Sociedade

Autarquia de Mé-Zochi tenta revitalizar as infra-estruturas do segundo distrito mais populoso do país

O Presidente da Câmara Distrital de Mé-Zochi Nelson Carvalho(na foto), decidiu tomar posição para revitalizar as infra-estruturas do distrito que para além de ser o segundo mais populoso, é o que conserva grande parte da história heróica da nação são-tomense.

É uma iniciativa singular de um jovem que chegou a liderança da câmara de Mé-Zochi em Agosto do ano passado. Sem qualquer título de doutoramento ou licenciatura, Nelson Carvalho, está a criar uma equipa de trabalho na autarquia de Mé-Zochi, e ao mesmo tempo fortalecer parcerias públicas e privadas para dignificar o distrito histórico.

Parte do troço da estrada que liga Cidade de São Tomé à cidade da Trindade, capital do distrito de Mé-Zochi, que há largos anos se transformou num grande buraco, pondo em causa a circulação de viaturas, está a ser reabilitado.

Uma obra que não custa nenhum tostão a câmara de Mé-Zochi. O Presidente da Autarquia, conseguiu criar parcerias com uma empresa de construção civil, a Socobrise, que deitou mãos a obra, resolvendo um problema que já era crónico na estrada da Trindade, mais concretamente na curva da ponte sobre o rio Água Grande. «Como mezochianos que somos, temos que dar uma mão ao distrito. Isto é uma parceria que a câmara tem com a empresa Socobrise», afirmou o engenheiro Fidélio.

A estrada que liga capital São Tome à cidade da Trindade é uma das principais vias do país tendo em conta a sua importância social e económica. Trindade é circundada por dezenas de roças que garantem a exportação de cacau e produtos alimentares, para o abastecimento do mercado nacional.

A mesma via dá acesso a residência privada do actual Presidente da República Fradique de Menezes, assim como para aquela que foi no passado a residência oficial do Primeiro Presidente da República e Chefe de Estado Pinto da Costa, o Mouro da Trindade, localizado nos arredores da cidade da Trindade.

A estrada da Trindade guarda histórias, muitas histórias da nação são-tomense. Por ela passaram linhas de ferro que conduziam vagões de cacau para a capital São Tomé e produtos alimentares, materiais de trabalho, e outros artigos para as Roças. Também pela estrada antes de barro e pedras, circulavam carroças puxadas por bois ou cavalos. Relatos dos mais velhos, reflectem saudades daqueles tempos. A mesma estrada testemunhou a passagem de camiões do governo colonial, que transportavam corpos sem vida durante o massacre de 1953 que decorreu no coração do distrito. Muitos nativos recordam dos traços da estrada por onde passaram, após terem sido detidos nos matos de Mé-Zochi pela forças coloniais para trabalho forçado nas obras públicas.

A estrada que passou a ser asfaltada ainda antes da independência nacional, era uma das melhores do país. Actualmente tem buracos por todos os lados. A autarquia de Mé-Zochi procura remediar os estragos, para permitir a circulação normal de pessoas, incluindo turistas ansiosos por visitar outros destinos importantes de Mé-Zochi, como a cascata de São Nicolau.

Localizada nas montanhas de Monte Café, a queda de água de cerca de 40 metros, coberta por floresta virgem, faz da cascata de São Nicolau um dos sítios de lazer da ilha. O ar puro retempera os espíritos.

Nos últimos anos a degradação tomou conta da cascata. Os assentos foram destruídos, a escada que permite aos visitantes descer até a base para tomar um banho de cachoeira, quebrou-se, entulhos congestionaram o curso da água, e o matagal ocupou o espaço.

O Presidente da Câmara de Mé-Zochi uniu forças dos mé-zochianos e conseguiu mudar a imagem da cascata de São Nicolau. Os assentos foram recuperados, o capim eliminado, os entulhos retirados do centro da cascata. Está mais limpa. «Acho que é lindíssimo está tudo virgem e é fabuloso. Não deve ser estragado», declarou um dos turistas de visita a Cascata de São Nicolau.

Aqui também a câmara de Mé-Zochi, encontra um obstáculo para já intransponível, porque não tem recursos para resolver. Trata-se da ponte que atravessa a o curso de água criado pela cascata. A ponte erguida em 1944 está prestes a ruir. «Limpamos a cascata, mas infelizmente não conseguimos recuperar a ponte porque implica recursos financeiros enormes. No entanto temos conhecimento que já foram lançadas as obras de recuperação da cascata. Esperemos que as obras iniciem brevemente para que possamos ter um espaço com mais segurança para os turistas que visitam a cascata», salientou Nelson Carvalho.

O Presidente da Câmara de Mé-Zochi, promete tudo fazer para transformar a Cascata de São Nicolau num centro de referência turística do país. A natureza virgem que cobre o local é uma riqueza que deve ser aproveitada de forma sustentada pelos mézochianos e são-tomenses em geral.

Abel Veiga

24 Comments

24 Comments

  1. Mé-Zocheano

    11 de Maio de 2011 at 8:23

    Sou mezochiano de raís, nasci ali, vivo ali e não quero sair dali. Vi passar por ali alguns presidentes de Câmara como o Trigueiros, o Simão e mais recentemente o Menezes, mas o que o atual Presidente, Nelson Carvalho, fez muito mais em 9 meses que os outros três em mais de 20 anos. Ôxalá que fique muitos anos a frente da nossa câmara porque farei tudo para que fique. Os Santomenses pagamos todos os anos o imposto sobre o veículo, se não pagamos somos multados. Para quê serve esses impostos? Se vamos a zona sul a estrada é uma lástima, se vamos a norte, apetece chorar, eu vou todos os dias trabalhar na cidade de São Tomé, já chego o trabalho todo partido por causa da estrada, pensei que os impostos eram para contribuir para a reparação das estradas. O Presidente da república passa todos os dias por ali, até chego a pensar que esse homem não tem coração, nem gosta desse país.
    Graças ao nosso presidente de câmara, hoje temos outra cidade, temos outro distrito. Obrigado Nelson, juntos conseguiremos. (P.M.V)

  2. J. Maria Cardoso

    11 de Maio de 2011 at 10:06

    Na hora de reconhecimento de obra feita ou a fazer pk não dar parabens ao Presidente da Câmara de Mé-Zóchi k troca o tão procurado dinheiro de investimento público por parcearias com empresas privadas?
    Parabens Nelson Carvalho!
    Sr. Engenheiro Fidélio, um aplaudido abraço.
    Bem-haja!

  3. Moçu Cata

    11 de Maio de 2011 at 12:07

    A reparação de uma estrada nacional é competência da autarquia ou do governo central?

    Quais os termos (financeiros, nomeadamente) da parceria entre a Câmara com a Socobrise?

    Cuidado com as PPP. Tirem ilações do caso português.

    Estes impulsos “fazedores”, regra geral, acabam por dar em nada de duradouro ou de sustentável.

    De qualquer modo, registo favoravelmente a iniciativa.

  4. NTM

    11 de Maio de 2011 at 13:31

    Trabalhar sem recursos é quase impossivel,portanto cabe a CMM procurar parcerias com autarquias amigas,e em varios dominios(formação profissional) ,energia, urbanização, saneamento, protecção civil etc) por forma a fazer com que esse conselho conheça um avanço.
    Temos que mudar de pensamentos,não podemos ter medo em fazer algo de bom para nosso pais.Faz parceria com CM de caboverde,portugal,frança,Marrocos,paises com quais temos aizades com, em busca de finaciamentos bons prjectos

  5. Mateus angolares

    11 de Maio de 2011 at 13:42

    O Nelson viveu no duro em Portugal e sabe o que quer dizer trabalho no municipio. Por está apenas no começo. Com ele vamos ter polidesportivo coberto, nas vilas, praças e jardins reabilitados, aliás ja começou.
    Faça de raiz a requalificação urbana da vila da madalena e distribua lotes aos naturais ai residentes e emigrantes.
    Separa lugares de vam plegá e quispa de predios e moradias, faça a ligação a santa margarida, construindo um anel com iluminação publica ate a sede. Força Dr Nelson.Tlaba so ca da té

  6. santa catarina

    11 de Maio de 2011 at 14:28

    A estrada da Trindade guarda histórias, muitas histórias da nação são-tomense. Por ela passaram linhas de ferro que conduziam vagões de cacau para a capital São Tomé e produtos alimentares, materiais de trabalho, e outros artigos para as Roças.
    Esta não concordo. A linha de ferro era outra que passava perto da escola velha.
    Temos que investigar mais para passar informações correctas.

  7. Adler (Roça Milagrosa)

    11 de Maio de 2011 at 16:50

    Só tenho a agradecer pela iniciativa tomada pelo Presidente de Câmara e dizer que não fique por ai porque não só Mé-Zóchi como o país em si necessita de pessoas honestas e de decisão.E penso que Nelson Carvalho não foge a regra. Aproveito a oportunidade de desejar a todos os são-tomenses
    muitas felicidade e esperança de que um dia tudo vai dar
    certo.Um abraço do filho que se encontra ausente da sua terra querida e inesquecível.

  8. jaka doxi

    11 de Maio de 2011 at 18:25

    Força Nelson.
    Dá lição aos ditos Doutores da nossa praça.

    • H. Lima

      11 de Maio de 2011 at 19:43

      Congratulo com iniciativa do Presidente de Camara. Realmente valeu em menos pouco tempo em relação aos seus antecessores. Por está razão venho solicita-lo que tome uma decisão definitiva sobre os lotes de terreno para a distribuição que nunca sai de carteira. a mais de 10 anos pra não dizer mais meses. Jovens de Madalena presisam construir suas proprias casas. Em nome de Jovens de Madalena Suplicamos pelo terreno.

  9. H. Lima

    11 de Maio de 2011 at 19:45

    queria dizer mais anos.

  10. Nós

    11 de Maio de 2011 at 21:30

    Nao é questäo de ser ou nao doutor. Acho que o Nelson tem se revelado como alguem de muito bom senso. QQue deus lhe dë força e corragem para que ele continue assim….

  11. Fernanda Alegre

    12 de Maio de 2011 at 8:02

    Não em vão !! Sendo assim venho agradecer-lhe e fazendo votos que continue neste ritmo. Afinal o País é nosso e cabe a nós contribuir para o seu sucesso, que para mim não é impossivel.

    NÓS todos estamos de parabéns, foi a melhor noticia que vi hj!!!

  12. Presidente da Treta

    12 de Maio de 2011 at 15:37

    Nelson não há nenhum lugar na câmara para Pinto da Costa, meta esse homem a trabalhar, a 20 anos que ele não faz nada.
    Sendo você um homem trabalhador arranja trabalho para os preguiçosos… por favor Nelson Pinto não quer buli… Credo Pinto Costa…
    Homem quer ter profissão de Presidente da Republica credo…

    • fijalatao

      17 de Maio de 2011 at 15:21

      Não vai na conversa deste homem! Não ligue a tua honestidade e trabalho aos políticos que nada fizeram pelo país e nem querem fazer! Vá em frente, crie a sua equipa e de sua confiança, implemente os teus ideais e não pactue com os maldosos!

  13. boca calada

    12 de Maio de 2011 at 20:45

    Parabens sr.Nelson…mt obgd ,o povo de mé-zochi estão contigo !!! aranja um trabalinho pra pinto …

  14. H. A. Azimute

    13 de Maio de 2011 at 3:10

    Satisfaz-me saber que ainda existem cidadãos neste país, imbuidos de iniciativas louváveis e exemplares que gavalnizam a sociedade civil para uma boa causa. Com poucos recursos para sustentar às transformações necessárias no distrito de Mé-Zochi, mesmo assim não “baixaste os braços”. Nesta conjuntura difícil em que o país se encontra é preciso haver pessoas com boas ideias, inovadoras, e com muita vontade de trabalhar issencialmente. O ditrito de Mé-Zochi é rico em beleza natural e possui uma história de resistência bastante interessante. Estes e outros factores, bem equacionados, serão no entanto a alavanca indispensável para o desenvolvimento desta região. Aproveitar às infra-estruturas centenárias existentes nas roças, para incrementar o turismo rural e tirar proveito do paraíso botânico, que são às florestas existentes neste mesmo distrito, em suma, aproveitar tudo o que possa resultar em receitas e postos de trabalho para a população.
    Este maravilhoso exemplo, dado por esta autarquia, estou em crer, que tem envergonhado algumas personalidades desta terra, que não querem se esforçar trabalhando. Como está sendo demonstrado, não foi preciso esperar pelo dinheiro estrangeiro “caido do céu”, ou pela alienação do património nacional, para realizarmos o que temos que fazer, e que todavia, irremediávelmente terá que sermos nós os São-Tomenses a resolvermos às nossas dificuldades (como princípio fundamental) para o nosso sucesso como nação independente. O exemplo a não seguir foi feito a quando da: vedação do nosso aeroporto feito pelos americanos e para gerir este mesmo aeroporto e porto terá que ser os Angolanos. Assim não vamos ao lado nenhum.
    Caro compatriota, continue assim, acreditando que podemos realizar coisas, pois estás a dar “bofetadas sem mãos” a todos os que desistiram de S.T.P.

  15. Humberto santos

    17 de Maio de 2011 at 14:55

    Se há homens capazes de mudar este estado de coisas que existe neste país,o meu amigo pessoal com ideias bem delineadas e amor a um pais que o viu nascer e me viu e nos viu nascer, este homem é; Nelsom Carvalho.
    Porquê palvras? Como já o conheço, só o tenho a dizer: Continue que estás no bom caminho e cada vez mais demonstre aos nossos dirigentes que não é só com doutores e engenheiros que se constrói uma nação. A nação constrí-se com espírito de iniciativa, empreendorismo, trabalho e sobretudo o gostar daquilo que é nosso!
    Obrigado Nelson

  16. fijalatao

    17 de Maio de 2011 at 15:35

    Gostaria imenso que o Nelson reabilitasse o palácio do Mor da Trindade e o pusesse como local histórico com apartamentos para os visitantes políticos de outros países e proibisse que qualquer presidente da república que venha aparecer não tenha lugar neste local, Por outro lado, reabilitar as casas da cidade trindade e paulatinamente melhorar as construções da população, criar ligação rodoviária entre àgua izé e trindade via java claudino faro, bernardo faro , mato cana, água izé, mas é claro em parderia com a cãmara de cantagalo! Fiscalizar bem as obras e exigir garantias de qualidade para que não haja necessidade de restauração em puco tempo.
    A sua vivência em Portugal, encheu-o de experiências que exige a sua permanência constante frente as obras para que não haja desvios nem corrupção de várias ordens, nomeadamente dos fiscais,
    Bem Haja nelson e força.
    È pena eu não estar presente para lhe dar uma mão! mas quem sabe um dia
    Um abraço amoigo.

  17. humberto Santos

    17 de Maio de 2011 at 15:52

    Valeu a pena e sempre vale a pena viver alguns anos na diáspora para que os contactos laborais dêem-nos a experiência de lidar com certos assuntos!
    Como lhe conheço, só tenho a louvar esta atitude já sempre preconizada pelo Nelson Carvalho, pelo seu amor a pátria e a sua vontade sempre manisfesta junto aos seus amigos que um dia seria presidente de uma das câmaras do país e que iria demonstrar aos políticos santomenses o que é quantificar, planear e pôr em prática qualquer obra. Não vou alongar muito porque seria torná-lo vaidoso,pois muito elogio só estraga, por isso Nelsom siga em frente e conte com o meu apoio, seja moral ou técnico estou sempre ao seu dispor para dizer aos nossos dirigentes que a nação não se constroi com palavras mas sim actos e muito trabalho, ideias e empreendorismo e por outo lado a nação constroi-se com amor e trabalho e não com pseudos doutores e engenheiros”corruptos”, os ditos teóricos incompetentes!
    Força Nelsom.
    Um abraço muito grande

  18. E. Trindade

    18 de Maio de 2011 at 19:38

    As opiniões foram dadas, não tenho nada contra, mas, o certo é que devemos nos acautelar a emitir opiniões. Não sou da ala partedária, mas reconheço o Autarca merece alguns elogios e que mais coisas boas sejam feitas, para merecer mais confiança de “nós os mezochianos”.

  19. Pen Drive

    19 de Maio de 2011 at 10:00

    Penso que devemos louvar iniciativas que apontam para trabalho. Mas nós santomenses temos que mudar a nossa mentalidade. Não devemos nos contentar com tão pouco! Talvés por sermos tão pobre! Antes de os santomenses opinarem e tecerem considerações lidas apenas numa crónica convinha em 1º lugar ir à busca da realidade, ver in loco.E depois manda bocas. Eu passo de Bom-Bom, Praia Melão, Almas,Caixão Grande, Riba Mato, Montalvão,Cruzeiro,Trindade,Batepá, todos os dias e confesso que não vi nenhuma novidade digna de registo que possa contribuir para a melhoria de vida dessas populações. Os restos são propagandas mediáticas muitas vezes pagas com o pouco que deveriam resolver a carência de quem mais necessita. E para terminar, quando se faz uma casa por mais modesta que seja, em pleno século XXI, deve fazer uma latrina. Expliquem isso aos senhores Presidentes de Câmararas deste país.

  20. Piá cû uê txilá

    23 de Maio de 2011 at 22:09

    Agora resta saber se é mesmo repar:
    ou se esta a BATXICAR como faz a Empresa do senhor António Dolores e companinha Limitada:
    Mais no entretanto é uma iniciativa de Louvar Força.

    • nilton carvalho

      29 de Maio de 2011 at 14:58

      forca,e muita coragem senhor presidente da camara de mezoche,mostra tudo que sabes e que aprendeste,nao e preciso ser doutorado ou licenciado.a sabedoria a vontade e o empenho da pessoa vale mais que um triste certificado escrito licenciado.

  21. assis mata

    3 de Abril de 2012 at 13:51

    eu sou de mezo-chi,principalmente da trindade,nasci cá e só saí´,pra tentar uma vida decente,eu sei do felipe trigueiros,do sr.simão,mas se tu nelsom continuares a ajudar a minha cidade estas num bom caminho,eu espero que tu ñ estragues-boa sorte

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