Sociedade

ONU pede a países para combater notícias falsas sobre Covid-19

Evento à margem da Assembleia Geral debateu perigos de ‘infodemia’ e como combater problema; secretário-geral destacou importância de comunicação para construir confiança sobre vacinas; declaração conjunta de seis agências da ONU e parceiros afirma que as chamadas “fake news” ameaçam resposta global.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, organizou esta quarta-feira um evento com o tema “Gestão da infodemia: promovendo comportamentos saudáveis no tempo da Covid-19 e mitigando os danos da desinformação”.

O secretário-geral da ONU afirmou por mensagem de vídeo que “a Covid-19 não é apenas uma emergência de saúde pública, é também uma emergência de comunicações.”

Mensagens imprecisas e até perigosas proliferaram descontroladamente nas redes sociais, ONU News/ Elizabeth Scaffidi

Perigo 

Segundo António Guterres, “assim que o vírus se espalhou pelo globo, mensagens imprecisas e até perigosas proliferaram descontroladamente nas redes sociais, deixando as pessoas confusas, enganadas e imprudentes.”

Para ele, “o antídoto é garantir que fatos científicos e orientações sobre saúde circulem ainda mais rápido e alcancem as pessoas onde quer que elas acessem informações.”

Ele diz que isso será especialmente importante para construir a confiança do público na segurança e eficácia de futuras vacinas.

Guterres mencionou a iniciativa das Nações Unidas “Verificado”, que coopera com parceiros de mídia, influenciadores e redes sociais para divulgar conteúdos científicos, oferecer soluções e inspirar solidariedade.

Para o chefe da ONU, “só juntos e solidários, com um público bem informado, é possível sair desta pandemia seguros e melhores.”

Apelo 

No final do evento, uma declaração conjunta de seis agências da ONU* e parceiros pediu que os Estados-membros combatam o problema, distribuindo informações precisas, com base na ciência, para todas as comunidades e, em particular, grupos de alto risco.

Sem confiança e informações corretas, testes de diagnóstico não serão usados e campanhas de imunização não cumprirão suas metas

Segundo as agências, a Covid-19 é a primeira pandemia na história em que a tecnologia e as redes sociais estão sendo usadas em grande escala para manter as pessoas seguras, informadas, produtivas e conectadas.

Ao mesmo tempo, essa tecnologia está permitindo uma ‘infodemia’ que prejudica a resposta global e compromete as medidas de controle.

Diagnóstico 

A declaração menciona tentativas de espalhar informações erradas para promover agendas alternativas de grupos ou indivíduos, o que acaba custando vidas.

As agências afirmam que “sem confiança e informações corretas, os testes de diagnóstico não serão usados, as campanhas de imunização não cumprirão suas metas e o vírus continuará prosperando.”

Além disso, o debate público continua sendo polarizado, amplificando o discurso de ódio, o risco de conflito, violência e violações dos direitos humanos. Perspectivas de longo prazo para o avanço da democracia, direitos humanos e coesão social também estão sendo ameaçadas.

Resposta 

Foi neste contexto que o secretário-geral da ONU lançou a iniciativa de Resposta às Comunicações das Nações Unidas, em abril desse ano.

A organização também publicou uma Nota de Orientação sobre como Abordar e Combater o Discurso de Ódio relacionado à Covid-19.

Na Assembleia Mundial da Saúde, em maio, os Estados-membros da Organização Mundial da Saúde, OMS, também aprovaram uma resolução sobre o tema.

Agora, as agências e parceiros pedem que os líderes cooperem e ouçam suas comunidades. Também apelam a outras partes interessadas, como jornalistas e redes sociais e pesquisadores, para desenvolverem estratégias eficazes contra o problema.

Parceria – Téla Nón / Rádio ONU 

1 Comment

1 Comment

  1. Sempre atento

    25 de Setembro de 2020 at 10:34

    Infelizmente estamos diante de uma ONU muribunda que não está preparada para este desafio que o mundo infrenta, agora vem com desculpas sobre a desinformação da futura vacina. Deve ser para encorajar a OMS que está de rasto e frustrados. Querem inventar a vacina ou será matança em massa? Uma vacina sem a devida preparação e segurança já querem aplicar nas pessoas? Uma empresa alemã responsável para os testes já suspendeu os testes aos voluntários porque está a causar sintomas estranhas nos mesmos. Não se pode atribuir confiança a uma vacina ao nível mundial nestas condições. O shr secretário geral da ONU está a sensibilizar o mundo para uma serie de chantagens contra àqueles que possivelmente não quererão recebê-la. De todos os discursos feitas pelos líderes mundiais, o presidente francês Emanuel Macron lamentou a desordem que está na ONU e no mundo, porque é incapaz de resolver tantas situações desastrosas que enfrentam. Temos uma ONU com os EUA e os seus aliados de um lado querendo tocar e dançar, e de outro lado está a China e a Rússia dizendo STOP, porque a música não é boa e não está a fim de resolver nada. Enfim, é a ONU que temos. Isto é tudo blá blá blá e bonitos discursos. O shr António Guterres que trata de arrumar a casa porque está tudo de pernas para o ar. A vacina não é nada mais nada menos, do que negócios para enriquecer mais os milionários principalmente os da indústria farmacêutica.
    Isto é uma vergonha.
    Tirem-me desse
    Um bem haja a todos. Fui…

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