Política

Terceira Comissão Especializada da Assembleia Nacional pediu explicação ao ministro da saúde sobre os médicos especialistas norte-coreanos que abandonaram o país

A terceirahospital-sala-de-banco.jpg Comissão especializada da Assembleia Nacional reuniu-se esta segunda-feira com os responsáveis do ministério da Saúde. O encontro tinha como objectivo fundamental pedir explicação ao ministro da Saúde sobre as razões e as causas que levaram a saída de seis especialistas norte-coreanos do país. Por outro lado, visava conhecer os estrangulamentos que o sistema de saúde enfrenta e conhecer as propostas do ministério para a resolução destes problemas.

A falta de médicos, sobretudo de especialistas, é um dos maiores estrangulamentos com que defronta o sistema de saúde nacional, por isso a retirada de dois ginecologistas, um otorrinolaringologista, um ortopedista, um cirurgião e um intérprete constitui preocupação para a terceira comissão. “Todos nós sabemos que a saúde tem os problemas que tem, tem problemas de quadro e nós achamos que com a retirada desta cooperação, sobretudo no que diz respeito a prestação de serviço que davam a nível do país, nós achamos por bem chamar o ministro, que veio com todo o seu estafe, e nós colocamos a questão e pedimos que fôssemos esclarecidos sobre as razões e as causas que levaram a saída destes médicos”, assegurou Carlos Simião, presidente da Terceira Comissão.

Baseado nas explicações do ministro, Carlos Simião assegurou que os médicos em causa não tiveram a oportunidade de falar com a direcção do hospital, nem tão pouco com o ministro da tutela sobre o assunto. “Ouviram que iria ser retirado do seu valor, que era de 500 dólares para 300 e daí acharam que efectivamente retirar este valor não iria abonar em nada e preferiram retirar”, explicou Carlos Simião.
Para o ministro da Saúde esta situação foi ultrapassada. Arlindo Carvalho afirmou que o facto de estes especialistas terem abandonado o país não significa que estas especialidades não sejam cobertas. “Não temos especialistas coreanos mas temos outros especialistas que têm dado resposta as necessidades de saúde nessas diversas áreas”, sublinhou o ministro.

O ministro da saúde considera que todos devem estar unidos para a resolução dos problemas com que enfrenta o sistema de saúde. Para Arlindo Carvalho é necessário investir na saúde para que ela possa dar resposta aos desafios que tem pela frente, tanto em termos materiais, financeiros como de recursos humanos onde as dificuldades são imensas. “Nós temos carências de recursos, a nível de enfermeiros, de médicos e temos um problema sério que é fazer, muitas pessoas que são formadas hoje, trabalharem no sistema ou pelo menos regressar para o país e darem o seu contributo”, explicou Arlindo Carvalho.

No entanto foi aconselhado ao titular da pasta da saúde que por via diplomática tentasse saber com mais pormenores o que realmente se passou e tentar uma solução mais adequada para o problema.

Fernando Ramos

 

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