Sociedade

“Plantar São Tomé e Príncipe”

É o tema de uma ampla campanha de plantio de árvores que a Direcção das Floresta, lança esta quarta – feira para celebrar o dia internacional das florestas e da árvore. Em São Tomé e Príncipe a situação das florestas é considera de alto risco.

A Direcção das Florestas não consegue avaliar o número de árvores que são abatidas ilegalmente em São Tomé e Príncipe. O certo é que nos terrenos que pertenciam as antigas grandes roças, árvores de sombra e com importância na estabilidade do solo, como amoreira(nome científico – Clorophora excelsa) e gôgô(nome cientifico – Carapa procera), plantadas há mais de um século para garantir a produção do cacau, estão em vias de extinção.

São árvores que produzem madeira de alta qualidade, para construção civil e para construção de mobiliários. A maior parte já foi derrubada ilegalmente. «O estado actual das florestas são-tomenses, é caracterizada por uma pressão muito forte devido ao abate ilegal de árvores. Todas as regiões chamadas de zona tampão ao parque natural Ôbô, que tem a ver com os terrenos das antigas empresas agrícolas que foram distribuídos aos pequenos e médios agricultores, há uma maior pressão das pessoas a procura de madeira para os diversos fins», declarou Faustino d´Oliveira,  Director das Florestas em entrevista ao Téla Nón.

Estudos feitos pela Direcção das Florestas, indicam que São Tomé e Príncipe tem 101 espécies de árvores. 895 espécies de plantas superiores sendo 134 endémicas. 135 Espécies de orquídeas das quais 35 são endémicas. O arquipélago é ainda habitat de 135 espécies de orquídeas, destacando-se 35 endémicas, assim como 157 espécies de fetos com 13 espécies endémicas.

Um património vivo e rico em biodiversidade, que garante o equilíbrio da natureza, e que segundo a Direcção das Florestas, dela fazem parte muitos outros seres vivos, animais, vegetais e pequenos organismos que com ela interagem.

Destacando o papel das florestas como esteio da vida na terra, a Direcção das Florestas, explica que elas desempenham importantes funções ecológicas e ambientais. Renovam o oxigénio do ar, fixam o dióxido de carbono da atmosfera, formam uma camada que protege os campos e os solos, regularizam os regimes hídricos, facilitando a infiltração da água no solo, protegendo as margens dos rios e as nascentes.

Um património actualmente ameaçado em São Tomé e Príncipe. A Direcção das Florestas que não tem conseguido contabilizar o número de árvores que são abatidas todos os dias no país, avançou para o Téla Nón, os dados que tem na sua posse em termos de abates por s autorizados, como aliás determina a lei. «No segundo semestre do ano 2011, autorizamos o abate de 523 árvores. Se compararmos esses dados com os dos anos 2010, 2009 e 2008 naturalmente que nota-se um aumento significativo de pedidos à Direcção das Florestas para o abate. Isso demonstra também que a população está cada vez mais a respeitar a lei que obriga os cidadãos a pedirem autorização à Direcção das Florestas antes de abater uma árvore», pontuou o Director Geral.

Através da campanha “Plantar São Tomé e Príncipe”, a Direcção das Florestas diz que pretende em primeiro lugar sensibilizar as crianças das escolas primárias e a população em geral sobre a necessidade de plantio de árvores.

Segundo Faustino d´Oliveira, o sector já tem 20 mil árvores em viveiros para serem plantadas este ano em mais de 800 hectares de terras identificadas como de risco, devido ao abate abusivo e ilegal de árvores.

Abel Veiga

5 Comments

5 Comments

  1. Fijaltao

    19 de Março de 2012 at 15:47

    Parece que a replantação das árvores começou tarde em proporção a destruição realizada pelos falsos madeireiros santomenses. Mas, há um ditado que diz que nunca é tarde a nada! Por isso, faço votos para que essa campanha não seja só nos dias internacionais da floresta, mas sim; todos os dias! Se não querem a desertificação, convém que o governo crie um sector do ministério de agricultura direccionada para o efeito de plantação de árvores em substituição as derrubadas pelos ladrões florestais! Este assunto, é sério! Porque muitos o vê como algo banal! Conhecem Cabo Verde, conhecem o Saara no norte de áfrica, conhecem os problemas dos grandes lagos na Nigéria, conhecem o povo que vive perto do deserto de Kalary na Namíbia? Então, protegem o que é vosso! denunciem os que têm a denunciar, sejam vigilantes noite e dia das vossas florestas, porque sem elas não há água nem alimento para quem precisar dela.

  2. booster

    20 de Março de 2012 at 21:47

    deveria começar isso a muito tempo saotomense so esta preocupado com casas especialmente casa de madeira coisa que fica feio especialmente para capital eu sei que populacao nao ten condicoes mais governo deveria construir predios urbanisticos para reduzir a grande quantidade de terrenos que os santomenses ocupan com a construçao de casa de madeira antes disso ele deveria inventar uma estrategia de modo as populaçoes pagassen por prestaçoes as suas dividas com estados assim terreno vai acabar desse jeito cidade ja nao vai ter lugar para se andar

  3. Barão de Água Izé

    22 de Março de 2012 at 11:42

    A desflorestação que está a acontecer em STP é um crime contra o País. O abate de árvores deveria ser passivel de autorização da tutela rspectiva e serem criminalizadas as pessoas que fazem abate ilegal. Dado o estado actual da desflorestaçãoo, deveria ser imposta uma mora (proibição) de pelo menos 30 anos na exportação de madeira.

  4. Dedo cá fédé

    28 de Março de 2012 at 12:54

    Problema não está só em plantar, porque isso parece ser emoção.Precisa-se de regras, de acompanhamento, etc.
    Temos que começar a ver S.Tomé e Prícipe como nosso, país.
    Não vou comentar muito está matéria, mas gostaria ver esclarecimento de pessoas vocacionada.

  5. Lili Fernandes

    18 de Março de 2017 at 23:17

    Hum,nossa o que faz isso ser possível é que se implementamos a regra nas escolas com nossas crianças elas levaram tal ideia aos pais e isso poderá ser um grande sucesso para o pais

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