Sociedade

Mercado de Côco-Côco pode ser encerrado nesta semana

Como côco cai inesperadamente, assim está a o mercado do mesmo nome, construído pelo Estado são-tomense no ano 2006.  Foi o primeiro mercado construído no centro da capital São Tomé, desde a independência nacional em 1975. Vários milhares de euros foram aplicados na construção do edifício de dois pisos.

O tecto está a desabar e ameaça os vendedores. Fissuras circundam a estrutura, teias de aranha pintam o interior, onde a insalubridade domina tudo. Até um mato já nasceu no segundo andar do mercado de Côco Côco.

Ezequiel Santos, um dos vendedores disse ao Téla Nón que «o mercado está cair aos pedaços. Estamos a correr riscos. Queríamos a presença de Patrice Trovoada aqui hoje, para resolver os nossos problemas. Quando chove fica tudo alagado», desabafou.

Ansiosos por receber o primeiro-ministro, os vendedores tiveram a visita de uma equipa governamental liderada pelo ministro da Presidência Garret Guadalupe.

Os membros do governo constataram que os pilares do edifício estão a ceder, e a água da chuva está a acelerar o desmoronamento.

«Estamos aqui porque em primeiro lugar é a vida. Temos que garantir primeiramente a segurança das pessoas», declarou o ministro da presidência.

É urgente uma decisão. «Já na próxima semana(esta semana) vamos tomar uma decisão relativamente ao mercado Côco-Côco», frisou o ministro.

Muitas vezes apupada pelos vendedores, a equipa governamental, admitiu que só há uma saída para o mercado.

«O encerramento é sim uma possibilidade, nem que seja um encerramento provisório para depois se reabilitar o edifício. Mas, é uma possibilidade que nós temos de ter em cima da mesa. Porque as condições aqui põem em causa vidas humanas», precisou o ministro Garret Guadalupe.

Aos gritos os vendedores exigiram a reparação do mercado, e avisaram que não aceitam a possibilidade de serem transferidos para longe da cidade de São Tomé.

«Josefa Trindade, vendedora há mais de 30 anos, garantiu que ninguém vai ser transferido para o mercado de Bobô-Fôrro localizado há 3 quilómetros do centro da capital São Tomé.

«Quem está lá está mal. Entra muita água lá em Bobô rro. Senhor primeiro ministro arranja lugar aqui na cidade e nos coloca, e repara o nosso mercado. Para Bobô Fôrro  não vamos», afirmou.

Um quebra-cabeças para o governo. «As pessoas não podem deixar de ganhar o pão de cada dia, o rendimento para os seus filhos, se fecharmos o mercado de Côco-Côco temos de encontrar uma solução para as pessoas que vendem aqui», prometeu o ministro da presidência.

O Instituto Nacional de Obras Públicas e Urbanismo também integrou a equipa governamental. A directora Maria do Céu Silveira prometeu fazer uma avaliação exaustiva sobre a estrutura do edifício, para depois orientar o Governo.

Segundo a directora do Instituto de Obras Públicas, a avaliação poderá orientar o executivo a demolir, ou a reabilitar o mercado.

No centro da capital São Tomé, o mercado de Côco-Côco transformou-se num perigo para segurança e para a saúde pública.

Abel Veiga

14 Comments

14 Comments

  1. Pedro Costa 2

    15 de Maio de 2023 at 7:40

    Que imagem!!!
    Não é possível este edifício estar aberto e a receber gente! Sem asseio ! Estrutura com problemas bem visíveis! Uma vergonha.
    Como é possível? Edifícios no país não são alvos de manutenção e o “santomense” é mesmo desleixado ! Não é só o santomense; em muitos países africanos vê-se isto e sobretudo países pobres e com dirigentes corruptos.

  2. Paulo Canela

    15 de Maio de 2023 at 8:55

    Porcos!

  3. Helmer Dias

    15 de Maio de 2023 at 13:39

    Boa tarde.

    Só pode ser brincadeira do governo. Sei que vida humana é mais importante. Mas também tomada de decisão tem que ser feita. Tanto governo como responsável da DOP só pode estar com brincadeira de não querer tomar decisão. País não são pessoas que trabalham lá. Somos todos nós. Santa paciência. Tirem pessoas,de lá e demolim o edifício. Grande ciência né. Quem tem governação é o governo.

  4. Paulo Canela

    15 de Maio de 2023 at 14:27

    um exemplo de tudo que está errado com a mentalidade dos negros…

  5. Estamos Prontos

    15 de Maio de 2023 at 17:00

    O orçamento do cidadão já contempla transformar este mercado no maior centro comercial de África Central. 4 pisos, patque de estacionamento para mais de 50 mil carros e vai garantir emprego para 5 mil pessoas. Vamos avançar

    • Vanplega

      16 de Maio de 2023 at 4:29

      È insuportavel o que fazem com o pròprio povo.

      Hà ñ responsàbilizar os responsaveis è o fim.

  6. FCL

    15 de Maio de 2023 at 17:04

    Papá chegou e até pão híbrido, o povo está a comer.

    Farinha de trigo, fuba de milho e farinha de mandioca.

  7. adalberto gomes

    15 de Maio de 2023 at 17:52

    Vocês estão muito enganados…coitados.
    Desde o passado governo da ADI, o Patrice Trovoada já assinou um contrato com os Libios e um consórcio árabe para exploração do espaço e para construção de um hotel e casinos, inclusive já recebeu uma percentagem antes da demolição.

  8. jose Manuel

    15 de Maio de 2023 at 20:26

    Boa medida a ser tomada pelo Governo. Mais vale prevenir do que remediar. Vamos evitar consequências futuras.
    Mas gostaria de saber, para quando as obras de requalificação da marginal da cidade de S.Tomé. O concurso já foi lançado a muito tempo, empresas selecionadas e houve empresa que apresentou uma boa proposta financeira de acordo com o montante posto a nossa disposição pelos parceiros, empresa esta com muita experiência em obras internacionais de grande dimensão, mas estão numa negociata com uma empresa que apresentou uma proposta muito avultada, para ser ela a ganhar e receberem luvas. Estamos de olhos postos. Este governo não deve seguir pela mesma auto estrada de corrupção e malandragem. Deixem de procurar luvas e adjudica obra a empresa que apresentou melhor preço e melhor proposta.
    Estamos de olhos. Vamos denunciar isto. O Governo holandês e o Banco Europeu não devem compactuar com estas anomalias. Devia ser o proprio Governo holandês a analisar as propostas e não deixar este dossier para este grupo de corruptos.

  9. Carla Trigueiros

    15 de Maio de 2023 at 21:14

    Eu como jovem santomense, por mim acabariam com este mercado uma vez que está quase a cair e é um dos motivos pelo qual a nossa praça fica surpreendentemente suja.

  10. Armindo Assunção

    15 de Maio de 2023 at 21:36

    Faz, faz,faz!
    Há onde é que está o dinheiro?
    Povo sejamos claro S.Tomé não produz nada,de nada,vivemos de doações,nós não somos um País de verdade metam isto na vossa cabeça.

  11. Clemilson brasileiro

    16 de Maio de 2023 at 9:51

    A doações estrangeiras vão para o bolso dos políticos

  12. Cesar

    16 de Maio de 2023 at 11:46

    Nao podemos culpar so o governo por esta situacao. Que fazem os vendedores para manter o espaco onde vendem limpa e asseada? Querem so vender e atirarem lixo pra tudo quango e sitio… a culpa
    E do governo! Tirando a ma construcao que tudo leva crer o governo tem grande responsabilida.

  13. Fernando Rocha

    16 de Maio de 2023 at 11:47

    Também. Quando um edifico é feito para certo fim e abarcar um numero determinado de pessoas(ex:600 pessoas) e os politicos ignorantes ampliam e/ou alargam para (2000) desrespeitando parametros técnicos entre outros, só dá nisto.
    Banda de politicos e gestores bestas

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