Sociedade

Familiares das vítimas de 25 de Novembro exigiram Justiça nas ruas de São Tomé

Os familiares dos 4 cidadãos que morreram no quartel do exército, saíram às ruas da capital São Tomé, numa manifestação pacífica organizada pelos partidos políticos que fazem oposição ao governo da ADI.

Os manifestantes prometeram realizar mais manifestações públicas, até que a justiça são-tomense, encontre os responsáveis pela tortura e morte dos 4 cidadãos.

Foi fraca a participação da população, na manifestação que saiu à rua na terça-feira, 20 de Dezembro. No entanto, foi um protesto bastante ruidoso. Representantes dos 7 partidos da oposição, que fazem oposição ao governo da ADI, estiveram à frente da marcha.

«Gostaríamos que estivessem mais pessoas. Os acontecimentos de 25 de Novembro atormentaram a população. Atormentaram os são-tomenses que não estavam habituados a conviverem com este tipo de actuação. Por essa razão, muita gente teve receio de sair», justificou Salvador Ramos, o coordenador do Movimento BASTA, uma das forças políticas promotora da manifestação.

A marcha de protesto terminou no largo que une o Palácio Presidencial e a Igreja da Sé.

Carla da Costa, mulher do falecido Arlécio Costa, revelou o sentimento de dor. «Não sei se um dia esse sentimento vai passar. Morreram como um cão. Foram buscar o meu marido em casa para depois de 3 horas ele estar morto. Nem a família pôde assistir ao funeral, porque foi enterrado como um cão. E não há justiça?», interrogou.

Na foto ao centro – Carla da Costa / Esposa do falecido Arlécio Costa

A esposa do falecido Arlécio Costa e os familiares das outras 3 vítimas, foram recebidos no quintal do Palácio Presidencial, onde foi entregue ao director de gabinete do Presidente Carlos Vila Nova uma petição que exige justiça.

Segundo Salvador Ramos, a mensagem da petição apela ao Presidente da República que tudo faça para que se chegue à verdade, e «se apure as responsabilidades, e se sancione todos aqueles que envolveram-se neste massacre do dia 25 de Novembro».

Acrescentou que «São Tomé e Príncipe não pode conviver com esta prática porque não é a nossa maneira de viver, não é a nossa forma de ser e estar».

As forças políticas da oposição e os familiares das vítimas, prometem protestos até que a justiça seja feita. «Essa é a primeira e não será a última. Nós continuaremos a fazer manifestações até que a justiça seja feita, até que a verdade venha a superfície», reforçou Salvador dos Ramos.

Tortura até a morte de 4 cidadãos implicados no incidente de 25 de Novembro no quartel do exército semeou mágoas, e mereceu repúdio da sociedade são-tomense.

«Não confundimos a instituição forças armadas com algumas pessoas que se envolveram no caso. Para que os nossos adversários não digam que nós estamos a manifestar contra as forças armadas. Não estamos contra as nossas forças armadas. A instituição das forças armadas de São Tomé e Príncipe é nobre e de paz», concluiu o coordenador do Movimento Basta.

Abel Veiga

6 Comments

6 Comments

  1. Fuba cu bixo

    21 de Dezembro de 2022 at 16:54

    Este título está errado,as pessoas que estão na frente da manifestação são dirigente políticos do MLSTP mais 7 partidos que fizeram uma manifestação que bateu na rocha povo não quer saber destes gatunos da velha maioria para nada ladrões que querem aproveitar da dor dos familiares.

  2. Andorinha

    21 de Dezembro de 2022 at 17:36

    Está manifestação foi um fiasco MLSTP caio como mama da minha avó,havia mais dirigentes políticos do que povo, caso para dizer roubar não compensa.

  3. José Manuel

    21 de Dezembro de 2022 at 18:20

    Seis partidos não conseguem obter 100 participantes numa manifestação. Isso é trabalho?
    Vocês deviam ter vergonha na cara. Jorge Bana mão, Agostinho Rita, homem que vende diplomas universitários, Levi Nazaré que parece um OVNI, objecto voador não identificado, Edgar Neves que foi corrido da saúde, Carlos Neves que andou atrás do Patrice a procura do tacho etc. etc. deviam ter mesmo vergonha.
    A Ninguém conhecia e que devia aconselhar ao seu mercenário para não andar a fazer besteira, todos deviam ter vergonhs. A senhora recorda quando o Arlécio deu golpe de Estado ao Fradique e que as pessoas também diziam que que era uma inventona de Fradique? Até diziam que era tudo combinado, porque o Fradique tinha viajado na altura para Nigéria.
    Como pagamento pelo Golpe de Estado, deram ao Arlécio e sua equipa todo o terreno na zona de Lagoa Azul. Porquê a senhora não saiu na altura para condenar aquele golpe. Depois houve outros golpe onde prederam a primeira ministra Maria das Neves e partiram a casa dela. Onde é que a senhora estava. Porque é que não condenou na altura. Isto porque estes golpes traziam sempre uma mais valia para a casa e para a família.
    Costuma-se dizer, que o cântaro vai tantas vezes ao rio até que um dia se parta. Em S.Tomé diz-se que Féla de bé ça trexe vê. Ele foi três vezes e a ultima saiu-lhe mal.
    Estes ditos políticos da ex troika querem aproveitar da situação para desestabilizar o governo que está no poder. Espero que o Governo não caia neste truque e que avance com todas as reformas que sejam necessárias.
    Esperem pelo resultado das investigações sem criar o caos no país. Senão para isso o governo deverá iniciar também o processo de investigação de vários desvios tidos na EMAE, incluído um camião de combustível e outros pagamentos ilícitos feitos que todos nós conhecíamos.
    Força ADI
    Bem Haja STP

  4. Mezedo

    22 de Dezembro de 2022 at 7:35

    Claro os Santomenses estão amedrontados devido ameaças constantes dos dirigentes e militantes do ADI que não querem que a verdade seja esclarecida. Por isso a fraca participação, mas acredito que os sentimentos estão dentro das pessoas.

    E vocês da desgraça e vosso líder da mafia vão se arrepender porque São Tomé Poderoso vai mostrar a verdade.

  5. maria chora muito

    22 de Dezembro de 2022 at 8:50

    Para se contornar a inação, incompetência e parcialidade do Ministério Público, deve-se apresentar uma queixa crime contra o Primeiro Ministro Patrice Trovoada, que deu ordem superior, de que “ninguém deve sair vivo do quartel”, e o seu carrasco o Vice – Brigadeiro Armindo Silva e outros militares identificados que ativamente ou passivamente participaram no massacre, nos tribunais portugueses ou em qualquer tribunal de um Estado europeu, em virtude da competência jurisdicional penal Universal, por se tratar de crime de tortura, previsto pelo Código Penal e condenáveis pelas convenções e resoluções das Nações Unidas. Igualmente, deve-se requer a União Europeia que decrete a proibição de circulação destes carrascos no espaço europeu e ordenar a confiscação dos seus ativos para ressarcir os familiares das vitimas.

  6. Bem de São Tomé e Príncipe

    22 de Dezembro de 2022 at 16:19

    Hoje em dia, a sinceridade,a honestidade, a solidariedade, a ética, a disciplina e o amor ao próximo, vê-se pouca gente, mas, a falsidade, a desonestidade, a falta de solidariedade, a imoralidade, a indisciplina e ódio ao próximo atraem multidões.A manifestação desse dia, comprovou isso. Como não tinha dinheiro para pagar as pessoas, não houve banda musical e como era contra o governo de Patrice, o idolatrado pela maioria dos santomenses pouca gente compareceu.

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