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Recenseamento eleitoral de raiz ainda este ano

No país e na diáspora todos os cidadãos são-tomenses, com idade igual ou superior a 18 anos, deverão se inscrever no novo recenseamento eleitoral de raiz, para assim poder participar nos actos eleitorais, com destaque para as eleições presidenciais previstas para 2016.

Garantia do ministro da administração interna Arlindo Ramos, na conclusão da visita de trabalho de uma delegação de Timor Leste, que está a preparar a reforma do sistema eleitoral são-tomense, começando pela criação de uma nova base de dados eleitoral. «Pensamos que o acto de recenseamento em si, será realizado este ano. Segundo a delegação timorense não vai levar muito tempo para a aprovação do levantamento feito no país. Esperemos que esse apoio seja célere e os actos eleitorais realizados em tempo oportuno», declarou o ministro Arlindo Ramos.

No fecho da missão timorense, os dois países rubricaram uma nova verbal, que confirma a avaliação feita no terreno, e os passos a serem dados com vista a reforma do sistema eleitoral.

O Governo são-tomense considera a reforma como prioridade, para dar autonomia ao país na organização e realização das eleições, evitando assim os transtornos que ocorreram nos últimos anos, e que forçaram o adiamento dos actos eleitorais. «De acordo com as complicações que tivemos durante os anos 2011 e 2012 no chamado meios técnicos de armazenamento de dados eleitorais, estivemos muito tempo na dependência dos fabricantes dos tais meios que nos foram oferecidos. A prevermos tais complicações decidimos pedir apoio a Timor Leste no sentido de reorganizarmos o nosso sistema eleitoral e o nosso sistema de recenseamento eleitoral em si. O nosso objectivo é conferir maior transparência nos dados eleitorais armazenados», explicou Arlindo Ramos.

A base de dados eleitoral, cujas complicações contribuíram para o adiamento das eleições autárquicas que deveriam ser realizadas em 2012, foi instalada no quadro da cooperação com o Programa das Nações Unidas em São Tomé e Príncipe. O sistema digital, era gerido tecnicamente por uma empresa sul-africana.

Agora São Tomé e Príncipe, quer ter autonomia sobre a sua base de dados eleitoral, seguindo o exemplo do trabalho que Timor Leste, realizou na Guiné Bissau e que deu sucesso aos actos eleitorais no país africano de expressão portuguesa.

Uma reforma que vai implicar a revisão da lei eleitoral. «A nossa comissão eleitoral nacional é a doc. Os nossos amigos de Timor consideram que não garante a maior transparência. Precisamos transformar a CEN num órgão de funcionamento permanente e independente. Para isso precisamos alterar a lei eleitoral. Temos que propor a Assembleia Nacional a criação de um órgão independente», pontuou o ministro.

Da parte de Timor Leste, o Vice-Ministro da Administração Estatal, Tomás Cabral, prometeu submeter executivo u relatório das necessidades registadas em São Tomé, nomeadamente os equipamentos informáticos.

A aprovação da proposta pelo Conselho de Ministros de Timor, pela Assembleia Nacional timorense e a respectiva avaliação pelo Tribunal de Contas, permitirá alocar meios materiais e financeiros para dar a São Tomé e Príncipe um novo sistema digital para realização das eleições. «São Tomé e Príncipe apresentou um orçamento de 1 milhão e 400 mil euros. Mas eu vou fazer uma estimativa dos custos com base nos equipamentos que vão precisar. Vamos garantir o recenseamento eleitoral. No entanto a realização das eleições será assegurada pela parte são-tomense», afirmou o Vice-ministro da Administração Estatal de Timor Leste.

Abel Veiga

 

10 Comments

10 Comments

  1. Vexado

    21 de Agosto de 2015 at 8:30

    Nomearam novos quadros para aquele instituto. O que fazem os mesmos alí? É só controlar o processo? Existe o INIC com técnicos capacitados para cumprir com aquele objectivo. Em momento algum o ministro solicitou ao INIC um parecer se podiam ou não desenvolver uma plataforma para o efeito? Acho que um disco rigido cabe toda a população de stp.

  2. Aristides Barros

    21 de Agosto de 2015 at 15:20

    É ridículo. Fazemos eleições desde 1991 justas, transparentes e livres e nunca foram contestadas internamente. Timor Leste é que nos vem dizer que não garante a transparência? O mais caricato ainda é quando o Ministro, por via disto, vem dizer que vai propor a Assembleia uma nova Lei para corresponder as espectativas de transparência do Ministro de Timor Leste.

  3. Osvaldo Bakan Sanhá

    22 de Agosto de 2015 at 0:59

    eh pá, quem pensam esses gajos de Timor que são para virem dar lições na nossa terra ??? isto mais parece máfia conjunta para alguém da terra ganhar bons trocos!

  4. Almeida Jacob

    22 de Agosto de 2015 at 14:25

    Estes nossos Ministros de ADI são mesmo palhaços!
    Vejamos: Na entrevista a RTPAfrica pelo facto de estar junto o Ministro Timorenses, disse que segundo os Timorenses acha que o actual sistema desde tecnico até humano ou seja hardware,softaware e a comissão em si não garante a transparência eleitoral e que deve criar uma comissão permanente,ADOC mediante uma lei parlamentar.
    A TVS edita uma peça com outra entrevista com o mesmo tema em que o Ministro faz entender DE QUE ISTO É UMAINICIATIVA DO GOVERNO!!!!!!!
    Essa minha gente do ADI avariaram de vez minha gente.
    Não contém mais com o meu voto. Estou de fora.
    Vocês são a NOSSA VERGONHA. Estão a nos decepcionar por esta maioria que vos demos.
    Abaixo ADI.

  5. Luciano Boa Morte

    22 de Agosto de 2015 at 19:20

    Um país que não tem recursos está sempre a realizar recenseamento eleitoral de raiz quando os países que têm recursos não o faz? Porque não se pega nesse valor e moderniza o Registo e Notariado e utiliza os dados desse sector para elaborar cadernos eleitoral.O Estado pouparia com essa prática muitos recursos na actualização dos cadernos eleitorais.

  6. Ralph

    23 de Agosto de 2015 at 11:17

    Na minha opinião, a introdução de um órgão eleitoral independente seria uma boa ideia. A realização de eleições que sejam livres e justas é algo muito importante ao funcionamento de uma democracia. Muitas vezes, governos não podem ser confiados para realizar um processo que pudesse resultar na sua expulsão. São tentados agirem no seu próprio interesse e não sempre no do país. Por essa razão, um órgão independente é util para assegurar um desfecho confiável. Nesta maneira, os cidadãos vão ter confiança no processo, apesar do partido que seja no poder.

  7. Osvaldo Bakan Sanhá

    23 de Agosto de 2015 at 11:45

    Deixem-se dessas idiotices caros governantes. Se os Timorenses conseguiram fazer o seu sistema eleitoral, porque nós não podemos ? O que é o sistema eleitora ? É simplesmente a gestão dum cadastro de eleitores! Sinceramente, não há nesta terra técnicos capazes de fazer um cadastro ??? Li esta notícia não sei se devia rir de troça ou de tristeza. Se os Timorenses querem financiar as suas empresas, que o façam na terra deles e não dizer que dão dinheiro e depois mandam uma empresa limpar tudo. Deêm-nos o dinheiro, fazemos projeto, colocamos alguns técnicos vossos com alguma experiência e fazemos o sistema, que depois fica um produto sustentável.

  8. Furtado

    24 de Agosto de 2015 at 8:03

    Em primeiro lugar, o actual presidente da Comissão Eleitoral é uma personalidade muito vinculada ao ADI. Isto não é transparência e isenção.
    Em segundo, o apoio dum País amigo é sempre bem vindo, mas por favor, envolvam o INIC e toda a competência interna existente em STP.
    Deixar isto apenas nas mãos dos atuais membros a CEM seria uma desgraça.
    Viva Timor Leste. Viva STP!

  9. Alerta PT

    24 de Agosto de 2015 at 11:14

    Mas esses ministros da ADI são mesmo palhaços. Infelizmente o meu pais regrediu 40 anos no que diz respeito a competência e capacidade de fazer passar imagem de um estado com gente lúcida. Como é possível o macaquinho do ministro da agricultura dar uma entrevista em Cabo Verde e dizer que STP tem agua que corre no mar? Isto é mesmo ridículo.
    Pior ainda, deu uma entrevista em STP dizendo que os santomenses abandalharam uma oferta de cabo Verde para o sector da agricultura mas depois da a meia volta e quando chega de uma viagem efectuiada a Cabo Verde diz o contrario. Se calhar os tecnicos do seu ministerio que nao sao garotos pegou o ministro pelo colarinho. Esta ministro e mesmo um palhaco!

  10. Wilker André

    18 de Setembro de 2015 at 20:28

    Tenho Impressão que não é a primeira vez que estão a fazer Reformas Eleitoral. Desde de 2008; que Comissão Eleitoral de São Tomé Recebeu meu projeto, Na Altura eu era Técnico da Comissão Eleitoral de Cabo Verde, e dei Sugestão para pedir emprestado os equipamentos informáticos a Cabo Verde. Tratei de Tudo Junto com os meu supervisores, porque o KIT Eleitoral; Cabo Verde Recebeu do EUA para o Fim (Era um Projeto)e podei emprestar aos outros países. Eu sabendo disso Fiz imediatamente um Projeto, Com Todas a diretrizes. Pegaram no Meu Projeto, Fizeram pedido a C.V Receberam KIT, Fizeram nada haver com o Projeto. Até Hoje não conseguiram fazer um Recenseamento de Base.. por Simples Motivo: Ganancia» Mas Prontos-
    (Quem quiser ver o Projeto e Provas do que disse) Email. wilkerstar@hotmail.com 00351962515028

    Tai parte do Projeto.

    Este Projeto consiste numa solução destinada á S.Tomé e Príncipe, com vista à criação de uma nova base de dados, central e única, que irá centralizar gradualmente todos os dados de identificação da população de São Tomé e Príncipe em comissão Eleitoral Nacional.
    Como?
    1- Instalar um Servidor (Centro de Consolidação) no Departamento da Comissão Eleitoral; destinado a assegurar a transferência dos Registo dos dados dos Eleitores. (dados pessoais, fotografia, impressões digitais)
    2- Criar um Kit de recenseamento, para cada sede dos respetivos conselhos. (pc portatil; Leitor de impressões digitais; digitalizador de
    3- assinatura; Impressora móvel com Tinteiro a preto e a cores; máquina fotográfica.
    4- Formar os C.R.E órgãos que organizam o recenseamento eleitoral.
    5- Dar formação aos operadores para trabalhar com o Kit de Recenseamento Eleitoral.
    6- Criar condições necessárias junto aos técnicos do registo civil para confirmação detalhada da existência do cidadão, por meio de uma pesquisa exaustiva dos registos pessoais.
    7- Criar condições através da rede, entre as cedes onde decorreram os recenseamentos; e o registo civil para pesquisas e confirmação das Informações de nascimento (nome; data de nascimento; Local de Nascimento; sexo; nome dos pais; se já faleceu ou não)
    8- Assegurar de que estes dados serem transferidos com segurança para o Servidor. (Data Center)

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