Opinião

Moção de censura, o bicho feio e temível da democracia

A democracia são-tomense saiu reforçada e claramente com um sinal positivo com o blá-blá-blá do confronto entre a oposição e o Governo, ocorrido no Palácio da Democracia na passada semana.

De uma realidade não nos podemos refutar e ninguém ficou com dúvidas de que, finalmente, a Acção Democrática Independente, aos olhos da Nação e do Mundo, deu o seu OK as instituições da República após os trambolhões que levaram a queda no final de 2012 do XIV Governo constitucional e ao consequente abandono dos deputados do partido das discussões e decisões parlamentares durante meio ano ainda assim, com direito salarial e mordomias.

Os são-tomenses, especialmente os mais novos, deviam ter acrescidos aos seus manuais de conhecimentos, desde Novembro passado, do uso deste instrumento corrente do exercício democrático, não fosse os feiticeiros fugirem ao feitiço que agora cristalizou as queixas do Secretário-Geral de ADI, tão jovem, deve ter aprendido que estamos numa escola de aquisição ordinária, tornando desnecessário ao pugilismo e aos teatros panfletários, em nome de um hipotético liberalismo, mas abordando os problemas no lugar destinto, engrenando as estratégias e as técnicas, todos saímos a ganhar para o bem-estar do povo que os partidos reclamam defender e lutar pela causa.

O documento que entrou no Parlamento no dia 18 de Julho e com a mesma data de despacho, teve de regressar ao partido, levantou cabelos e sujou tintas, questionando acerto matemático no cumprimento do número exacto de deputados a submeter uma moção de censura com intento de vasculhar em especificidade ao exercício governativo na interpretação do artigo 225º do Regimento da Assembleia Nacional.

Menos relevante ou não, o partido desagradado e na voz do seu Secretário-Geral não obstante ter deixado cair a bandeira do assalto do poder enveredou-se pela hostilidade «o despacho de Alcino Pinto é uma manobra dilatória de um poder invejado por três partidos que dizem ter uma maioria no parlamento para não vir debater com uma minoria de um só partido.»

Para depois aplicar cotoveladas desnecessárias «E, em segundo lugar, não é Alcino Pinto, formado em Direito alguns meses atrás, que diz que o artigo 225 do regimento fala em ¼ de deputados em efectividade e em funções não pode apresentar uma moção com 17 assinaturas.» Mau!

Discurso inadequado e de provisão em baixa para quem andou nas cadeiras universitárias e actual responsável partidário de apetência governativa a esticar os seus insultos ao próprio presidente-fundador de ADI que, empenhado na luta de libertação do seu povo viu-se, eventualmente, escasseado de tempo e energia para ter título de diploma no seu currículo, nada que impedisse ou diminuísse a sua vastidão de conhecimentos e de trato político reconhecidos.

A devolução do documento a proveniência, para o Secretário-Geral do partido da oposição quase que lhe obrigaria a sacrificar a vida de um dos seus deputados, decapitando-o «13 deputados mais um sem cabeça seria uma estupidez

Na visão do líder-substituto de ADI que ainda com o gatilho em segurança, reconhece as instituições democráticas do Estado são-tomense, o retorno de moção de censura contrariou aos apelos de paz, solidariedade e estabilidade renovados nos discursos do poder por ocasião de 12 de Julho «agora, nós gostaríamos de perguntar a todos os órgãos de soberania se é assim que eles querem paz e estabilidade para esse país

Num olhar para trás e discutir a antiga e a nova agenda e, retirar ganhos, os responsáveis da oposição desde a inauguração do Governo presidencial que no trombone buzinam ao debate televisivo e em directo com o chefe do Governo para defenderem-se de sinais exteriores ao que acusam de calúnias e abate do partido e do seu presidente.

Na moção de censura e com uma agenda concentrada em queixas no arroz impróprio para o consumo humano que roubou mais de três horas das cinco com o PCD a resguardar ao comprador do produto dos estilhaços de ADI, nos indícios de corrupção no bloco governativo banalizado pelo executivo que contra-atacou com o exercício do seu antecessor e concretamente no negócio não clarificado dos barcos para enriquecimento ilícito e, no aniquilamento de garantias e liberdades individuais dos cidadãos, justificado de necessária musculação das forças de segurança e defesa para prevenir e travar ao caos, caos e caos, não faltaram tentativas parte a parte de males do passado justificarem ao presente para o adiar do futuro tão ambicionado pelos são-tomenses.

O abrandamento de energias demonstrado pode levar aos deputados de ADI enquanto partido abençoado de mentes jovens e de óptimas performances em busca de oportunidades e estabilidade profissional, a reabastecer-se e numa próxima ocasião mostrarem trabalho de casa emprestável ao incómodo governativo e não se acomodarem de supostas vantagens do eleitorado ao favor dos seus gritos aflitivos de ida as urnas, quanto cedo do possível, reclamando vitória antecipada num menosprezo cego até ao aquartelamento defensivo dos seus rivais na véspera da secção plenária.

Neste patamar reclama-se ao papel do líder partidário que, não obstante as novas tecnologias permitirem as videoconferências e tudo do mais e, não faltarem mãozinhas clubísticas dentro e fora de portas, nenhum partido sobreviverá por muito mais tempo a ausência do comandante a frente das tropas. Nem ouro a brilhar aos militantes mantem eternamente o controlo do rebanho que ruidosamente reclama ao norte do pastor.

O exercício democrático oferecido aos são-tomenses no Palácio da Democracia terá sobejamente ajudado o líder partidário no estrangeiro a decifrar a confiança nos seus deputados e desistir de vaiar ao país na venda de instabilidade e insegurança para adiar o seu regresso aos são-tomenses pequenos.

A Acção Democrática Independente permitiu a geração que instruiu erradamente em Novembro passado quando sacrificou desnecessariamente a cabeça do Presidente da Assembleia Nacional, velha guarda do partido, de que afinal, a moção de censura com ou sem fundamento – testemunho de cada analista – é um acto normativo, regular e de utilidade democrática para que olhos nos olhos o Governo e a oposição possam confrontar-se na casa parlamentar, exigirem-se em argumentos e contra argumentos e, medirem o pulsar de apoiantes e os contrários das políticas executivas.

É usual nesses combates para tombo ou revalidação do executivo, os protagonistas furtarem-se em casamentos com o diabo, preceito ignorado pelo partido desde a vitória eleitoral de 2010 contando com o consentimento de uma oposição que deixou o XIV Governo trabalhar confortavelmente mais de dois anos arrogando-se em prestar contas na sede própria.

Os partidos do trio – membros corruptos e caducos nas palavras de ADI – que alimentam ao Governo tiveram de aquartelar-se nas quintas de Pinheira e de Prazeres para rimarem estratégias e definirem técnicas para o objectivo comum de coesão parlamentar e estabilidade governativa, não obstante a realidade da moda banhista, agora em que estamos na gravana, obrigar a sociedade civil insurgir-se de que não passou de trincheira para regabofes, impedindo ao envenenamento dolarizado e eurorizado da nossa democracia, veneno supostamente a circular nos corredores da oposição.

O país à sua maneira – bipolarizado – aqueceu aos ouvidos e ficou esclarecido do uso válido de mais um instrumento da democracia. A Acção Democrática Independente esmaecida por culpa própria em inverter desde o final do ano ao lugar nas bancadas deu mostras que vai exigir um novo exame ainda antes das eleições de 2014. O Governo creditado pela oposição e convencido nos seus deputados assegurou a promessa de boa gestão e honestidade na política, o ainda difícil exercício no vocábulo dos democratas são-tomenses.

Com o baptismo do XV Governo e a sua consequente legitimação institucional por parte de Acção Democrática Independente, a República fecha uma página inflamada de discursos desnorteados de certos fazedores de opinião enforcados nas lamúrias de assalto do poder para que os grandes desafios em que o povo espera obter ganhos, saídos mais acautelados na agenda política, social e económica, possam direccionar a um futuro desejável das ilhas do meio do Mundo para são-tomense crer e arregaçar as mangas.

Urge, no entanto, questionar para o interior do partido da oposição. Esgotados todos os argumentos de caos, caos e caos, numa força partidária onde o contraditório e o livre pensamento deviam nortear o exercício da prática democrática, a cabeça do líder não deveria ser exigida pelos militantes que foram orientados a uma agenda ariscada com o partido a deambular em todas as frentes?

Expliquemos. O líder de ADI forjou rebelião para justificar a forma e o estilo do bicho que é feio. Entregou a cabeça do Presidente da Assembleia Nacional, candidato presidencial do partido em 2011 e o segundo mais votado pelos são-tomenses. Os deputados seguiram ao tio e ausentaram-se do Parlamento. Legalmente a moção de censura destronou o XIV Governo.

O líder não encontrou num outro elemento de ADI a competência necessária para confiar-lhe o cargo de chefe do executivo, mesmo sabendo que as divergências com o Presidente da República repetidas, em trombones sem contas, afastavam cada dia mais os protagonistas do interesse nacional. Por fim, o líder refugiou-se, desde Dezembro, no estrangeiro como que estando em Gorongosa – sem ofensa a outra realidade – ou num outro reduto fora do centro das grandes decisões do país.

Não será o momento exacto para o partido fotografar-se para o seu interior e clarificar na praça pública, nem que para tal tenha que mobilizar os militantes e simpatizantes para a festa de recepção do líder em apoteose percorrendo as artérias da capital? Ou os doutores de Acção Democrática Independente prefiram gemer que está tudo bem, restando a própria sombra para ladrar, não constituindo matéria de discussão e análise interna serem telecomandados à distância?

Seis meses passados do Congresso de Libreville, torna necessário olhos nos olhos, pedir responsabilidades e culpar ao líder pela fracassada estratégia que causou estragos a democracia e ao país que, habituados a situações inéditas, os são-tomenses souberam uma vez mais ultrapassar e rumar ao porto da esperança.

José Maria Cardoso

01.08.2013

17 Comments

17 Comments

  1. Estanislau Afonso

    1 de Agosto de 2013 at 16:48

    Gostei muito do artigo, na verdade é momento para os militantes começarem a analisar muito bem o lider máximo do Partido. Mas devido o dinheiro estão a levar um lider censurado para próxima eleição.

  2. Joao Carvalho

    1 de Agosto de 2013 at 20:56

    So um doido e’ que pode ainda imaginar que Patrice Trovoada tera’ cara ou mesmo coragem de se atrevir a candidatar alguma coisa mais em S. Tome. Ele esta a fazer ilusoes no ar. A careira politica de Patrice Trovoada ja acabou e o que resta e’ cada um dos seus discipulos aproveitar dos dolares que restam la no cofre do partido. Por isso estao a fingir simular mocao de sensura para manter os militantes com esperança. Mas tudo falso. Voces vao ver com o tempo se eu nao tenho razao.

    • abedel

      2 de Agosto de 2013 at 7:42

      ja pareces como maluco em falar isto, sera que os corruptos do pcd e mlstp não voltaram a candidatar
      todos os santomenses sabem que o país esta como esta por causa dos maus feitores destes dois partidos

  3. zeme Almeida

    2 de Agosto de 2013 at 1:22

    Nao vale a pena tirar o foguete antes da festa.Este governo da troika tem um suporte que é a assembleia Nacional nao significa que está consistente.Em 2014 é que vamos medir as forcas.

  4. malebobo

    2 de Agosto de 2013 at 8:12

    o tempo dira tudo

  5. Macamblalá

    2 de Agosto de 2013 at 9:40

    “Por fim, o líder refugiou-se, desde Dezembro, no estrangeiro como que estando em Gorongosa – sem ofensa a outra realidade – ou num outro reduto fora do centro das grandes decisões do país.

    Não será o momento exacto para o partido fotografar-se para o seu interior e clarificar na praça pública, nem que para tal tenha que mobilizar os militantes e simpatizantes para a festa de recepção do líder em apoteose percorrendo as artérias da capital? Ou os doutores de Acção Democrática Independente prefiram gemer que está tudo bem, restando a própria sombra para ladrar”.

    Caso para dizer Patrice Trovoada e a ADI perderam todas as frentes, como tem perdido todos os domingos o Abílio Neto na RDP ÁFRICA (descalabre).
    HAJA VERGONHA…GENTE…

  6. zeme Almeida

    2 de Agosto de 2013 at 9:48

    Será que este governo é intocável?Será que é um dos melhores governos que alguma vez apareceu a testa do país?Assaltaram o poder e nao querem ser censurados pela oposicao?Censura a um governo é um instrumento que se utiliza em democracia para fiscalizar as as acoes governativas.Censura nao significa querer-se derrubar o governo?Basta ver o que está a acontecer em Portugal o governo tem tido grandes dificulidades em tirar o país desta crise!Quantas e tantas vezes este governo foi censurado!Só existe até entao porque tem o aval da maioria na assembleia.Senhor José Maria valha me Deus nao enganas ninguém a sua reflexao está errada.As coisas nao vao bem só temos é conviver com tudo isto até as proximas eleicoes.

    • Joao Carvalho

      3 de Agosto de 2013 at 17:54

      Concodo com a opiniao de que a sensura nao e’ so para derrubar o governo. So que eu nao entendo porque que o Patrice Trovoada fugiu a sensura ele mesmo. Ele deveria enfrentar a sensura e sair ainda mais forte na altura. Em vez de abandonar o poder, perder tempo e dinheiro para organizar uma “mega” manifestacao cheiro de zangazura e Rosema, insitar o caos, caos, forcar o sr. Evaristo para se demitir e depois agora vir dizer que alguem e’ que assaltou o poder dele. Francamente, que essa estrategia nao resultou e temos todos que reconhecer isso. Eu tambem sou simpatizante do ADI e nao entendo como que ha doutores la a frente de ADI com tanta pouca visao politica. O Pinto da Costa fez bem o seu papel dum presidente serio e corajoso. Nao se pode ameacar uma pessoa com arma na cabeca e depois dizer que esta a negociar com a pessoa. Isso e’ tactica de Jonas Savimbi e o truque nunca resultou. Vamos todos reconhecer o erro e mudar cedo para nao acabar com o ADI completamente. Por favor, meus senhores

  7. zeme Almeida

    2 de Agosto de 2013 at 9:53

    Este governo só existe até entao, porque tem a maioria parlamentar. O ano 2014 já se avizinha para se saber quem é quem.

  8. Felisberto Bandeira

    2 de Agosto de 2013 at 10:47

    Como e que se vai saber quem e quem em 2014 se quem e quem não da cara ou será que quem e quem mantendo se oculto terá maior probabilidade de ganhar? ou estão a espera de 2014 para depois começarem a fazer o trabalho de casa, só espero que vocês tomem a consciência da real situação do Pais

  9. Amole Pedaço

    2 de Agosto de 2013 at 10:49

    Na Assembleia nacional, na moção de censura apresentada pelo ADI, não se ouviu a voz do MDFM. Verdade é que não estava lá o vianteiro bagunceiro, mas melhor estratégia mesmo no meio de toda esta confusão é a do MDFM. O lider do MDFM – Fradique de Menezes – sabe de certeza o que está fazendo porque esse silencio todo do MDFM vai tão somente fortalecer o proprio partido, sobretudo quando se vem assistindo a queda livre do PCD e da ADI. Assim dos partidos de mudança fica o MDFM que em abono da verdade se diga não tem rotulo de corrupção.
    Crê-se que a grande massa juvenil deste país, particularmente os quadros recém-formados quer no interior do país como no exterior, jamais se compadecerão com corruptos, dai que o escape para eles já começa a ser o MDFM. Tenho visto nos ultimos tempos uma grande movimentação de pessoas, sobretudo jovens na sede deste partido, e não creio que estejam ai apenas por dinheiro ou coisa semelhante.
    Quanto ao MLSTP, este partido de história está perdendo sua trajetória histórica porque cada vez mais na praça publica apercebe-se da interferencia de outros lideres do partido na sua actual liderança.

  10. Cidadão

    2 de Agosto de 2013 at 11:55

    Isto não se chama de governo, minha gente! É um tapa furos até que regresse outro governo eleito e devidamente legitimado pela vontade popular. O figurino deste “governo”, não lhe confere total legitimidade, nem da opinião pública nacional, nem da opinião pública estrangeira. Por isso o 14º governo, embora já não exista, goza de suporte popular pelo facto de ter resultado duma vontade popular, contraidamente a este.Por isso não teremos ilusões que vamos ter todo o ano 2013 e 2014 perdidos. Não haverá investimentos, não haverá financiamento de orçamentos, pelos motivos que acabei de apresentar. Os nossos parceiros sabem disso e andam apenas a entreter este “governo” apenas com promessas. E não vai passar disto! É a factura que o país está a pagar com a queda do governo. E para o v/ conhecimento será a pior execução orçamental na história desde país, desde o advento da democracia. Se não me engano neste momento, isto é já no 2º semestre, temos uma execução que não passa dos 4%. Isto é grave!!!Só vamos ter gestão corrente(pagamento de salários com muiiiita dificuldade) e uma outra acção muito pontual. Pergunta-se: Quem ficou a perder?? Mas alguém ou um grupo deve ter ficado a ganhar, disto sabemos!!!

  11. Trinta Mil

    2 de Agosto de 2013 at 12:51

    Moção de censura transforma em moção de confiança, quando ela chumba. Dai que, para o Governo de GC, foi uma prova de bala, agora sim qualquer investidor poder sem medo, fazer negocio para STP. sem receio da queda de Governo. Mas esta paz é mesmo firme? Ninguém é imune aqueda no parlamento.
    O dever de obediência ao parlamento virou regra de Oiro.
    Assim é a politica no Mundo dito civilizado, não podemos fugir a regra.

  12. zeme Almeida

    2 de Agosto de 2013 at 13:07

    Afinal tém medo da arma censura?Quem matou com o ferro,tem medo de ser morto com o proprio ferro.Ha-de haver justicas nas urnas.

  13. Pedro Santos Lima

    2 de Agosto de 2013 at 17:37

    Quem escreveu este artigo deve viver num outro planeta. Mágica bem, mas a realidade infelizmente para quem escreveu é a sua imaginação.

  14. tela mu

    3 de Agosto de 2013 at 8:56

    Esse interece todo de conflitos politicos nao é para bem do povo ou do pais,isso é para eles aumentarem as suas contas em portugal y londres.cada um quer encher o seu bolso,ainda vao receber o Patricio Trouvada como receberan o pai para governar s.tome voces vão ver.O povo ficou tao corupto q por uma caixa de cerveja caí no engano.Como um.lider de um partido derige o partido estando ausente do país?haa por correspondencia y videochamada brincadeira ;so mesmo em s.tome, tomem juizo e tirem esta ilha na miseria obrigado

  15. zeme Almeida

    5 de Agosto de 2013 at 10:16

    Esta mocao de censura nao se transformou em mocao de confianca,mas sim,{mocao de interesses} dos atuais partidos que alimentam o governo no parlamento.

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