Sociedade

São Tomé e Príncipe acordou sem energia eléctrica na sexta – feira e arrisca-se a passar fim de semana negro

Dezenas de trabalhadores diante dos edifícios administrativos e técnico da EMAE na capital são-tomense, davam sinais de greve. Nas portas dos edifícios da EMAE o letreiro anunciava a paralisação. ESTAMOS EM GREVE. A população deu conta que o caso é sério, quando notou que das torneiras não pingava uma gota de água.

Sem energia eléctrica e sem água potável. Assim acordou São Tomé e Príncipe esta sexta-feira. Nos serviços públicos praticamente não há trabalho. Jack Wilson Barros e Claudino Oliveira dois funcionários das Finanças, confirmaram a paralisação dos serviços. O sistema de pagamento dos impostos está informatizado, e sem energia eléctrica nada funciona.

Nas residências sobretudo da capital que têm água canalizada, os moradores deram conta esta manhã que não havia água para tomar banho.  Para os habitantes do interior que normalmente tomam banho no rio, o corte de água da EMAE não tem implicação nas suas vidas, porque aliás não beneficiam de água canalizada.

A situação é desastrosa nos bares e restaurantes da capital.

O país está paralisado. Teotónio Monte Negro líder sindical da EMAE, confirmou para o Téla Nón que a aderência a greve é da ordem dos 100%. «Estamos preocupados com a situação, porque a paralisação da EMAE significa a paralisação do próprio país. Esperamos é que se consiga uma solução imediata para as nossas reivindicações», afirmou o líder sindical.

Segundo Teotónio Monte Negro, o Primeiro-ministro e Chefe do Governo reuniu-se na última noite com o sindicato e prometeu em 5 dias encontrar uma solução para as reivindicações. Mesmo assim os trabalhadores preferiram avançar para a greve. «Porque vimos negociando há vários meses. E durante esse tempo não se conseguiu consenso. Aliás o Primeiro-ministro apenas avançou algumas ideias, que não deram forma a um acordo entre as duas partes. Estamos abertos a negociações, e esperamos conseguir um entendimento o mais breve possível», reforçou Teotónio Monte Verde.

Os trabalhadores reivindicam aumento salarial na ordem dos 60% para os trabalhadores de base, 30% para os da classe intermédia e 20% para os quadros superiores.

Até o final da tarde de sexta – feira altura em que fechamos esta edição, não havia fumo branco entre o governo e os trabalhadores da EMAE.

É a primeira vez nos últimos anos 20 anos que a empresa de água e electricidade, declara greve geral, cortando fornecimento de energia eléctrica e água a todo o país.

Abel Veiga

5 Comments

5 Comments

  1. Gilberto

    4 de Junho de 2010 at 18:11

    Abel, cortaram água em partes! Pois, na outra notícia o fornecimento de luz e água estariam assegurados para o hospital, o que implica água para Campo de Milho!
    Pude entender com essa notícia que se a EMAE pára! O País pára! Se existe esse vinculo directo, então o estado da EMAE em partes justifica o estado da nação que é idêntico! Falência técnica e administrativa! Isso é que é!!!

  2. Canjá petróli

    4 de Junho de 2010 at 20:33

    Para refrescar a tu memória Abel forão duas greves e em menos de 20 anos. A primeira foi com a gerência do Tomé vera Chorão e esta agora do Oscar pato bravo.
    Quero aplaudir a corragem que os trabalhadores da E.M.A.E tiveram mas tabem quero alertar ao Têbê para as represálias que estão para vir.Aida bem que os trabalhadores aproveitaram a ausência do bufu melado…

  3. Helves Santola

    7 de Junho de 2010 at 1:54

    Pois é, é como eu digo! A greve da EMAE é a greve do país inteiro!! Lamentável que o país tenha chegado a esse ponto!

  4. hugo Lima

    7 de Junho de 2010 at 15:07

    É sempre triste esses género de noticias, para os Santolas no extrangeiro, mas o que tem que ser,será.O país ja está no leve-leve e se para pior sempre será pra nós os ZÉS kem és.

  5. G.B

    7 de Junho de 2010 at 15:23

    A mesma lenga lenga de sempre!!!!!!
    até quando continuaremos com estas situações mesquinhas que só têm acontecido por falta de iniciativa e vontade dos nossos governantes., que viajan e correm mundo e vêm dessenvolvimento,saniamento do meio, organização e qualidade de vida dos outros povos, mas que nunca têm a coragém de pelos menos tentar implementar no nosso querido são tomé e princípe…… depois dizem k estudaram 8 anos no brazil, outros 7 anos em portugal e ainda por cima têm a lata de exibir déplomas universitarios em pleno parlamento.; sinceramente n sei o k andaram à apreender durante os anos que estavam a formar para um dia governa são tomé e princípe……Brevemente são tomé conhecera uma revolução que ira mudar o curso das coias e está para breve……

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