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Plano de Aceleração do Sistema de Educação precisa de dinheiro

Olinto Daio Ministro da Educação, Ciência Cultura e Formação reuniu-se com os ex-Ministros da Educação para debater o plano de aceleração do sistema de ensino. Segundo Olinto Daio a contribuição dos antigos ministros e de toda sociedade civil, é fundamental para a execução do plano de aceleração. Um plano de aceleração que precisa de muito dinheiro para a sua implementação.

Na reunião com os antigos ministros da educação, Olinto Daio, chegou a conclusão que torna-se necessário abrir o sector da educação para a iniciativa privada. O Ministro reconheceu que a educação custa dinheiro, e considerou que é importante a intervenção das empresas privadas na construção e financiamento de Escolas e Jardins, assim como universidades.

Para além do investimento do sector privado, o Ministro defendeu que cada cidadão deve financiar o sistema de ensino, assim como a criação pelo Governo de parcerias tanto no país como no estrangeiro para garantir a sustentabilidade financeira do sistema nacional de ensino.

ministros da educaçãoSegundo o Ministro da Educação, o Plano de Aceleração em curso, é ambicioso, e procura atacar os pontos de bloqueio e de constrangimentos, à qualidade do ensino. No entanto, disse que os seus predecessores, não acreditam que o projecto seja executado nos próximos 3 anos. A questão financeira, é um dos obstáculos.

Escolas superlotadas e professores sem qualificação, foram outros problemas que se destacaram na reunião. «A população cresceu, mas não duplicamos as infra-estruturas escolares e isso trás consigo outros problemas com incidência na qualidade de ensino», declarou, Olinto Daio.

Mesmo com qualificação académica os professores acabam por não estarem motivados. Situação que põe em causa a qualidade do ensino. Leonel d´Alva, o mais antigo Ministro da Educação de São Tomé e Príncipe, na qualidade de porta-voz dos ex-ministros, indicou a questão salarial como uma das causas da desmotivação. «Esse salário é muito baixo e não motiva os professores. Eles são obrigados muitas vezes a fazer outras coisas para a sua sobrevivência ao invés de se dedicarem ao ensino», explicou.

Já o Ministro da educação defendeu a melhoria das condições salariais e a valorização dos professores. «Se nós quisermos hoje uma educação de qualidade há uma necessidade de  desenvolvamos uma estratégia para valorização e motivação dos professores», pontuou.

O sector da educação que é estruturante para o desenvolvimento de qualquer país, está ainda longe de cumprir com o seu papel em São Tomé e Príncipe. Leonel d´Alva, considerou que o país ainda não viu resultado após ter formado tantos quadros. O ex-Ministro interrogou se as pessoas formadas desde a independência têm efectivamente capacidade para contribuir no desenvolvimento do país. Por isso defendeu a mudança de política de formação dos quadros.

Abel Veiga

12 Comments

12 Comments

  1. Rato

    11 de Dezembro de 2015 at 15:23

    Actualmente em São Tomé e Príncipe, o Ministério mais problemático é o da Educação. Há um desrespeito para com: As empregadas, cantineiras, pais, alunos e Professores. Estes últimos são diariamente humilhados por este Ministro Padre. O ministro sem Educação tem que saber que os professores do ensino básico e secundário, não são garotos dele.
    É preciso estimular os Professores, “Os heróis anónimos da Educação” com uma remuneração alta, porque a escola não é brincadeira, não é passatempo…mas sim, é um lugar mais importante de um país sério!!!

    • ANCA

      12 de Dezembro de 2015 at 0:31

      Caro cidadão irmão SãoTomense Rato.

      Dizes que:

      “É preciso estimular os Professores, “Os heróis anónimos da Educação” com uma remuneração alta, porque a escola não é brincadeira, não é passatempo…mas sim, é um lugar mais importante de um país sério!!!”

      Sabias que nós os São Tomenses, os de São Tomé e Príncipe somente produzimos 10% da riqueza para pagar a nossas necessidades de salários, abastecimento de água, luz, cuidados de saúde, educação, administração, gestão etc, luta contra paludismo, etc, etc…

      O Estado ao qual tu eu pertencemos depende 120% de ajuda financeira externa de outros países, para ter um orçamento anual, derivado da nossa falta de gosto pelo trabalho árduo, falta de gosto pela organização, honestidade, seriedade, falta de sentido de Estado, fala de Responsabilização.

      Sabes aquilo que escreves é lido em várias parte do mundo.

      Caros concidadãos como este Rato davam péssimo Ministro de Educação, devemos estar atentos.

      Mais de metade da nossa população vive com menos de um Dollar/Euro/Yan, dia, encontra-se na pobreza miséria espiritual material extrema.

      E falamos critica-mos em motivação por salários altos, tenhamos juízo, encontremos forma, viáveis duradouras de parceria estratégicas internas externas por forma a mudar a realidade da educação-modos de ser estar, ter formação de berço,bem como da educação/formação escolaridade conhecimento estruturado.

      Se se queres ver o País(Território/População/Administração) bem

      Pratiquemos o bem

      Pois o bem

      Fica-nos bem

      Deus abençoe São Tomé e Príncipe

    • Carla

      14 de Dezembro de 2015 at 15:56

      Caro Anca
      É verdade que o país não produz, e todos sabemos disso. Mas o problema que se coloca é a gigantesca diferença salarial que existe na função pública. Eu Carla, confesso-te que nao estudei muito, e só fiz nona classe mas o meu salário é de Trinta milhões de dobras enquanto que o meu irmão que veio de Brasil com formação superior é professor e ganha pouco mais de três milhões. Isso é frustrante para ele e uma das causas de frustração que existe na função pública.

  2. Antonio

    11 de Dezembro de 2015 at 23:34

    O pior Ministro da Educação já vi em toda minha vida…

  3. ANCA

    12 de Dezembro de 2015 at 0:36

    Há que fornecer contributos valiosos estruturados para a construção mudanças na realidades da Educação, bem como a nível, social, cultural, ambiental, energéticos, desportivos, políticos, económicos e financeiros, sem jamais nos cansarmos.

    Se queres ver o País bem

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  4. Bem de S.Tomé e Principe

    12 de Dezembro de 2015 at 10:05

    Congratulo com essa iniciativa do Sr. Olinto Daio. Finalmente tem uma atitude de tirar chapéu desde que está como ministro.Certamente deu conta que teve um comportamento incorrecto para com os professores e educadores santomenses. Quando tomou posse pela 2ª vez, e se tivesse esse encontro, logo no principio com os ex-ministros, de certeza absoluta, não teria esse comportamento para com a classe dos fazedores da educação do país.

  5. Juventude

    12 de Dezembro de 2015 at 10:43

    O país é nosso e emmos que contribuir todos. Mas muitos têm que entender que os professores não são escravos do Ministério.
    Muitos são maltratados aquando das visitas de apoio. Os supervisores, delegados e inspectores, comportam como animal. Não saudam professor nem tanto alunos e entram na sala e começam a zangar. Este é apoio?

  6. Rato

    13 de Dezembro de 2015 at 7:14

    Óh ANCA!! Fique sabendo q não desejo ser ministro ok? Ainda que eu viesse à ser, nestas circunstâncias pediria demissão, o que está em causa, é a melhoria de condições de vida da classe docente, que sofre na pele. Se calhar, estás “a mandar boca” porque nunca foste professor, não pagas renda, não pagas carro, não pagas EMAE, não compras saldo, não passas fome, não tens família, não compras roupas, não precisas de nada e vives no ” afabal” . Está escrito:” Comerás o pão, com o suor do teu rosto”.
    Nón ná mecê pá licu bilá póbli fá, magi nón mecê pá ínen lemblá di póbli, pundá vivê fingidu só sá Santomé!!!

  7. Mé-Zochi

    14 de Dezembro de 2015 at 11:05

    Mais uma vez este ministro, vem nos dizer que precisamos abrir a educação ao sistema privado. Acha que um privado quando investe quer perder dinheiro, ele vai estar preocupado em ganhar dinheiro e aí vamos tranformar a escola num comércio.
    Será que os filhos dos mais pobres terão dinheiro para pagar as mensalidades que virão a ser cobradas, quando pagar a mensalidade dos autocarros escolares já é um problema.
    A constituição da reública diz que cabe ao estado proporcionar educação de qualidade a todos os santomenses. O estado que deixe de comprar carros de 50 mil euros para ir para roça aos fins de semana, e ir aos mercados locais comer búzios.

  8. rs10

    15 de Dezembro de 2015 at 13:14

    Acho bom o puto Olinto não pisar muito no acelerador, pk o gajo tem engrenado a mudança de marcha-atrás, q é a única mudança em q ele consegue dirigir o sistema educativo.

  9. Titus Andronicus

    16 de Dezembro de 2015 at 14:47

    Felicito, sem reservas, o controverso ministro Olinto Daio por esta iniciativa, esperando que não tenha sido apenas para inglês…ooopps, para são-tomense ver. E que a troca de ideias possa ser de alguma utilidade na melhoria de um sector tão estratégico.

  10. Tony por cá

    17 de Dezembro de 2015 at 19:28

    O problema de Stp, sem ser economista é que não gera receita.

    Meus Senhores sem receita e com um mercado informal o Estado não pode pagar nada, é lei econômica.

    Também tenho dúvidas do sistema privado para Stp, dado que o povo não tem dinheiro, e os privados querem dinheiro ao fim de cada mês.

    Assim, independentemente de Constituição ao qualquer Lei em vigor, o Estado não tem dinheiro, vive de donativos externos. Por isso tudo tem que ser repensado, ou se cria receita através de impostos ou não se faz nada.

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