Quem o diz é o líder da bancada parlamentar do MLSTP/PSD, Dionísio Dias, em relação as declarações de Aléssio Caruso Filho. A bancada do partido que governa São Tomé e Príncipe, uniu a sua voz aos deputados da coligação MDFM /PCD também no governo de coligação e da ADI única força política da oposição no parlamento, num coro de protesto contra a posição do escritório brasileiro, AW Galvão. Segundo Dionísio Dias, o tal escritório é parte do negócio tendo recebido por isso 40 mil dólares. Daí que não tem independência nem idoneidade suficientes para pôr em causa as decisões do governo em relação ao consumo dos produtos importados.
No hemiciclo do parlamento esta sexta-feira, o líder da bancada do MLSTP/PSD, foi uma das vozes que se levantou contra as declarações proferidas pelo escritório de advogados AW Galvão na última quinta – feira. «Estranhou-me ouvir um senhor ligado a uma empresa privada de assessoria e consultoria jurídica a falar de uma forma que até tenta por em causa as relações de amizade entre São Tomé e Príncipe e o Brasil. Uma empresa privada que tem um contrato de prestação de serviços de 40 mil dólares, portanto ela é uma parte no negócio, invocar de uma forma leviana que as mercadorias estão em condições de serem utilizadas. È muita irresponsabilidade por parte deste senhor», disse Dionísio dias.
O facto de Aléssio caruso Filho ter dito que ele também bebe o leite que o governo mandou retirar do mercado, reforça a contestação dos deputados. «Mais ainda disse ele, eu também tomo esse leite. O que é que ele queria dizer com isso. Quer dizer que se ele toma esse leite, porque é que nós também não tomamos? Isso é uma brincadeira fora do normal, ele está a insultar a inteligência dos são-tomenses. Isso é inaceitável», acrescentou o líder da bancada do partido de Rafael Branco.
Os deputados da coligação MDFM-PCD, nomeadamente Pires Neto e Carlos Semeão, disseram exigiram o esclarecimento do caso. Carlos Semeão, adiantou que quer ver o último episódio desta novela. Da bancada da ADI, o deputado Arlindo Ramos, fez mais denúncias a volta deste caso. Tendo exigido que o ministério público investigue como é que entraram no país algumas chinelas e também quem está a comercializa-las. Note-se que Arlindo Ramos é funcionário de uma empresa de transbordo de mercadorias.
O mesmo deputado, explicou que no momento do transbordo das mercadorias importadas do Brasil, muitos produtos ficaram no navio. Tendo o capitão da embarcação pedido que tais mercadorias fossem transportadas para o porto através de canoas. Segundo ele não se sabe o destino de tais produtos.
Mas quem não poupou o representante do escritório A W Galvão, foi Dionísio Dias do MLSTP/PSD. «Esse indivíduo foi longe demais. Ele está a fazer pura e simplesmente chantagem. Porque ele tem interesses concretos e objectivos. Quero dizer daqui desta tribuna que condeno a atitude, arrogante, irritada e irresponsável deste senhor. Como já disseram os senhores deputados qualquer um vem fala o que quer falar, e atinge a honra e dignidade de um país», concluiu.
Também por causa de tais declarações de Aléssio Caruso Filho, os deputados exigiram que a justiça esclareça o mais breve possível o escândalo financeiro comercial.
Abel Veiga