Política

Instabilidade marca o Estado Maior das FASTP

Em 10 anos as Forças Armadas de São Tomé e Príncipe, tiveram 5 Chefes de Estado Maior.

Felisberto Maria Segundo, foi o primeiro militar a ostentar a patente de brigadeiro e a ocupar o cargo de Chefe de Estado Maior. Foi em agosto do ano 2012, a primeira vez que o Estado são-tomense criou o cargo de Chefe de Estado Maior.

Brigadeiro Felisberto Segundo(já falecido) à direita na foto, cumprimenta seu substituto Justino Lima
Brigadeiro Felisberto Segundo(já falecido)

O primeiro Chefe de Estado Maior nomeado pelo Governo de Patrice Trovoada em 2012, acabou por pedir demissão em fevereiro de 2014. O Brigadeiro Felisberto Maria Segundo, abandonou o cargo em consequência de uma insubordinação dos militares do exército, que recusaram prestar honras ao então Presidente da República Manuel Pinto da Costa.

Brigadeiro Justino Lima

O Coronel Justino Lima, foi promovido a Brigadeiro e investido como novo Chefe de Estado Maior das Forças Armadas. Alguns meses depois da tomada de posse, o brigadeiro Justino Lima caiu. Tudo por causa de um vídeo publicado nas redes sociais no ano 2014, que mostrava alguns militares a castigarem um jovem delinquente, na parada do quartel do morro.

O jovem tinha assaltado bens das forças armadas. O brigadeiro chefe de Estado Maior, Justino Lima, foi um dos oficiais que pontapeou o jovem Nagi, na parada do quartel. O então primeiro-ministro Patrice Trovoada, condenou o acto do Chefe de Estado Maior, em pontapear o jovem delinquente. Uma violação dos direitos humanos, que provocou a demissão do Chefe de Estado Maior, Justino Lima.

As forças armadas ficaram 5 meses sob comando interino do então Coronel Olinto Paquete, que era vice-Chefe de Estado Maior.

Brigadeiro Horácio Sousa

O coronel Horácio Sousa, foi o próximo Chefe de Estado Maior. Nomeado pelo primeiro-ministro Patrice Trovoada, o brigadeiro Horácio Sousa, foi o primeiro Chefe de Estado Maior, que cumpriu o mandato de 3 anos. No entanto teve que gerir momentos de grande agitação na estrutura das forças armadas, sobretudo a questão salarial, e reivindicações de melhoria das condições e dos meios de aquartelamento. 

Brigadeiro Idalécio Pachire

Foi substituído em maio de 2019, pelo brigadeiro Idalécio Pachire. Nomeado Chefe de Estado Maior, pelo ex-Primeiro Ministro Jorge Bom Jesus, e investido pelo Presidente da República Carlos Vila Nova, o brigadeiro Pachire terminou o seu mandato em junho do ano 2022.

Brigadeiro Olinto Paquete

Coronel Olinto Paquete, que desempenhou a função de vice-chefe de Estado Maior, ascendeu a patente de brigadeiro. Desempenhou o cargo de Chefe de Estado Maior das Forças Armadas, até 1 de dezembro de 2022, mais concretamente durante 5 meses.

Incidentes no quartel de morro, tortura, mortes, encomenda e traição deram um fim prematuro ao mandato do brigadeiro Olinto Paquete.

Abel Veiga

5 Comments

5 Comments

  1. Vanglega

    2 de Dezembro de 2022 at 6:50

    Hà que rever promoçāo dada a estes senhores.

    Um pais pobre, que ñ produz nada, pagando vencimentos absurdo a esses senhores e ter um crime bàrbaro cm aconteceu na propria sede dos militares.

    È falta de trabalho. Quando patiu ponte na Neves, ñ vimos engenheiros militares para construir pelo menos uma passagem temporal para os residentes.

    Sò cream barriga grande em vez de trabalharem

    Nòs Santomenses, ñ podemos aceitar este crime bàrbaro na sede dos militares. A justiça deve funcionar para todos os envolvidos è, uma mancha muito grande

  2. Docas

    2 de Dezembro de 2022 at 10:18

    É o reflexo da instabilidade do país!

    Onde já se viu a mudança de até “chefe de departamento” em todos os sectores da função pública, sempre que há mudança na governação?

    Estamos mais do que condenados, a se manter este estado de coisas. Não há Estado que consiga resistir a isto.

    Não há carreira profissional de nada, nesta segunda república.

    Credo!

  3. Célio Afonso

    2 de Dezembro de 2022 at 10:53

    STP, é um país das instabilidades institucionais desde abertura política.
    Todos querem ser políticos e ascenderem aos mais altos cargos para se enriquecerem o mais rapidamemnte possível, em detrimento da miserável condição económica e social do seu povo.
    Como se não bastasse, agora os militares torturam civis até a morte e de forma dolosa!!

  4. José Rocha

    2 de Dezembro de 2022 at 13:39

    S.Tomé e Príncipe não precisa dum exército tão pesado como o que existe. Precisamos apenas de polícias em diferentes áreas, mas que estejam devidamente treinados e apetrechados.

    • VAI TU

      3 de Dezembro de 2022 at 15:44

      Não compreendo como é que em S.Tomé,
      a Polícia tem um horário de funcionário público. Ou seja entra às 07h e saí (Não sei ?), mas sem ser os gratificado à, não há Polícia e durante a noite, o Comando tem sempre algum problema e não pode se deslocar.
      Pergunto os delinquentes também só tem aquele horário ou aproveitam aquele vazio para praticar impunemente os seus actos.
      Até à própria PM (Polícia Militar) está recolhida. A noite é da delinquência

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