Já passaram 67 anos sobre o massacre de 1953. Também conhecido como Massacre de Batepá, a história não tem registo exacto do número de mortes. Estima-se em várias centenas os são-tomenses que sucumbiram por causa da tortura executada pelo regime colonial durante o mês de Fevereiro de 1953.
Os nativos – forros, principalmente da região da antiga Vila da Trindade e seus arredores, resistiram a pressão orquestrada pelo Governador Carlos Gorgulho, para que trabalhassem como contratados nas roças de cacau e café, ou então nas obras públicas.
Trindade, e seus arredores, Batepá e seus arredores até a Vila da Madalena, formam a extensa região do distrito de Mé-Zochi que pagou caro, pela resistência à exploração colonial.
«Honremos e dignifiquemos os nossos mártires com mais e mais trabalho. E que a juventude continue a marchar para dar continuidade a nossa história. E prossigamos neste caminho da liberdade confiantes num futuro melhor», declarou o Presidente da República Evaristo Carvalho.
Com excepção do ano 2015, em que o então Governo de Patrice Trovoada decidiu realizar o acto central do dia dos mártires da liberdade na capital São Tomé, o acto central do dia 3 de Fevereiro teve lugar na Praia de Fernão Dias. Local de referência histórica. Pois foi o cemitério dos corpos sem vida após torturas em Fevereiro de 1953.
Aliás o pontão da Praia de Fernão Dias, foi uma das obras realizadas no Fevereiro sangrento de 1953 em São Tomé.
«Estamos a celebrar a liberdade que foi duramente regada com o sangue dos nossos mártires….», afirmou o Primeiro Ministro Jorge Bom Jesus.
irUma dramatização sobre os acontecimentos de 1953 em Fernão Dias, demonstrou que alguns são-tomenses, foram corrompidos financeiramente, no sentido de forçar os seus companheiros a trabalhar como contratados.
Acção de corrupção e de alguma traição, que acabou por não ser bem sucedida. «Não podemos tornar novamente escravos do dinheiro, do material. ….», desabafou o Primeiro Ministro.
Uma celebração marcada por grande envolvimento da juventude. Coisa que há alguns anos atrás já não acontecia.
«A presença massiva da juventude aqui transmite o sentimento do nacionalismo e do patriotismo. Seria bom que esse sentimento fosse transmitido no nosso dia a dia para assim resgatarmos e consolidar a unidade nacional», referiu o Presidente da Assembleia Nacional, Delfim Neves.
A peça de dramatização levou os presentes ao encontro dos acontecimentos, que enlutaram São Tomé e Príncipe em 1953.
O Juiz Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, sentiu o peso da história de suor e sangue, que gerou a independência e liberdade para os são-tomenses. «É bom que mantenhamos sempre unidos, e essa unidade reflecte-se ao fim e ao cabo naquilo que nos identifica que é a nossa história», pontuou, o Juiz Silva Gomes Cravid.
Aos sobreviventes do massacre, as autoridades prometem dias melhores, com mais acompanhamento.
O Primeiro Ministro Jorge Bom Jesus prometeu melhorar a pensão atribuída aos sobreviventes. «Infelizmente em cada ano que passa vamos tendo menos sobreviventes…Daí esta necessidade rápida de ao invés de anualmente estarmos a dar algum subsídio, isto vai ser de certeza mensal, e estaremos mais presentes, para que possamos tirar o maior proveito, da memória e da recolha da tradição oral, aproveitar o máximo da presença deles para poder transmitir tudo para as novas gerações», precisou o Primeiro Ministro.
As Igrejas cristãs de São Tomé e Príncipe, marcaram a celebração com mensagens de amor, perdão e arrependimento.
Abel Veiga
Smash
4 de Fevereiro de 2020 at 16:18
Somente falacias.A vós políticos sentimos desprezo e desacreditação. bem que podiam deixar de discurso no púlpito e fazer de palavras a ações. deixem-se de discursos copiados que nem vocês mesmos acreditam. A vergonha desta grande nação reside nos vosso egocentrismo mesquinho e desinteressado pelo bem comum. Pedintes presunçosos.
Joni de ca
4 de Fevereiro de 2020 at 18:34
E o estado tem dinheiro para pagar mensalmente…
Vergonha
6 de Fevereiro de 2020 at 8:18
Esse primeiro ministro parece que anda na lua. O estado mal consegue pagar salário como é que vem prometer uma coisa destas.
Vergonha
6 de Fevereiro de 2020 at 10:12
Outra coisa é a energia que falta muito. Os sectores de estado nem conseguem produzir devido falta de electricidade. Nem apetece viver nesta terra. Parece q o governo não está interessado em resolver este problema. Quem é que vem investir cá sem energia estável? Só se forem doidos.