Missionário português disse que sentia «algum cansaço» ao fim de 15 como bispo são-tomense e que não está preocupado se vai para outra diocese ou para uma paróquia
Cidade do Vaticano, 13 jul 2022 (Ecclesia) – O Papa aceitou hoje a renúncia de D. Manuel António dos Santos ao governo pastoral da Diocese de São Tomé e Príncipe, onde se encontrava desde 2007.
A nota divulgada pela Santa Sé não adianta, como tem sido a norma destes comunicados, detalhes sobre o motivo da renúncia do bispo português, de 62 anos de idade.
Em declarações à Agência ECCLESIA, D. Manuel António disse que “começava a sentir algum cansaço” após 15 anos como bispo de São Tomé e Príncipe e defendeu que, na tradição da cultura de renovação de mandatos nas congregações religiosas, “uma pessoa que desempenha um determinado cargo não deve permanecer eternamente”.
“Ao fim de 15 anos, sendo uma igreja pequena em que tudo se centra no bispo, acabo por me sentir já bastante cansaço e portanto a necessitar de restaurar forças, reanimar a vida”, afirmou.
D. Manuel António sublinha que “só leva coisas boas” de África, diz que “o povo são-tomense é um povo extraordinário” e sempre se sentiu “muito acarinhado” na diocese, que conhecia quando foi nomeado bispo.
“É bom reconhecermos as nossas capacidades e dizer que está na hora que outro venha e que não quero acabar esgotado completamente, mas ainda com energias para continuar a servir a Igreja, noutro lugar se for possível”, afirmou.
Questionado sobre o facto de várias dioceses de Portugal aguardarem a nomeação de bispo, D. Manuel António afirmou que “não está a pensar nisso” e, caso não haja nenhuma outra indicação, vai “regressar à congregação religiosa” a que pertence e “continuar aí o trabalho missionário”.
“Não estou preocupado se vou para uma diocese ou se vou para pároco numa paróquia”, afuirmou
O bispo emérito de São Tomé e Príncipe vai permanecer na diocese até 28 de agosto e, nos próximos dias, vai participar na assembleia plenária da Conferência Episcopal de Angola e São Tomé e Príncipe (CEAST), que está a decorrer em Luanda.
Como administrador apostólico foi nomeado D. António Pedro Bengui, bispo auxiliar de Luanda, Angola.
O religioso claretiano tinha sido nomeado bispo de São Tomé e Príncipe por Bento XVI, em 2006, e foi ordenado bispo em Fátima a 17 de fevereiro de 2007, no Santuário de Fátima, pelo cardeal José Saraiva Martins.
A entrada solene na diocese lusófona aconteceu a 18 de março de 2007.
D. Manuel António Mendes dos Santos, antigo superior da Província Portuguesa dos Missionários do Coração de Maria (Claretianos), nasceu a 20 de março de 1960, em São Joaninho, concelho de Castro Daire, Diocese de Lamego; foi ordenado sacerdote em 13 de julho de 1985.
Entre 1993 e 1995 teve a seu cargo as paróquias de Guadalupe e de Neves, e, durante algum tempo, também a de Santo Amaro, em São Tomé e Príncipe.
Artigo da Agência Ecclesia
Sofia
14 de Julho de 2022 at 13:13
Obrigado por tudo e pela sua coragem em combater pinta cabra. Grande homem. Se dependesse de mim nunca sairia de São tome e Príncipe. Infelizmente o povo está a deixar o pinta cabra lubrificar a suas mentes.
paula
14 de Julho de 2022 at 21:21
Até já, o homem que combateu a ditadura e o pinta cabra em 2018. Grande homem Obrigado. Por favor pede ajuda ao governo português para ajudar são Tomé e Príncipe e dr Jorge bom jesus. Os pinta cabra estão com fome de poder.
VAI TU
17 de Julho de 2022 at 17:54
Ou estará com receio de alguma coisa.
Este BISPO, teve decisões que nunca deixaram de cheirar a esturro.
Santa Casa da Misericórdia, Padre Domingos, IDF e outras….