Sociedade

Recenseamento eleitoral terminou com cifras inferiores em relação as expectativas da Comissão Eleitoral Nacional

Até 2006 a Comissão Eleitoral Nacional, tinha o registo de cerca de 83 mil eleitores. Após o recenseamento eleitoral de raiz que demorou 70 dias e que terminou no último fim-de-semana, a CEN, admite que o número de eleitores não deve ultrapassar os 83 mil. Várias razões podem explicar o facto.

Em declarações ao Téla Nón, o Presidente da CEN, disse que como resultado do primeiro recenseamento eleitoral de raiz, efectuado no início da década de 90, e as actualizações feitas nos períodos eleitorais subsequentes, o país de 150 mil habitantes tinha 83 mil eleitores.

Com o novo recenseamento eleitoral de raiz, para as eleições de Julho e Agosto próximos, a Comissão Eleitoral Nacional, previa um aumento significativo de eleitores. Mas os primeiros dados, apontam para uma estagnação. O Presidente da CEN, José Carlos Barreiros, disse que aguarda a compilação dos dados para fazer o balanço final, mas admitiu que o número de eleitores não deverá ultrapassar os 83 mil.

Vários factores podem ter contribuído para a estagnação do número de eleitores. Um deles e por sinal o mais importante, apurou o Téla Nón, tem a ver com milhares de são-tomenses de origem cabo-verdiana que desde a nascença foram registados pelos pais no consulado de Cabo Verde em São Tomé, e por isso mesmo só têm a nacionalidade cabo-verdiana.

No recenseamento de raiz, o eleitor deve fazer prova de nacionalidade são-tomense, exibindo o bilhete de identidade. O Téla Nón sabe que muitos são-tomenses de origem cabo-verdiana, no acto de recenseamento exibiram o antigo cartão de eleitor. Documento que não foi tomado em conta pela equipa de recenseamento.

O documento válido para o recenseamento de raiz, é o bilhete de identidade como elemento que prova a nacionalidade são-tomense. Segundo a equipa de recenseamento eleitoral, muitos dos descendentes, não puderam fazê-lo porque o bilhete de identidade que têm diz que são cidadãos estrangeiros, ou seja, cabo-verdianos.

Abel Veiga

12 Comments

12 Comments

  1. Red Bull

    7 de Junho de 2010 at 14:36

    Os São-Tomenses de origem caboverdeana, foram enganados a varias décadas como sendo CABOVERDEANOS. Ficaram sem a nacionalidade origem,. porque o país é pobre. Em nenhuma parte do mundo, França, Holanda Belgica, America, Luxemburgo, os caboverdeanos nascidos nestas paragens perderam a nacionalidade, Porquê que só em STP que isto acontece. O PCD é o único Partido a considerar filhos de Caboverdeanos como saotomenses, aliás varios membros do Governo e pessoas em lugares cimeiros, são de origem caboverdenos. Isto não se verifica em Cabo Verde. Filho de Senegalês, Guiniense, Angolano, sao tomense, Pai e Mãe, membro de Governo????

    • "Nós por cá e a nossa Maneira"

      7 de Junho de 2010 at 22:37

      …..eles podem á requerer quando bem entenderem……..porque a lei da nacionalidade e a CRSTP, admite um cidadão possuir dupla nacionalidade….desde que o requeiram………..isto acontece em toda parte do mundo…….é tudo uma questão de querer ser santomense……..os libaneses que chegaram ao país, à dias, são santomenses, na sua maioria……..porquê que os filhos dos caboverdianos não????……..os pais quando inicialmente optam em dar a sua nacionalidade de origem aos seus filhos…..eles só adquirem à nacionalidade do pais onde nasceram quando atingirem à maioridade, ou seja, aos 18 anos…… podem optar em ser nacional do pais onde nasceram ou continuar com a dos seus pais……….bom agora ……pergunto porquê que os caboverdianos que nascem em portugal, ainda continuam a não ter automaticamente a nacionalidade portuguêsas, igual observação para os santomenses, se os pais não tiverem nacionalidade portuguêsa???????????também estão a ser enganados???????????????

  2. Apollo III

    7 de Junho de 2010 at 16:45

    Viva Sao Tomé e Principe!

  3. ZE PIDU

    8 de Junho de 2010 at 8:41

    As causas deste baixo numero de recenseados devem ao facto de muitos Santomenses residentes estarem fartos dessas eleicoes de “banho” sujo e porco que os politicos sem dignidade dao.
    Ha, no entanto, muitos outros Sao tomenses na diaspora que anti- democraticamente o Estado Saotomense nao mandou recensear.Onde esta a democracia e a cidadania que defende o “man Rafa”?

  4. tagarela

    8 de Junho de 2010 at 10:01

    A insatisfação com o elenco governamental não pode ser justificativa para o não recenseamento que é dever , quiçá, obrigação( sem sanção) de cada cidadão. Se não quiserem posteriormente votar, que não votem, pois não são obrigados a tal, embora, somente com o voto poderão dizer quem querem ou mesmo se querem alguém ou algum partido. No entanto, devemos, como exercício de cidadania exercer o voto. É muito fácil criticar partido “A” ou “B”, quando nada se faz para que não estivessem no governo.
    A melhor forma de protesto é sancionar os maus partidos nas urnas e não deixar de recensear ou mesmo votar. Viva STP!!!

  5. Paracetamol 500mg

    8 de Junho de 2010 at 13:18

    Vamos acabar com essa coisa de que ora sou caboverdiano quando convém, ora sou santomense quando dá mais jeito.É assim mesmo, ou é santomense ou é caboverdiano. Se é caboverdiano não vota pura e simplesmente, e já esta na altura de os caboverdianos começarem a pagar a renda das casas onde moram ( roças), porque estão a ser um grande fardo para o povo santomense.Deviam envia-los de volta para cabo verde de onde são provenientes analisando caso a caso. Se cabo verde é um pais desenvolvido devia ajudar os caboverdianos com uma politica de regresso dos mesmo ao pais de origem e não querer fazer jogos de cintura com as suas politicas de tretas.

    • Zovirax

      8 de Junho de 2010 at 21:51

      Caboverdanos nascidos em STP devem ser considerados santomenses. Não vejo razão nenhuma para estarmos com ignorância em dizer para voltarem à Cabo Verde. Deixa de ter mentalidade do homem das cavernas. Os caboverdianos nascidos em STP são tão santomenses como os outros. Os seus pais trabalharam anos e anos em STP. Tu achas que estas casas de roças têm condições de habitabilidades para pagar renda. Vamos deixar de ser falsos. Por esta e outras razões, STP tem andado para rectaguarda.

    • ALEX SACA PAPO

      9 de Junho de 2010 at 11:15

      Paracetamol,
      Devias era ter vergonha das tuas palavras. Os caboverdianos estão a ser fardo para o povo santomense? Esqueceste de que 60% do povo santomense é descendente de caboverdianos? E já agora: qual a tua origem? Qual a origem do teu avô e bisavô? Pesquisa e depois responde. Estamos fartos de saber que os santomenses não têm origem. E não sou eu quem diz, é a nossa história, a história do nosso país, a história de S.Tomé e Príncipe.

    • cesarjesus

      9 de Junho de 2010 at 17:17

      …ao sr paracetamol 500mg,no meu entender acho que tens que voltar ao seu medico, e procurar alterar a dose do paracetamol 500mg para paracetamol 1000mg…de forma a te fazer perceber melhor as origens do Povo STP…porque nao vamos agora criar cenas racistas ou descriminacoes num Pais que tem uma indice populacional tao baixo com a nossa terra!!! Nao te esquecas que somos todos da PALOP.

      Forca Povo STP…

  6. Guto

    9 de Junho de 2010 at 9:01

    A verdade ‘e que não se trata de pouca afluencia as incrições, mas sim o real numero de eleitores reconhecidos (pela Lei da Cidadania) activos foi discoberto somente agora significa dizer que anteriormente muitos que não deviam também eram recenciados como Sãotomenses oque não passava de uma manobra politica anticontitucional de toda ésta cambada de corruptos que já vinha da primeira república.Só para terem uma idea posso vos garantir que foram detectados não só Caboverdianos entre outros possuindo cartão de aleitor SãoTomense mas também Ngerianos e Malabuenses (Equatoguineense).Daí com a marcação serrada que se fez desta vez é claro que o rezultado não poderia ser outro.(Força S.T.P.).

  7. Mingau

    9 de Junho de 2010 at 17:54

    Existem muita coisa por esclarecer nesse lindo país. É nisso que dá em fazer coisas “ôlolo” como foram feitas a quando de primeiro recenseamento de raiz. O que se esteve a espera para registar esses cabo-verdianos como nacionais? Eles nasceram onde!? Temos uma lei que rege o princípio de dupla cidadania não se entende então, porquê dessa passividade. Sempre se soubesse que existia muita falcatrua nessas coisas, espero que agora possamos esclarecer de facto quem é quem e, quantos somos de facto neste enredo.

    Por outro lado, é aconselhável que comecemos a olhar para as nossas fronteiras porque se nada for feito daqui a pouco teremos mais nigerianos que são-tomenses e cabo-verdianos juntos a residir em STP!

  8. pinto

    10 de Junho de 2010 at 8:46

    o sitio onde nascemos nada nem ninguem nos tira.filhos de caboverdeanos nascidos em sao tome sao santomenses. porque vejamos no seu documento de identificacao vem la lugar de nascimento – sao tome. acho que isso e um mal menor.falo de mim pessoalmente: nasci em sao tome , mas hoje tenho nacionalidade portuguesa quanto a mim por conveniencia porque a mim me da mas jeito ter essa nacionalidade neste momento e nasda mais.mas santomense sou e nao perco o amor a minha ilha so porque exibo um BI portugues.sao coisas menores, porque ha coisas mais importantes na vida, ha coisas que necessitam solucoes e isto de nacionalidades e o minimo

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