Política

Estrutura das forças armadas vai ser redimensionada

É uma das deliberações do Conselho Superior da Defesa Nacional. O Governo deverá implementar rapidamente a revisão da actual estrutura das forças armadas, redimensionando-a de forma a se adequar a realidade do país. O Estado-maior também é transferido imediatamente para o quartel-general.

O Estado Maior das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe foi instalado numa residência privada desde o ano 2012, na zona de São Gabriel, representando um fardo financeiro para os cofres do Estado com o pagamento da renda mensal.

O Conselho Superior da Defesa Nacional, deliberou no sentido da «transferência imediata do Estado Maior das Forças Armadas para o Quartel-general. A revisão da actual estrutura das forças armadas com vista a se redimensionar por forma adequa-la a realidade do país», frisa o conselho superior da defesa nacional.

Medidas que segundo o Conselho Superior da Defesa Nacional visam repor a ordem no Quartel General.

O comportamento dos militares do exército que recusaram honras militares ao Presidente da República e Comandante Supremo das Forças Armadas, é merecedor de condenação. «O comportamento assumido pelos referidos militares viola a lei e o regulamento da disciplina militar. Põe igualmente em causa os princípios ínsitos na constituição da república relativamente a preservação da paz, da estabilidade e segurança no país».

Tendo a lei e o regulamento da disciplina militar sido violados, tudo indica que serão apuradas responsabilidades. O Coronel João Bexigas, enquanto secretário do Conselho de Defesa Nacional, disse que caberá as chefias militares, e ao Governo através do ministério da defesa e ordem interna, apurar tais responsabilidades.

Violações das leis militares à parte, o Conselho Superior da Defesa Nacional, concluiu que  existem problemas remuneratórios e de índole social «que são legitimamente evocados pelas diferentes classes militares e que devem merecer particular atenção das autoridades competentes».

Por isso, anunciou a «adopção de uma nova grelha salarial com base na proposta apresentada pelo Estado-maior, visando corrigir eventuais discrepâncias existentes no sistema remuneratório vigente e a melhoria das condições de trabalho na instituição», acrescentou o Coronel João Bexigas.

A classe dos sargentos, mereceu atenção especial do conselho superior da defesa nacional, que deliberou no sentido da «regularização a breve trecho dos subsídios a que tem direito a classe dos sargentos».

Segundo fontes militares os sargentos são uma das peças fulcrais na instituição militar. São eles  que efectivamente comandam directa e diariamente os soldados.

Abel Veiga

22 Comments

22 Comments

  1. 3 Macucu

    14 de Fevereiro de 2014 at 7:10

    Nao existe fumo sem fogo ,e onde tenhe lama é porque tinha agua abri bém os olhos porque STP nao presisa dessas coisas ,que vimos nos outros paises

  2. Le di Alami

    14 de Fevereiro de 2014 at 7:46

    Os responsaveis devem ser punidos.

  3. Eterno Madiba

    14 de Fevereiro de 2014 at 8:03

    «adopção de uma grelha salarial com base na proposta apresentada pelo Estado-maior, visando corrigir eventuais descrepâncias existentes no sistema remuneratório vigente e a melhoria das condições de trabalho na instituição». Estas palavras tão lindas soavam tão bem a todos agentes da função pública. Porque como alguém disse há dias, descontentamento é no quartel, na função pública,nas famílias em geral. Então não acham o momento ideal para resolver o problema, pelo menos relativo à grelha salarial da função pública? Ou preferem continuar como bombeiros?

  4. braneto

    14 de Fevereiro de 2014 at 8:04

    Gente do meu querido país, de todas tendências políticas, pensemos o país! O país não tem condições económicas para suportar tamanha dimensão de despesas públicas?
    reponho a sugestão que fiz algures -Fazer-se um inquérito sobre o assunto em referencia:
    1- O país precisa de força armada que nada faz e só gasta e cria problemas?
    2-, O melhor para a RDSTP não será só a guarda costeira e policia nacional bem treinados e equipados?

    Em função da resposta( que podia ser também objeto de debate no tal dialogo nacional), fechava-se os quartéis, e resolveria-se todos esses problemas.

    • meu namorado

      14 de Fevereiro de 2014 at 15:26

      se fecharem o quartel tu terás maior oportunidade de arruinar o país, por isso o teu desejo nunca será concretizado.

  5. MÉ SOLO

    14 de Fevereiro de 2014 at 8:19

    Eu sempre achei estranho o Estado Maior funcionar fora e distante do quartel general. Para além de não ser funcional porque entendo que os pais devem estar pertos dos filhos, para lhes dar afecto, controlar, seguir o seu crescimento,os seus problemas e as suas atitudes, acareteva custos avultados para o estado, custos estes que de certo serveria para minimizar muitos problemas reinante nas forças armadas.Não me admira nada que esta ideia de transferir o Estado Maior para casas alugadas bem distante do quartel general foi mais uma forma de alguém se enriquecer a custa aleia.

  6. Tentado a Ler

    14 de Fevereiro de 2014 at 8:36

    Uma politica tapa-furo: Senao arrebenta, nao se repara. Então tudo indica que a policia nacional será redimensionada se houver a proxima insubordinação. Estas são as marcas de bombeiros reacionários,com todo o respeito que merecem os bombeiros que expões as suas vidas na linha de fogo.

    • Tentado a Ler

      14 de Fevereiro de 2014 at 8:41

      que expõem as suas vidas….

  7. homem honesto

    14 de Fevereiro de 2014 at 8:50

    Os militares de hoje não são militares de ontém. Têm habilitações para avaliar as normas.
    O Sr. Presidente viajou, teve autorização da Assembleia Nacional? Não.
    Só hoje é que os Deputados vão dá Assentimento da viagem que já foi efetuada.
    Quem está a cumprir as normas? Ninguém.
    Então os militares têm razão de não fazerem papel de bobo, para além das suas reivindicações.

  8. Praça 82

    14 de Fevereiro de 2014 at 10:13

    PUNIR “SEVERAMENTE” os culpados e envolvidos de forma a servir de exmplo.
    Onde está o RDM(Regulamento de Disciplina Militar)?
    Desde 2010 que o Quartel tornou uma BANDALHA!
    Há que meter um STOP.

    • Eterno Madiba

      14 de Fevereiro de 2014 at 12:50

      Os militares podem morrer a fome porque têm que cumprir o Regulamento de Disciplina Miilitar? Ainda bem que reivindicaram!Quem não chora não mama!E já vão receber mais dinheiro!Função Pública toda deveria sair à rua.São os seus direitos que estão em causa. Apenas isto. Os seus legítimos direitos!

  9. EXPLICAR SEM COMPLICAR

    14 de Fevereiro de 2014 at 10:51

    Meus Caros,
    De facto, os Militares são os garantes da paz no País e não é em vão que são FORÇAS ARMASDAS REVOLUCIONÁRIAS DE S.TOMÉ E DO PRINCIPE.
    Atitude de todos quantos estiveram implicitamente no caso, Oficiais, Sargentes e Praças, merece condenação, porque independentemente das reivindicações salarias que são legítimas e que tbem não são só nas FARSTP, temos sectores todos do estado a reclamar aumento de salário, mas isto não significa dizer que na ausência desse direito possamos abdicar das nossas obrigações.
    Sua Excelência o Presidente da República, além de ser Chefe de Estado, Representa o País nas instâncias internacionais e constitucionalmente é Comandante Supremo das Forças Armadas, não prestar guarda de honra ao mais Alto Magistrado da Nação é crime e violação a nossa biblica( Constituição).
    Por isso, a que se responsabilizar os culpados.

    • Fiejoada

      14 de Fevereiro de 2014 at 13:30

      Meu caro, todos serão punidos? Todos sargentos, oficiais e demais militares estavam implicados nessa tomada de decisão. O pior é ameaçar castigar a equipa. Um por todos, todos por um. Não é em vão que o chefe pós cargo a disposição. Ele sabe que o caldo poderá entornar se vierem a castigar este ou aquele…. fui a coisa não é pra brincadeira

  10. floli canido

    14 de Fevereiro de 2014 at 11:06

    Lendo a noticia do ” tela nón” logo vi que as autoridades (governo) é culpado do sucedido como esta citado:
    1 – Transferência da sede do Estado Maior das Forças Armadas para Quartel General para Quartel, já se viram o corpo separado da cabeça? Claro que não isto implica que desde principio estado maior teria de ser no Quartel
    2 – Nova Grelha Salarial, isto num país sério terá de ser revisto em final de cada ano de forma que entrasse no OGE deste ano de forma a atualizar consoante inflação do ano findo para não baixar poder de compra. Agora pergunto, quando fará para sociedade em geral uma vez que inflação incide sobre sociedade em Geral?

    3- Regularização dos subsídios dos Sargento, porquê de não regularização a fim de evitar este teatro que de 2 á 2 meses temos no interior do nosso país? Governo quer com isso dizer todos os sectores que encontram nesta situação terá que agir da mesma forma para governo puder desbloquear as respetivas verbas.

    Por outro lado acho ao meu ver que deveria tomar medidas estruturais para evitar problemas deste tipo e efetuar corte nos custos fixos a fim de diminuir custos altos com Forças armadas, governo mais que ninguém saberá onde pegar. Apesar do governo ser culpado desta cena isto não implica impunidade por parte dos elementos das Forças Armadas, Lei terá de ser cumprida, isto se existir instrumento para normalizar esta situação, para não ser igual aos do deputados e membros do governos que são impunes como frisou Celisa Deus Lima

    Por outro lado á dias eis Diretor das Inspeções Económica de S. Tomé apresentou uma carta neste jornal, ninguém ligado ao governo pronunciou algo acerca da referida carta nem Gabinete da Presidência

  11. Camarada

    14 de Fevereiro de 2014 at 11:51

    Os soldados nem sequer sabem quem e o chefe do estado maior das forcas armadas em STP. Fim de servico militar obrigatorio ou o servico obrigatorio de apenas 6 meses porque tudo isto tem despesa e STP nao e Angola nem Mocambique onde os militares fazem falta e que tem condicoes financeira para suportar as FA

    • conobia cumé izé

      14 de Fevereiro de 2014 at 14:12

      Existem em todas as sociedades, grupos com os quais o poder não pode brincar !…Um desses grupos estão incluídos os militares. Por favor; não brinquem com o fogo. Se os DEPUTADOS têm mordomias há mais no País e estão blindados por Lei por mais corrupção que pratiquem, não lhes acontece nada, Então os MILITARES ? São para proteger eternamente um Estado de CORRUPTOS ?… Até Quando ? Que papel reservado aos Militares neste sentido? Por favor !!!…Sobreviver com pátria dos corruptos, até quando´? Se o baril de pólvora explodir, não digam que eu não avisei !!!… Analisem bem, para ficarmos bem !!!…FUI

  12. Nilton Garrido

    14 de Fevereiro de 2014 at 15:50

    “……. o Conselho Superior da Defesa Nacional, concluiu que existem problemas remuneratórios e de índole social «que são legitimamente evocados pelas diferentes classes militares e que devem merecer particular atenção das autoridades competentes».
    Portanto, só tenho que parabenizar a classe militar pela iniciativa pacífica que tiveram e espírito patriótico que demostraram. Porque de facto o maior problema, ou melhor a maior causa da pobreza qua se assiste no nosso país é fruto das desigualdades sociais, nomeadamente a falta de equidade na distribuição dos rendimentos e a justiça social. Em tempos não muitos longínquos assistimos greves dos profissionais de saúde, greves de professores, etc…todos a reclamarem a mesma coisa: melhor distribuição dos rendimentos. Até hoje, o que é que o governo, nomeadamente o Sr. Ministro das Finanças fez para combater ou minimizar as tais desigualdades? A distribuição de rendimento, a equidade e a justiça social no nosso país é péssima. Não posso admitir que um individuo, com 9º ano, sem uma formação média ou superior, mesmo uma empregada de limpeza, ect…(com todo o respeito por esses indivíduos), pelo facto de trabalhar nas finanças, na direcção das Alfandegas, ou na ENAPORT, etc, auferirem no final do mês um rendimento superior a um médico, um Engenheiro ou um economista etc..!!! Porque cobram receitas?? E Logo têm direitos a subsídios e muitas vezes dexorbitantes!!! Não estou contra. A questão é, e os outros sectores? Porquê que não se fixam tectos máximos de subsídios nos sectores de forma a permitir que remanescentes sejam distribuídos para os de mais sectores? Porquê que uns auferem um subsídio de cento e tal milhões de dobras e outro de zero dobras? Que espécie de gestão estamos a fazer no nosso país? Que espécie de gestores estão a conduzir o futuro desta jovem nação?
    Mais uma vez, aproveito esta bréxia para lançar um desafio ao Governo em particular ao Sr. Ministro das Finanças, para pelo menos dar início a uma reforma profunda nesta matéria, de forma no mais curto espaço de tempo possível, corrigir as desigualdades, melhorar a distribuição dos rendimentos e promover maior equidade e justiça social. É possível fazer esta reforma, desde que haja competência e vontade política. Faça como alguns países já fizeram. Implementem as carreiras de uma vez por todas, fixam os tectos máximos, que os directores ou administradores devem auferir, estabelecem subsídios de acordo com a categoria/função e ou nível de académico, independentemente do sector onde se trabalha, etc…é possível….acabem de uma vez por toda com o compadrio, nas nomeações, a corrupção, e toda essas poucas vergonhas que se vem assistindo no país e ninguém faz nada!
    Bem, há muita coisa para dizer mas fico por aí…

    Bem haja
    Sejamos menos partidários e
    São-tomenses a cima de tudo

  13. luisó

    14 de Fevereiro de 2014 at 23:32

    Já defendi que STP pelo seu tamanho e população e rendimentos não precisava de ter Exército, nem guarda presidencial, bastava e era melhor, vê-se agora, que tivesse uma Policia militar ou guarda nacional para-militar que fazia as duas coisas, Exército e Policia, policia em tempo de paz e em caso de ameaça externa tinham a preparação mínima para tal. Em vez de 400 ou 500 militares e 200 policias e 50 ou mais guarda presidencial tinha-se uma força de 450 homens melhor preparados, melhor escolhidos, melhor fardados e com melhor salário, pois reduzia-se 250 a 300 homens,para além de toda uma estrutura que parece que não funciona.
    A guarda costeira mantinha-se pois é da maior importância nacional e seria bom até reforçá-la pois a sua área de acção é grande e importantíssima para a defesa dos recursos marítimos e ajuda aos pescadores.
    – STP nesta área precisa de um largo consenso nacional, de alterar estratégias e definir bem o que precisa e pode ter, podendo dar melhores condições ás forças de segurança, que são necessárias, e melhor e mais segurança aos seus cidadãos e imagem exterior.
    Tenho dito.

  14. Barão de Água Izé

    15 de Fevereiro de 2014 at 13:48

    Mas a nossa Terra necessita de forças armadas clássicas? O Conselho de Estado não poderia pensar ou visionar outros modelos de segurança para STP com abordagens modernas sociológicas, estratégicas, alianças politico militares e em função da dimensão do território e capacidade económica?
    Pensar novos caminhos para STP é imperioso!

  15. Carlos Costa

    17 de Fevereiro de 2014 at 10:32

    Saco vazio nao fica de pe.Forca..

    • Ilum Iname

      18 de Fevereiro de 2014 at 9:00

      Forca ou Força? Ambas são opções…

    • Ilum Iname

      18 de Fevereiro de 2014 at 9:09

      Uma sugestão que pode parecer não estar relacionado mas no fundo está:
      Para quando o país ver-se livre da carga revolucionária e vaguardista marxista que ainda se mantém e acolá mas sem qualquer substrato prático ou programático e de o país há muito se afastou? Refiro por exemplo as Forças Armadas “revolucionárias”, a Repúplica “Democrática” (com muito raras excepções de que STP é uma, só se intitulam “Democráticos” os países que o não são), o Palácio “do Povo” à lá Mobutu, ond eo povo não entra, etc. Os Vanguardismos e Marxismos já de há muito mostraram nã servir para mais nada do que para destruir. É mais que tempo de arejar…

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