Antigo comandante das Forças Armadas de São Tomé e Príncipe, de 2003 à 2010, o actual Coronel do Exército, Idalécio Pachire, chegou ao comando do exército e da guarda costeira de São Tomé e Príncipe, num dos períodos mais críticos das forças armadas.
Assumiu o comando das forças, algumas semanas depois do golpe de Estado de 2003. Recuperou a rede de comando que estava fragilizada, ajudou a despartidarizar os militares, e imprimiu uma nova dinâmica republicana no seio das Forças Armadas.
Em 2010, a nova lei das forças armadas criou dois ramos. O Exército e a Guarda Costeira. A nova lei instituiu o posto de brigadeiro e implantou o cargo de Chefe de Estado Maior das Forças Armadas.
Ainda com a patente de Tenente Coronel, Idalécio Pachire, que ocupava o cargo de Comandante do Exército(incluía o exército e a guarda costeira), não subiu para a mais alta patente militar criada pela nova lei, Brigadeiro, ou seja não foi nomeado oficialmente como o primeiro Chefe de Estado Maior das Forças Armadas.
Recebeu a patente de Coronel, continuou no activo e nas fileiras do exército.
Esta sexta – feira, o conselho de Ministro decidiu por decreto cessar as funções do Brigadeiro Horácio Sousa, e nomeou o Coronel Idalécio Pachire, como novo Chefe de Estado Maior das Forças Armadas. Antes de tomar posse que será dada segundo a nova lei pelo Primeiro Ministro Jorge Bom Jesus, Pachire deverá ser promovido a patente de Brigadeiro.
O comunicado do conselho de ministros que chegou a redacção do Téla Nón, diz textualmente o seguinte : «O Venerando Conselho de Ministros decidiu por Decreto para a cessação das funções do Senhor Brigadeiro Horácio Castro da Trindade Sousa do cargo de Chefe de Estado Maior das Forças Armadas e deliberou para a nomeação do Coronel no activo, Senhor Idalécio Custódio Pachire para em comissão de serviço exercer o cargo de Chefe de Estado Maior das Forças Armadas da República Democrática de S.Tomé e Príncipe».
Abel Veiga
Atento aos que sonharam acordados.
17 de Maio de 2019 at 17:20
Seja bem vindo a uma casa que bem conhece…
Renato Cardodo
18 de Maio de 2019 at 10:37
Mais que a mudança de liderança castrense devia haver coragem de repensar a sua formatação.
Embora sensível sua abordagem ela podia trazer ganhos aos mesmos e a sociedade no seu todo.
No contexto que vivemos e das ameaças que confrontamos justificaria outra formatação moderna.
Porém preferimos conviver com a situação e ir pagando as chefias militares para não serem incomodados e resolver suas vidas.
Gostaria que a iniciativa viesse da sociedade castrense mas é impensável porque o hábito faz o monge.
STP Terra linda e gente boa
19 de Maio de 2019 at 10:54
Concordo consigo Renato. Como dizem; vira o disco mas a música é a mesma. Nesse caso, nem viraram o disco. O que vai mudar com um homem que já estava lá sustentando essa boa vida no quartel? É a mesma coisa os superiores da defesa ter dito; Fiquem aí no vosso canto e governem entre vocês para não arranjar problemas a ninguém. E toda a gente fica intimidada e indiferente. O estado e os contribuintes que continue pagar faturas.