Sociedade

Estratégia “Causa Água Izé” foi apresentada ao Primeiro Ministro

O primeiro-ministro Patrice Trovoada foi informado e com detalhes sobre o projecto de transformação da roça Água Izé, num pólo de desenvolvimento, cultural, histórico e turístico.

O projecto está a ser implementado pela Associação Roça Mundo de São Tomé e o Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura de Cabo Verde, M_EIA.


De 27 de Julho ao 3 de Agosto de 2023, Água Izé vai ser palco de um seminário internacional, que vai debater o projecto de desenvolvimento integrado, para a roça.

«O que estamos a fazer é visitas ao espaço, e reuniões de trabalhado para concertarmos uma estratégia que nós denominamos de “Causa Água Izé”, que terá projectos de intervenção multidisciplinar…», revelou João Carlos Silva, Presidente da Associação Roça Mundo.

As universidades portuguesas de Coimbra e do Porto são parceiras do projecto, que começou a ser desenhado numa reunião internacional que decorreu em Lisboa, no mês de Novembro de 2022 na sede da UCCLA.

«A ideia é olharmos para frente e vermos como é que a sociedade civil desses dois países, São Tomé e Príncipe e Cabo Verde, com parcerias que estamos a construir, podemos juntos inverter a situação que se vive hoje em água Izé», acrescentou João Carlos Silva. A nova Água Izé, que está a ser projectada, evolui de roça ou aldeia para um outro patamar.

«Fazer de Água Izé uma Vila no futuro e quem sabe, num futuro mais distante ainda uma cidade», frisou.

O Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura de Cabo Verde – M_EIA manifestou-se determinado em participar na edificação da nova Água Izé.

«É um projecto importante para nós em Cabo Verde. É um desenho do futuro de São Tomé e de Cabo Verde», declarou Leão Lopes, responsável da M-EIA.

Valores históricos, culturais, arquitectónicos, e económicos de água Izé, vão ser tratados para dar futuro aos cerca de 2 mil habitantes da Roça.

«Há perspectivas interessantes que podem resultar nesta intenção de desenhar uma nova Água Izé. Para nós será um laboratório integrado, e a nossa esperança é que seja replicada aqui em São Tomé», pontuou Leão Lopes.

Uma causa, que segundo os seus promotores é de longo prazo, e que assenta nos afectos.

Abel Veiga

4 Comments

4 Comments

  1. Semedo Guimaraes

    21 de Fevereiro de 2023 at 15:05

    Quando e que surgira projecto para produção de sal em STP? A matéria prima (água do mar) está aí a mão de semear. O sol também. Terras planas a beira mar, idem. O que mais precisam? Investir em indústria do turismo para com o seu produto importarmos sal para suporte a culinária que alimentará a indústria turística? Isto só pode ser de loucos. Isto só acontece porque STP só pensa com cérebros dos outros. Tudo que lhe impingem e aplicado sem atitude crítica. E apenas um copy paste. Tantos projectos megalómanos (porto de águas profundas, aeroporto internacional para aviões de
    grande porte, um sem número de Seminários e Workshops para os dirigentes cujos resultados não se vê), projectos consumidores
    de somas colossais, muito a quem das possibilidades de STP onde os seus financiadores ditam a regra do jogo. Vamos desenvolver Agua Izé importando sal para as suas gentes, gastando parcas divsas do país? E tão difícil produzir sal em Água Izé? Sejam mais sérios. Desafio o Sr. PT, a surpreender o povo de STP com a produção de sal em STP neste seu mandato. E urgente. Já temos água mesa “Made in STP”. O próximo desafio e termos sal “Made in STP” para pouparmos divisas e quiçá exportarmos. Sr. PT: o desafio está lançado e não me parece que seja algo que esteja fora do alcance de STP. Precisamos de projetos minúsculos mas de grande impacto na vida das populações e na economia do país. Neste mandato: sal “Made in STP”.

    • Martelo da Justiça

      22 de Fevereiro de 2023 at 20:46

      Não sei se sabe que produção de sal ja foi testada em Sao Tomé e Principe não resultou devido muita humidade.
      Por isso, sal em STP, esqueça!!

  2. Rui Gomes

    22 de Fevereiro de 2023 at 8:04

    Caro Semedo Guimarães. Respeito a sua opinião. Mas isto não é novidade. STP, mas concretamente São Tomé, já produziu Sal no passado, embora pouco( Ponta Figo e algures proximo de Algés). O Problema é técnico-económico.

    A Zona geográfica onde nos situamos não é propicia a produção do sal, por razões de excessiva humidade e precipitação, presença de inúmeros cursos de água, e baixo nivel de salinidade da água do mar.

    • Semedo Guimaraes

      23 de Fevereiro de 2023 at 6:50

      Caro Rui Gomes, achei pertinente o seu ponto de vista, mas permita-me rebater-lhe, e peço desculpas ao Portal e a sua audiência.
      O Sr. Ferreira de Santana experimentou uma salina na Pinheira, onde funciona a Voz de América.
      1. Já nos diziam que não se pode construir prédios altos em STP na cidade capital por razões esfarrapadas. E acreditamos piamente. Mas um aventureiro provou o contrário, e temos um prédio de 7 andares junto a
      Praca da Independencia;
      2. Nós disseram que STP não podia explorar petróleo por ser de origem vulcânica e por essa razão incendiária. Hoje, uns aventureiros, dividiram ZEE de STP em vários blocos para prospecção e exploração de petróleo. Se um dia acharem petróleo em quantidades comerciais, o explorarão de certeza;
      3. Nós disseram que pelo facto de STP ter uma população reduzida, uma fábrica de água de mesa seria comercialmente inviável. Mas uns aventureiros acreditaram e hoje STP já tem água de mesa “Made in STP” que poupa divisas para sua importação, como acontecia num passado recente.
      4. Também nos desaconselharam a não criar barragens hidroeléctricas porque os cursos de água dos nossos rios são muito pequenos e instáveis. Mas nunca nos aconselharam a combinarmos mini-hidricas com centrais fotovoltaicas. A divida referente a importação de combustíveis ronda os Trezentos milhões de dólares. Com um terço deste valor (ou seja, com cem milhões de dólares) quantas mini-hidricas e mini centrais fotovoltaicas distritais construiriamos?. E a longo prazo quantos milhões de dólares poupariamos. Mas nesta questão de geradores vs combinação de mini-hidricas com mini centrais fotovoltaicas e para esquecer porque há muita “micha” no negócio de importação de combustiveis com contas muito mal feitas, mail auditadas e muito mal certificadas.
      Conclusão:
      Os santomenses tem que ser aventureiros e audazes. Tem que ir a luta. Tem que ser impelidos a questionar, buscar soluções e experimentar:
      a. Se o nosso mar tem pouca salinidade, dupliquemos a área de produção;
      b. Se existe muita pluviosidade e alto nível de humidade, contrapomos aplicando estufas descapotáveis automáticas as salinas e desumidificadores respectivamente. Isto chama-se inovação.
      Se o homem venceu a gravidade, e fabricou aviões, lança satélites espaciais, sal “kwa Vagim” não pode ser um empecilho.
      Hoje as tecnologias estão disponíveis. Basta pensarmos como usá-las em nosso benefício. A Europa só tem 4 a 5 meses do ano para produzir os alimentos para se alimentar durante 12 meses do ano e até exportar como ajuda alimentar para Desafi

      o resto do mundo. Isto porque não se acomodaram.
      Quanto ao sal em STP, e preciso derrotar estas teorias que bloqueiam as nossas iniciativas.
      Usemos todos meios ao nosso dispor: estufas descapotáveis, desumidificadores, etc, etc. Claro que isto implicaria um investimento inicial alto, mas a longo prazo (custo vs benefício) compensará. Reparem que pensando inicialmente apenas no consumo interno não me parece que tenhamos que investir muito. “Anca piquina, cobo piquina).
      Desafio o PT a surpreender o “Povo Pequeno” com sal “Made in STP” e combinados de mini-hidricas com mini centrais fotovoltaicas distritais neste seu mandato. Pelo menos em 2 distritos e futuros governos darão sequencia. Temos que reduzir essa dependência de geradores. Dívidas de combustíveis superior a OGE de dois anos? Vamos penhorar STP ao fornecedor de combustíveis? 0Isto e de loucos e STP não merece isso.

Leave a Reply

Cancelar resposta

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

To Top