Análise

O Regresso da Cidade

A Câmara de Água Grande merece vivos aplausos. Na expectativa de que tudo não venha a ser destruído pela pré-campanha e campanha para as presidenciais.

Escrever na Areia

O Regresso da Cidade

São de Deus Lima

Quando um dia for escrita a História das Autarquias, no que respeita ao distrito de Água Grande, um pingo de honestidade intelectual obrigará ao estabelecimento de uma linha separando o período pré – engº João Viegas do período pós – engº João Viegas.  Não será um exagero dizer-se que João Viegas, o autarca derrotado nas últimas eleições, foi o fundador da Câmara de AG. Câmara concebida como um organismo ou um corpo: departamentalizado, apostado na sua própria estruturação, na  aquisição de equipamentos e recursos humanos para responder aos desafios de um distrito em contínuo e desordenado crescimento. Por outras palavras, câmara como fim  da tradição que fizera da recolha do lixo e da cobrança de impostos nas bancas do mercado municipal e da Feira do Ponto, a razão da existência da mais poderosa autarquia do país.

Apesar desse pioneirismo, a câmara cessante parece ter padecido de uma lacuna: uma deficiente interacção com os munícipes. A título de exemplo, quantos alguma vez souberam do envio de mais de 80 estudantes para formação em Portugal, graças à geminação com congéneres portuguesas e ao protocolo com a Escola Profissional de Braga?

A grande fraqueza da administração do engº João Viegas talvez tenha sido porém nunca ter conseguido manter limpo e organizado o centro da capital. Os esforços, quando aconteciam, eram velozmente neutralizados: o caos reivindicava o lugar que tinha passado a chamar seu.

Sem surpresas, todas as gincanas eram boas para se fugir àquele pedaço da cidade. Foram desmantelados o triste espectáculo da tristemente famosa Praia Brasil e uma série de barracas precárias? Foram. Acabou-se com o indescritível, insalubre bazar que era a Feira do Ponto? Sim. Projectos estratégicos como o da recolha e tratamento dos resíduos sólidos e da água e saneamento avançaram? Avançaram. Foram importados contentores para lixo numa escala sem precedentes? Sim. Mas a visão do centro da cidade foi, quase sempre, gritante e insuportável.

O que fez a nova administração camarária? Kiney Santos, assessor pessoal de João Viegas, declarou em entrevista ao Programa ‘Em Directo’ da TVS, que a sua política seria de continuidade e de melhoria. Por qualquer razão, nunca usou a  palavra ruptura. A verdade é que não poderia ter começado melhor o seu mandato: com uma mega operação de limpeza e arrumação do centro da cidade, envolvendo cidadãos, empresas públicas e privadas e ONG’s.

O coração e as artérias em redor da nossa capital ficaram limpos em 48 horas. Mas é na manutenção dessa limpeza e desse princípio de arrumação que a nova administração camarária mais merece elogios. Porque foi aí, independentemente das razões e dos contextos, que a anterior administração falhou.

Hoje, atravessar o centro da cidade deixou de ser um sofrimento e uma imensa perda de tempo. O reforço do policiamento e patrulhamento não será certamente alheio a este sucesso, o que remete para a reposição da autoridade do Estado como um imperativo. Mas presume-se e espera-se que seja igualmente fruto de uma maior ênfase na interacção com os munícipes, especialmente os que habitam diariamente o centro.

Seja como for, a Câmara de Água Grande merece vivos aplausos. Na expectativa de que tudo não venha a ser destruído pela pré-campanha e campanha para as presidenciais.

Lembram-se da última grande operação de limpeza desencadeada no  dia da Cidade? Da atmosfera festiva diante do mercado municipal durante semanas e semanas? Dos polícias em redor dos mercados? Lembram-se da música e dos vendedores, motoqueiros, taxistas, palayês, todos declarando-se satisfeitos com o novo visual da cidade e prometendo trabalhar afincadamente para o manter?

Lembram-se de como tudo isso foi varrido pelo vendaval da pré-campanha, arrastando a  multiplicação dos vendedores, o agravamento do caos, promessas farisaicas de alguns políticos e ninguém, mas absolutamente ninguém, disposto a afrontar lobbies tão influentes e ruidosos nas suas formas de reivindicação e de protesto? Eis um dos grandes, senão o grande teste que se irá colocar à gestão de Kiney Santos: manter o centro da cidade limpo e razoavelmente ordenado durante o crucial período político que se avizinha. Aí será definitivamente testada a fibra das novas autoridades camarárias. Aí saberemos se recuperamos mesmo o coração da nossa cidade, essa movimentada e única parte da nossa urbe. Degradada sim, esburacada em vários pontos, cheia de cicatrizes nas paredes, com muros esboroados. A reclamar, com urgência, balneários que não foram construídos em 35 anos. Porém, agora,  limpa e digna nas suas modestas vestes, enquanto não lhe forem devolvidos todos os atributos usurpados pela incúria e pelo tempo: a inteireza e as cores dos seus edifícios, a brancura dos seus muros, a lisura das suas praias, a simétrica alegria e o perfume dos seus jardins. Enquanto não lhe for devolvido, enfim, o esplendoroso rosto que é o seu destino e no qual todos nos quereremos rever.

34 Comments

34 Comments

  1. manuel fernandes da trindade

    24 de Outubro de 2010 at 23:31

    Estás com muita conversa, estás interessada em antecipar a tua campanha para os teus; todos sabem disso; como todos sabem da promessa antes se mlstp/psd ganhasse tornarias ou serias ministra; todos sabem diss? onde estavas durante os anos em que os derrotados foram governo e fizeram o povo de stp o que fizeram? n fizeste crónicas naquela ocasião porquê? queres contribuir para antecipar a campanha contra patrice; cuidado amiga pode ser q esta campamha seja contra ti. o povo quer nudança queres aceite ou n amiga. mlstp/psd e pcd já eram

    • Lanis

      25 de Outubro de 2010 at 12:59

      Caro Manuel,

      Vê-se que não és do tipo de gente que costuma ler jornais nem mesmo. Acho que tens muitos preconceitos. isso torna difícil qualquer raciocínio.

      A Conceição está a fazer o seu trabalho e está a dar um valioso contributo pela nação. Faz a tua parte também. Demonstra que faz mais do que criticar os outros. Gente como tu há que chegue em STP.

      Pode ter a certeza que são individuos como tu que estão a prejudicar este país, sejam eles políticos ou não.

      Como deves comer debaixo da casa do Patrice não estás a querer aceitar outra opinião e a ameaçar a jornalista. Tens que ser capaz de aceitar a diferença. O Patrice não é nenhum santo…talvez até mais corrupto que o Rafael ou o Delfim. Por isso não te iludas, pois ele pode nos levar para um destino bem pior que o actual. Leia os negócios do Petróleo de STP e as dádivas feitas aos Líbios…Leia bem essas notícias.

      Já agora, foi o Delfim e a Câmara de Agua Grande que demoliram a Feira do Ponto. Quem deu o terreno de graça para a construção de um hotel. Vc sabe quanto custa um terreno no centro da cidade? Quem ganhou com o negócio?

      veja os preços dos imóveis em:www.stpimobiliarios.st
      Fica bem.

      ***

    • São de Deus Lima

      25 de Outubro de 2010 at 15:15

      Senhor Trindade:

      Obriga-me, uma vez mais, a quebrar o meu princípio de evitar comentar comentários. Desta vez, faço-o com muito gosto.

      1. Não fosse Vossa Excelência um mero propagandista tosco e vociferante, ou assim mal travestido, teria tido a inteligência de dizer simplesmente isto:
      Kiney Santos, enquanto assessor pessoal de João Viegas, foi parte da equipa que fundou ou ajudou a consolidar os progressos da Câmara de Água Grande.

      De uma assentada, teria elogiado Kiney Santos, o ADI e Patrice Trovoada que o foi buscar. Teria ainda feito alguma justiça ao engº João Viegas, o que só lhe teria ficado bem.

      2. Quando quiser insinuar que os santomenses votaram no Dr. Patrice Trovoada para Presidente da Cãmara de AG, diga-o abertamente e assuma-o.

      3. Quando quiser, fingindo que não quer,’soltar’ dicas sobre as presidenciais e potenciais presidenciáveis, faça-o também. Mas faça-o abertamente.

      4. Quer-me parecer que, neste jornal, o senhor faz parte de um pequenino grupo de ingénuos de rosto descoberto, encantados com o seu suposto anonimato, entretidos num jogo de intra-oposição e falsas discordâncias, para alimentar um arsenal de propaganda pueril e idólatra.

      Um conselho: de vez em quando, reinventem ao menos a linguagem; puxem um pouco pela imaginação. Vende-se na Feira do Ponto em molhinhos de 20 dobras. Como diria Gabriel Garcia Marquez, carago!

      Cumprimentos
      São Lima

    • Budobaxana

      25 de Outubro de 2010 at 17:02

      Em vez de lerem e tentarem perceber o artigo/opiniao da jornalista optam por insultos , ataques pessoais,inventam histórias e confundem tudo.

      É evidente que alguns leitores e participantes deste espaço demonstram traços evidentes de incapacidade mental.

      Se não for este o caso , então estamos como sempre a lidar com uma banda de “ass holes”.

      Bunch of fucking idiots , Useless , Cunts.

      Muita sorte a todos…

    • Izaura

      26 de Outubro de 2010 at 10:19

      Cara São os intelectuais unidos numa só voz dizem: continua a brindar-nos com as tuas lufadas, precisamos de despertar a mente para pequenas reflexões.
      Os ignorantes nunca alcançam a dimensão de nada…Dê o devido desconto ao Sr.Trindade.
      Todos sabemos que a Câmara enquanto uma estrutura só começou a existir com a Chegada do Eng.º Viegas, há que reconhecer. Há que reconhecer também que o Dr Ekiney, foi convidado pelo mesmo para exercer o cargo do seu Assessor, provavelmente por reconhecer que o jovem tinha e tem qualidades,isso só é possível quando o líder é visionário…tudo o que de bom ou de mau a Câmara fez teve consequentemente o contributo do jovem Ekiney….é preciso dar a César o que é de César…Força jovem Ekeny, estamos contigo nessa luta que começou com a Câmara cessante, o país é nosso…. A cada um caberá fazer a sua parte…

  2. Mudar, mudar, mudar!!!

    25 de Outubro de 2010 at 3:49

    Dona Sao,

    Sinceramente, eh brilhante o teu trabalho, mas da preguica de ler porque falas muito, escreves muita coisa desnecessaria. Tu queres fazer jornalismo ou queres competir com outros e mostrar ao mundo que conheces muitos vocabularios e sabes escrever? Com toda sinceridade, quando se veh a Manchete rubricada por si, nao dah mesmo vontade de ler por se sabe logo que o teu texto normalmente eh muito longo e com muita curva pra fim dizer apenas uma coisita. Estamos hoje no Sec. XXI onde o jornalismo eh pratico e flexivel.
    Vejo k tens dom mais para ser escritora, nao jornalista. Por favor, veh se mude a sua forma de escrever principalmente quando escreves a um jornal digital. Tb escrevias assim a BBC? Nao acredito!!!!!!!!

    Pois, so no titulo da sua Manchete logo se percebe que o teu trabalho parece-se mais com livro de conto de fadas, se parece tb com uns dos texto do Costa Alegre, Albertino Braganca, ate mesmo a Dona Alda E. Santo, do que um trabalho jornalistico.

    Obrigado!

    • Mimi

      25 de Outubro de 2010 at 14:06

      Ainda sonho com o dia em que possa ler comentarios (a artigos de opiniao, neste caso) sem insultos aos autores…

    • Inocêncio Coelho

      25 de Outubro de 2010 at 15:37

      Por favor,não nivelem por baixo. Se não gostam da escrita da senhora deixem-na para os outros, para aqueles que têm maior vocação, competência interpretativa ou interesses literatos mais ambiciosos . Também custa-me, imenso, ver tanta pobreza intelectual e espiritual junto da pobreza material. O jornalismo não é só o “Parvo”. Existem coisas mais bonitas e agradáveis do que o “Parvo” que nos podem fazer ter opinião ou mesmo reflectir, com algum criticismo, sobre a nossa realidade económica, social e cultura. O país também precisa desta vertente e todo ele não deve ser confundido com o “Parvo”. Perdoem-me os leitores deste jornal, mas, não quero ofendê-los. Além disso, a crónica não é um estilo jornalístico rígido submetido aos contornos da notícia ou informação. Já basta termos os políticos todos iguais! Agora pedem que os jornalistas sejam todos iguais, cometendo os mesmos erros, a mesma rotina e pratiquem o mesmo estilo.
      É duro! Que país poderemos construir com esta receita?
      Fui

      Inocêncio Coelho

  3. Budobaxana

    25 de Outubro de 2010 at 6:38

    Mais um interessante artigo São de Deus Lima.Escreva sempre, pois a tua contribuição é extremamente valiosa.

    Continuo a pensar que a tua visão do mundo, profundo conhecimento da nossa realidade e das técnicas de jornalismo moderno,integridade profissional , e a tua inigualável capacidade de redactar, fazem de ti uma das “preciosidades” do nosso pequeno pais.

    You stand from the crowd.

    Por outro lado ,a iniciativa e esforço do Kiney Santos demonstra a capacidade dos jovens em criar mais valia realizando acções practicas .

    Felicito ao Kiney e a sua equipa e que continue demonstrando trabalho.

    Para além do Kiney,creio que existem milhares de jovens santomenses(dentro e fora do pais) dispostos a contribuir de forma incondicional para a melhoria do nosso pais.

    É preciso, apostar neles.Hoje e Sempre.

    Espero que este exemplo sirva de reflexão para o “novo” , “ saudável” MLSTP e eventualmente para os politicos que preferiam falar em vez de fazer.

    budobaxana@gmail.com
    UAE-United Arabs Emirates

    OBS : Recomendo a todos que vejam o video em anexo.Corte e cole o ficheiro.

    Tiulo : Better City, Better Life – BUILDING THE EMIRATES.

    http://www.facebook.com/l.php?u=http%3A%2F%2Fwww.uaeinteract.com%2Fvideo%2Fbuilding.asp&h=ae11c

    Video retirado da minha pagina facebook.

    • Xavier

      25 de Outubro de 2010 at 19:21

      Caro Budobaxana,

      Sinceiramente, não acho que o exemplo de Building the Emirates seja um bom exemplo a seguir por STP. O modelo deveria ser próprio e pensando mais nos habitantes que nos investidores.

  4. QUINTINO

    25 de Outubro de 2010 at 9:12

    Minha querida jornalista não ganhaste premio GIBELA nós seguidores da comunicação social desconhecemos qual foi o critério de avaliação () mas não é isso que me faz escrever ………………………. Com relação ao Eng. João Viegas, ele foi o melhor presidente de câmara de todos os tempos, devemos todos reconhecer isso mas…………………. A causa da derrota não foi nada que pudesse lhe deixar contrafeito. Porque muita gente não votou em Eng. para presidente de câmara Por causa dos malfeitores de PCD de Albertino e MLSTP de Rafael Branco

  5. Ke kwa

    25 de Outubro de 2010 at 13:31

    É com base neste tipo de comentários que os comentadores que usam os pseudonimos de OBSERVADOR e CABOVERDEANO acabam tendo alguma razao no que dizem. Em vez de comentar a ideia da escritora as pessoas lançam se aos ataques pessoais.

    • observador

      26 de Outubro de 2010 at 16:46

      exmº senhor. desculpe lhe interpelar pois tinha dito que nao iria postar neste sait no entanto vejo-me obrigado a lhe lançar este repto.quando critico algumas coisas do pais nao quer dizer que nao goste do pais em si em caso de um ataque externo eu seria primeiro a me oferecer para defender a minha patria.embora actualmente tenha outra nacionalidade nao deixo de ser saotomense de gema.como deve saber antigamente um bom forro tinha que ter sua gleba,alguns sao novos latifundiarios com roças que era do povo outros nao.tenho por via de herança terrenos pelos quatro cantos do pais. e estou sempre em STP e critico esta vida que se leva no pais com todos, embora nao seja sempre bem vindo(as criticas). as coisas que falo sao coisas caricatas que vejo no dia a dia do pais e tento nao falar em coisas mais gritantes pois tenho foto que quando as tirei eu chorei de tristeza pois sai do pais com 7anos e voltei com 25 anos de idade e foi para mim um choque ver certas coisas que deixei funcional e encontrei completamente (desculpe a linguagem) ratado que nem queijo.o pais esta 30 anos a vontade atrasado (regredido)nao acredito que fazer 10km demora quase 1h as estradas principais sao as mesmas desde tempo colonial.nao se consegue dar volta a ilha de carro.e nao pense que nao tenha tentado contribuir para progresso da ilha.mas ao apresentar o meu projecto a um determinado director do pais este me disse que para o mesmo assinar o meu projecto ele tinha que ser meu socio ou entao ia para gaveta como os outros eu virei-me para o mesmo e perguntei se tinha a metade do meu investimento pois ja la tinha acabado de desembarcar no pais 2 camionetas e um ligeiro para uso pessoal,e ele me disse que nao participava com dinheiro,de que a assinatura dele no meu projecto era a paga do mesmo, desde entao todo que tentava fazer erra barrado,desconfiei que ja estava marcado.entao eu luto ca forra aguento frio e chuva para ser roubado? vendi tudo e vim embora.deixei de acreditar nas pessoas em STP.la é bom mas so para ferias e fugir a frio.
      cumprimentos.

    • observador

      26 de Outubro de 2010 at 20:13

      caso reparar bem vera que peço desculpas aos que insurgem directamente contra os meus post ca no sait(se bem que nao sou homem de levar desaforo para casa). pois nao estou para me chatear com coisa tao banal. enquanto andamos as turras uns com outros existe santolas a morrer de males que com um eur de paracetamol salvaria,1 eur de lixivia na agua e cloro nao estaria com diareia,1 eur de incecticida,matava o mosquito,1eur de semente daria a muitas pessoas um prato de comida.por ai forra. fico triste,pois nao aceitao mudar e se estiveres com ideias pagas carro.

    • Zinane

      27 de Outubro de 2010 at 12:38

      Caro Observador,

      Depois de ler este seu último comentário, fiquei esclarecido. O senhor que sempre entrou neste forum armado até aos dentes, feito um kamikaze, disparando em tudo qto mexia, hoje com o rabinho entre as pernas e com pézinhos de lã, ameaça não mais postar comentários seus aqui no tela-nón. Li a sua história e comoveu-me como comoveria a muita gente de bem. Calculou mal o timing e não mediu bem as palavras qdo irrompeu-se nesse fórum qual rei que perdeu o seu trono. O senhor é bem vindo, e naturalmente que vamos sentir saudades suas principalmente eu que travei consigo umas acesas trocas de palavras. Volte sempre!! Não devo favores a ninguém, a partido nenhum e muito menos a seja lá o governo que for. Tudo o que tenho, é fruto de muito trabalho. Formei por conta própria e hoje estou dando o meu contributo ao país. Lembro-me que a dada altura da minha formação tentei junto as entidades santomenses o tal subsídio que era dado na altura e não consegui. Há cerca de 3 anos atrás numa auditoria às finanças, confirmava-se que o estudante tal era beneficiário de tal ajuda qdo nunca recebi nada. Alguém andava a mamar a massa! Por isso acima de tudo sou um vencedor. A política da terra queimada nos tempos que correm, onde os ventos da mudança ecoam é desmedida e até tresloucada. Compreendo as suas fustrações mas ao mesmo tempo acho que não pode generalizar nas suas críticas. Há gente de bem neste país. Há pessoas que ainda com as suas dificuldades labutam arduamente para conseguir um pão pra boca. Os maus da fita são sobejamente conhecidos, esses dispensam apresentações.

      Volte sempre!!

      Tenho dito.

  6. Miguel Angelo Correia

    25 de Outubro de 2010 at 16:27

    lol,sinto-me triste quando vejo os nossos patriotas a criticarem os outros por aquilo q escreveram,até parece uma briga de cão e gato. Acho que temos que dar Deus pagar por temos mais um cidadão capaz de fazer ou dizer algo em prol daquilo q está sendo feito.
    Acredito que essa crónica advem daquilo que a autora está vendo no seu horizonte ideologico;espero que a recente estrutura camarária possa fazer mais e melhor para nossa cidade que um dia já foi muito linda.

  7. Matabala

    25 de Outubro de 2010 at 17:38

    Acho que a nossa São ja deve ter começado a escrever um livro…se não, comesse ja. Tens mesmo muita lábia.
    Foi-se a Alda E.S. ficou a São Deus Lima.

    • De Longe

      25 de Outubro de 2010 at 18:19

      Matabala,
      há poucos meses estive numa consulta e o médico cá em Portugal perguntou-me se não havia escritores em STP. Pois ele tinha comprado uma coleção de escritores lusófonos mas sobre STP não havia nada. Eu falei-lhe de alguns escritores nossos e incluí entre os nomes os da Drª Aida e da São Deus Lima. Sentí-me feliz naquele momento por essas e outras pessoas exitirem no meu país.
      Os meus filhos não conhecem STP. Falo-lhes dos escritores, dos músicos, dos políticos dos atletas …de pessoas que dignificam a minha terra – origem deles. Falo com muita estima. Por isso, às vezes alguns comentários me parecem injustos.
      Como são-tomense, Matabala, ponho-me ao seu lado para fazermos o melhor por esse país e sabermos dignificar quem já tem feito.

  8. Xavier

    25 de Outubro de 2010 at 18:24

    Muito bem São quiçás era preciso que a força do Kney não desmeritasse o trabalho -realmente com poucos recursos- de Viegas. O teu artigo poe o contexto em ordem decerto

  9. Angelo Torres

    25 de Outubro de 2010 at 20:04

    Bem haja São, com as tuas cronicas de elevado valor literario. É bom ver que num pais que num passado recente deu poetas do calibre de Marcelo da Veiga, Francisco Tenreiro,Alda graça Espirito Santo,so para citar alguns, tenha um jornal com cronicas de tamanha beleza. Ao ler as tuas palavras Sao. Senti no rosto o cheiro e a brisa fresca da tarde, dos idos anos 70, na baia Ana Caves, lembras-te, Sao? naqueles momentos nao trocava aquele cidade, aquela baia por nenhum lugar no mundo. Bons tempos, lembras-te, Sao?. Como entendo o teu regresso a terra, a nossa cidade, a nossa baia.Que muitos intepretam como oportunista a procura de posiçoes privilegiadas. Pobre almas pobres. Pode a arvore crescer fora da sua raiz? Pode a artista e poeta criar fora da sua matriz? Pedido de amigo e fervente admirador. Desde que li um poema teu na montra da casa de leitura. Do qual só me lembro de ” Eu morri lutando, eu lutei morrendo”. Lembras-te, São?. Aproveita a sugestão de um dos comentarios e escreve, escreve, escreve. Que ja sinto falta das voces da ilha alegrando as minhas tardes e noites de inverno nesta Europa e para acabar vou citar outro grande dos nossos.
    “Caminhos trilhados na Europa de coraçao em Africa. Saudades longas de palmeiras verdes, vermelhas e amarelas. Som sensual que a paleta cubista pintou na paisagem. O Africa do Nilo e do Niger quem em ti esta pensando de em Africa…” Lembras-te, Sao? Claro que te lembras-te nas tuas noites frias de Europa. Nao te preocupes amiga que eu sei que nao muito longe ira chegar o dia que todos nos sentara-mos naquela baia cantada pela dona Alda e leere-mos os nossos poetas todos desde Sun Nhana ate o Majlegua passando por Mepompo,Costa Alegre, Federico,Etc.Bem haja o pais que tem poetas como tu!
    Ps1 Senti-me na obrigaçao por que todos somos de STP
    Ps2 Desculpem os erros com muita vergonha minha continuo a escrever melhor o espanhol que o portugues.

    Abraços a todos os Principianos de STP. Por que prefiro ser principe que santo.

    Angelo Torres

  10. Jose Aguas

    25 de Outubro de 2010 at 23:49

    Muitos parabens pela escrita.

  11. Digno de Respeito

    26 de Outubro de 2010 at 1:15

    Até quando os santomenses (alguns) conseguem racionalizar no espaço e no tempo??!!

    Certo que ninguém nasceu sábio. Ganha-se mais questionando do que “navegar” no mar das insinuações e “insultos”. Desde quando a actividade do(a) jornalista é incompatível com o de escritor(a)?!!

    Porquê martirizar tanto um(a) profissional que (talvez) nem é remunerado como Colunista no Tela Non?!! Não estou aqui em defesa da jornalista mas, expresso o meu sentimento para com a cidadã que além de profissional está desempenhando o seu papel de CIDADANIA (como qualquer um dos cibernautas é livre de exercer essa mesma cidadania). Até parece que os santomenses desgostam da sua pertença … Será que a expressão “UNI MÓDU DE FÉÇU BASSÓLA” não diz nada a aqueles que aqui revelam momentos desagradáveis e de ingratidão para com os seus concidadãos?! É nessa caminhada que nos leva a entender e compreender os sucessivos desafios do mundo globalizado?!

    Se virtualmente entre nós há indivíduos que revelam “podridão” buscando sempre o lado negativo, imaginem num espaço e no contexto real…. É de lamentar situações tristes. Pois, já os “Untués” cantavam: … Sun Nidu ê Vivê na cá custá fá, céta ô/ êlê só tê matxi ê”

    Comentários desagradáveis deveriam ser antes um elogio ou algumas palavras de conforto ao Engº João Viegas que com o seu empenho e esforço procurou marcar uma nova era dos serviços municipalizados na Capital do País. Deveria sim, incentivar o actual líder distrital em fazer mais e melhor com base numa política de continuidade. Certo que o jovem Kiney Santos (presidente Distrital) , começou por solucionar o mal. Isto é, corrigiu o passado para enfrentar o presente rumo ao futuro. Na minha modesta opinião, é um exemplo a seguir. Como as restantes Câmaras Distritais do País, falta a Água Grande delimitação de competências, meios técnicos especializados e autonomia financeira para uma boa gestão da “coisa pública”

    Mais uma vez congratulo-me a colunista (se me permite identifica-la com esse termo) São Lima. Apareça sempre que possível.

  12. Filipe Samba

    26 de Outubro de 2010 at 6:07

    Temos de nos adaptar às circunstâncias e que em qualquer lugar há sempre motivos de interesse.
    São as pessoas que fazem os lugares e não o contrário.
    A Senhora jornalista, eu aprecio muito a sua cronica; somos frageis nas pequenas coisas, mas fortes nas grandes coisas.
    Aceite o seu destino sem recriminação

  13. COCO NZUCU

    26 de Outubro de 2010 at 6:56

    Um dos grandes proplema das Camaras Munincipais e’a verba, por isso toda fonte de rendimento deve ser aproveitado. Por exemplo o edificio que o Governo chama a sua sede, julgo ser propriedade da Camara. 35 anos depois ja esta na hora do Governo arranjar outra instalacao ou, ao menos, pagar uma renda. Conheci a Camara na posse do edificio e era um mimo. Saudacoes.

    • COCO NZUCU

      26 de Outubro de 2010 at 23:54

      Um dos graves problemas das Camaras Municipais tem a haver com a falta de verba, por isso toda fonte de rendimento deve ser aproveitada. Por exemplo o edificio que sempre foi considerado como sede do Governo, nao compreendo qual foi o criterio da sua ocupacao pelo mesmo. Arrendamento? Expropriacao? Ocupacao arbritaria? Sao duvidas que devem ser esclarecidas, nao va a CM estar a perder alguma receita, quando se debate com a falta de verba. Acontece que sempre conheci o referido ‘palacete’ como propriedade da CM. 35 anos depois, seria louvavel pensarmos numa nova sede para Governo. Saudacoes.

  14. BLAGA PENA

    26 de Outubro de 2010 at 13:04

    Ninguem te mente Sao Lima es uma grande jornalista, quem dera a muitos se escrevessem assim.
    Bem haja
    Sao Lima

  15. Carlos Ceita

    26 de Outubro de 2010 at 15:51

    Caros amigos mal de nós e ai de nós se ao criticarmos o A somos de B ou virse-versa. O unanimismo bacoco em relação a qualquer partido ou governo é o pior serviço que podemos prestar em democracia. Nenhum jornalista está proibido de ter as suas preferências políticas. São pessoas de carne e osso como qualquer ser humano. Pelo que conheço do percurso jornalístico do São Lima é de uma grande injustiça qualquer tentativa de acusa-la de parcialidade.
    Espero que ela continue activa com as suas opiniões que sem dúvida vai enriquecer este espaço de debate e de leitura.
    Por outro lado não se pode confundir artigos de opinião com relato de uma noticia. artigos de opinião em qualquer jornais é de leitura e interpretação exigente porque a linguagem utilizada tem este propósito. Já uma notícia não. Porque a noticia é destinado a um publico vasto que atinge o comum do cidadão onde a linguagem deve ser o mais simples e esteja ao alcance daqueles que tem um grau de escolaridade básica.

  16. J. Maria Cardoso

    26 de Outubro de 2010 at 17:56

    Certo de k qualquer um pisado no seu calo, no mínimo grita aí, não acho elegante São Lima perder o bom do seu contributo com as banalidades k alguns ultrapassados no tempo ou dele não souberam reter os conhecimentos da cadeira de escola, insistem em rebentar o fato k não lhes sae as medidas.
    Na minha última singela presença nesta tribuna aconselhava (nas mascaras)a nossa jornalista a não enveredar por este caminho de respostas, pior ainda vir-nos a surpreender com um adeus. Não desistas!
    “No regresso a cidade”, a jornalista enaltece o trabalho do anterior autarca (PC) e não obstante, o novo PC já ter arregaçado as mangas, ela lhe alerta perante os desafios em fazer mais e melhor, claro, despertando tb o contributo dos munícipes e dos políticos (cartazes) na manutenção da nova roupagem da nossa capital.
    Entendem assim a mensagem de São Lima?
    É compreensível k a sua escrita não está a altura de todos, mas aconselho aos menos entendidos k antes de criticarem, se é mesmo k criticam, já k fogem do tema, fizessem como no tempo das tabuadas. Leiam-nas milhares de vezes até k os neurónios se despertem.
    Noutros tempos conheci a nossa capital a ser limpa nos finais do dia com as rajadas de água dos “homens de botin”. Se a ela, leve-leve, é devolvida a tradição e a grandeza de Senhora, somos todos agradecidos.
    O tempo tem esse maú hábito de alterar as coisas, infelizmente, nas nossas mais recentes caminhadas para o pior.
    Caso o fervor da mudança embalado no sangue novo não se sinta massacrado pelo tempo, é bom k alguém de gabarito de São de Deus Lima, acenda a luz da (in)capacidade reflectiva de nós os são-tomenses e traga-nos o seu olhar e quiça palpites.
    Kê k isso tem de anormal?

    • São de Deus Lima

      27 de Outubro de 2010 at 13:13

      Caro J. Maria cardoso:

      Lança-me um apelo directo e directamente lhe respondo: não desistirei. Considero-me hormonalmente jornalista e visceralmente poeta. Um e outro, se o são, quando observam, procuram a totalidade dos fenómenos e não apenas partes. É o que tentei, tento e tentarei sempre fazer.

      É excelente suscitar discussão, debate, contradições, acordo e desacordo, aprovação e reprovação. Por isso escrevo, por isso sou jornalista. O unanimismo, mesmo quando aclamativo, pode ser uma certa forma de morte, uma terrível armadilha para o pensador e o criador.

      Aos que se esforçam por me ensinar o que é uma manchete,gostaria de dizer, sem qualquer petulância nem a falsa modéstia que é a pior das vaidades, que estudei jornalismo. Literatura. Ciências políticas/ Estudos Africanos.

      Comecei no jornal, fiz rádio, agência noticiosa, televisão. Não saberei eu distinguir, ainda que vagamente, os géneros e a linguagem adequada a cada género e a cada meio?
      Não terei em vista um público- alvo quando escrevo?
      Será que se eu me dispusesse a escrever para o nosso velho e nunca esquecido Coboncóni, não o saberia fazer, com um poucochinho de esforço?

      Agradeço os incentivos seu, do meu querido amigo e nossa referência Angelo Torres, de Inocêncio Coelho, Budobaxana e de outros. Aprecio e respeito as reacções e opiniões de todos, se calhar, até as bizantinices de alguns.

      O uso dos pseudónimos, quando se debatem ideias, pode ter uma grande vantagem: fazer com que nos fiquemos mesmo pelo teor/valor das ideias.

      E para que não restem dúvidas, quero dizer-lhe isto:

      para mim, a mais emblemática realização pós-eleitoral foi a limpeza e arrumação do centro da nossa cidade e a manutenção dessa limpeza e dessa arrumação. Sem qualquer dúvida!

      Quero que ela permaneça assim e vá sendo melhorada, porque isso nos diz respeito a todos. Este foi o objectivo essencial da crónica, para os que não entenderam.

      E agora, após este longo desabafo, permita-me um recuo à minha posição de cronista, decidida a lá permanecer como foi sempre minha intenção, sorrindo a uma ou outra pedrada involuntária. Imagine o que seria, num país de formação basáltica, uma chuva de pedras…Aí é que Garcia Marquez diria, debaixo do seu bigode e cheio de bom humor: ‘Ora bolas!’ Grande escritor, não concorda?

      Cumprimentos e a estima de

      São Lima

  17. N.C

    26 de Outubro de 2010 at 22:11

    Sao lima os teus comentarios sao uma reliquia do ponto de vista intelectual pois requere uma extra compreensao,mas do ponto de vista popular,causa essa discordancia e inercia intelectal.ja cheguei a consultar um diccionario para poder entender e compreender as tuas cronicas.Na verdade penso que ao fazeres faze os com normalidade e por habito pois so nao o fazes escrito mais tambem falado.Penso que as tuas cronicas pencam por tardia.Ha tempos referi aqui nesse jornal,como os jornalistas,(imparciais) contribuiem com as suas cronicas e entrevistas ,ajudando a desmacarar e divulgar os factos.Se toda a classe jornalista santomense cumprisse com o seu papel,de certeza que teriamos um s.tome e principe melhor e com menos mascarados

  18. António Veiga Costa

    27 de Outubro de 2010 at 2:34

    São Lima, quando é para criticar, critica-se. Quando é para elogiar, elogia-se.
    Parabéns pelo seu artigo.

    Aos leitores que criticam as escritas longas da São, aproveitem-na para reciclarem o português mal escrito seus. A leitura ajuda num bom português.

  19. Cidadao do Principe

    27 de Outubro de 2010 at 11:30

    Mas que comentarios tao irresponsaveis.Opiniao sim, mas insultos nao. Deixem trabalhar o jorlanista, sobretudo quando ele o faz informando com verdade.
    A Dra.Sao Lima disse toda verdade,tendo-se esquecido entretanto de se referir a tamanha indecencia,que é a colocacao de cartazes ieleitorais nos edificios publicos e privados,deixando a urbe com um aspecto extremamente desolador.Legislizem o assunto, acabem com esta triste pratica, e protejam os predios da cidade.
    Pensem neste desgastado Pais,e deixem pra la o vicio do “meu e teu patido”. Olhem para os assuntos com o necessario intelecto, com olhos de ver,e opinem com respeito e com responsabilidade.
    Ao Tela Non,espero que encontrem uma modalidade,sem beliscar os prnicipios basicos da liberdade de imprensa,para conter esta onda de falta de respeito que neste espaco de opiniao.
    Obrigado Sao,pelo artigo.

  20. caboverdiano

    27 de Outubro de 2010 at 22:11

    chamam-lhe grande jornalista possa estao mesmo atrazados 10000 anos ela era para ser modelo nao jornalista

  21. caboverdiano

    28 de Outubro de 2010 at 21:59

    esse monco do principe é mesmo burro doutora SAO é mesmo intiligente só mesmo voces

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