Economia

CST diz que deixou de explorar o código 239 desde o ano 2013

O conselho de administração da Companhia Santomense de Telecomunicações, regressou na segunda feira a sala de audiências da segunda comissão especializada da Assembleia Nacional, para dar explicações em torno da denúncia feita pelo jurista e advogado Hamilton Vaz.

Denúncia que aponta para a realização de um negócio prejudicial ao Estado santomense, na ordem de 5 milhões de dólares por mês, resultante da gestão pela CST do código 239, propriedade de São Tomé e Príncipe.

Jorge Frazão(NA FOTO), administrador delegado da CST, acompanhado por outros dois membros do conselho de administração da empresa, nomeadamente o Coronel Victor Monteiro e o embaixador /historiador Carlos Neves, deu garantias a segunda comissão especializada da Assembleia Nacional, de que a CST deixou de explorar o indicativo nacional 239, desde o ano 2013.

Também num comunicado posto a circular a CST, dá a mesma explicação ao público. O Téla Nón coloca a disposição do leitor o teor do comunicado da CST :

Abel Veiga

 

COMUNICADO DA CST 

Tendo a CST tomado conhecimento, através dos meios de comunicação social, da petição submetida à Assembleia Nacional pelo Dr. Hamilton Vaz, e bem assim, do tratamento jornalístico que tem sido dado à mesma, vem, através do presente comunicado, reiterar que não  tem actualmente qualquer envolvimento com a eventual exploração que possa existir da numeração +239, nem nunca estaria envolvida em qualquer negócio que pudesse lesar o Estado de São Tomé e Príncipe, aliás, um dos acionistas de referência da CST.

Sem prejuízo dos meios a que recorrerá para se defender e reagir contra tais acusações, infundadas e caluniosas, considera importante clarificar que, no passado, existiram acordos de exploração do indicativo +239, nos quais a intervenção da CST, devidamente autorizada pelo Estado, foi apenas no sentido de estimular o tráfego internacional através da prestação de Serviço de Valor Acrescentado (SVA).

Todos esses acordos foram revogados em 31 de dezembro de 2013, por orientação do Governo e da AGER, e toda a documentação, incluindo os contratos assinados com fornecedores de serviço de audiotexto internacional e respectivas revogações, foram remetidas à AGER, numa demonstração inequívoca por parte da CST de que nada tinha a esconder.

Torna-se também importante clarificar que a CST desconhece o contrato (alegadamente) celebrado entre o Estado e a MGI para exploração de tráfego internacional e as eventuais contrapartidas financeiras que do mesmo possam resultar.

O Conselho de Administração da CST está a ser auscultado pela Assembleia Nacional, pelo que terá oportunidade de esclarecer os Senhores Deputados de que não esteve nem nunca estará envolvida em nenhum negócio que lese o Estado.

São Tomé, 16 de Setembro de 2020

4 Comments

4 Comments

  1. SANTOMÉ CU PLIXIMPE

    23 de Setembro de 2020 at 13:58

    Ok então o advogado tem razão, esses CST devem pagar por isso, 2013 ou não, houve alguma coisa…..Obrigado senhor advogado, precisamos de mais cidadãos atentos, o país agradece….

  2. José Veiga

    23 de Setembro de 2020 at 14:16

    Esclareçam quem se tem aproveitado do código 239 para enriquecer enquanto STP continua na miséria.
    Não é difícil descobrir quem são as pessoas andam a enriquecer a custa do nosso código e sei que o Abel Viegas conhece todas essas pessoas.

  3. Outro aspeto

    23 de Setembro de 2020 at 19:09

    Ora pois, estamos diante de uma belissíma oportunidade para extingir com a CST que vem prestando um serviço mau, pesado e enganoso a toda população de São Tomé e Príncipe.
    Convem esta empresa perceber de que a acusação que recai sobre ela é deveras grave e séria. Num verdadeiro país a pena poderia leva-la a fechar as portas na pior das hipoteses; assim evitem de emitir comunicados vázios e grotescos mas sim apresentem provas cabais e fidedignas, que vos inocentem a fim de exclarecer o caso.
    Vocês não enganam a ninguém!

  4. Outro aspeto

    23 de Setembro de 2020 at 19:17

    Cont…
    Sou da opnião de que a assunção deste caso deveria ser do Ministério Público, embora tenha retirado de quem infelizmente nesta terra não temos nem gente nem instituições de calibre para investigar ninguém e nada, ainda assim estas comissões parlamentares recheados de deputados que entendem de muito pouco ou nada sobre o nada, longe esta preparada para inquerir e averiagar seja o que for, por isso não percamos o nosso tempo enchendo o tempo de antena da Tv, rádio e jornal com este caso, a menos que damos a ela um bom rumo.

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