Cultura

Quem são eles?

“Li com muita repugnância algumas passagens do livro do Dr. Carlos Graça, a que, creio, assentaria melhor o título: Memórias de um Mitómano Sui Generis”. É um artigo de Gastão Torres que põe a nu as jogadas, falsidades, e rasteiras no seio dos antigos combatentes pela independência nacional. 

Quem são eles?

Li com muita repugnância algumas passagens do livro do Dr. Carlos Graça, a que, creio, assentaria melhor o título: Memórias de um Mitómano Sui Generis.

Contra as suas calúnias a solução seria a barra dos tribunais. Mas, como todos sabem, seria uma pura perda de tempo.

Verifico com grande aborrecimento que, não obstante me ter afastado definitivamente dessa gente desleal, cobarde, capaz de todas as traições e títer de pessoas sem quaisquer escrúpulos, esses lacaios e os seus amos teimam persistentemente em me querer envolver nas chafurdices em que sempre andaram mergulhados ao longo desses anos.

Essa gente perversa apenas se uniu momentaneamente no conluio para abater os que consideravam os seus inimigos comuns, porque sabiam que não compactuaríamos com as inúmeras falcatruas que se seguiram à independência.

Mas depois, todos ávidos do poder, foram-se traindo e dizimando sem dó nem piedade. Encarcerados uns, condenados outros a pesadas penas de prisão, aqueloutros fugindo a sete pés, etc., etc.

Pasmo-me, quase incrédulo, quando hoje os vejo sorridentes de mãos dadas, ou em efusivos abraços …

São capazes de se submeterem a todas as humilhações, quando têm em vista um “tacho”.

Que falta de dignidade! …

Apesar das suas constantes provocações, remeti-me a um total silêncio, porque, confesso, até me entedia a simples lembrança de que colaborei com tal gente.

O que mais gostaria é de me esquecer, para sempre, que tive a ingenuidade de acreditar que aspirávamos ao mesmo para São Tomé e Príncipe.

Mas, se já conseguiram os vossos objectivos, que mais desejam?

O povo de São Tomé e Príncipe tem-se deixado levar pelas vossas desprezíveis mentiras, apesar de se continuar a verificar o que seria de esperar: corrupção desenfreada e degradante miséria, porquanto vos tem elegido a troco de algumas insignificantes dobras, por que se tem disponibilizado à compra por todos, mesmo que se trate de qualquer forasteiro, transvestido de são-tomense.

E é tal a impunidade que até têm a jactância de transmitir aos jovens como bons exemplos a seguir, os sucessos dos inúmeros corruptos que exercem os mais elevados cargos da administração pública ou que se candidatam aos mais altos cargos políticos sem o menor obstáculo.

Como compreender que até agora o povo são-tomense não tenha reagido contra esse estado de coisas e continue durante mais de trinta anos a sujeitar-se a essas constantes humilhações, que se traduzem nessas sistemáticas compras sem escrúpulos de suas consciências, sempre que haja eleições?

Apesar dessa miséria moral, recuso-me a aceitar que o povo de São Tomé e Príncipe tenha perdido definitivamente a dignidade.

Continuem os vossos esbulhos, mas não tenham ilusões, chegará o dia em que os são-tomenses tomarão a devida consciência de que o seu futuro está em causa, dada a persistente delapidação e hipoteca dos bens do país sem quaisquer reais benefícios para os nacionais, com a excepção daqueles (nacionais?) que os vêm desbaratando a troco de fartas benesses.

Que os jovens de hoje, como os que abnegadamente se sacrificaram pela independência do nosso país, vos digam “Basta!”, é o que mais anseio.

Um mitómano sui generis

Será que o Carlos Graça confunde os seus sonhos com a realidade e é apenas um pobre doente, ou será um desvairado mitómano que sem qualquer despudor espalha as suas torpes falsidades por todos os quadrantes?

Embora eu tenha de facto estado em Londres, nunca existiu a tal conversa sobre os colonos ou sobre o Sardinha, nem tão pouco a que cita, supostamente tida no dia da posse do governo de transição.

Até porque, então, em Dezembro de 1974, já era para mim uma pessoa desprezível.

São puras fantasias da sua mente delirante.

Diz que o Miguel Trovoada fez parte da imaginária conversa de Londres. Estará também este metido no enredo?

Apesar de tudo, espero que não.

Nunca escondi de ninguém, nem dele próprio Miguel Trovoada, que jamais me mereceu a menor confiança, dado que sempre pesaram sobre ele graves suspeitas que, a meu ver e não só, deveriam ser devidamente descortinadas antes de exercer qualquer função pública.

E foi por isso que, contrariando a vontade do secretário-geral do MLSTP, Dr. Manuel Pinto da Costa, a maioria dos membros do Bureau Político votou contra a sua indigitação como primeiro-ministro do governo de transição.

Contudo, presumo que não desça tão baixo e confirme as patranhas inventadas por esse alucinado, acerca dessa inexistente conversa em Londres sobre o ódio aos colonos e aos compatriotas “reaccionários” e, sobretudo, sobre o fuzilamento do Sardinha.

Porquê o Sardinha que, segundo constava, nem sequer tinha qualquer actividade política e que desta fugia como o diabo da cruz?

Com isso, de modo nenhum pretendo afirmar que morria de amores pelos colonialistas ou pseudo-anticolonialistas.

Em contrapartida, tinha a maior consideração e simpatia pelos verdadeiros anticolonialistas.

Tão pouco pretendo negar que alguma vez tenha sugerido que fosse estabelecida a pena de morte.

Fi-lo numa reunião do Bureau Político, em Libreville.

De facto, propus que depois da independência do país, fosse instituída essa pena para todos os dirigentes políticos que fossem considerados culpados do crime de corrupção, após julgamento justo, em que dispusessem de todos os meios de defesa.

E também sugeri que essa lei tivesse efeitos retroactivos, a fim de abranger todos os actos praticados durante a fase da luta de libertação.

Que eu saiba, não existe nos seres humanos impulso mórbido, incontrolável, que leve à corrupção. Creio que não se trata de uma espécie de cleptomania, pelo que apenas estaria sujeito a essa pena quem consciente e voluntariamente quisesse infringir a lei. Todos a poderiam evitar, o que seria motivo de grande contentamento e orgulho para o país.

Teria sido a única maneira, julgo eu, de evitar a corrupção generalizada que hoje grassa no país, que se traduz em recebimentos de chorudas comissões, compras de votos, descaradas apropriações de bens públicos, concessões ilegais da riqueza nacional, despudorado nepotismo e clientelismo, etc., etc., etc.

Ou seja, ter-se-ia cortado o mal pela raiz …

Notem bem, a proposta destinava-se exclusivamente a dirigentes políticos corruptos.

Percebo que pessoas mais sensíveis e tolerantes possam ficar chocadas pelo facto de ter preconizado a pena de morte para a punição de corruptos.

Confesso que me não preocupo minimamente com a reprovação dos que me censurarão por isso, o que verdadeiramente me incomoda são os milhares de mortes que se teriam evitado desde a independência, se não fora essa desenfreada corrupção que grassa no nosso país.

Quantas vidas se perderam por falta de medicamentos e cuidados adequados aos doentes? Quantas crianças, idosos e mesmo adultos pereceram privados de alimentos?

Enquanto, eles e seus familiares passeiam-se em automóveis topo de gama, dispõem de luxuosas vivendas, depositam milhões no estrangeiro e pavoneiam-se em constantes viagens, desperdiçando milhares e milhares de euros ou dólares necessários ao bem-estar de um povo sofredor.

Muitos se esquecem de que um corrupto com a sua prática é bem pior que um “assassino em série”, porquanto cada um deles é causa da morte de centenas, senão milhares de pessoas desprovidas do mínimo essencial à vida humana.

Dá-se hoje em São Tomé e Príncipe um fenómeno bastante estranho e perturbador. Se um pobre furta uma galinha ou um cacho de bananas, ainda que seja por ter fome, é vilipendiado, espancado, às vezes, até à morte, sem grande alarme social, enquanto os corruptos, indivíduos geralmente qualificados, que se apossam de milhões, não são alvo da menor repulsa; pelo contrário, são bem-conceituados, protegidos e adulados, porque são eles que alimentam os parasitas que gravitam à volta dos partidos políticos.

Ou será que Carlos Graça terá receado que essa lei se estendesse a traidores?

Mas se assim é, porque não se insurgiu contra o Decreto-Lei que se lhe destinava?

Já nada me espanta em Carlos Graça, pois, em vez dessas invencionices, não seria mais curial que reagisse contra os seus pares e outros que aprovaram, e o que promulgou o Decreto-Lei nº 41/79, de 17 de Julho, cujas normas se aplicavam como uma luva à sua conduta de traidor?

Ou será que numa momentânea lucidez, o que nele é surpreendente, está-lhes muito agradecido, porque, sendo assumidamente um grande traidor e, por conseguinte, abrangido pela pena de morte prevista nesse Decreto-Lei, os seus “amigos” tiveram a bondade de não pedir a sua extradição?

Pois, trata-se, de facto, de um obstinado traidor e de longa data …

No seu livro, embora se refira a tantas “façanhas” suas e algumas das suas inúmeras traições, deliberadamente não tocou naquela que é a causa do meu grande desprezo por ele e uma das razões do seu assanhado, mas infundado ódio à Associação Cívica Pró-MLSTP, que é, afinal, uma vítima dos meus actos.

Explico.

Certa vez, estando em Libreville ido de Lisboa, já não me recordo se em Maio ou Junho de 1974, corria que se suspeitava da ligação de Carlos Graça, então membro do Bureau Político do MLSTP, à Frente Popular Livre, o tal grupo criado pelos colonos, em que se integravam, entre outros, alguns familiares seus.

Já certos da sua vil traição, foi convocada uma reunião do Bureau Político, onde foi debatido o assunto.

Confrontado com o facto, como seria de esperar dele, negou cobarde e veementemente tudo, sem o menor pejo.

Foi sempre um mentiroso! …

E só confessou, perante uma carta que lhe havia sido enviada pelo irmão, Miguel Graça, que lhe fora subtraída por um dos seus “actuais amigos”, que não só comprovava irrefutavelmente as suas negociações com a Frente Popular Livre, como também que tinha sido convidado para a sua presidência.

Dolosamente comprometeu-se publicamente a desvincular-se do grupo dos seus familiares e colonos. Dolosamente, repito, pois, como posteriormente se veio a verificar, outras traições se seguiram à primeira.

Para que não subsista a menor dúvida sobre o que atrás refiro, acrescento que nessa reunião do Bureau Político também estiveram presentes Manuel Pinto da Costa, Leonel Mário de Alva, João Guadalupe Viegas de Ceita, Miguel dos Anjos Trovoada, António Barreto Pires dos Santos, José Fret Lau Chong, Alexandrina Soares de Barros e João de Alva Torres.

No entanto, qual Judas Iscariote renega essa parçaria com a Frente Popular Livre, mentindo descaradamente que a combateu.

Dada a gravidade do caso, perguntar-se-á: por que razão não foi irradiado do MLSTP?

A resposta é bem simples, tratava-se de um dos protegidos e fiéis veneradores de Omar Bongo.

Ante tanta miséria moral, verberei o seu comportamento, provavelmente com mais dureza do que os demais. Daí, certamente, os epítetos de radical, preocupante colérico, etc., etc., etc.

Dada a sua debilidade mental é, até hoje, incapaz de reconhecer as suas ignomínias, e até se vangloria delas, pelo que compreendo perfeitamente que seja eu o alvo principal do seu ódio figadal; mas estendê-lo à Associação Cívica, só comprova a sua idiotia.

De resto, trata-se do mesmo indivíduo de que diziam os seus amigos, que o conheciam muito bem, que pretendeu negociar em conluio com os detentores das roças em São Tomé e Príncipe a venda dessas propriedades agrícolas a algumas entidades gabonesas e francesas.

Mas o certo é que um dos seus apaniguados, o então primeiro-ministro Leonel Mário d’Alva, não obstante o desmentido do visado, entendeu emitir um comunicado no sentido de que não seriam permitidas vendas de propriedades a estrangeiros.

Será que não terá acreditado nesse desmentido, por advir de um consumado mentiroso?

Verifico, por outro lado, com certa satisfação que Carlos Graça e outros quejandos dizem de mim o mesmo que a Pide outrora. Até chegam a usar quase os mesmos termos, pelo que é fácil catalogá-los.

Até parece que leram da mesma cartilha …

Para eles, o ser-se contra o colonialismo e o fascismo era estar-se contra portugueses, como se a grande maioria, que era anticolonialista e antifascista, também não fosse portuguesa.

E mais, dizem alguns que eu era comunista.

Nunca o fui, pelo simples facto de sempre ter tido a plena consciência de que não tinha qualidades para ser um verdadeiro comunista. Seria uma hipocrisia afirmar que sou ou fui comunista.

Não me atribuam o mérito que nunca possuí.

O que diz esse colaboracionista sobre a dissolução do exército colonial demonstra que se trata de alguém que, além de informador confesso, perdeu totalmente o tino, dado que essa dissolução foi votada por unanimidade, ou seja, por todos os membros presentes na reunião do Bureau Político em que foi debatida.

Lembro-me muito bem de que nessa reunião o Manuel Pinto da Costa até aventou a hipótese da ex-presidente da Frente Popular Livre, Maria do Carmo Bragança Neto, vir a ser nomeada embaixadora de São Tomé e Príncipe em Lisboa e o seu marido, o sargento Albertino Neto, seu adido militar. Ele que me desminta se não é verdade.

Só um servil cumpridor da sua função, sem qualquer escrúpulo como o Carlos Graça, podia descer a tão cobarde traição.

Depois de votar pela dissolução do exército colonial, apressou-se a desempenhar a sua missão de informador-colaboracionista. E até se vangloria desta baixeza. Aliás, para ele, não se tratou de uma perfídia, pois apenas se limitou a cumprir fielmente a tarefa a que estava destinado.

E, apesar de ser um confesso informador-colaboracionista, que sem o menor pudor se arroga de nacionalista, atreve-se a referir-se ao Acordo de Argel.

Tolamente, afirma algumas imbecilidades, referindo-se à minha intervenção nessas negociações.

Dizem os cristãos que Deus perdoa às crianças, porque não sabem o que fazem. O que vale ao Carlos Graça é que também perdoa aos pobres de espírito …

Sobre as negociações desse Acordo, espero que um dia aqueles que nelas participaram, num rebate de consciência, relatem o que verdadeiramente lá se passou.

No que me toca, apenas direi, sem o menor receio de desmentido de qualquer pessoa honesta, que ali esteve, que me empenhei inteiramente na defesa dos interesses do meu país.

E disso me orgulharei, enquanto for vivo.

Os que viram os seus sonhos desfeitos, que são muitos, que inventem. É uma questão de mau perder. Os meus, apesar de todas as vicissitudes, foram concretizados.

Gastão de Alva Torres

Anexo: Decreto-Lei n.º 41/79 de 17 de Julho clique – DR 24 19790717

55 Comments

55 Comments

  1. de coração

    20 de Julho de 2012 at 9:57

    Quanto rancor?!
    Somos tão poucos, somos todos parentes diretos ou indiretos, mas não conseguimos nos perdoar uns aos outros. Talvez depois da 7ª geração?! E então o país começará a dar passos?

    • gualter almeida

      20 de Julho de 2012 at 21:09

      é verdade tanto rancor uns contra os outros fazerem mal directamente ou indirectamente uns aos outros co bruxarias pior é que alguns que se dizem intruidos professores andam cá só a prejudicar caso do LUCIO AMADO é professor e vive só em vingareces e bruxarias como é que um pais vai para a frente tendo professores com caracter desse senhor ?

  2. Horácio Wil

    20 de Julho de 2012 at 10:30

    Na altura das eleições e em todas as outras ocasiões, primei pela união entre os sãotomenses, acreditando que existe em cada canto um encanto e em cada idade a sua beleza. Recusei terminantemente as expressões “candidaturas velhas”. Os motivos pareciam-me óbvios.
    Alguns comentaristas, talvez avisados, pediam que os nossos antigos combatentes falassem de o que se passou para termos melhor conhecimento da nossa história.
    Esta é 2ª aparição que constacto do Dr Gastão Torres. Ao não serem contrariadas as suas afirmasções (as primeiras não foram contrariadas) fica a sensação de que a desgraça do país – a perda de confiança e da ética – nada é mais que continuidade de o que foi cultivado pelos nossos primeiros dirigentes.
    Por outro lado não podemos acreditar que as “candidaturas novas”, seja, de jovens políticos, não esteja contaminada pelos gérmens nocivos do meio onde nasceram.
    Não acredito na entrega do poder ao velho ou ao novo para termos uma vida mais descansada. Acredito sim que é mais fácil preprarmos as pessoas mais novas, porque têm maior maleabilidade mental, para contrariarmos as sementes do Mal que possam ter sido lançadas no nosso país se forem provadas as afirmações já feitas pelo Dr Gastão Torres.
    O povo não deverá descansar diante dos seus governantes. No nosso caso, considero que devemos atrair nova mentalidade para os jovens e, ao serem eleitos, mantermos uma proximidade activa de controlo, incentivo e negação em relação ao que estiver a ser feito.
    Nunca deixar tudo nas mãos dos políticos.
    Vamos criar novos políticos e colaborar de perto com eles, mantendo-os conscientes dos caminhos da honestidade.
    Sejamos nós também honestos.

  3. Carlos Ceita

    20 de Julho de 2012 at 11:06

    Pena de morte para um país que nesta altura (década de 60/70) tinha pouco menos de 100 mil habitantes foi um erro crasso e por ventura compreensível dado calor e o fervor com que este nacionalista lutava por aquilo que achava melhor para o seu país.
    Mas bastava que para os corruptos institucionalizasse uma pena de prisão com indeminização ao estado. O risco da pena de morte é o condenado não ser devidamente defendido ou pior ainda o risco de condenar pessoas inocentes. Temos exemplos de alguns casos bastante tao bem documentados nos Estados Unidos da América.
    O Dr Carlos Graça escreveu um livro dando a sua versão dos dos acontecimento da epoca. Cabe aos outros nacionalista fazerem o mesmo dando também a sua versão. Os saotomenses agradecem e a história também.

    • maria

      26 de Julho de 2012 at 0:40

      Senhor Carlos Ceita

      Gostaria de chamar a sua atenção para o facto de que em São Tomé a Constituição da República de 15 de Dezembro de 1975 não proibia expressamente a pena de morte.

      O Decreto-Lei n.º 41/79, de 17 de Julho, que regula o crime de mercenarismo, prevê no seu Artigo 5.º que o crime de mercenarismo é punível com a pena de morte. (Veja decreto em anexo)

      A proibição da pena de morte em STP, foi estabelecida na 4ª revisão constitucional – Lei n.º 7/90, de 20 de Setembro.

      A pena de morte na Republica Democratica de São Tomé e principe, foi abolida em 1990.

      cumprimentos

  4. Joscon

    20 de Julho de 2012 at 13:15

    Relato da autofagia interna,

    Meu caro Sr. Gastão Torres, a vida por vezes nos prega grandes partidas e, por vezes confiámos demasiados nos seres humanos e, por fim, ficamos surpresos com a ingratidão, com a hipocrisia, a falta de carácter e a falta de dignidade. Tudo isto resulta assim, porque somos humanos e pecadores. No que diz respeito a história política de São-tomé e Príncipe, ela está repleta de desencontros, de relações desfeitas, de inverdades, de intrigas, de fofocas e de comportamentos desviantes.

    O extenso texto que o Sr. Gastão colocou à disposição dos leitores do Jornal Tela Non, demonstra cabalmente, que o grupo que esteve na génese da libertação de São-tomé e Príncipe eram formados por pessoas demasiadas heterogéneas, demasiadas egocêntricas e com grandes ganâncias pelo poder. O conceito de unidade e de grupo era uma fachada.

    Decorridos os 37 pós-independência, as feridas continuam por sarar e, penso que ficarão abertas para sempre. É com enorme tristeza que vejo o desenrolar dessa história trágica, podia ter tido um outro recomeço e um outro fim. Muitos dos protagonistas que fizeram parte desta história, continuam vivos, estando fechados no seus casulos, nos seus bunkers, não falam sobre s situação e, comportam-se como virgens púdicas, pois evitam ao todo custo abordar este tema, de modo que os São-tomense não saibam de concreto, com os factos reais, os motivo que estiveram na base desses desentendimentos. “A verdade é como azeite, um dia ela acabará por aparecer”.

  5. Maria Assuncao

    20 de Julho de 2012 at 14:26

    Coisas que nao sabia!, quantos ainda faltam saber!!!revejo-me naquilo que disse Horácio wil,custar’a tanto conciliar conhecimento, humildade, honestidade e trabalho??!!
    Com cumprimentos.

    • maria

      21 de Julho de 2012 at 1:26

      maria assuncao

      é mais facil consolidar o odio, vence a divisão.Dividir para melhor reinar.

      Vence a hipocrisia – todos sorriem – ao mesmo tempo que vão deitando cascas de banana para o chão. Uns escorregam e caiem, outros vão olhando para quem cai sem nunca estender a mão. observam, mas são cegos.

      Quem trabalha é castigado e o honesto é marginalizado. muitos dos que lutaram e apoiaram nos tempos duros, são marginalizados. Os filhos e netos dos marginalizados, marginalizados são. A nova geração cresce a saber quem dev marginalizar e como. cresce na hipocrisia e na mentira.

      O Conhecimento não é para ser partilhado.mas para exibir titulos.

      O mundo esta a mudar, os paises do Sul a evoluir. São Tomé e Principe continuara sorrindo para camuflar o odio que constroi e destroi a Nação, em beneficio de um pequeno grupo.

      Ser Sãotomense, não é para quem quer mas para quem pode. Sao os escolhidos.

  6. Gualter Oliveira

    20 de Julho de 2012 at 14:35

    Mais uma vez proponho um grande debate com os intervinientes ainda vivos, da nossa historia recente. É tão dificil asssim reunirem se e falar sobre assunto, não é para levantar processo criminal nenhum, apenas para esclarecer os factos. Este é sem duvida um dos primeiros passos para credibilizar a classe politica santomense.
    Existem muitas questões a serem levantadas:
    – O que aconteceiu de facto com Nuno Xavier?
    – Existiu os 10.000.000 de dolares desviados pelos lideres do MLSTP ou CMLSTP?
    – Qual a verdadeira historia de STP (desde inicio até a indepndecia).
    – Porquê que até hoje ninguem consegue dar a cara e exigir um verdadeiro encontro entre os ” homens da nação santomense”
    – Quem tem medo de quem? e Porquê?
    – Porquê que o Acordo de Argel ( assinado em 26/11) até hoje é desvalorizado?
    Meus senhores, restam muito pouco tempo para resolver isso, mostra que voces não têm nada a esconder.

  7. E agora.?!...Falo eu

    20 de Julho de 2012 at 14:55

    Depois de ler este artigo, não resisto, tenho que citar este GRANDE SENHOR: NELSON MANDELA… “Quando penso no passado, no tipo de coisas que me fizeram, sinto-me furioso, mas, mais uma vez, isso é apenas um sentimento. O cérebro sempre domina e diz-me: tens um tempo limitado de estada na Terra e deves tentar usar esse período para transformar o teu país naquilo que desejas.”

    Ainda não li o livro do Dr. Carlos Graça mas fá-lo-ei em breve. E espero que o Dr. Gastão Torres também nos deixe uma obra desta parte da nossa história. É necessário que nós conheçamos toda a verdade dos bastidores pré e pós independência.

  8. Aristides Barros

    20 de Julho de 2012 at 15:09

    Foram semeadas sementes de mentira, corrupção,intriga, desconfiança, etc, e é exactamente isto que estamos neste momento a colher. De facto, é triste não termos ainda conseguido nos livrar desses males que neste momento até estão se acentuando.Qual será o nosso futuro? A jóvem geração que está no poder não tem dado provas em contrário.Será que STP está condenada a perpetuar todos esses males?

  9. Meu Deus

    20 de Julho de 2012 at 15:14

    O Joscon fala em história trágica. Otermo é mesmo este. Se os da Associação Cívica não fizeram nada, como disse o Dr Gastão?
    Donde viemos e para onde iremos com essa gente?
    Os mais novos não conhecem o sofrimento dos familiares dos jovens da Associação Cívica que puseram a vida à disposição pela independência.
    Será que aqueles jovens passaram por tudo só pela maldade dos nossos dirigentes?
    Onde estará a Justiça Divina?

  10. Gente

    20 de Julho de 2012 at 15:36

    Concerteza, um dia a verdade deverá ser descoberta, mas poderá ser tarde demais…mesmo assim, nunca será tarde demais. Olhem Gente, a coisa é muito mais complicada e complexa para um país, em que decerto somos todos “primos”. A verdade nunca será desvendada, podemos nos aproximar dela com ajuda de pesquisas históricas e depoimentos entre os vivos. Mas no país não se faz Pesquisa e nem estudos. Não há dinheiros pra essas coisas. Nossos historiadores, sociólogos, entre muitos outros que deveriam ser verdadeiros cientistas sociais, como antropólogos, gentes de literatura, etc, etc, não têm tempo pra estudos, não têm fibnanciamento, nada, nada. Depois de algumas horas de trabalho, o tempo se perde com,….milhões de besteiras…o clima na ilha verdadeiramente não ns ajuda…uma pena.

    • maria

      20 de Julho de 2012 at 22:37

      Sr Gente,
      gostaria de lhe dizer que investigador, digno desse nome, não precisa de dinheiro para começar a trabalhar.

      O arquivo historico esta cheio de documentos a apodrecer, os principais testemunhos da nossa historia (politicos ou não) estão aqui na terra(alguns caídos no esquecimento e na miséria).
      Escrevam, senhoras investigadoras e senhores investigadores. não o fazem porque não querem. A pesquisa é um trabalho solitario e individual! basta uma mesa um banco e uma folha de papel e uma cabeça pensante.
      Sentem-se no Papa Figo, no Miramar, residencial avenida, ou onde quiserem leiam, entrevistem e escrevam.

      Oh não ! kkkkkk é mais fàcil lamentarem-se, antes porém, afugentam aqueles nacionais que gostam de trabalhar e querem investigar, dificultam a recolha de dados aos nacionais e oferecerem tudo o que podem e o que não podem aos investigadores estrangeiros, para poderem continuar a lamentar no café da esquina.

      Qual falta de financiamento qual quê? Os Senhores e as Senhoras que se queixam, ocupam cargos públicos, usufruem de bolsas para licenciatura e mestrado, formações profissionais, especializações deiversas, participam em conferências no estrangeiro, etc, etc, bem diplomados e bem falantes. São convidados por instituiçoes estrangeiras, com tudo pago. Portanto, para falarem têm que investigar, pelo menos deviam.

      Resumindo, portanto, possuem os instrumentos metodologicos para investigar investiguem? Têm computadores escrevam. Utilizem a internet como instrumento de investigação entre duas conversas no Face book.
      Falta de financiamento são desculpas de mau pagador, começem a investigar e a produzir que os finaciamentos vêem por acréscimo.

    • edy

      23 de Julho de 2012 at 10:18

      gostei do teu comentario, embora nao compartilho muito com a investigacao na internet sobre assuntos ligado a STP.

    • maria

      24 de Julho de 2012 at 7:35

      Edy

      Agradeço o facto de se ter desponibilizado a ler o comentario por mim postado e o ter apreciado.

      Concordo em parte consigo, pois existem poucos documentos sobre São Tomé e Principe em linha.

      Contudo, concordará comigo que o conhecimento é universal. Portanto o investigador(a) precisará, sempre, de um quadro de referências bibliograficas.

      Existem, boas revistas cientificas em linha e alguns dos sites são gratuitos.

      Existem também muito boas, bibliotecas e sites univeritario que têm os seus documentos e livros em linha.

      Tambem é verdade que em São Tomé a internete é muito lenta, mas com paciência e preserverança pode-se lá chegar.

      Espero que a minha resposta tenha-lhe sido útil.

      cumprimentos.

  11. António

    20 de Julho de 2012 at 16:02

    Concordo consigo em quase tudo que disse. Parece-me também que esta gente é muito rancorosa, pouco tolerante, demasiado egocêntrica para abraçar um projecto de desenvovimento de um país tão pequeno como o nosso que necessitaria de pessoas com outra capacidade e cultura democrática. Toda esta gente não tem nem nunca teve cultura democrática. E, consequentemente, transportaram para o MLSTP estes tiques todos de natureza totalitária. Eu recordo-me muito bem deste senhor Gastão Torres nesta etapa do nosso processo revolucionário. Ele tinha tiques de um grande autoritário e intolerante. Agora aparece ai com palavras mansas querendo reescrever a história da forma que lhe convém. Nenhuma destas pessoas pode-se alhear do mal que fizeram ao país. Todos são culpados, em maior ou menor amplitude.
    Assisti reuniões da Associação Cívica em que este senhor Gastão Torres era o artifice e mentor da linha mais dura e totalitária da Cívica. Recordo isto como hoje. Falava, várias vezes, em tom ameaçador, nas reuniões realizadas, para as pessoas que naquela altura participavam neste processo, com uma atitude radical, inadequada e intolerante, tendo em conta a velocidade de todo o processo revolucionário, que reclamava mais ponderação e compreensão de todos. Não vale a pena agora o senhor reescrever a história para o lado que lhe interessa. É óbvio que o senhor não era o mais prejudicial ao processo em curso naquela altura mas teve um grande desempenho para a imagem radical e totalitária da Cívica junto da população de S.Tomé e Príncipe que, até hoje, perdura junto de alguns sectores da nossa população.
    Além disso, o senhor foi um grande perdedor. Não me venha agora com lágrimas de crocodilos e outras encenações com o objectivo de reescrever a história. Se o senhor, como afirma, só pensava no bem do povo de S.Tomé e Príncipe, por que razão abandonou o barco logo no início, fugindo como um rato, do povo que o senhor jura agora que só queria bem? Um líder não pode nem deve ter este desempenho. O senhor perdeu e fugiu exactamente numa altura em que o povo mais precisava de si. Portanto, sendo um perdedor que se acomodou logo no início da caminhada, a imagem que fica é de um desertor, de alguém que não tinha qualquer ideia ou projecto para o país, alguém que foge perante as primeiras adversidades. Eu prefiro, mil vezes aqueles que ficaram, combateram as adversidades, lutaram e nalgunas casos foram humilhados e presos. Onde é que o senhor estava se gostava tanto assim do seu povo que nunca procurou reunir os São Tomenses para trocar opinião com eles sobre as suas ideias para o país? Nunca escreveu um documento ou texto reflexivo sobre as suas ideias para o país? É disto que o país precisava.
    O Pinto da Costa pode ter todos os defeitos e eu que nunca estive alinhado com ele só posso ficar surpreendido com um homem que, tendo feito o que fez, para a independência do país, nunca desistiu. Abriu o regime, perdeu várias vezes, lutou e agora, de novo, acredita que é possível lutar e vencer e cá está de novo dando o seu contributo como presidente da república. Ele, sim, com todo o seu percurso de altos e baixos, pode dizer que é um líder e gosta do seu povo. E, não o conhecendo, até admito que do vosso grupo todo, seja a pessoa mais tolerante e com espírito mais democrático que estava provavelmente num ninho de víboras. Todos vós tinham e têm uma cultura anti-democrática, só pensavem no vosso umbigo, na vossa projecção pessoal e política. É por isso aliás, que esta picardia toda venha agora, ao de cima, com o facto de cada um, pela idade que tem, estar a escrever as suas memórias para ficar bem na fotografia. Se vocês fossem de facto lideres, estariam a participar em seminários, palestras, escrever autobiografias com carácter pedagógico e cívico que contribuissem para mobilizar a nossa juventude para a causa do desenvolvimento. Não! Estão todos apostados em discutir miudezas na praça pública, discutir acção política individual de cada um de vós que não nos enobrece como povo e outras porcarias. Por isso é que volto a dizer que só estão interessados em destruir este povo. Sempre foi esta a vossa atitude. Quem sofreu com tudo isso foi o país. Teve que pagar um grande preço pela vossa ambição pessoal.
    Basta ver o comentário de um tal Abílio Neto da RDP-África para se constatar que a porcaria há-de continuar. Desaparece uma geração e as outras continuam com o mesmo de ressabiamento e recalcamento.
    Tenho dito
    António Paquete

    • maria

      22 de Julho de 2012 at 5:16

      Senhor Antonio

      O seu comentario deixa-me perplexo !

      O Senhor começa por dizer que « Toda esta gente não tem nem nunca teve cultura democrática. E, consequentemente, transportaram para o MLSTP estes tiques todos de natureza totalitária. » O que quer dizer que não existe, nunca existiu cultura Democratica no MLSTP. Não existe,nem nunca existiu cultura democratica, na primeira República, pois o MLSTP era partido unico. Portanto, pelas suas palavras, Sr.Antonio Paquete a Primeira Répública foi gerida por Senhores com “tiques de natureza totalitária” !!!

      Sr. Antonio Paquete, admite, ainda que Sr. Gastão Torres era , « a pessoa mais tolerante e com espírito mais democrático que estava provavelmente num ninho de víboras ». « Ninho » onde todas as « viboras » – os outros- « eram totalitarios e anti-democratas », inclusivé aquele que hoje ocupa o mais alto cargo na República de Democratica de São Tomé e Principe!!!!! A minha pergunta é a seguinte será que a República Democratica de São Tomé e Principe continua com os « tiques todos de natureza totalitária » ?

      Considerando, como diz o Senhor Antonio Paquete, que o Senhor GASTÃO TORRES era , « A PESSOA MAIS TOLERANTE E COM ESPIRITO MAIS DEMOCRATICO » não seria, portanto, natural « abandonar o barco logo no início » ? obedecendo à logica do velho ditado « quem não está comigo é contra mim » Gastão Torres, preferiu afastar-se. Provavelmente não havia espaço para a sua acção, nem para as suas ideologias, nem para hipotéticas negociações, com os grupos em presença – as « viboras » como o Sr Antonio os chama.

      Senhor Gastão Torres « perdeu e fugiu » . Será ?

      Ou será que os outros « « menos » tolerantes e com espirito « menos » democratico » não deram espaço ao Senhor Gastão Torres forçando-o a sair da Republica Democratica ? Aliàs, esta é uma pratica corrente ainda nos nossos dias ? Quantos quadros, politicos, e até filhos de politicos foram empurrados a sair da Republica Democratica, por não estarem no sitema? Numa terra tão pequena onde ainda hoje vigora o sistema « se não estás comigo és contra mim », quem quererá ser contra aqueles que estão no poder ? Quem ousará empregar alguém que não esteja nas boas graças do sistema ? Quá li

      Antonio Paquete continua escrevendo « a imagem que fica é de um desertor, de alguém que não tinha qualquer ideia ou projecto para o país » !

      A julgar pelos objectivos da Civica, pelos dois artigos do Senhor Gastão Torres aqui publicados, pelos discursos dos então jovens da civica (lembro-me da camelia Barros e outros terem-se explicado, o ano passado, numa conferência no ISP) pelo contexto político da época, e pelo o que escreve o Sr Antonio Paquete, nomedamente «Todos vós tinham e têm uma cultura anti-democrática, só pensavem no vosso umbigo, na vossa projecção pessoal e política » e que era , Gastão Torres « A PESSOA MAIS TOLERANTE E COM ESPIRITO MAIS DEMOCRATICO », poderá concluir-se que o projeto politico de Gastão Torres simplesmente, não foi aceite. Isto é, não havia espaço para por em acção o seu projeto politico . Só isso. O que terá isto a ver com deserção ?! puf

      Repare, Senhor Antonio Paquete, que não estou aqui para fazer apologia do Senhor Gastão Torres, para isto precisava de conhecer mais sobre toda a historia, ter lido outros actores envolvidos, contudo não está claro que o Senhor Gastão Torres « foi um grande perdedor ».
      Considerando que o Senhor Antonio Paquete, mesmo, descreve o sistema de então como anti-democratico e as prisões sem justa causa que se seguiram (Salvaterra, o casal Neto e outros) e até mortes inexplicadas como a do Senhor Loreno, confirmam, pergunta-se se a estratégia do Senhor Gastão Torres, não terá sido a melhor face à sua consciencia de « PESSOA MAIS TOLERANTE E COM ESPIRITO MAIS DEMOCRATICO » portanto democrata. Só isto.

      cumprimentos.

    • F. B.

      23 de Julho de 2012 at 16:27

      Acho que eu e a Maria lemos diferentes artigos do sr António. Pelo que percebi o sr António diz que o Pinto da Costa era o mais tolerante e não Gastão Torres como entendeu e escreveu a Maria.

    • maria

      23 de Julho de 2012 at 20:52

      Senhor F.B.

      Admitindo a hipotese de me poder ter enganado, tornei a reler o texto do Senhor Antonio Paquete. Pelo que tomo o seu comentario como uma ironia. 🙂 Mas, para aqueles que não o leram transcrevo desta vez o todo o paragrafo, que não deixa margem para duvidas.

      “Assisti reuniões da Associação Cívica em que este senhor Gastão Torres era o artifice e mentor da linha mais dura e totalitária da Cívica. Recordo isto como hoje. Falava, várias vezes, em tom ameaçador, nas reuniões realizadas, para as pessoas que naquela altura participavam neste processo, com uma atitude radical, inadequada e intolerante, tendo em conta a velocidade de todo o processo revolucionário, que reclamava mais ponderação e compreensão de todos. Não vale a pena agora o senhor reescrever a história para o lado que lhe interessa. É óbvio que o senhor não era o mais prejudicial ao processo em curso naquela altura mas teve um grande desempenho para a imagem radical e totalitária da Cívica junto da população de S.Tomé e Príncipe que, até hoje, perdura junto de alguns sectores da nossa população.”

      cumprimentos

    • F. B.

      24 de Julho de 2012 at 16:00

      Não deixa de ser ironia tudo isso. Mas ainda assim aconselho-a a continuar a laer o mesmo texto do sr António ( que não sei se é Paquete). Mais abaixo vai encontarar: … O Pinto da Costa pode ter todos os defeitos e eu que nunca estive alinhado com ele … Ele, sim, com todo o seu percurso de altos e baixos, pode dizer que é um líder e gosta do seu povo. E, não o conhecendo, até admito que do vosso grupo todo, seja a pessoa mais tolerante e com espírito mais democrático que estava provavelmente num ninho de víboras…

      A mim parece que o autor do texto (de qual citei trechos) se refere ao Pinto da Costa como figura mais tolerante e não ao sr Gastão Torres como a maria entendeu ao se referir no seu comentário acima.

    • maria

      25 de Julho de 2012 at 1:11

      Senhor F. B.

      Tem razão, a frase lá está. Grata pela chamada de atenção.

      Contudo continuo perplexa com as contradições do Senhor António, seja ele Paquete ou não.
      Por um lado Gastão Torres “era o menos prejudicial”,(isto é menos nefasto, menos ofensivo) naquela “etapa do processo revolucionario” e Pinto da Costa “mais tolerante”, (isto é mais acomodadiço, mais complacente … ) do grupo todo. Estavam todos num ninho de viboras, certo?

      Interessa-me saber como é que se sobrevive num ninho de viboras, não se sendo vibora? Gostaria de saber ainda como é que um « Ninho » esse onde todas as « viboras » « eram totalitarios e anti-democratas » ? Como é que num ninho de totalitarios e anti-democratas , o unico democrata assiste impoluto a tantas incongruências ?estranho!

      Não está claro no texto do Senhor Antonio por exemplo que o senhor Gastão Torres tenha perdido e fugido. Senhor Gastão Torres « perdeu e fugiu » . Será ? Ou terá sido apenas a preponderância temporaria de um grupo de revolucionarios em relação a outro ?

      Por isto, Senhor FB, continuo perplexa com as contradições do Senhor António, seja ele Paquete ou não. Trata-se de um texto estranho e inquietante ao mesmo tempo. Estranho porque como texto do género político é demasiado incendiário para constituir uma verdadeira proposta de debate. Inquietante porque como reflexão crítica sobre um assunto importante da nossa sociedade é demasiado superficial e confuso na abordagem.

      Prezado Senhor FB permita-me agradecer-lhe mais uma vez sua chamada de atenção.São atitudes como a sua que contribuem para cultivar a legitimação da esfera publica na nossa terra.

      cumprimentos.

  12. Truki Sun Dêçú

    20 de Julho de 2012 at 19:42

    Estava em S.Tomé neste período algo conturbado e confuso, a que se referem alguns dos comentadores, e o autor do texto. Conforme comentário anterior, com o qual concordo, a Cívica foi uma organização bastante radical, nas posições e atitudes assumidas públicamente. Penso eu agora (37 anos depois), que era fruto da juventude da maioria dos seus elementos, (18/25 anos), e recordo-me dos irmãos Costa Alegre, Carlos Tiny, Ramos Dias e outros estudantes que vieram de Portugal e não só. Agora verifico,que a influência do Drº. Gastão Torres, também deve ter contribuído para essa radicalização. Lembro-me do “Camarada Oné”, recebido em apoteose no aeroporto, por milhares de santomenses, e que por ser um moderado, foi práticamente corrido/saneado de S.Tomé. Quanto ao senhor Drº. Gastão Torres, apenas direi:— o senhor é um verdadeiro democrata. Num País prestes a tornar-se Independente, com um Povo muito bom e pacífico, propôr a pena de morte, mesmo que para políticos corruptos, e ainda por cima com “retroactividade”, não lembra ao Diabo. Propostas destas, só ao nível dos amados e queridos líderes da Coreia do Norte, Staline, Idi Amin, Hitler e agora todos sabemos, também do senhor Drº. Peço desculpa por este comentário um pouco longo. Cpts.

  13. Truki Sun Dêçú

    20 de Julho de 2012 at 19:54

    Alguém o citou anteriormente e eu concordo e aplaudo. Há um HOMEM extraordinário, que demonstrou e demonstra diáriamente todo o seu Humanismo. Mesmo sofrendo injustamente uma longa pena de prisão, ódios e bastantes vexames, soube elevar-se acima de todos os humanos. Perdoou e conseguiu conciliar uma Nação, outrora desavinda e que parece singrar rumo ao futuro. Este “GRANDE HOMEM”, é o exmo Srº. NÉLSON MANDELA, um exemplo para todo o Mundo.

  14. Fernando Castanheira

    21 de Julho de 2012 at 0:47

    Obrigado Antonio Paquete. Este senhor Gastao Torres aparece agora sem qualquer norte a procura de tacho?
    Havia tempo suficiente para se candidatar e ir a urna. O Senhor nao acha que agora ninguem estara interessado em dar atencao as suas conversas fiadas? E o Senhor e o Miguel Trov oada sao farinhas do mesmo tacho.
    Disse

  15. Butauê

    21 de Julho de 2012 at 1:57

    meus senhores acho que STP atravessa um periodo grave mas o futuro deste país doente depende de mudança de mentalidade e da contribuição de cada um de nós na educação formal e informal das gerações futuras.Tudo o que ouvimos,lemos e assistimos leva a perceber que nascemos e fomos educados numa sociedade de sacanagem em que a nossa mente por mais que queiramos não se consegue libertar.Onde está o poder da nossa mente?Todos nós criticamos antes de ter poder,mas quando passamos a ter algum poder somos sempre engolidos pelo sistema. Onde está o poder da nossa mente para nos libertar de tudo aquilo que assistimose e muitas vezes combatemos ao longo da nossa vida?Acredito que a educação formal e informal terá aí um grande papel e que passando várias gerações teremos uma mudança de situação nesta bela Terra que é de todos nós. Bem Haja S.tomé e Príncipe

  16. Avelina

    21 de Julho de 2012 at 2:24

    Esta escrito ”mais facil ë conquistar uma cidade perdida do que conquistar o coracao de um irmao ofendido”.

    Deus nos amou tanto que atë mesmo o seu unigenito Filho, deu ao mundo para ser castigado. Bebendo fel e vinagre, crussificado no madeiro da cruz, derramando o seu sangue Divino para a nossa salvacao ”Isto ë para quem acredita mas sem menospresar aqueles que o nao”. Mas pela dureza dos nossos coracoes, atë hoje ainda somos castigados porque nao amamos verdadeiramente uns aos outros.

    Estä escrito ”se alguem diz que ama a Deus mas odeia o seu irmao ele ë mentiroso”.

    Ama a Deus sobre todas as coisas. Mesmo sobre as maldades que o teu proximo te causou no passado.

    O que passou passou, o que ficou para traz, ficou. Eu nao estive la e nao quero saber, guarda para ti como segredo todas as maguas que alguëm um dia te causou, pois, o seu dia tambem chegarä. Ame a Deus e ao seu proximo tambëm.

    Deixe de ilusoes para que nao sejas um dia desiludido, e, viva com alegria e sabedoria.

    Deus nos ama irmao.

    Obigado
    Cova Barro

  17. gadhafi

    21 de Julho de 2012 at 7:21

    A desgraca de nos os santomenses foi essa corja de corruptos que governou o pais depois da independencia.Construiram uma mentalidade de corrupcao que ate hoje existe na nossa sociedade.Hoje esses senhores mesmos velhos e morribundos nao conseguem se entender ou pelo menos ter pena deste pais que destruiram, outros ate hoje, correm atraz do poder( Pinto Da Costa).A impunidade o pacifismo que caracteriza o povo santomense favorece a continuidade desse tipo de mentalidade e de gente.

  18. Danilo Salvaterra

    21 de Julho de 2012 at 7:48

    Li e reli o artigo. Faço parte daqueles que não li e nem pretendo ler livros ou crónicas escritas sobre S.Tomé e Príncipe escritas pelos antigos dirigentes. Por isso nem me despertou a atenção o escrito pelo actualmente Presidente de S.Tomé e Príncipe.

    Confesso que o conteúdo do texto aqui lido faz parte da minha biblioteca intima da história de S.Tomé e Príncipe. Infelizmente o título nacionalista e como o texto sabiamente é deturpado em favor de grupos. Lembro-me ter afastado ao meu pai de receber a medalha da vergonha atribuída pelo então presidente Fradique a um grupo de cidadãos por achar que havia equívocos a mais na sua atribuição.

    A minha geração conhece ou pelo menos devia conhecer a dureza do regime implantado. Quão cruel foram os que governaram S.Tomé e Príncipe nos anos 70/80. Quão desumana foi e continua a ser a governação dos anos 80 até o presente.

    Tem faltado a justiça, como todos sabemos. Sobre os anos 70 tive o privilégio sempre de partilhar com os opositores do regime, aqueles que não se venderam. Também tive o privilégio de partilhar com os desertores do regime, alguns fizeram mea culpa.

    De facto, o povo de S.Tomé e Príncipe precisa acordar e dizer basta.

    A história de S.Tomé e Príncipe precisa ser contada e escrita. Aguardemos pelas justiças que tardam a chegar.

    Danilo Salvaterra – Filho do Nacionalista e Patriota Agnelo Salvaterra. Este sim foi nacionalista sui generis nasceu e viveu antes do tempo.

    • Agnelo

      21 de Julho de 2012 at 12:47

      Olhá o outro. Sempre com mesmos tiques. O meu pai foi isso. O meu pai foi aquilo. A minha tia foi isto. O meu avô foi aquilo. É isto que me chateia deste meus compatriotas. Se o seu pai foi isto, tudo bem. Pega nos ensinamentos que ele te deixou e faça alguma coisa pelo teu país. Já é a 11ª vez que eu vejo este senhor a dizer isto neste espaço. O meu paí é o melhor. O meu paí é mais democrata. O meu pai é que deveria ser presidente. Acredito que sim. Mas é preciso estar a repetir isto aqui neste espaço, 50 vezes, para toda a gente saber. Aliás se o seu pai foi tudo isto não é preciso o senhor estar a dizê-lo, a própria história encarregar-se-á disto. Mas como nós de S.T.P temos esta mania de que só nós é que somos melhores o senhor tem de aparecer aqui neste espaço a fazer gala disto todos os dias. Já agora, escreva um livro sobre a vida política do seu paí. Seria um bom trabalho para a nossa juventude perceber a sua influência no nosso país.
      Fui

  19. Santos

    21 de Julho de 2012 at 8:57

    António Paquete,

    A sua mensagem, apesar de ser longa e de tecer várias críticas, carece de dados objectivos e factuais.

    Por exemplo, você afirma que “… este senhor Gastão Torres era o artifice e mentor da linha mais dura e totalitária da Cívica. Recordo isto como hoje. Falava, várias vezes, em tom ameaçador, nas reuniões realizadas, para as pessoas que naquela altura participavam neste processo, com uma atitude radical, inadequada e intolerante …”.

    Em que se traduzia essa atitude que você designa por “radical”, “inadequada”, “intolerante”?

    Que dizia Gastão Torres no tom que você considera “ameaçador”?

    Porque se sentia você ameaçado?

    Se você realmente pensa que Gastão Torres quer “ … reescrever a história da forma que lhe convém … “, então porque não conta você o que verdadeiramente se passou mencionando eventos, lugares, nomes de protagonistas, nomes de testemunhas, datas, etc?

    Partilhando ou não os príncipios e valores que Gastão Torres deixa transparecer no texto, reconheço que ele revela dados objectivos interessantes – passíveis de serem confirmados ou desmentidos.

    Aliás, vendo bem as coisas, o texto dele enfia carapuças a muita gente.

    Santos

    • António

      21 de Julho de 2012 at 20:38

      O texto dele está repleto de “Eu” caracterizador de uma atitude egocêntrica da política. Não é disto que S.Tomé precisa neste momento. “Eu fiz isto”. “Os outros fizeram aquilo”. O que é que me interessa aquilo que este senhor fez, individulamente na Cívica? Ele que escreva um livro autobiográfico. O país não necessita neste momento de “Eus” precisa de “Nós”. O país não precisa de “ajustes de contas”. Precisa de trilhar um caminho diferente daquele que tem percorrido até então. E tudo isto não se faz com “Eus” mas com “Nós”. Não se faz com recalcamentos nem ressabiamentos mas com mobilização e tolerância. Repararam que a única ideia política que este homem avançou como sendo sua, enquanto dirigente político no país, num momento conturbado da nossa vida como país, foi ter sido o mentor da proposta de pena de morte em S.Tomé e Príncipe. Qual foi outra ideia que ele fez referência para além desta, neste longo texto? Um homem que se autoproclama amigo do seu povo, democrático, tolerante, apresenta-nos agora, como suporte destes predicados, a pena de morte como bandeira, num período dificil e problemático da nossa história. Isto não é suficiente para o caracterizar como intolerante e autoritário? Para mim basta. Qual é outra ideia que ele avançou neste espaço caracterizadora da sua veia de democrata e tolerancia? Só repetiu lugares comuns típicos da manifestação do seu percurso individual como político.
      Fui
      António

    • maria

      22 de Julho de 2012 at 18:34

      Senhor Antonio

      Reparo, que não responde às questões colocadas pelo Senhor Santos. Questões deveras pertinentes às quais, gostaria também de ter o prazer de ler a resposta.

      Entretanto chamou-me atenção a seguinte frase sua , « O texto dele está repleto de “Eu”(… )»

      Ora bem,trata-se apenas de um texto que o autor (Gastão torres) escreve em resposta a questões precisas levantadas em torno da sua pessoa no livro « memoria de um nacionalista sui géneris » de Carlos Graça.

      A subjectividade do autor, personificada pelo « eu » pode não ser sinonimo de imodestia, nem de egocentrismo. é apenas um registro de ordem narrativa. Cabe aos analistas (jornalistas, sociologos, antropologos , historiadores…)escolherem o método de análise que os ajude a transpôr, a récita individual do Senhor Gastão Torres para o colectivo , analisar, o ponto de vista da sua plausibilidade e da veracidade da resposta produzida… As récitas de experiências pessoais- « eu », não são incompativeis com a objectividade de uma analise classica. Desta forma o somatorio do trabalho honesto e dedicado de varios“Eus” pode dar um “Nós”. Que parece ser o que todos queremos- UNIDADE NACIONAL.

      Senhor Antonio é verdade que a análise deste tipo de informação não é facil. Um dos nossos problemas na abordagem crítica das coisas da nossa terra, está ligado ao facto de colocarmos as “emoções” à frente da “razão”… como é presentemente, o seu caso, não responde, quando é interpelado e escreve mais coisas, onde as emoções fazem regra e introduzem, consequentemente, critérios, simplistas, por vezes contraditorios na avaliação da “plausibilidade” do que Gastão Torres diz.

      Torno a dizer que a análise deste tipo de informação, não é facil. Estamos de acordo. Penso. A unidade nacional é um desafio enorme. Todos almejamos. A percepção de que ela não está realizada é legítima. Ninguém, com a cabeça tronco e membros, pode negar que haja um problema. Lá está, mas, que problema? Como resolver este problema? Como realizar a unidade nacional?

      A abordagem crítica obrigar-nos a considerar que precisamos de conhecer o passado para melhorar o futuro da nossa jovem Republica.

      Alguém disse um dia que « um povo sem historia é um povo sem futuro ». Por isto, Senhor Antonio Paquete, uma vez que o Senhor diz que assisistiu a reuniões da Associação Cívica em que esteve presente o Senhor Gastão Torres, seria de bom tom, contar-nos a sua visão da historia « mencionando eventos, lugares, nomes de protagonistas, nomes de testemunhas, datas, etc », como diz o Senhor Santos.

      Dados que possam contribuir para objectivar a historia dos primordios da nossa terra. Para que nós jovens possamos aprender com os erros do passado e construir um futuro… com mais e melhor unidade nacional…onde os jovens que queiram, possam abordar o país de forma séria: sejam claros, e não confusos nas suas cabeçinhas; lúcidos, e não obscuros; racionais, e não irracionais; e emotivos que baste – humanismo precisa-se, tenham a certeza sobre coisas que podem justificar com base em argumentos e provas, contribuindo assim, na medida do possivel para que a vida do homem são-tomense seja melhor no mundo.

      cumprimentos

    • vado

      16 de Agosto de 2012 at 21:41

      Objectivo. Conciso. Esclarecedor. Parabéns!

  20. sulila miranda

    21 de Julho de 2012 at 9:40

    Mas que azar, o nosso!
    A nossa mãe-terra só pariu serpentes, cada uma mais venenosa que a outra.
    É bom que se manifestem já, porque precisamos ultrapassar isso e seguir em frente.
    Já ouvi muito sobre isso, tive os meus filhos e não quero que eles cresçam ouvindo isso. Por isso, lavem a vossa roupa suja onde quizerem, mas lavem-na e acabem com isso.
    Temos muitos problemas e todos eles prioritarios, por isso não nos venham com mais blá-blá-blá! E depois dizem que as mulheres é que falam muito e gostam de disse que não disse! Francamente!

    • maria

      22 de Julho de 2012 at 7:48

      Senhora Sulila Miranda

      A senhora diz « Já ouvi muito sobre isso, tive os meus filhos e não quero que eles cresçam ouvindo isso. »

      Mas, os « seus filhos » continuam a comemorar o dia de São Tomé – 21 de Dezembro. Porque SUPÕE-SE que a 21 de Dezembro de 1470 Pedro Escobar e João de Santarém, navegadores portugueses ao serviço de um rico comerciante chamado João Gomes, acharam a ilha de São Tomé. Os historiadores ainda hoje discutem entre si, uns defendem que à chegada dos portugueses a São Tomé a ilha já era habitada, outros defendem o contrario. Este exemplo serve apenas para que se compreenda, a importância e o significado da memória historica.

      Então, é perfeitamente natural que os implicados na construção da Nação São-tomense comecem a contar e sobretudo a escrever a sua versão da historia, para que os cientistas sociais possam fazer o seu trabalho, é preciso olhar para o passado, aprender com os erros e construir o futuro.

      Alguém disse um dia que um povo sem historia é um povo sem futuro. Por isto, prezada Senhora todos nós precisamos conhecer, o que se passou nos primordios da nossa Republica. Porque é que os amigos de ontem tornaram-se inimigos hoje. Quais foram as repercursões desses conflitos no desenvolvimento do país ? Quais foram as repercusões deste conflito nas opções politicas, economicas e sociais na Republica Democratica de São Tomé e Principe? Estas, e, muitas perguntas mais, devem ser colocadas, sim senhora.

      Precisamos de conhecer o passado para o melhor da nossa jovem Republica, para melhorar o futuro dos nossos filhos, netos… para o melhor de toda a geração porvir. Esta é a nossa responsabilidade.

      … com lealdade, dignidade, honestidade intelectual, determinação, perseverança e paciência, vamos escutar, ler confrontar e interpretar as historias de vida, escrever e reescrever se necessario fôr.

      Pelo que vejo a Senhora é, já, uma priveligiada, tem acesso à tecnologia em materia de comunicação – computador, internet – está bem poscionada para transmitir o legado historico aos seus/nossos filhos, para contribuir na construção de um futuro melhor para a jovem geração, sem odios, nem rancores – Educar aprendendo com os erros do passado – Educar visando o desenvolvimento duravel.

      cumprimentos.

  21. Butauê

    21 de Julho de 2012 at 15:09

    Meus senhores escrevam algo que possa ajudar gerações futuras a tomar as suas dicisões e dizer basta a situação de STP.Temos todos uma mente dominada pelas peripécias e horores perpetrados pelo tipo de políticos que sempre tivemos.Esperemos que o tempo traga a nossa mudança de mentalidade e enquanto isso vamos fazer algo para que isso aconteça para o bem da nossa terra santa.
    Um bem haja.

  22. Tavo

    22 de Julho de 2012 at 2:33

    Meus queridos Irmaos

    Por favor nao se preocupem com o que se esta acontecendo agora.

    Eu tenho solucao para acabar com pobrezas em Sao Tome e Principe.

    Peco a cada um dos santomenses aonde estiverm que continue firme na vontade em mudancas.

    A verdade e que certos dirigentes santomenses estao cansados de lutarem com armas que ja se tornaram absoletas. Logo estao criando e raiva a nossa geracao, mas, acreditem que nao e por mal. Estao simplesmente utilizando a raiva como um poder de motivacao. querem e saber se a nova geracao ja esta preparada para lhes substituirem.

    Bla bla bla criticando so lhes mostram que ainda nao estamos preparados.

    Quando alguem esta democraticamente preparado, chega e fica no poder conforme o Pai grande (PC) mais o fez.

    Leve leve
    Tavo

  23. Argenezio Antonio Vaz

    22 de Julho de 2012 at 8:26

    Pois é, hoje estão contra a resposta desse senhor. Pois têm muito a perder, porque não teriamos os partidos que temos.
    Enfim, é normal e não existe rancor nenhum, acho que o Carlos Graça deve contar as coisas como foram e não mentir para membros do Ex MLSTP. Muito desleal e com esses indeviduos ainda vivos, mentem. Por isso estamos assim, quem recebeu o Pais de mão beijada, so levou o Pais ao estado de hoje. Hoje valoriza-se a incompetencia, o roubo, etc, etc.
    O Sr Gastão tem razão sim de vir explicar as coisas. Lembro-me ainda que esse senhor, Carlos Graça, foi ministro, primeiro ministro, mas nem passaporte santomense tinha. Pois é, eles dizem que defendem STP. Como alguem pode ser um defensor de algo que considera que não é seu? Não estava a prestar serviços. Agora podem dizer tudo tentar defender, mas a historia ja demonstrou quem é quem. Não vale a pena escreverem muito. Do MLSTP antes do 25 de Abril, que eu saiba, nada sobrou, sera que defendiam mesmo STP. Não, a historia nos diz.

  24. Gente

    22 de Julho de 2012 at 15:51

    Permiti-me a responder a Sra Maria.
    Eu considero importante a pesquisa SIM! e nos moldes adequados à geração de bons resultados, neste caso, resultados de nossa história, ainda muito pouco contada, como foi de sua ilustração sobre a descoberta das Ilhas. Pois bem, observando o seu comentário, nenhum país se desenvolve sem um bom programa de pesquisa que lhe dê suporte na tomada de decisão em diferentes campos do conhecimento. E no campo da história, como estamos a ver, ainda temos muita coisa a saber….De suas próprias palavras foram levantadas estes questionamentos: “Quais foram as repercursões desses conflitos no desenvolvimento do país ? Quais foram as repercusões deste conflito nas opções politicas, economicas e sociais na Republica Democratica de São Tomé e Principe?” Como dar resposta a estas questões? só com pesquisas planejadas e dispor os nossos historiadores, entre outros de condições para tal. Se o Arquivo Histórico (AH) tem um bom arsenal, deveria ser a própria direção do AH a elaborar projetos de estudos e a sensibilizar os jovens licenciados sobre a pesquisa com base naquilo que têm e a lutar junto aos órgãos públicos de tutela a implementarem editais de pesquisa e necessidades como estas em discussão. Isso não se faz pegando um banco e uma mesa debaixo de uma árvore, como faz referência no seu comentário. Isso é uma coisa muito mais séria e que pode colocar em duvida a competência dos dirigentes do AH. Estas coisas devem ser feitas na base de bons programas de financiamento e não na base do blá-blá-blá…Naturalmente, para fazer isso, é necessário recursos que estimulem as pessoas licenciadas, mestres e doutores a darem resposta a tudo isso, e com o monitoramento e avaliação permanente de competências de quem dirige o AH. Não se governa um país no blá-blá-blá…A decisão pra valer mesmo se toma com base em análise mais sólidas. Isso é válido para história, economia, sociologia, agricultura etc.Basta vermos o que aconteceu durante anos pós-independência o que aconteceu com o nosso Centro de Investigação Agropecuária de Potó. Aquilo foi uma grande referência em pesquisa na Ilha e era deste centro, a origem das grande orientações e decisões sobre o desenvolvi9mento da agricultura. E, o que fazemos no campo de sociologia, turismo, meio ambiente, psicologia social, antropologia, mercados, políticas públicas e sociais, etc, etc…NADA! Anão ser os esforços individuais de muitos esforçados, fora de qualquer programa sistematizado. Então, cuidado com este blá-blá-blá, embora reconheçamos que um mínimo podemos fazer e tem sido feito, mas muito insuficiente.Vamos ver se organizamos o país na base de dados sistematizados, na base de indicadores cientificamente construídos e na base de bom senso também, da experiência, mas isso não significa que refutemos a importância da pesquisa. Fazer mestrado e doutoramento, licenciatura, são investimentos no ensino, depois temos que investir na pesquisa, que significa criar condições aqueles licenciados e mestres a pesquisarem. Não pensemos nunca que já sabemos tudo….

    • maria

      23 de Julho de 2012 at 17:40

      Senhor Gente

      Agradeço a sua resposta.

      Com enorme regozijo, constato, termos, pontos em comum, nomedamente a importância da pesquisa enquanto tal, e da pesquisa para o desenvolvimento durável da nossa terra, em particular. Acordamos, também, uma importância capital à metodologia. Aliás, pena é, que o mediador deste espaço, não publique amiúde os comentarios, caso contrario ter-se-ia apercebido da importância da metodologia e da honestidade intelectual, para mim, num comentario que faço ao comentario do sr Antonio Paquete, em resposta ao Sr Santos. Portanto, prezado Senhor Gente. Sublinho não se tratar, em caso algum, de « blá-blá-blá » mas, sim, de uma preocupação/ constatação eivada de honestidade intelectual, responsabilidade e respeito pela pesquisa e pelas questões da nossa terra.

      Entretanto, discordamos da maneira como materializar a acção em proveito, da investigação, e da reposição da “verdade” historica. Assim sendo, reafirmo que « A pesquisa é um trabalho solitario e individual! basta uma mesa um banco e uma folha de papel e uma cabeça pensante (…)começem a investigar e a produzir que os finaciamentos vêem por acréscimo». A questão que se coloca é, lá está, porquê tal afirmação . o que quererá a Senhora Maria dizer ?

      Muito bem. Há-de concordar comigo que em situações desesperadas, por vezes, as pessoas desenrascam-se criando elas próprias novas formas de conduta em resposta à obsolência das regras. Deixando, desta forma, as lamentaçoes de lado e passando à acção, coordenada e organizada . Certo, as regras são anteriores à acção das pessoas mas, a acção das pessoas é também constitutiva das regras. Acho, por isto, que vale à pena perder algum tempo a refletirmos sobre este assunto, Senhor Gente. De acordo ? Ora, avancemos.

      Imagine-se, um investigador e professor de historia, de uma das nossas universidades, conhecedor dos métodos de recolha de informação e tratamentos de dados, com capacidades e habilitações para conceber e coordenar projetos de investigação. Tal professor, tem a ideia de fazer uma pesquisa em torno do Rei Amador, figura emblemática e controversa da história da Republica Democratica de São Tomé e Principe. Amador, ganhou a sua popularidade nas ilhas como líder da grande revolta de escravos de 1595. Contudo, há quem afirme que a historia de Rei Amador é um mito.

      O dito professor/investigador, leva avante a sua ideia, implica os seus alunos, na recolha de informação. Coordena as tarefas dos jovens alunos. Incita-os a trabalharem, a cultivar a curiosidade, a interessarem-se pela vida e historia do Rei Amador , ao mesmo tempo que os capacita de rudimentos que lhes despertam(ou não) o interesse pela pesquisa. Essa ocupação dos jovens terá, mais tarde, influência, nas, suas proprias, escolhas profissionais, ao mesmo tempo que os mantem ocupados, num país onde a ocupação de tempos livres dos jovens estudantes, é pouca.
      Entretanto, pode acontecer que a dado momento, o professor/investigador necessite de outros meios para prosseguir a sua investigação. Não se inquieta. Arregaça as mangas e vai tentar desenrascar-se.

      O tal professor, deita-se a fazer contas à vida : a pesquisa iniciada, objectivos e hipoteses defenidos, alguns dados compilados e recolhidos. Diz para os seus botões « poderei recorrer à ajuda de universidades ou centros de investigação, no exterior (região de Africa central aqui perto, porque não o Brasil, estão avançados nesta matéria e a « nossa patria é a nossa lingua ») . A seguir, por intermédio das instituições nacionais poderei estabelecer parecerias, que me permitam obter algum financiamento, para terminar». Assim pensou e assim executou, o nosso bravo professor/investigador.

      Esta acção, prezado Senhor Gente, foi geradora de confiança… em consequência outras parecerias se estabeleceram. Prontos. Aqui está um exemplo, em como, a ACÇÃO DAS PESSOAS é TAMBEM CONSTITUTIVA DAS REGRAS .

      Por isto, escreveu, a Senhora Maria, no comentario precedente « começem a investigar e a produzir que os finaciamentos vêem por acréscimo » em vez, de se ficar à espera para, «ver se organizamos o país na base de dados sistematizados, na base de indicadores cientificamente construídos e na base de bom senso… »como o Senhor Gente escreve.
      Invertamos a maneira de agir e organizemo-nos de outro modo. Deixemos de lamentos e passemos à acção organizada. é possível sim.

      A geração vindoura agradece. Trata-se de dinamizar um setor, que incentiva à acquisição de conhecimento, ajudando nas tomas das de decisões, mas também poderá contribuir a diminuir as taxas de desemprego junto aos recém formados.
      Como vê, prezado senhor Gente, não pretendo investigar a pesquisa com « blá-blá-blá… ».

      Lamento que Pótó, já não exista, mas, não sou partidária de chorar sobre o leite derramado.

      Compreendo que, na nossa terra, alguém que queira inverter os discursos e acção assuste… e seja marginalizado.
      Mas, o ponto de partida do investigador deve ser a formulação de problemas. Este é um trabalho solitário e individual. Ao formular problemas o investigador proporciona ao decisor politico uma base solida para tomar decisões.
      Infelizmente na nossa terra toda a gente apresenta soluções. Quer ver ? Problema : como desenvolver a pequisa em STP ?
      Solução : « nenhum país se desenvolve sem um bom programa de pesquisa que lhe dê suporte na tomada de decisão em diferentes campos do conhecimento » (esta frase está no seu comentario Senhor gente). Acabou.

      Cruzemos os braços, à espera que se tenham as condições todas para começar se fazer um « bom programa de pesquisa ( …) na base de bons programas de financiamento »

      cumprimentos

      PS : Não se esqueça dos direitos de autor, caso pense operacionalizar esta ideia 🙂

  25. DIASPORANO.CV

    22 de Julho de 2012 at 19:26

    ” chegará o dia em que os são-tomenses tomarão a devida consciência de que o seu futuro está em causa”
    … futuro esse de que Gastão Torres é igualmente responsável. Quem não conhecia as arrogâncias do Gastão.Serviu-se do partido e do poder e, assim como os outros e os atuais , o Sr é iguamente responsável.

  26. Digno de Respeito

    23 de Julho de 2012 at 4:56

    Caros,

    Se lerem com a devida a atenção os comentários anteriores em relação a (e)stória de STP ou ainda (h)istória de STP, hão-de verificar que já se desenhava essa e outras narrações que insurgirão.

    Se com a pequena “parcela” da memória aqui testemunhada pelo seu subscritor Gastão Torres deixa, abismados alguns dos leitores ou cibernautas do tela-non, então quando alguns dos antigos elementos da FRENTE POPULAR LIVRE apresentar a sua versão em relação a história da pré e pós independência, haverá muito “susto”….. muito “assustamento” muito “béga-côlê” que nem “awá-matu” cu dêcê bá vagi n’glandji.

    Portanto, olhando para o cenário da nossa existência apenas concluo que uma ferida mal curada, resulta em sintomas desastrosos. Cabe a cada um dos atores revelarem-se com verdade, sem ódio nem rancor. Pois, os testemunhos passam-se e os ensinamentos e correções dos atos vão se dando entre as novas e futuras gerações. Como extrair de Gastão Torres em relação a passagens da obra de Carlos Graça, várias incertezas e deveras complexas. Nessa altura questiono:

    Poronde andam os ditos históriadores santomenses? Já é o momento do Estado santomense através de Entidade competente, investir em BOLSAS DE INVESTIGAÇÃO CIENTIFICA para santomenses interessados em estudos profundos e sérios sobre STP e a sua história.

    Porque não um debate/FÓRUM público entre os “irmãos desavindos” e a nova geração de académicos, dirigentes associativos com o objectivo de promover a cidadania ou se quiserem a democracia participativa?!!

    Pessoal, algo parece ainda errado ou eu é que estou errado?

    • F. B.

      23 de Julho de 2012 at 15:55

      É meu entender que o sucesso da investigação científica não passa simplesmente pela instituição de uma “Entidade competente”. Para haver investigação basta haver gente devota, capaz e interessada. Os jornalistas podiam perfeitamente fazer um trabalho de investigação e produzir um programa documentário bem esclarecedor sobre o assunto, dando assim um contributo válido para a questão em análise. Para tal é necessário que haja vontade de ir para além do que trabalhar só pelo salário e sobrevivência, é necessário paixão.

  27. Digno de Respeito

    23 de Julho de 2012 at 5:04

    Parece que entre muitas versões que se vai rolando em “filmes” da nossa história bem gostaria de perceber melhor a história sobre o antigo Comandante Neto, Maria do Carmo, António de Espírito Santo, “POA” e Orlando Graça… Muito sinteticamente alguém pode se revelar? Nem que por fraguimentos….

  28. Aristides Barros

    23 de Julho de 2012 at 10:37

    Em 1974 eu era estudante e tinha apenas 14 anos. Não obstante a minha idade, acompanhei de perto todo esse processo de mobilização da Associação Civica. Não faltava a nenhum encontro, reuniões no Liceu e até a essas manifestações na rua contra os comerciantes. Não concordo com o que falam sobre o radicalismo e a ambição do poder por parte da AS. O que fizeram foi mobilizar o povo em torno do processo da independência. Se a Frente Popular Livre conseguisse vincar, haveria um grande conflito que até poderia acabar em banho de sangue. Foi graças as ações da Civica que aquela frente nasceu já moribunda.
    Quanto ao senhor que “perduou” e ainda está a prestar serviços ao país, o mesmo não tem nada a perdoar. Quem deve perdoar ou melhor quem o perduou sem que ele tivesse pedido perdão é o povo de STP.

  29. Gente

    23 de Julho de 2012 at 20:36

    Sra Maria,
    de fato, agora entendo o significado do que queria dizer, formalmente não estava tão explícito para mim. Também observo grande nível de complementaridade entre as nossas posições, em tese concordo com todas estas suas ideias e, caso venham a ser aproveitadas, concerteza merecerão uma honrosa citação e, neste caso, “Tela Non” também…risos…
    Entretanto, a minha afirmativa «nenhum país se desenvolve sem um bom programa de pesquisa que lhe dê suporte na tomada de decisão em diferentes campos do conhecimento», não seria uma solução, mas sim, problema. O meu problema é este, parece um sonho, a ideia de instituir em São tomé e Príncipe, uma fundação verdadeiramente de pesquisa e desenvolvimento, com a finalidade de estimular e incentivar os nossos jovens quadros a se penetrarem deste fabuloso mundo de soluções científicas, que muitos se desligam depois de chegarem ao país, onde a luta do dia-a-dia lhes consome toda a energia.Fico muito satisfeito pelo fato deste ambiente permitir-nos estas reflexões…
    Meus sinceros cumprimentos.

    • maria

      24 de Julho de 2012 at 10:43

      Senhor Gente

      Agradeço sua resposta.

      é sempre gratificante poder-se refletir sobre assuntos da nossa terra.

      Foi um prazer ter podido contribuir a clarificar um problema. 🙂

      Como diria o poeta o homem sonha e obra nasce… e, como sói dizer-se o sonho não tem pernas, mas suponho que o Senhor Gente as tem, por isto corra atrás dos seus sonhos…

      cumprimentos

  30. Angelo Torres

    24 de Julho de 2012 at 0:41

    Muito se fala desse perioido da nossa historia recente sem nunca mencionar, para mim o maior vulto da historia do CLSTP/MLSTP. A maior injusticiçado deste processo de indepencia que a historia um dia fara justicia. O Dr. Guadalupe de Ceita

  31. z

    24 de Julho de 2012 at 11:15

    Acho que o PR, o Pai Grande, Dr Guadalupe e os outros que ainda estao vivos, deviam nos esclarecer este assunto antes que a morte os leve. A Nacao toda precisa saber a verdade para que os mais jovens possam saber conduzir melhor o destino deste pais.

  32. matuitui

    24 de Julho de 2012 at 11:53

    É bom que abram o “fundá”,
    É bom que que cada um deles façam as suas memórias e encontrem paz nas suas almas e que depois descancem! O povo ficará a ganhar! Porque poderá tirar as suas ilações!
    Não é justo um querer brilhar sobre às costas do outro quando se pode ajuisar que ambos vieram das trevas!
    São Tomé e Príncipe, foi desde de sempre, um país de bufos,intriguistas e traidores. Actualmente existem muitas cobras transformadas em gitas e sassuais e os liões que autrora existiam fizeram de pele de cordeiro suas vestes!Mas a história e o tempo ajudará a descobrir tudo!
    A história não vai preciasar de pesquisas encomendadas,sondagens forjadas, ou de voto “sim” ou “não”! Ela irá descobrir veradades que serão colocadas não na boca dos homens mas na sua intima consciência!
    Outros que tenham algo a dizer que digam ou que se calem para sempre!

  33. Feio de Grota

    31 de Julho de 2012 at 14:06

    A mitomania (ou mentira obssessivo-compulsiva) é a tendência patológica mais ou menos voluntária e consciente para a mentira. Normalmente, as mentiras dos mitomaníacos estão relacionadas a assuntos específicos, porém podem ser ampliadas e atingir outros assuntos em casos considerados mais graves . Uma menina cujo pai é violento, por exemplo, pode começar a inventar para as colegas como sua relação com o pai é boa e divertida, contando sobre passeios e conversas que nunca existiram. Justamente pelos mitômanos não possuírem consciência plena de suas palavras, os mesmos acabam por iludir os outros em histórias de fins únicos e práticos, com o intuito de suprirem aquilo de que falta em suas vidas. É considerada uma doença grave, necessitando o portador dela de grande atenção por parte dos amigos e familiares

  34. Celebridade.

    31 de Julho de 2012 at 14:28

    Para quem não sabe, o senhor Antonio B.E. Santo, Vulgo Oné!!
    A gente nutre tanto ódio ao Presidente Pinto da Costa, sem razões nenhumas. A verdade é como azeite.
    Estas gentes são assim, vivem da mentira, cobarde, intriguistas e caluniadores. Só agora em 2012 se consegue saber meia verdade. Deus não Dorme.
    ADI deve gorvenar até ao fim do Mandato. Viva Drº Pinto da Costa.

  35. António Torres e Silva

    15 de Fevereiro de 2015 at 16:45

    Caros amigos,
    Feliz ou infelizmente só tive conhecimento de este texto do Dr. Gastão Torres à data de hoje.
    Já se passaram 2 anos e 7 meses sobre a data da sua publicação!
    Sobressai, aos olhos de todos e pelos comentários suscitados, uma enorme paixão/ódio que o tema desperta nos nossos conterrâneos.
    Os diversos sentimentos têm razão de existir tendo em conta as consequências que a independência nacional representa para as várias gerações.
    A história não pode nem deve ser reescrita, meus caros.
    A história vai absolver alguns e vai condenar a todos aqueles que prevaricaram ou sucumbiram aos seus interesses particulares/individuais em detrimento do superior interesse do povo de S. Tomé e Príncipe rumo ao desenvolvimento sócio-económico, político e cultural.
    Este radioso futuro continua em aberto e este povo martirizado, ao longo de séculos, saberá encontrá-lo independentemente do comportamento das elites passadas, presentes e futuras.
    Esta é uma mensagem de esperança!

    Bem haja ao Povo de S. Tomé e Príncipe

    António Torres e Silva

  36. Ana Maria Costa

    4 de Novembro de 2015 at 22:02

    Tinha 05 anos na altura dos factos. Adoro ler tudo sobre essa altura para compreender essa história que também é minha. Não conheço o livro do Carlos Graça. Apraz-me simplesmente o nível da escrita e do bom Português do autor deste artigo. É difícil encontrar este brio na cúpula dirigente que temos hoje. Concordo plenamente com o genocídio consequente da corrupção institucionalizada. Obrigada ao Sr. Torres por me fazer sentir o orgulho de ser Santomense e de ter feito o Liceu em STP.

Leave a Reply

Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top