Sampaio.

O Presidente da Associação de Moradores de Santa Luzia, António Ramos, afirma que “o Governo executou uma obra de água para a rega na comunidade de Santa Luzia em que se gastaram mais de 7 mil milhões de dobras. Todo esse dinheiro foi gasto numa obra que não acrescentou nenhuma solução ao problema existente. Tudo ficou na mesma”.

O objectivo deste trabalho é o de contribuir para a melhoria da aplicação e gestão dos recursos públicos, sobretudo no sector das Infra-estruturas que absorve cerca de 20% dos Orçamentos de Estado.

A Rede da Sociedade Civil para a Boa Governação é uma estrutura da sociedade civil dinamizada pela Federação das ONG para realizar actividades de monitoria de políticas públicas, advocacia e influência política com vista a melhorar a governação, a transparência e a prestação de contas em São Tomé e Príncipe.

Fonte – FONG – STP

4 Comments

4 Comments

  1. DITADURA DA PEDRA

    26 de Dezembro de 2017 at 15:45

    Atenção! atenção! aos dirigente do país, os santomense esta dar um sinal muito claro em votar para (Silva Gomes Cravid) em troca de nada, em relação ao votos bajulado por lambé-bota ao favor de Patrice Trovoada.
    é uma alerta claro abaixo a corrupção…

    • Joao Santos

      27 de Dezembro de 2017 at 9:27

      Senhor Ditadura da Pedra! O que o Senhor escreveu não tem nada a ver com a notícia publicada pelo Jornal Téla Nón.
      Enfim…

    • Roberto Piedade

      27 de Dezembro de 2017 at 21:47

      João Santos! O que o senhor “Ditadura de Pedra” se refere é muito bom alertar. Porque a Rádio Nacional está a fazer pouca vergonha. Os locutores estão a ligar para ouvintes militantes do ADI para votar no Patrice Trovoada.
      Proponho que cidadãos independentes acompanhem directamente este processo de votação, porque os locutores que estão a fazer isso estão bem identificados e pessoas que participaram confirmam e estão dispostas a denunciar.

  2. Antonio NIlson

    30 de Janeiro de 2018 at 18:43

    Povo! Vocês se lembra de vários anos atrás, quando eu disse queo Patrice Emery Trovoada não pode ser confiável? Recebi muitas críticas por isso. Aconteceu que estava certo. E agora?

    Talvez eu tenho que entrar no terreno para educar as pessoas em São Tomé e Príncipe sobre política, as implicações de seus votos e como isso afecta a vida do povo.

    Se as pessoas que no poder em São Tomé e Príncipe não querem melhorar as coisas para as pessoas e melhorar as situações terríveis e tristes em todo o país, o último recurso talvez sera uma revolução? Assim como a Revolução Francesa, para que recuperemos esse país?

    Esse cara, Patrice, é tão delirante em pensar que ele pode se tornar o homem mais rico da África – não é possível. STP é pobre e dependente da ajuda externa. Eu discordei com as ambições dele derrubando Taiwan por razões gananciosas, e agora a China nem o está levando a sério. Patrice Trovoada é tão doente quanto o pai dele; Ladrões?

    STP está vivendo periodos dificies; um grande problema. As pessoas precisam de acordar e fazer mudanças sérias.

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