Sociedade

Será 2012 o ano da reciclagem em STP?

Nas últimas semanas, foram realizados alguns testes com embalagens de vidro triturado no fabrico de blocos para a construção civil. Os resultados são animadores e começa-se a antever a criação de um mercado de reciclagem de vidro num futuro próximo.

Como se sabe a sinergia é um efeito positivo que envolve várias partes. E o presente caso da valorização do vidro é um exemplo disso.

A história começa com a iniciativa da Igreja da Santíssima Trindade, que de forma voluntária recolhe embalagens de vidro para sua utilização na construção. Esta ganhou outro impulso com o apoio dos projetos em curso na área da gestão de resíduos[1] e a parceria com uma empresa de construção. O resultado está agora à vista, com o ensaio de blocos de qualidade cuja matéria-prima é – e nuns casos exclusivamente em substituição da areia – o vidro.

Com efeito, e na base dos ensaios de algumas semanas atrás em que foram fabricados e produzidos alguns blocos com diferentes percentagens de vidro em substituição da areia, concluiu-se que o bloco constituído só por vidro e cimento é à partida um bloco de qualidade superior ao bloco normal. No entanto, a confirmação será dada pelo Laboratório de Engenharia Civil nas próximas semanas.

A expetativa é portanto elevada e a atenção centra-se agora nas quantidades de materiais existentes e necessárias ao fabrico de blocos. Atualmente estima-se que a separação de vidro não atinja 10% do material existente – isto quer dizer que há ainda muitas garrafas que são deitadas fora! – mas uma melhoria no sistema de recolha (integração com outros distritos e/ou empresas) e no processamento seria capaz de assegurar matéria-prima para uma pequena unidade industrial.

Caso a viabilidade se confirme, 2012 poderá ficar como o ano em que o vidro começou a “desaparecer” do “lixo” e em que no processo se conseguiu também reduzir a pressão sobre a extração de areias, um problema conhecido por todos e o qual se torna necessário encontrar soluções. A acontecer estaríamos perante um dividendo duplo, uma vez que os ganhos se traduziriam na economia, através da criação de emprego, e no ambiente, na redução de resíduos e na preservação de recursos escassos.

Simão Dias

Artigo escrito no âmbito do projeto “Melhoria do Sistema de Recolha dos Resíduos Sólidos e Reforço das Competências das Câmaras Distritais” financiado pela AECID e executado pelas ONG’s ADAPPA, ALISEI, Fundação da Criança e Juventude e MARAPA 

          

 


[1] Projeto da Câmara Distrital de Água Grande e UCCLA através do projeto “Gestão Descentralizada de Resíduos” co financiado pela União Europeia e o projeto “Melhoria do sistema de recolha de resíduos sólidos e reforço das competências das Câmaras Distritais” executado pelas ONG’s ADAPPA, ALISEI, MARAPA e Fundação da Criança e Juventude e financiado pela AECID

12 Comments

12 Comments

  1. Fijaltao

    29 de Dezembro de 2011 at 17:49

    A iniciativa de juntar a argamassa ao vidro triturado na fabricação de blocos de cimento é uma boa ideia, apenas tem os seus inconvenentes, tais como: O facto de o vidro não ser totalmente triturado e deixado com as dimensões admissiveis no seu manuseamento após o fabrico pode causar ferimentos aos serventes e pedreiros! Se não houver uma trituradora que garante uma trituração perfeita,não é muito viável o sistema! Os vidros das garrafas de todo o tipo pofem ser colhidas e armazenadas para o seu abate ou trituração, mas não substitui a areia, apenas serve este processo para retirarmos das matas e arredores dos quintais e na própria lixeira essas garrafa portadoras de ovos de paludismo e outras doenças uq em épocas próprias podem perigar a saúde pública!
    Para evitar as inconveniências enumeradas no tijolo em relação ao vidro, o melhor processo seria aplicar estes vidros triturados em fabrico de betuminosos para obras públicas em estradas(Documento elaborado por Humberto Santos IN Jornal o parvo há uns anos atrás). por outro lado estes vidros segundo Humberto Santos, pode ser também usado em argamassas de betonilhas usadas em pavimentos médios e grandes! Não estou a reprovar totalmente a ideia dessas garrafas trituradas serem usadas em fabrico de blocos; mas deve-se evitar quando não possuímos uma trituradora mecânica de grande qualidade!

  2. pinta cabra

    29 de Dezembro de 2011 at 21:46

    eu pinta cabra vou voltar mataram-me mas vou voultar vão se ver comigo.

    • tlaba só cá da tê

      30 de Dezembro de 2011 at 12:03

      cala-te, pinta cabra.

  3. DA e DOI

    30 de Dezembro de 2011 at 8:38

    mas uma iniciativa que nasceu em trindade Mé-Zóchi que poderá vir a diminuir o consumo de areia, e a fazer com que garrafas deixam de ser problema do meio ambiente. Vamos continuar a pensar o que fazer com latas vazias e plasticos. Haver vamos leve leve

  4. Neto

    30 de Dezembro de 2011 at 14:43

    Bela Iniciativa!

  5. Baga Tela

    30 de Dezembro de 2011 at 17:25

    Não só de ideias, STP precisa de ação. Bela iniciativa… sonho em ver STP como uma país onde se poça viver com boa qualidade de vida e um dos principais destinos turisticos ao nível mundial.
    Que ilhas tão lindas!
    Amo-te STP com toda a força do mundo!

  6. miguel teixeira

    31 de Dezembro de 2011 at 12:18

    Boa iniciativa, sem duvida, mas sugiro, que seja acrescentado, 20% de esferovite, com restos de caixas, que tambem são abandonadas, com a inclusão da esgerovite, diminui o peso, alem de tornar o bloco mais isotérmico.

  7. Vane

    31 de Dezembro de 2011 at 14:59

    Sustentabilidade é meu sobrenome, parabéns pelo autor da matéria e pelo autor do trabalho de reaproveitamento de material…Feliz 2012!

  8. Anca

    31 de Dezembro de 2011 at 19:03

    Já que o artigo em epigrafe trata, o ano de 2012, como ano de reciclagem;

    Quero aqui, deixar um pedido,um alerta, um compromisso, às autoridades competentes, que gerem e administram o país(território/população), ao Presidente da República, à Presidência da República, ao Primeiro Ministro, à Governo e seus Ministros no seu todo, ao Presidente e ao Governo da Região autónoma do Príncipe, aos Presidentes da Câmaras Distritais, aos líderes dos Partidos Políticos com e sem assentos na assembleia nacional, aos Partidos da Oposição particularmente e aos cidadãos SãoTomenses no seu conjunto;

    que trabalhemos por e pelo país(território/população), conjugando esforços, com humildade, ponderação, transparência, com espírito construtivo de entre ajuda, de união, procurando sempre o entendimento, na base da verdade, do dialogo, para a modernização do país(território/população), pois que a condução do destino do território, bem como da população foi-nos entregue em 1975, faz 36 anos, altura mais que necessária para delinear-mos juntos um caminho de dignidade e respeito pelo nosso território e sua população, com esforços,(esforços estes que jamais é condição dos governos e das autoridades competentes, mas transversal à toda sociedade civil SãoTomense) que nos possam levar ao crescimento económico da nossa economia, para a modernização e desenvolvimento social/cultural/político, ambiental/económico e financeiro, que se quer e desejamos sustentável tanto ás presentes gerações como essencialmente das futuras gerações, na luta contra a fome, miséria, pobreza extrema em que mais de 70% da nossa população se encontra(nosso maior feito como sociedade pós independência, nesta matéria ninguém ter razão, pois que casa onde não há pão todos ralham e ninguém tem razão), com agravante de aumento da criminalidade, da corrupção, injustiça económica e social, atraso na modernização da estruturas de educação/formação dos nossos cidadãos para uma educação/formação de qualidade, para uma maior integração inserção e desenvolvimento social, falta de acesso nas condições de tratamento da Saúde da nossa população, falta de acesso ao saneamento básico, falta de energia eléctrica, falta de transporte, comunicação, passando pela infraestruturas, falta de Habitação, etc, etc,,,.

    Comecemos por modernizar a nossa maneira de ser estar de fazer, mudanças de pensamento e comportamento, para a construção do bem colectivo social/cultural, político, ambiental económico e financeiro sustentável do país(território/população), do estado( ao qual fazermos parte e pertencemos).

    Bem haja

    Pratiquemos o bem

    Pois bem

    Fica-nos bem

    Trabalhemos em prol da estabilidade e paz social, para o almejado desenvolvimento Sustentável que deve ser transversal a nossa sociedade.

    Deus abençoe São Tomé e Príncipe

  9. vava sovietico

    1 de Janeiro de 2012 at 14:21

    vamos apoiar toda e qualquer iniciativa para a proteção do ambiente em são tomé e principe

  10. Helves Santola

    2 de Janeiro de 2012 at 14:09

    Bom…temos que abrir os olhos mesmo, ñ?

  11. pinta cabra

    2 de Janeiro de 2012 at 15:29

    não calo boca não ainda vão ver quem é o pinta cabra quando eu voltar tomar conta de voces

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