Política

Kelve e Maribel colocam PGR e PJ no centro das atenções políticas

O Jovem Kelve Carvalho Procurador Geral da República(PGR) e a Jovem Maribel Rocha Directora da Polícia Judiciária(PJ), foram protagonistas na última semana, da contenda jurídico-política, que marca a actualidade do sistema de justiça em São Tomé e Príncipe.

Os dois jovens decidiram brindar o país com uma contenta, só por causa da detenção de dois ex-ministros.

Os dois órgãos do sistema de justiça, que tradicionalmente executam a detenção de dezenas de cidadãos anónimos de São Tomé e Príncipe, sem nunca ter havido conflito entre os dois, reclamando a legalidade ou ilegalidade das detenções, acabaram por chocar de frente, neste mês de Abril, por causa da detenção de dois ex-ministros, alegadamente envolvidos em actos de corrupção financeira, que envolvem dezenas de milhões de dólares, pertences ao povo de São Tomé e Príncipe.

O Procurador Geral da República, Kelve Carvalho, que viu o ministério público a validar a detenção do ex-ministro das finanças, tendo conduzido o arguido para o Tribunal de Instrução, foi quem desencadeou a contenda quando chamou a imprensa para condenar toda a acção de investigação realizada pela Polícia Judiciária de Maribel Rocha, que culminou com a detenção do ex-ministro das Finanças Américo Ramos, enquanto subscritor de dois acordos de crédito financeiro em nome do povo de São Tomé e Príncipe, envolvendo 47 milhões de dólares norte americanos.

A acção da PJ foi condenada por Kelve Carvalho em nome dos seus pares do ministério público. O Procurador Geral, que não gostou da detenção do ex-ministro disse que a acção da PJ é ilegal.

O Procurador Geral da República condenou também a interpelação pela PJ, do ex-ministro das Obras Públicas Carlos Vila Nova no aeroporto internacional, quando este se preparava para abandonar o país no voo da TAP. O ministro em causa acabou por ser detido pela PJ, no dia seguinte, sob acusação de enriquecimento ilícito, lavagem de dinheiro, e outros crimes.

Conduzido ao ministério público, o ex-ministro das obras públicas acabou sendo posto em liberdade sob  título de identidade e de residência, graças segundo Maribel Rocha, a uma carta do partido ADI endereçada ao Procurador Geral Kelve Carvalho. A Directora da PJ que reagiu à condenação do Procurador Geral da República condenou por sua vez, o comportamento de Kelve Carvalho, considerado pela PJ como sendo irresponsável, e de falta de respeito.

De costas viradas, a PGR e a PJ passaram a ser alvo de consultas e negociações de apaziguamento, por parte dos órgãos de poder político. A Assembleia Nacional através da sua primeira comissão especializada auscultou Kelve Carvalho e Maribel Rocha na segunda – feira.

Esta terça – feira foi à vez do Primeiro Ministro Jorge Bom Jesus, receber os dois dirigentes jovens do sistema de justiça, em busca de reconciliação, para evitar o descarrilamento do comboio da justiça, e da luta contra a corrupção.

«O encontro de trabalho testemunhado pela Ministra da Justiça Ivete Lima, tinha como objectivo estabelecer entendimento e laços de cooperação entre as duas instituições judiciárias, no âmbito de combate à criminalidade no país», diz a nota da assessoria do Governo que chegou a redacção do Téla Nón.

Abel Veiga

6 Comments

6 Comments

  1. Eduardo

    17 de Abril de 2019 at 9:26

    Gostei por ter clarificado as situações interno do pais é assim que funciona dentro de transparencia, para clarificar a população que elege os seus dirigentes. Muito bem senhor primeiro Ministro.

  2. luisó

    17 de Abril de 2019 at 9:30

    A PJ tem competência única para investigar certo tipos de crime mas não o pode fazer por sua iniciativa. A condução, organização, diligências, escutas telefônicas, mandados de busca e demais atos de investigação são sempre ordenados no processo crime pelo ministério público que é a unica entidade que tem por dever a investigação, sendo a PJ o seu braço armado, por assim dizer e, portanto a executante das diligências ordenadas pelo MP. Ora se este não ordenou a detenção de alguém toda a detenção feita pela PJ, sem ser em flagrante delito, é inválida. Portanto não entendo, salvo por motivos políticos, a detenção do ministro sem ser ordenada e exarada em processo pelo MP e não se explica como é que depois um juiz, sabendo que a detenção não tinha sido pedida pelo MP, validou esta detenção com prisão preventiva. HABEAS CORPUS ?
    Mais estranho foi, aquando da detenção de outro ministro quando se preparava para viajar, a sua libertação á posteriori porque o partido de que faz parte declarou que ele tinha imunidade e que teria de ser solto por tal fato e foi. Ora o que teria de ser feito era confirmar junto da AN se era verdade ou não porque não basta a declaração do partido e pelos vistos o senhor não é mesmo deputado. Enfim……

  3. Boa Gente

    17 de Abril de 2019 at 10:37

    Vamos todos cumprir as normas, porque assim, cada um que estiver no poder faça o que bem pretender. Depois fica virose e é o país que fica a perder e o ódio permanece.
    Vamos todos trabalhar em união para o bem do País.

  4. Rapaz de reboque

    17 de Abril de 2019 at 10:52

    Todos sem qualidade para estarem a frente dos cargos que foram nomeados incompetentes

  5. OMOCHÊ CAPOCHÉ

    17 de Abril de 2019 at 11:42

    É bom não abri os dentes com esse PGR, são os sorrojo falso.

  6. mario mendes

    18 de Abril de 2019 at 7:03

    Me digam quem que é vai investir nesta bandalheira de País com o desmando total….

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