Sociedade

Futuro prevê intenso conflito no país por causa do acesso a terra

O acesso a terra já constitui um problema sério em São Tomé e Príncipe, tanto para desenvolvimento da agricultura, como par construção civil ou industrial. O futuro prevê situação mais complicada. O Governo que concedeu à empresa SATOCAO 2500 hectares de terra em São Tomé, está nesta altura a procurar mais dezenas de hectares para entregar a empresa belga Agripalma.

Na recente reunião do Conselho de Ministros, o Governo anunciou que está a inspeccionar as terras distribuídas aos agricultores, para identificar as abandonadas, a fim de serem entregues à empresa belga, AGRIPALMA, como contra-partida pelos terrenos da roça Sundy no Príncipe, que passaram para as mãos do grupo privado sul-africano HBD-Vida Boa. «O venerando Conselho de Ministros analisou o Estado da Inspecção de terras agrícolas em curso, com vista a sua cedência à sociedade Agripalma em troca dos terrenos da Roça Sundy na ilha do Príncipe», disse o Conselho de Ministros.

Tarefa que se adivinha difícil para o executivo. Neste momento o Governo ainda não conseguiu dar resposta ao acordo assinado com a empresa SATOCAO, no que concerne a dimensão de terra em que a empresa deve desenvolver as suas actividades. O contrato de concessão indica 2500 hectares de terras para renovação da produção do cacau convencional. Terras que envolvem as antigas empresas agrícolas, Santa Catarina e Santa Margarida.

Segundo o Director Geral da Agricultura, Argentino Pires dos Santos, até o momento através do processo de inspecção das parcelas de terra distribuídas, o executivo só conseguiu assegurar à empresa SATOCAO, 1804 hectares de terras. Num processo que já esta a gerar polémica no meio rural.

Por sua vez o acordo assinado entre a empresa belga AGRIPALMA e o Estado são-tomense para plantio de palmeiras e produção de óleo de palma, envolve 5 mil hectares de terra inicialmente distribuídos entre a Ribeira Peixe, parte de Porto Alegre, ambas regiões no sul de São Tomé e a Roça Sundy no Príncipe.

Com a exclusão da Sundy, o executivo está assim a procura de dezenas de hectares de terras agrícolas, para entregar a AGRIPALMA, para completar os 5 mil hectares de terras previstos no acordo.

Para dar resposta a essas duas demandas, Agripalma e SATOCAO, centenas de são-tomenses que receberam terras agrícolas poderão perdê-las, sobretudo se não as tem trabalhado. ´

Abel Veiga

32 Comments

32 Comments

  1. kpsé escudo

    20 de Março de 2012 at 15:55

    Estou contra a retirada de terras aos pequenos agricultores, sejam elas em estado de abandono ou trabalhas. As referisas terras foram cedidas no quadro de um projecto, e as terras foram uma espécie de indeminização vitalícia a quem dedicou dezenas de anos no trabalho agrícolas. Muitos vieram como escravos de Cabo, Angola e Moçambique, para virem trabalhar nas roças do cacau.
    Estou contra esta medida do governo de patrice trovoada

    • jsifer

      20 de Março de 2012 at 19:09

      Ainda se assim fosse estaria de acordo consigo. fique sabendo que todos aqueles que inicialmente receberam terras ja nao as possuem isto porque acabaram vendendo tudo. Depois de terem abatido todas as arvores seculares que la estavam.

    • Mina Tela

      21 de Março de 2012 at 14:07

      Eiii mano nem todas pessoas …
      O k esta acontecer com Patricio Trovoada é k ele esta fazendo projecto em cima das pernas n em cima da mesa…. ele faz sujeira e vem procurar refugio em parte mais fraco..

    • osvaldo cravid

      21 de Março de 2012 at 10:56

      como pode um governo beneficiar estranjeiros,e prejudicar familhas pobres

    • O novo 25 de Abril está a vista

      3 de Junho de 2012 at 7:45

      O patrice trovoada é traidor a nação Santomense deve ser substituido do poder
      é peixe podre traidor corrupto filho do pai corrupto distruiu Santomenses.
      Lutam para o novo 25 de Abril.
      O Sr Pinto da Costa seja vigilante custou muitop esta liberdade ,conquistada por Vossa Exª.

  2. ele

    20 de Março de 2012 at 16:59

    Tela Nom, Explica ao publico leitor por que o Governo anda a procura de terras para dar a Agripalma.

    1. O Governo de Tela Non (MLSTP/PCD) atribuiu a Agripalma 5.000 hectares de terra
    2. Parte de terra pertence a empresa Sundy, que o Homem da Lua apoderou-se no ambito do acordo proposto pelo Tosé Casandra para transformar o Principe.
    3. Como este constituia impasse, Governo central decidiu avançar e procurar terra em STP para Agripalma.

    Agora a pergunta para cada leitor: Se fosse você Governo o que faria?

    Fui…

  3. h silva

    20 de Março de 2012 at 17:03

    Cadece cu bomba!!!Sou de opiniao que tirem as terras nao trabalhadas aos que nada contribuem para o desenvolvimento sustentavel do pais…mas agora,tirar e dar a um grupo privado estrangeiro sem contra-partida a essa pessoas nao!Pois sei quem ira receber por isso…Quantos recem formados que podem beneficiar com essas terras?quantas familias que nem uma gleba tem pra tirar uma fruta?Acho correcto esses projectos,mas pra isso governo tinha que negociar com os investidores ao fim de encontrar solucao pra essas familias(indeminiza-las e ainda oferecer um emprego no projecto).Mas ainda pergunto qual e a diferenca entre um branco e preto!Pois chego a conclusao que os brancos tiram sempre de nos para os seus,e nos tiramos dos nossos para os brancos…esse governo e muito pouco inteligente,nem sei onde formaram esses senhores desse fracassado governo.PC limpeza com esses inimigos do povo,porque se for pra cumprir a tua promessa de nao deixar esse governo cair e estarmos a ve-los a fazerem besteiras uma a tras da outra nao vale a pena.povo sabera intender-te.viva povo,abaixo oportunistas…tela-non PPF

  4. Pedro Cravid

    20 de Março de 2012 at 17:23

    O que pensa este Primeiro Ministro,as terras são para ser entregues aos estrangeiros e aos pequenos agricultores como vai ser a vida deles?…os senhores aos longo desses anos alguma vez apoio os pequenos agricultores pelo menos?com este andar vamos ter um Israel dentro de Palestina,pense bem nisto…sei bem o que pensa este PM quando vender ou trocar as terras nesta altura ele estara no estrangeiro,aos pequenos agricultores não tenham medo sái a rua procurem os vossos direitos porque só assim teremos um país mais justo para todos.

  5. pagagunu

    20 de Março de 2012 at 18:14

    Meus Senhores as terras não vão sair de S.Tomé,não podemos continuar com as terras não trabalhadas , autenticos matagais,sem contar que o projeto vai dar emprego a muita gente, seria bom que o projeto tivesse uma componente social, para agua, energia , assistência médica, a estas comunidades abandonadas. saimos de 7000 toneladas de cacau para , 500 toneladas ano. por favor temos que produzir e esta entrega é temporaria. Fui

  6. Indignado

    20 de Março de 2012 at 18:49

    A distribuiçao de terras à Agripalma é muito polêmica, e sou da opiniao de que era melhor voltar para tras neste acordo. Este tipo de agricultura intensiva não é adequada à realidade do nosso país. Tantos hectares plantados com plameiras para fazer o quê? azeite? bio combustível? Vamos deixa de brincar. Sao Tomé é pequeno demais para estes tipos de invetimentos que destroiem paisagens e deixam o povo com fome.

  7. jaka doxi

    20 de Março de 2012 at 19:08

    Conflito no país por causa do acesso a terra?sejamos serios.Tudo isto é uma fantuxada.Quem não trabalha a terra deve entregar a quem quer trabalhar e nada mais.Tenho dito.

  8. HLN

    20 de Março de 2012 at 19:09

    Muita injustiça nesse belo país. Só quero viver para ver desfecho das coisas que o Governo acha ser bom para o país, esquecendo do seu povo.

  9. Fruta Fruta

    20 de Março de 2012 at 23:42

    Se analizarmos a história universal damos conta que a amior parte dos conflitos sérios nascem com a posse/exploração das terras em todas as suas vertentes. Nunca percebi como foi possível nacionalizar-se as grandes explorações colonialistas e não aproveitar-se o sistema produtivo montado, adaptando-se à nova realidade . Julgo que a distribuição da terra teria de ser acompanhado pelo Estado através de criação de condições que permitessem a reorganização agraria com a distribuição dos rendimentos que os capitalistas sentados nas grandes metrópoles até então usufruiam.

  10. JOSE CARLOS

    21 de Março de 2012 at 8:07

    DEIXEM TRABALHAR O GOVERNO E DEPOIS COBREM NAS ELEIÇÕES MEUS SENHORES… O BALANÇO SÓ SE FAZ DENTRO DE 2 ANOS, TENHAM CALMA POR AMOR DE DEUS A TERRA É NOSSA….

  11. aumato

    21 de Março de 2012 at 10:16

    DEIXEM TRABALHAR O GOVERNO E DEPOIS COBREM NAS ELEIÇÕES MEUS SENHORES… O BALANÇO SÓ SE FAZ DENTRO DE 2 ANOS, TENHAM CALMA POR AMOR DE DEUS A TERRA É NOSSA….

  12. eu

    21 de Março de 2012 at 10:45

    Aguenta só. Votou agora ta a reclamar o quê. Faz como eu, nunca votei.

  13. lupuie

    21 de Março de 2012 at 11:54

    quem recebeu dinheiro de banho deve trabalhar as roças se nao trabalhar retira e entrega ao outro nacional
    Jose carlos e aumato dentro de dois anos se nada mudar vc deve ser entregue a populaçao de santa catarina para ser julgado ao trabalho forçado, ou vc tem que tirar o dinheiro de banho para trabalhar essas roças vc também nasceu no estrangeiro nao sabe o sacrificio que esses fizeram para terem essa idenizaçao vitalicia vc é ministro sem pasta esta cheio de dinheiro nao tem nenhuma familia a sofrer com miseria extrema mas Deus ira julgar o bem e o mal todos esses tesouros mal adquirido a traça e ferrugem vao destrir tudo podes sombar dos pobres
    fuiiiiii

  14. fia luxinga

    21 de Março de 2012 at 13:28

    É respeitar opinião de cada um, por outro lado se governo tiver a retirar terra para uma causa justo é bom e louvo a ideia.
    1- As terras esta entregue ao nacionais, pergunto.
    Quantos emprego gera por ano, quantas toneladas de produtos agriculas é eexportado por ano?
    Não podemos acomodar com pouco como sempre fomos habituados desde era colonial, mas fazer o que é necessário para ter um futuro melhor.
    Culpado não é quem esta a retirar mas sim quem deu sem saber o que estavam a fazer e qual impacto futura, somente querem enganar a população e por povo contra alguém que esta fazendo algo para melhor, porque querem sempre ter empregados pobres a pedi-los favor, abram os olhos meu querido povo.
    ja chega de ouvir os que nunca estudaram mas sim estão nos respectivos cargos por padriagem e não por merito.

  15. Voz da razão

    21 de Março de 2012 at 15:47

    Os “manda-chuvas” dessa decisão já têm terras que transformaram em Quintas não produzem nada sustentável se não luxo e lazer e agora estão a lixar os outros…Valha aos pobres SENHOR!

  16. N.C

    21 de Março de 2012 at 18:57

    Enquanto em Zimbabwe,o Governo tira as terras aos estrangeiros e nacionaliza-as em S.tome,tira-se a terra aos nacionais e privatiza-as aos estrangeiros de origem duvidosa
    Coragem………………………

    • Truki Sun Dêçú

      21 de Março de 2012 at 19:51

      No Zimbabwe as terras não foram retiradas aos estrangeiros. Foram retiradas aos agricultores nacionais mas de raça branca, e entregues aos amigos e partidários do presidente Robert Mugabe. As terras não foram entregues aos agricultores de raça negra, que tanbém podiam e as sabiam cultivar, mas sim a quem nunca trabalhou na terra, nem a sabia cultivar. Por isso estas terras (Fazendas), estão infelizmente ao abandono e produzem muito pouco ou quase nada. O Zimbabwe que exportava para todo o mundo os seus produtos agricolas e pecuários, passou a importar quase tudo e os seus habitantes passam agora por enormes dificuldades. E porquê ?? Porque deram a terra a quem nunca a trabalhou. Não é agricultor quem tem terra que lhe foi dada,ou a usurpou, mas sim quem a sabe cultivar e tem amor à terra. Isto acontece em qualquer parte do mundo. Seja no Zimbabwe, na China, em S.Tomé,Espanha, Portugal, Angola, Marrocos etc,etc,etc.

    • Falar Verdade

      22 de Março de 2012 at 8:57

      Infelizmente, a medida adoptada pelo Presidente do Zimbabwe foi um desastre para a economia do seu país, porque houve uma diminuição drástica do PIB no referido país.
      Vamos deixar de falar de ânimo leve.
      A terra deve ser rentabilizada para beneficiar o país!Por isso, o Estado deve conceder a terra apenas para aqueles que pretendem cultivá-las, e retirar as terras aos que não querem cultivá-las.
      Acho que o Senhor N.C foi pouco feliz na sua explanação.
      Viva a produtividade e não aos preguiçosos!

  17. Aristides Barros

    22 de Março de 2012 at 10:39

    Há um compromiço do Governo que precisa ser cumprido. Mas porquê sacrificar os pequenos agricultores? Há santomenses que têm até 300ha de terras e que nem 20ha trabalham. Porquê não lhes retirar essa parte não trabalhada? Na verdade existem muitas médias empresas feitas quintas dos senhores e que não produzem nada. Porquê não lhes retirar parte? Códò cá cotá ni xitu maxi pódlè.

  18. Eng Bernardino monteiro

    22 de Março de 2012 at 11:30

    Meus senhores quem nao sabe nao fala,
    Tenta conhecer a realidade o facto e depois
    Comenta muita coversa pouca etica, nao sei quem tem razao,sei que nao existe causas sem efeito
    Tudo tem um porque,eu sou de acordo se as medidas tomadas sao beneficas,e fica ja sabendo que os titulos de terra distribuidas e provisorio por isso essas terras sao trespassadas
    Sou de acordo que quem abandonou as terras devem ser tomadas esse povo precisa ser educada precisa de se esforcar mas e produzir mais,e quem abandonou -as e porque nao precisa.

  19. Barão de Água Izé

    22 de Março de 2012 at 11:37

    Terras abandonadas ou não, têm que ter um fim social e este é o da produção agricola.
    A terra deve ser atribuida/vendida a quem tenha condições de efectivamente a trabalhar e produzir e assim contribuir para a riqueza Nacional. Há que acabar de vez com a falsa ideologia “a terra a q

    • Bunda Mole

      22 de Março de 2012 at 16:24

      Barão de Água Izé, sabemos quem é senhor, está de serviço, não é? Come ferro sosegado, não vive aqui, não sabe nada, pago para falar. Chau.

  20. Eng Bernardino monteiro

    22 de Março de 2012 at 11:37

    Meus senhores quem nao sabe nao fala,
    Tenta conhecer a realidade o facto e depois
    Comenta muita coversa pouca etica, nao sei quem tem razao,sei que nao existe causas sem efeito
    Tudo tem um porque,eu sou de acordo se as medidas tomadas sao beneficas,e fica ja sabendo que os titulos de terra distribuidas e provisorio por isso essas terras sao trespassadas
    Sou de acordo que quem abandonou as terras devem ser tomadas esse povo precisa ser educada precisa de se esforcar mas e produzir mais,e quem abandonou -as e porque nao precisa

  21. Barão de Água Izé

    22 de Março de 2012 at 11:38

    Terras abandonadas ou não, têm que ter um fim social e este é o da produção agricola.
    A terra deve ser atribuida/vendida a quem tenha condições de efectivamente a trabalhar e produzir e assim contribuir para a riqueza Nacional. Há que acabar de vez com a falsa ideologia “a terra a quem a trabalha” quando na prática ou não a trabalham ou destroem o seu potencial agricola.

    • Citizen

      22 de Março de 2012 at 14:27

      Barao de Água Izé, não sabes o que dizes. Come teu ferro sosegado, não venhas dar lições a ninguém…

  22. Santosku

    23 de Março de 2012 at 8:47

    falando com conhecimento de causa há muitos pequenos agricultores que abandonaram as terras recebidas do estado. Enquanto as mesmas tinham arvores para venderem lá iam todos os dias quando as arvores acabaram ficou no abandono. De facto estas pessoas e outras é que o estado tem tirar as terras e dar a quem quero-as.

  23. milton santos(chapmam)

    23 de Março de 2012 at 9:21

    Sabemos que o Governo Central já assinou o tal acordo de concessão com o grupo HBD-BOA VIDA,
    Mais tem se ouvido por parte de algumas pessoas ligado a este grupo de que algumas das sua actividade só serão realizadas até o próximo ano.
    Quero mais uma vez aproveitar esta oportunidade para avisar o Senhor Presidente do Governo Regional para abrir os olhos e não só o povo do príncipe também com o tal grupo, visto que já estamos cansados desse chove que não molha.
    Que o Aeroporto mas concretamente a pista tem de ser iniciada ainda este ano. Acredito que o nosso Presidente to Zé não vai aceitar uma coisa dessa e que não se comece a pista ainda este ano pois depois de tanta pressão para assinatura do projecto o investidor HBD tem de começar a nova pista ainda este ano conforme estava previsto, logo que ficar concluído o estudo de impacto ambiental
    O povo exige que o Presidente do Governo Regional posiciona-se com um papel de fiscalizador dessas actividade.

    POVO DO PRINCIPE ABRE OS OLHOS

  24. eufrasio

    23 de Março de 2012 at 11:50

    Voces não se esqueçam que nós (ADI) é que apoiamos para que o Tozé vencesse nas regionais.Portanto temos faca e queijo nas mãos.

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