Economia

Oficiais de contas e auditores preparam-se para o IVA

Os oficiais de contas e auditores estão a ser formados para saberem calcular e aplicar o IVA nas trocas comerciais no país.

São Tomé e Príncipe, criou o Imposto sobre Valor Acrescentado num decreto emitido no ano 2019, mas nunca o implementou. Depois do adiamento em 2020, o Imposto sobre o Valor Acrescentado, vai ser implementado pela primeira vez em São Tomé e Príncipe no início de 2023.

Hamilton Barros – Bastonário da OTOCA

Hamilton Barros, Bastonário da Ordem dos Técnicos, Oficiais de Contas e Auditores, manifestou-se convicto de que o IVA vai ser realidade no início do ano 2023.

«Por aquilo que eu tenho estado a perceber e a acompanhar, tudo indica que a implementação é para breve. Não digo neste ano, mais provavelmente para o início do próximo ano», afirmou.

Com o IVA a porta, a OTOCA, ordem dos técnicos, oficiais de contas e auditores de São Tomé e Príncipe, decidiu promover a formação dos seus membros, sobre os métodos de cálculo do imposto que é transversal a sociedade e que vai permitir ao Estado aumentar a arrecadação das receitas.

«É um imposto novo para São Tomé e Príncipe, daí que é preciso muita formação. Por isso a realização do workshop para ajudar e elucidar os nossos associados e também os não associados sobre como utilizar essas ferramentas nas suas actividades», explicou.

Segundo Hamilton Barros, o IVA vai permitir a tributação de coisas que anteriormente não eram tributadas. «Vai abranger tudo, e todos terão que contribuir, e permite combater a evasão fiscal. Daí que terá impacto muito positivo na arrecadação de receitas», reforçou.

No entanto a OTOCA constata também que o IVA, vai aumentar a carestia de vida. O decreto que criou este imposto fixa o seu valor em 15%.

«Em termos de carestia de vida, irá encarecer um pouco, e terá impacto nas pessoas», confirmou o bastonário da ordem dos técnicos, oficiais de contas e auditores de São Tomé e Príncipe.

O FMI e outros parceiros internacionais, acreditam que o IVA será realidade em São Tomé e Príncipe a partir do início do ano 2023.  

Abel Veiga

5 Comments

5 Comments

  1. Santo

    14 de Outubro de 2022 at 9:10

    A implementação do IVN vai ser outra desgrça para a vida desse povo, a fome em vez de acabar vai aumentar.

  2. VAI TU

    15 de Outubro de 2022 at 12:42

    “Vai abranger tudo é todos…”
    Não acredito, com os fiscalizadores a ter primos por todo lado, os produtos nacionais, o mercado paralelo, só as empresas que tenham uma contabilidade
    real é que pagarão.
    Se não conseguem coletar atualmente na Alfândega imagino em relação ao IVA.
    Faturas até 100,00 Ndbs não precisa de fatura?

  3. Toni

    15 de Outubro de 2022 at 14:02

    Brincadeira,, Stp não tem condições para o IVA…..

    A economia é informal, as paleies vão facturar????

    Vai ser os importadores a pagar na alfândega, e depois a cobrar na venda, resultado tudo muito mais caro para o povo, e depois só arrecadam IVA na importação, o restante iva não vai existir!!

    Mais vale aumentar as taxas de alfândega, custa menos ao estado, não precisa destas formações nem de estrangeiros a vir ensinar o que é o IVA, porque ainda não perceberam o que é este imposto, e a economia de Stp não está preparada.

    Enfim, mas um orgasmo político!!!!

  4. Mepoçom

    17 de Outubro de 2022 at 7:01

    O IVA é um imposto pago em quase todos os países do mundo, até faz confusão ao mercado abarrotado de tanta diversidade de produtos e o estado está ainda adiar a sua tributação. Claro que ao escalonar os produtos a tributar deve ter atenção à cesta básica, tendo em conta a probreza da população, mas não podem ficar a espera que maná caia do céu. O estado para realizar despesa tem que arrecadar a receita.

  5. Luís Sequeira Bragança

    30 de Dezembro de 2022 at 7:35

    Quando na Europa, a Espanha está eliminar o IVA em alimentos essenciais para combater a inflação (6.6%), parece-me que o nosso governo quer criar um atalho para se auto-financiar.

    Factos:
    1. O tecido empresarial santomense é quase inexistente e sem dinâmica empresarial.
    2. A economia é informal,
    3. O estado é o maior é o maior empregador,
    4. A inflação a 24%(?) e com tendência natural de subida.

    Consequências:
    1. A aplicação do IVA estrangulará as poucas e deficitárias empresas em S. Tomé e Príncipe. Com o encarecer dos produtos haverá um declínio de vendas. A informalidade ganhará mais força.
    2. Algumas empresas acabarão por fechar e passar a informalidade.
    3. A receita esperada pelo estado não terá o impacto desejado

    Foco (solução)
    1. Aliviar o aparelho de estado
    2. Criar PPP parcerias público privadas
    3. Encaminhar o excedente de recursos humanos afectos ao estado para as empresas privadas oferecendo isenções fiscais à aquelas que aderirem ao programa
    4. Criar condições para que a cadeia de valor das empresas seja local
    5. Forçar os bancos a financiar a economia com taxas de juro justas
    6. Redução da dimensão do sector informal
    7. Incentivo à inovação
    8. Incentivo à descentralização
    9. Inclusão financeira
    10. Digitalização de serviços

    Resultado:
    1. Criação de um tecido empresarial activo
    2. Criação de emprego
    3. Arrecadação de impostos
    4. Redução dos níveis de inflação

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