Opinião

Resposta da “Apolinária”

Silvino Palmer, radicado em Angola, decidiu responder a carta que São Lima, escreveu pá Apolinária.

Minha querida São, confesso-te que sou uma das “Apolinárias”. Particularmente, a tua frase “Minha tia Joana diz saudadi non mata ninguém. Mas genti qui já saltô água, genti que já saltô seti mar, sabe. Saudadi di tera mata como doença, mata como faca, mata como espada. Pissôa seca como folha, seca desde fundo di raiz como flor qui non vê água.” caíu-me que nem uma luva. Entretanto, vou contar-te uma pequena história real:

Estive em STP de Out 2009 a Março de 2010 a trabalhar na implementação de um novo sistema de pagamentos automáticos que muitos conhecem como Multibanco. Um tubo de água da EMAE passa a 3 metros da casa onde eu vivia. Fui à EMAE umas 12 vezes desde Out 2009 para ter uma autorização para fazer a canalização da água para a minha casa. Quando faltava apenas 1 mês para eu sair de STP, é que consegui ter água canalizada em casa porque o Sr Timóteo, o Director do Depart. de Água da EMAE embirrou-se com a minha cara e não quis conceder-me essa autorização. Mas, é verdade que o Estado descontava-me cerca de 700 dólares por mês em impostos directos.

Minha querida São, como é possível pagar ao Estado esse montante por mês e o próprio Estado nao me dava a autorização para ter água canalizada em casa?

Enquanto eu pagava os cerca de 700 dólares por mês ao Estado, outros que por terem passado pelo Governo tinham a internet paga pelo Estado, o telefone pago pelo Estado, guardas pessoais, carro, etc. pagos pelo Estado. Às vezes, eu trabalhava lá no Banco Central até as 7 hr da noite e quando chegava em casa, depois de tatear pelas paredes da casa na escuridão até as minhas mãos alcançarem a vela e a caixa de fósforos, eu tinha que ir com os baldes nas mãos ao chafariz apanhar a água para a minha higiene pessoal. De manha cedo também, antes de ir para o trabalho.

Minha querida São, nao há força espiritual e moral que aguente isso por muito tempo. Eu vi um STP disfuncional de topo à base.

Ora veja: Como se explica que a nossa própria Assembleia Nacional até Dez 2009, descontava os impostos e contribuições para a Segurança Social dos funcionários públicos que lá trabalham e não os entregava às Financas?

Isto faz-me lembrar uma das canções do nosso compatriota Felício Mendes: “Uns limpam à frente e outros sujam atrás…”.  Em STP, os que sujam atrás, sujam mais do que os que limpam à frente. A produtividade do trabalho em muitos sectores em STP é nula e noutros casos é mesmo negativa.

Para se aguentar tudo isso, minha querida São, só o patriotismo não chega, porque aprendi com a vida que também se deve pautar pela racionalidade. A minha querida avó San Chibília e os meus queridos pais já me tinham ensinado desde a minha tenra idade que não se faz o chichi pelo umbigo.

Com a excessiva carga fiscal, perda brutal de rendimento e sem água, decidi então voltar ao mercado de capitais no segundo maior Banco Canadiano, mas com uma imensa dor que me vai na alma diariamente.

Entretanto, sinto que valeu a pena eu ter ido para STP dar a minha contribuição onde também aprendi algo nesta mais uma faceta da minha vida.

Como alguém comentou no Tela Non, nós os Santomenses “estamos todos mascarados” e espero que um dia possamos tirar as nossas máscaras.

Um grande abraço de uma das “Apolinárias”,

Silvino Palmer

Email: sjpalmer19@hotmail.com

Toronto, 12 de Novembro de 2010

28 Comments

28 Comments

  1. Macarofe

    15 de Novembro de 2010 at 8:57

    Perfeito comentario. Este é o cenário daquilo que realmete se vive em S. Tomé e Principe. Meu caro amigo, a espectatita é melhorar após estes comentários. Mas os nossos dirigentes de certeza não irão tirar as máscaras. Depois do Bleff ” As viaturas do estado devem permanecer nos parqueamentos ministeriais nas horas fora de serviço laboral excluindo alguns sectores” tenho constatado muitos filhos de papás ainda a circular com viaturas de estado sem cartas de condução, os polícias ja não preocupam, mas sim com os motoqueiros. Enfim, este é país que Deus nos ofereceu…

  2. patricio

    15 de Novembro de 2010 at 9:26

    Aooeeee, penetaaaa taaaan eee,chibilia molee tee jaa zaa, noo sa ni kalema antaoo.

  3. Celsio Junqueira

    15 de Novembro de 2010 at 10:08

    Meu Caro Silvino,

    Esta experiência em STP foi boa nos dois sentidos:

    1- é que sentiu na pele o que a maioria dos Santomenses sentem, foi solidário.

    2- contribuiu tecnicamente/conhecimento para melhoria de vida dos Santomenses.

    Na minha opinião já fez muito mais que alguns politicos da nossa praça.

    Como Santomense agradeço o seu contributo a todos os niveis.

    Um muito Obrigado,

    Abraço,

  4. São de Deus Lima

    15 de Novembro de 2010 at 12:39

    Querido Silvino:

    Palavras para quê? É um filme são-tomense. Como não te compreender, a ti e a tantas ‘Apolinárias’? Sobre as máscaras e os mascarados, há sim, muitos alguns mascarados-mor, até escrevem textos satíricos sobre a ‘arte’ de bem mascarar uma nação ou a tragicomédia de uma nação inteira se auto-mascarar. Estes, além de mascarados, são farsantes e trampolineiros. Pelo menos parte da ‘nossa tera’ conhece-os bem. Só espero que, tal como no poema de Fernando Pessoa, a máscara não se lhes cole à cara. Porque aí, quando tentarem tirá-la, terão envelhecido e não se reconhecerão ao espelho. Que a consciência de teres tentado regressar e a certeza de teres podido contribuir num dado momento, suavizem a tua dor de não estares aqui, na tua terra, no teu país, onde um quadro da tua creveira tanta falta faz.

    Um abraço mto afectuoso
    São

  5. São de Deus Lima

    15 de Novembro de 2010 at 12:42

    Queria dizer ‘alguns mascarados-mor’ e queria dizer ‘da tua craveira’.
    Abraço
    São

    • Sr.blága

      15 de Novembro de 2010 at 14:58

      hum.são ñ entendi.craveira ñ é istrumento de medida?

  6. Lupuye

    15 de Novembro de 2010 at 13:18

    Realmente tens toda a razao. Regressar sim, mas como? As condicoes ainda nao foram criadas para que muitos regressem. Infelizmente os nossos dirigentes so criaram condicoes para que eles fiquem e continuem a governar. Muitos podem dizer:”vem e cria tuas proprias condicoes”. A verdade e que depois de muitos anos fora e gozando de certos meios materiais e certo conforto, torna-se dificil regressar e ter que lutar para coisas vas como por exemplo ter agua canalizada no quintal, ter energia eficiente, etc, etc. Regressar, queremos todos, mas como?

  7. Sr.blága

    15 de Novembro de 2010 at 15:03

    Cota silvio.

    Gostei da carta.
    Mas fiquei com um pouco de duvidas;se ñ tinhas água em casa,como é que vais pagar aquilo que não usufrois?Só podes ser grande otário.
    Deus um dia vai nos ajudar é.

  8. Antoninho

    15 de Novembro de 2010 at 15:51

    Primeiro para dizer ao Tela Non que Toronto esta no Canada e nao em Angola.
    Dipois para dizer ao senhor Silvino que torna-se muito facil vir, constatar, ir-se embora e criticar como muitos que se encontram na diaspora.
    Ajude-nos a resolver os problemas que temos?
    Todos querem que os que estao dentro e que resolvem, que facam milagre.
    Muitos casos temos de colegas da diaspora criticam tudo e todos. Quando chegam e se instalam em STP sao os piores gatunos que temos. Comem tudo o que lhes passa pela frente. Queremos contribuicoes, ideias para mudar no bom sentido e ate investimentos.
    Quem paga impostos de USD 700 nao ganha pouco. Estando fora do pais tanto tempo como esta tera amealhado algum para fazer investimentos na terra, criar emprego para os coitados jovens que estao em situacao de desemprego.
    Assim nos ajudam melhor. Talvez contribuindo desse jeito, a proxima vez que visitar o seu pais tera agua, energia, telefone, internet e muito mais.

    • António L.

      16 de Novembro de 2010 at 15:16

      Senhor Antonino

      O senhor pensa que vivemos numa ditadura ou num regime autoritário? O senhor Silvino não pode fazer críticas, não pode escrever nem dar a sua opinião relativamente aos assuntos da sua terra? Só faltva esta! O senhor, pelo facto de estar lá dentro, tem mais direitos do que o senhor Silvino? Quem lhe deu estes direitos? Quem é o senhor? Só ´nos faltava esta, agora! Qualquer cidadão tem o pleno direito de dar a sua opinião sobre os assuntos da sua terra, estando, ou não, no país. O senhor não é mais Santomense pelo facto de estar dentro do país. Ou acha que é?
      Dê, também a sua opinião que eu estarei aqui para ler e comentar.
      Fui
      Antónip L.

    • Patuska

      16 de Novembro de 2010 at 17:30

      Sr. António L.:

      Apoiado!!!!!!!!!

  9. Antoninho

    15 de Novembro de 2010 at 15:54

    Errata
    linha 2 – Depois em vez de dipois
    Perdoem por falta de acentos

  10. Carlos Crisóstomo

    15 de Novembro de 2010 at 16:28

    Belo testemunho mister Silvino! Este testemunho, consolida e substância a estupenda crónica escrita pela São Deus Lima. É pena, que uma “Apolinária” como tu e tantas outras não sejam “absorvidas” pelo nosso País. Quadro com tua capacidade técnica, experiência, Know-How e humildade precisa-se em STP, sem desprimor pelos bons quadros que lá estão! Aquele abraço…

    • Amadeu

      16 de Novembro de 2010 at 10:33

      “…Consolida e substância…” O que é isso? Por favor escrevam melhor. Fogô…
      Amadeu

  11. Alberto Nascimento

    15 de Novembro de 2010 at 18:19

    Antes de mais, deveremos alterar a mentalidade das pessoas! Moral!
    Depois poderemos trabalhar nas infra-estruturas.

    Tente mudar a mentalidade de um Santomense!

  12. Carlos Ceita

    15 de Novembro de 2010 at 18:48

    Meus amigos E esta, hein. O que nosso compatriota S. Palmer acaba de testemunhar é muito triste. Mas quem acompanha com regularidade os acontecimentos do país, as notícias que chegam já nada nos surpreende. Fazendo até um paralelismo com CABO VERDE fico com “inveja”. É um contraste brutal. De CABO VERDE as notícias são investimentos em energias renováveis, solar construção de aeroportos etc. Do meu pais as noticias são uma sucessão de escândalos de corrupção (Dinheiros de petróleo que desaparecem) e trapalhadas (prisão do camarões).
    Por tudo isso só nos resta mesmo ir criando colónias no estrangeiro como sugeriu o nosso querido presidente Fradique de Menezes perdoe-me a ironia. Mas como disse o falecido cantor angolano Teta Lando eu seu que vou voltar um dia ao meu país mas ainda tenho que esperar. Abraços

  13. Sandra Borges

    15 de Novembro de 2010 at 19:00

    Pois…Mestre Hector Costa tinha razão no seu último artigo.
    O Estado são-tomense está mesmo privatizado…

  14. Matabala

    15 de Novembro de 2010 at 19:49

    Eu queria saber se as caixas automáticas ja funcionam? Se não, foi um sacrifício em vão!!!

  15. De Longe

    15 de Novembro de 2010 at 20:22

    Caro Silvino,
    Estamos cansados!
    Pelo menos eu estou muito cansado:
    -de dar o meu melhor na terra que não é minha;
    -de ser elogiado e chegar a receber diploma de mérito pela prestações sociais e estar triste por não fazer o mesmo na minha terra;
    -de dizer aos outros que por muito menos do que ganho daria o meu contributo à minha terra;
    -de pensar que qualquer esforço meu não seria canalizado para o desenvolvimento da minha terra;
    -de ouvir que os pretos não sabem governar;
    -de ver a minha terra a ser tomada como exemplo desse erro de avaliação humana;
    -de ver meus conterrâneos divididos contra verdades;
    -ver jornalistas a serem avaliados pela vírgula enquanto o apelativo conteúdo da comunicação é esquecido;
    -de ouvir tantas queixas e apresentação de exemplos da nossa miséria e comentar cada situação sem saber se não passam de latidos enquanto a caravana passa…
    -de não ouvir falar de como e quando parar a caravana.

    Sei que não é fácil ter espírito de correcção. Vivo num país mais evoluído culturalmente, mas digo repetidas vezes às pessoas que o mal é elas falarem muito do mal sem fazer nada para o corrigir. As pessoas em STP terão mais dificuldade de exprimir de certeza.
    Peço a todas as pessoas com nível próximo do Silvino que passem a pensar que nada mais há a divulgar. Sabemos todos o mal que nos atinge. Passemos à luta saudável pela correcção. Vamos amar os pecadores e não o pecado.

  16. caboverdiano

    15 de Novembro de 2010 at 20:28

    apolinaria que sera isso meu deus sera o que estou a pensar?

  17. Teodoro Menezes

    16 de Novembro de 2010 at 7:57

    A luta do homem começa na mente;grandes revoluções começaram na mudaça de ideologia e só depois às armas.É de louvar o espaço de que dispomos para manifestar de uma ou outra forma os nossos sentimentos perante muitos fenómenos crónicos que pervalecem na nossa sociedade,sem data nem hora para seguir outro rumo.Devemos fazer um ataque cerrado pelo menos através de meios que dispomos que é a escrita,até que a máscara caia.Como vós sabeis a escrita funciona como tortura a todos que teimam em manter a filosofia de tratar de si e manter o povo na miséria.Pergunto que futuro tem a população de STP? Se mudarmos a nossa mentalidade e abrirmos os olhos,não haverá espaço para muitas coisas que aconteceram até a data.Muitas oportunidades foram negadas às pessoas com uma certa competência à favor deste ou aquele que basta vergar a camisola;o País constroe-se com gente capaz que consegue ser útil no espaço onde está inserido.
    Obrigado Tela Nom.

  18. Madalena

    16 de Novembro de 2010 at 10:22

    Verdade nua e crua, Comentarios para quê?
    Temos que promover a competencia e punir a incompetência.
    Somos como Australia, tem mais prestigio o filho de um gatuno do que um academico.
    Bolo Bolo.

  19. morena alves

    16 de Novembro de 2010 at 10:27

    Credo!!!, vou lendo cada uma por aí! É pena cada um não assumir o que diz, como a São.
    Porquê é que somos assim? Querem que as coisas continuem mal! Porque muitos estão em posição boa e sente-se milindrados, quando alguém diz algo que os contrarie, mesmo sendo verdade. É verdade sim, as coisas estão muito mal e nada se tem feito, em termos de política para puxar os nossos filhos e irmãos que estão lá fora. E sabemos que são muitos e graças a Deus eles querem regressar pra casa, mas como? Temos que fazer do nosso país um lugar onde todos desejem vir,e sobretudo os filhos que estão longe!, mas isso tem que ser uma preocupação primeira do governo e depois de todos os santomenses que cá residem.
    Porque também não se aceitou ir para o governo só para ter o nome bonito e pomposo de de SÔ MINISTRO!!! Se já aceitou, vamos trabalhar com cabeça, tronco e membros, se já aceitou e não sabe, não faz tão mal, procure quem saiba, para lhe ajudar a mudar essa…que conseguismo fazer de uma terra tão linda!!!

  20. Mak

    16 de Novembro de 2010 at 10:55

    Antonio é um…. Não sabe o q fala. Os emigrante sempre são importante para um país. A remessa dos emigrantes é importate para o desenvolvimento de um país. Se não sabes fica a saber.Quando nós escolhemos um governo é porque acreditamos que ele tem competência de desemvolver o país.O Silvino tem razão.Esperar praticamente 1 mês para receber uma autorização é falta de competência.Nós na diaspora queremos voltar. Ora, muito de nós acumulou capital e pelo facto de não existir uma politica de incentivo e existir taxas aduaneira alta não nos incentiva a investir em S.Tomé , criando assim pontos de emprego.Se a malta quizer importar cimento por exemplo ou outros produtos dizem q é negocio de fulano de tal e criam barreiras para entrar. E se entrar, se calhar, so vas vender para tirar o dinheiro investido. Meu irmão como se diz na gira “CUMBU” temos mas não nos abriram a porta ainda em S.tome para entrar e investir.Estamos a espera.Como STP está passando por uma metamorfose , vamos aguardando com muita espectativa. Força Silvino…

  21. Mak

    16 de Novembro de 2010 at 10:58

    queria eu dizer emigrantes, aduaneiras

  22. Aryadna Palmer

    17 de Novembro de 2010 at 1:39

    bom eu como mais uma, “São Toménse”que já mora fora do seu país a mais de 14 anos, confesso, que o meu objectivo era o mesmo de ajudar o nosso país melhorar, mais pelos vistos serei só mais uma gota de água, pelo que se governo de São Tomé continua assim não vale a pena guardar o amor a pátria! o hino nacional já não é honrado

  23. Venâncio

    17 de Novembro de 2010 at 2:12

    Ufaa, terminei de ler

    parabéns ao jornal por nos privilegiar com esse espaço.

    os especializados na área por favor criam mais espaços como esses com outras notícias.
    STP não é somente a a nossa capitalzinha. Gostaria saber de pessoas de angulares neves monte-café e etc.
    cumprimentos a todos.

  24. ibrantina

    17 de Novembro de 2010 at 20:40

    Pois como alguns disseram por ai e disseram muito bem, nao olhemos nada mais para pormenores e nem sejamos mesquinhos vendo a onde estao os pontos ou as virgulas! Eu confesso e si alguem quiser corregir-me que o faca!!! Depois de 15 anos vivendo fora da Lusofonia, o meu portugues ja nao e dos melhores, mas acho que isso nao deve impedirnos de dar os nossos pontos de vista sem sermos criticados. Eu digo muitas vezes que o nosso maior problema e querermos ser elitistas sem pertencermos a la elite! Todos querem ser chamados de Sr(a) Dr(a). Muitas vezes deixamos que um simples titulo o diploma fale mais alto do que realmente somos! O que nos falta ha muitos santomenses e aquele lado humilde. Sermos mais competitivos e menos destructivos! Pensar mais na forma de superar o outro tentando fazer melhor que o vizinho, do que por barreiras o deficultar o caminho do outro porque nao somos capazes de fazer melhor do que eles! Temos que comecar por mudar a nossa mentalidade, sermos um poucos mais humildes para assim levantarmos o nosso pais.
    Sigo acreditando que dias melhores virao.
    Pois sou mais uma de muitas outras Apolinarias que estao por ai. Forca Sao, voltas a darme esperancas!

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