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Especialista Cubano diz que ortopedistas já não têm descanso em STP

Os médicos cubanos, foram um dos principais suportes do sistema de saúde de São Tomé e Príncipe após a independência nacional. O país que na altura tinha cerca de 5 médicos de clínica geral, conseguiu cuidar da saúde da população com apoio de Cuba.

Pascoal Escalante León, fez parte da primeira missão médica cubana que chegou ao arquipélago são-tomense em Agosto de 1976. Foi o primeiro médico ortopedista que São Tomé e Príncipe teve após a independência. «Nós chegamos em São Tomé e Príncipe em Agosto de 1976.  Foi a primeira missão médica que chegou a São Tomé depois da independência. Ficamos cá 14 meses, e depois veio outra missão», declarou o médico.

O tempo passou e Pascoal Escalante Léon regressou em Setembro de 2014. Diz que São Tomé e Príncipe mudou tanto que o médico ortopedista já não tem descanso. «São Tomé mudou muito. Tem mais população e desenvolvimento. Em 1976 havia pouco desenvolvimento, não havia tanto trânsito. Havia poucas viaturas, e praticamente não havia motorizadas, como acontece agora. Essas motas nos dão muito trabalho. Ainda hoje tive que operar dois pacientes resultantes de acidentes de motos. Todos os dias temos acidentes de motos. São muitas fracturas», frisou.

médicoSegundo Pascoal Léon, em 1976 os acidentes mais comuns no país, tinham a ver com pessoas que caiam de árvores de fruto, como jaqueiras e outras, ou que feriam no trabalho agrícola.

Para o ortopedista o hospital Ayres de Menezes evolui nos últimos 39 anos. Mas considera já ser altura de São Tomé e Príncipe, ter seus próprios quadros de saúde. «Acredito  que São Tomé e Príncipe deverá ter seus próprios especialistas e também ter uma universidade de medicina para formar seus quadros de saúde.  São Tomé deve formar seu pessoal para não ter necessidade de recorrer a quadros estrangeiros. É um país rico e bonito», pontuou, Pascoal Escalante.

Saúde é exemplo de sucesso na cooperação entre São Tomé e Príncipe e Cuba.  Os médicos cubanos estão em prontidão dia e noite. «No nosso país estamos habituados a trabalhar dia e noite e aqui estamos a fazer a mesma coisa, com a mesma dedicação. Não há descanso», assegurou Pascoal Escalante Léon.

A medicina cubana granjeou qualidade e com reconhecimento internacional. «Temos o privilégio de ter uma educação muito boa, e fomos educados para trabalhar, trabalhar, trabalhar, trabalhar», concluiu.

A missão médica cubana conta com 9 médicos especialistas. Escalante é o único ortopedista do grupo. Veio reforçar a equipa de ortopedistas, que se resumiu a dois médicos nacionais, insuficientes para atender a tanta demanda, provocada por acidentes de motorizadas.

Abel Veiga

3 Comments

3 Comments

  1. Descamizado

    1 de Fevereiro de 2016 at 9:55

    Sistema Partidário trava Desenvolvimento em S. Tomé e Príncipe
    No antigamente, embora com poucos meios rolantes(viaturas, motos), não haviam Partidos Políticos a entrever-se no sistema Nacional de Saúde. O Regime era Comunista, Partido único com orientação um por todos e todos por um. A Sociedade Santomense estava Organizada. O Objectivo é Desenvolvimento de S. Tomé e Príncipe. O lema é (UNIDADE; DISCIPLINA E TRABALHO). Contrariamente que muitos diziam, o Senhor Presidente Pinto da Costa participava no Trabalho Cívico e voluntário. Depois do Trabalho todos traziam produtos hortícolas ofertados pelos gestores locais. E hoje? Uma desordem total. Falta de União, Disciplina e Trabalho.
    Recordo que o anterior Governo(Gabriel Costa) tinha como uma das preocupações transformar o Hospital de Agostinho Neto no Distrito de Lobata numa Universidade de Medicina. Os Habitantes locais foram serrando a estrutura, as vigas, até que a própria estrutura cedeu (Caiu), E agora?

  2. Santola de Peito

    1 de Fevereiro de 2016 at 16:45

    Sinto-me feliz pelo facto do Dr. Cubano haver reconhecido e dito que STP necessita formar seus proprios profissionais de saúde, tanto em Clínica Geral como também nas restantes áreas e de esta forma não estar dependente dos estrangeiros!!!! Um estrageiro falando isso e os nossos dirigentes nem estão aí!! Como é possível que somente haja 2 ortopedistas santomense!!! Com tantos países amigo despostos a ajudar-nos.!! Será q eles não nos oferecem oportunidades para formar especialistas!!???? Ou os nossos dirigentes não querem que haja mais especialistas!!??? Será os responsáveis de saúde ( Ministros e directores) não se dão conta disso!!!
    Por favor …… enviem médicos a especializarem e deixem para um lado o orgulho e a hipocresia!!!!Para o bem de um STP melhor!!!

  3. Javier Escalante

    5 de Fevereiro de 2016 at 16:55

    Este medico es mi papa y desde Cuba muchos besos y Abrazos

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