Eleições presidenciais

Esclarecimento as “inconveniências” de Carlos Graça

Na boa e ímpar educação que recebi de meus pais – estes sim, meus heróis, aprendi que não se deve responder os mais velhos. Aprendi ainda, que, devemos respeitá-los reiteradamente. Por essa lógica de vida, não responderei ao Doutor Carlos Graça (80 anos), na qualidade de ancião.  

Então, faço apenas um esclarecimento sobre o texto insultuoso, eivado de recados demagógicos, que visam somente cercear a liberdade de opinião, e, por conseguinte de expressão de uma jornalista que mesmo sem receber nenhum tostão, colabora regularmente com o Tela Non, visando fomentar o debate de idéias na esfera pública santomense, com o intuito de fortalecer a democracia pluralista.

Doutor Carlos Graça, escrevo artigos de opinião, um dos muitos gêneros do jornalismo. Se o Senhor pesquisasse um pouco mais, perceberia logo, que articulistas e/ou colunistas, emitem opiniões próprias, desvinculadas das normas do tradicional gênero do jornalismo: a notícia. Na notícia o jornalista deve ser imparcial, isento e rigoroso. Ao contrário da notícia, em artigos de opinião, o autor é livre de pronunciar-se. Logo, as acusações do Senhor não procedem. No entanto, a desonestidade intelectual e os deslizes demagógicos do Senhor foram bem mais longe. Vamos então aos factos.

Repare, o Doutor Carlos Graça, lança (em seu texto) algumas idéias descontextualizadas e argumentos equivocados, quando diz: “Há muitos défices de pensamento e acção no nosso país como em todos os países sub-desenvolvidos…”

O que é isso Doutor?! Ora, essa informação é inverídica. Na atual teoria econômica, a expressão “países sub-desenvolvidos” foi banida. Sabe porquê Doutor? Porque os teóricos dos modelos econômicos e da teoria das restrições econômicas chegaram a conclusão que não existem mais “países sub-desenvolvidos” – “sub-desenvolvimento” remete a “abaixo do desenvolvimento”; e tendo em conta que países como o nosso, lutam tenazmente para crescerem, nem que for um pouquinho, então, não são “países sub-desenvolvidos”, e  sim países em vias de desenvolvimento”, certo Doutor? Se restar alguma dúvida… Pode consultar os manuais básicos de introdução à macroeconomia, ou se puder, especialistas.

A seguir mais uma lacuna, o texto de Graça, diz  “Todo este arrazoado é para reagir contra as afirmações que uma jovem jornalista (?) do Tela Non lança no papel confusamente”.  A interrogação em “jornalista” não sei se provém do desconhecimento do Doutor quanto a minha formação, ou se vem de um silogismo que visa pôr em causa a minha credibilidade ou competência profissional.  Mas seja como for, para ambas as hipóteses a minha resposta seria a mesma: Sim Doutor Carlos Graça, sou jornalista. Não sei se para seu agrado ou desagrado. Sou graduada em jornalismo pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo, no Brasil. E, atualmente, estudante no nível de pós-graduação do Departamento de Ciência Política da Universidade de São Paulo no Brasil, freqüentando o curso  “Qualidade da Democracia, Instituições Políticas e Cultura Política”.

Carlos Graça, diz ainda em seu texto, referindo-se a mim: “Analisar os erros desses artigos dava para uma conversa de horas… Assim vou simplesmente retirar deles só dois exemplos…Diz a escrevinhadora que uma das maiores realizações de Fradique de Menezes, “próximo de um legado” (sic), foi a Constituição de 2003 ! ”  

Muito bem Doutor, quando me referi a esta questão, foi no sentido de reconhecer a maturidade política do presidente cessante, em aprovar, numa clara manifestação de respeito aos valores democráticos, as referidas emendas constitucionais, quando na verdade poderia até vetar, ou arranjar artifícios para engavetar as emendas até ao fim de seu mandato.

Tal maturidade, por exemplo, faltou a alguns colegas do seu partido, quando em 2008, decidiu contra a vontade do povo, derrubar um governo legitimado de forma constitucional e institucional. 

Lembra Doutor,  qual foi o argumento evocado pelo líder da bancada parlamentar do MLSTP/PSD, maior partido da oposição na época?  Talvez não! Então relembremos: O líder parlamentar (do seu partido) dizia em seu discurso: “O MLSTP/PSD decidiu testar (impondo uma moção de censura) se na realidade este governo tem uma maioria parlamentar  para poder governar o país. E para que isso ficasse testado, para que isso ficasse comprovado, ao bem da democracia, o MLSTP/PSD decidiu introduzir uma moção de censura para podermos concluir que governo temos, e se realmente é um governo que merece confiança da maioria”.

Deixo aqui claro, que as ações de alguns militantes não representam necessariamente o MLSTP/PSD, como um todo. Apesar de eu não nunca ter me filiada em nenhum partido político, reconheço que no MLSTP/PSD, a semelhanças dos outros partidos, existem algumas pessoas honestas, dignas e virtuosas.   

Como pode um governo ser testado por meio de um artifício burocrático, de um instrumento agressivo, como a tal “moção de censura”? Não foi um teste. Foi um assalto ao poder.

Patrice Trovoada, o chefe do governo na qualidade de primeiro-ministro na época (2008), viu seu governo ser destituído compulsoriamente. Suas competências foram  seqüestradas por uma “bizarra moção de censura” fabricada pela bancada parlamentar do MSLTP/PSD, o “carro-chefe” da queda do governo de Patrice em 2008. Só que a alegria da malandragem política escamoteada numa “moção de censura”, durou pouco tempo… Seqüestrado do cargo em 2008, por artimanhas políticas, Patrice foi resgatado pelo povo em 2010, nas eleições legislativas e colocado novamente no cargo, onde pelo menos, não deveria ter saído daquela forma: por meio de uma “moção de censura”.

Agora pergunto: o que é melhor? Derrubar um governo legitimado constitucional e institucionalmente, ou resistir a uma emenda constitucional, que mais tarde foi aprovada?

Doutor Carlos Graça e a lógica do pensamento unificado.

 Doutor Carlos Graça, diz ainda: “Quanto a Aurélio Martins, a seráfica colaboradora de tela Non outorga-lhe o simpático papel de “vítima” no que respeita ao seu descalabro eleitoral. Vítima de “sabotagem” de camaradas do MLSTP/PSD”. Doutor, Sou colaboradora do Tela Non. Seráfica, jamais. 

Desde quando realçar os feitos positivos de alguém configura um erro.  Ah, já sei.  Para o Doutor a opinião é um monopólio e não um direito. Quer dizer, na sua lógica, mas intuitiva do que racional todo mundo deve colaborar com seu pensamente a respeito de certas “figuras políticas”. Puro erro, Doutor.   Aqui me parece que o Doutor embarca na lógica do pensamente unificado. Atitudes como esta alimentaram durante longos anos, a restrição da circulação de livres idéias em prol do debate democrático. É claramente uma tentativa de mordaça, se é que a palavra restrição precisa de algum complemento.

Primeiro, creio que o Doutor deveria analisar os meus artigos numa perspectiva informativa e opinativa, e não no contexto “ideológico-demagógico-político”, como o Doutor fez.

Alguém que pensa diferente de si, é inculto, medíocre, errôneo, né Doutor? Já imaginou se todos pensássemos da mesma forma, onde ficaria o debate democrático de idéias e convicções como este?   O contraditório, a diferença de opinião e pensamento faz bem a qualquer sociedade. Alimenta os valores da democracia. Aliás, a democracia, só é plena, quando a favor da sociedade, os políticos renunciam a tentação de interferir na livre circulação de opiniões e informações.

No nosso contexto, a brutalidade política se manifesta sem escrúpulos, na falta de compostura, com que alguns políticos e certas autoridades, atacam a imprensa e lançam-se contra os jornalistas. Essas atitudes, além do monopólio da repressão e intimidação, pretendem sobejamente ter o controle da opinião, transformando o direito do livre  acesso  à informação e ao pensamento, num  privilégio de poucos, e não como um direito de todos.

A sina  de Carlos Graça com jornalistas não é de hoje

Para Carlos Graça, jornalista bom é aquele que fala bem dele e de seus amigos. Ou que pensa idêntico a ele. Vocês lembram do imbróglio  de Carlos Graça com o jornalista Português Miguel Sousa Tavares, hoje colunista e articulista do Jornal Expresso de Portugal?  Vamos aos fatos. Carlos Graça tinha muita simpatia pelo Miguel Tavares, chegou inclusive a confessar que  leu “sofregamente” o romance “Equador”,  de Tavares.

 Em 2004, Miguel Tavares, publicou um artigo que Carlos Graça não gostou. Sabem o que  Graça fez? Atacou ferozmente Tavares, através da revista “O Parvo”  publicando uma notinha, cujo trecho, reproduzo aqui: “Tinha admiração por Miguel Sousa Tavares, pelo  jornalista lúcido, brilhante e mordaz que me habituei a ler… Ora, este senhor de regresso a Lisboa escreveu um artigo que me espantou pelos seus dislates num contraste chocante com o que tenho lido dele até agora”.

Repararam que bastou apenas Miguel Tavares, escrever um artigo contrário “as visões”  de Carlos Graça,  para ser atacado por ele. Esse Carlos Graça só pode ter uma sina com jornalistas. Não é possível um único ser, ter  tanta implicância com jornalistas…

O exagero demagógico e a omissão do senso pedagógico  

 Quanto a mim, Carlos Graça foi tendencioso, dominado por um forte pendor demagógico e ideológico, coberto de vícios capazes de induzirem, o leitor menos atento, a uma realidade fantasmagórica, fantasiosa.

Em se tratando de um conselho ou avaliação sobre o trabalho de uma jornalista em início de carreira, o texto de Carlos Graça deveria ser mais pedagógico e didático; refiro aqui pedagógico e didático no sentido de não apenas apontar falhas, mas, sobretudo, indicar caminhos para dirimir estas falhas. Quando você aponta o errado, deve sugerir o correto. Atitude que Carlos Graça, não teve. Ficou apenas em críticas inconclusivas que se esvaziaram na repetição do mesmo.  A alienação mental e espiritual é a pior epidemia da alma.

Mental e espiritualmente, Carlos Graça, parece-me estar alienado em suas convicções políticas, que ao invés de socializar o debate, tenta politizá-lo. Em vez de capitalizar o debate, tenta polarizá-lo em torno de duas figuras.

Aliás, é curioso ver que Carlos Graça, teve de esperar pelo pronunciamento do presidente eleito para vir neste espaço atacar a liberdade de opinião e de expressão. É um recado? Ou será que só agora Carlos Graça passou a ler os meus artigos? Confesso que gostaria de saber. Estou pasmada.

Portanto, fiquei lisonjeada pelo simples facto de saber que Carlos Graça, lê, senão todas, pelo menos algumas linhas dos meus artigos.

Quanto ao manifesto do Senhor, me perdoe Doutor, mas no meu entender foi uma             aberração – não porque eu (talvez) esteja correta, mas porque o Senhor não está em (boas) condições para julgar desempenho de jornalistas.    

 Carllile Alegre – carllilealegre@gmail.com

52 Comments

52 Comments

  1. Malapetema

    6 de Setembro de 2011 at 17:27

    Muito bom artigo.Muitos ainda no nosso país olham para a imprensa como saco de pancadas. O jornalista quando faz elogios é o melhor, mas é necessário temos cuidado, porque na Academia aprende-se muito mais do que isso na função e no exercer do jornalismo.Afinal a jornalista em questão como bem diz foi formada numa das melhores academias no ramo ao nível mundial. O Brasil hoje é o país que os jornalistas criticam e falam o que acham certo ou errado.Esperemos que a mentalidades em STP, comecem a mudar.

  2. Carlos Ceita

    6 de Setembro de 2011 at 17:29

    Bem meus amigos isso promete. Não entendo a reacção tão contundente da jornalista quando para todos efeitos o Dr Carlos Graça também emitiu uma opinião. Minha cara amiga e compatriota os jornalistas como seres humanos não são perfeitos ( proliferem por ai inúmeros exemplos) podem e devem ser criticados também. Todos devem ser criticados até mesmo o (in)falível papa Bento 4 elevado a 2.

    • psiu!

      8 de Setembro de 2011 at 5:54

      ela nao só foi criticada, foi rebaixada e espezinhada as suas competencias. deixe-se agora de ser advogado do bandido!

  3. Aguido

    6 de Setembro de 2011 at 17:34

    Valeu da uma lição a estes mais velhor q não se dão o devido respeito, faltou é sublinhar que um jornal informativo não é gabinete de propaganda de um partido nem um candidato. Quem informa e é a imparcialidade é jornalista do povo e inimigo do ditador, quem informa e é parcial é propagandista inimigo da verdade .,

  4. Constantinopla

    6 de Setembro de 2011 at 18:02

    Gostei!

  5. JYR

    6 de Setembro de 2011 at 19:09

    não respodeu?!! lol

  6. Peneta

    6 de Setembro de 2011 at 19:10

    Gostei da resposta. Devemos acompanhar a dinamica do Pais e nao estagnar com os engraxadores politicos.

  7. a verdade

    6 de Setembro de 2011 at 19:15

    Carlo e, toma pe ucu caboca.

  8. jaka doxi

    6 de Setembro de 2011 at 19:55

    Obrigada Carllile por este esclarecimento e que sirva de exemplo a tantos outros caducos da nossa praça.Já não estamos no tempo da ditudura onde o senhor Carlos Graça podia dar ao luxo de apenas ouvir ou ler o que lhe interessava.
    Força.

  9. Senhor Parvo

    6 de Setembro de 2011 at 20:55

    Carlos Graças velho sem juizo,,, pesamento d um Ditador,,, força ai Carlline,,, temos k mostrar pra esses velhos k tempo de hoje não é de ontem…

  10. da casta

    6 de Setembro de 2011 at 22:22

    é isto, entre aspa, oque piz de dotor, nao tem capacidade para analissar, o tamanho da verdade!!!!!!! óbrigado taz de parabens.

  11. Digno de Respeito

    7 de Setembro de 2011 at 4:59

    Cara jornalista,

    Admirei o teu silêncio até ao momento mas, sem dúvidas há perguntas que não merecem resposta senão, com a atitude. Nesta altura, lembro-me estar algures quando ouvi seguinte frase: “perguntas parvas, tolerância ZERO” e em devida altura, soubeste te enquadrar no tempo e no espaço distanciando-te um pouco da retórica discursiva para concentrar no essencial.

    Perante tal situação movida de espírito (talvez maléfico, parece que o vento tende empurrar muita “raposa velha” da doca pra fora. Como se fosse adivinho em relação às tuas palavras, reponho um dos meus comentários que fazia sentido naquele espaço mas, arrasto-o para o presente contexto:

    Caros,

    Lamentavelmente, São Tomé e Príncipe precisa de desenvolvimento em vários domínios inclusive, na área da saúde. Desde que o País foi independente e o período da minha idade de inocência pertenci ás fileiras da OPSTP, sempre ouvi falar da pessoa de Carlos Graça, mas nunca tive a oportunidade de lhe apreciar ou ter elementos de prova enquanto médico santomense desempenhando serviço em algum centro clínico ou hospitalar no País.
    Pergunto: qual seria a posição deste cidadão, se a jornalista narrasse um pouco da sua história elogiando-o? Também viria “espernear”, lamentar, moralizar, blasfeme-ar ou enaltecer a dita jornalista ?!
    Desde que esses artigos foram citados, só agora se despertou? Também pergunto o que teria o incomodado num artigo de opinião jornalístico? Não quero acreditar que as pessoas não devem se exprimirem livremente? Certo que também apercebi que a jornalista não aprofunda os seus artigos com cruzamento de fontes. Não sei se é despropositado para não provocar a fadiga aos seus leitores.

    Mas do essas preocupações mais simplórias, acho que o País precisa de pessoas que apresentem soluções viáveis para o seu desenvolvimento e não pessoas com preocupações desnecessárias e desajustadas ao contexto social, político e económico que vivemos neste momento. É preciso ver e analisar o mundo e fazer de STP um verdadeiro paraíso de união entre todos os santomenses.

    Um bom professor é aquele que além de apontar o erro e castigar, apresenta solução positiva aos seus alunos. Assim, ele poderá extrair bons resultados da sua turma.

    Já tive a oportunidade de transparecer nesse jornal digital que todos os artigos são lidos por sábios, não sábios, palaês, pescadores, pedreiros, pasteleiros, juristas, “estlijõns”, pasteleiros, aguadeiros, jornalistas, médicos, politólogos, comunicólogos, partidários e apartidários. Aos poucos vamos tendo a oportunidade da realidade que aparentemente dista de todos nós.
    Com isso só posso dar parabéns a dita jovem jornalista. Mais comentários há-de de surgir de todos os quadrantes… (pela positiva)…

    Bom trabalho Tela Non

    UNIDADE-DISCIPLINA-TRABALHO
    (é preciso reflectir)

  12. Digno de Respeito

    7 de Setembro de 2011 at 5:00

    Digo: (…) da “toca” pra fora.

  13. Digno de Respeito

    7 de Setembro de 2011 at 5:10

    Quando era pequenino correndo o “vagi de Libôquê” já a minha avó dizia: “Ninguê pô sá piquina ê cá dá n’guê tamé consê”. Até parece que o dito adágio popular se enquadra quanto mais velho mais criança somos (em determinados aspectos):)rs

  14. psiu!

    7 de Setembro de 2011 at 7:29

    Eu só queria ver agora duas coisas:
    – a cara do carlos gracas a tremer de raiva, e a cara da Aoaní a morrer de inveja, porque se havia emergido com a irónica pergunta, de: ” é jornalista a senhora?”

    porque a carlille dá licao de qualidade jornalistica.ai está a prova da jornalista que é!!!

  15. Mê Paciência

    7 de Setembro de 2011 at 7:53

    Começo por felicitar a Carllile por tudo aquilo que vem escrevendo, e sobretudo pela parte da sua intervenção esclarecimento, “respeitar os mais velhos”. Continua

  16. cubas

    7 de Setembro de 2011 at 8:50

    Eu fiquei com a sensação de que existem claras diferenças entre a qualidade da escrita (tanto no conteúdo quanto na forma) desta colunista neste artigo em relação aos demais que já tive oportunidade de ler. Porque será?

    • visita

      7 de Setembro de 2011 at 14:49

      De facto, concorde-se ou não com a opinião da jornalista, o facto é que a qualidade deste texto não tem nada a ver com os anteriores. Não parece que foi a mesma pessoa a escrever. E isso só o tempo poderá dizer.

    • ecocomenta

      7 de Setembro de 2011 at 15:03

      Permita-me sugerir-lhe algo sra jornalista.
      Disse a jornalista “… não são “países sub-desenvolvidos”, e sim “países em vias de desenvolvimento”, certo Doutor?…”
      E enquanto economista que lida com essas matérias respondo:- errado sra jornalista. Em economia coexistem várias teorias, e definições.
      Desculpe.

    • Verdade Verdadeira

      18 de Setembro de 2011 at 12:36

      concordo plenamente caro utilizador,a srª carlile meteu os pés na jaca. Uma coisa é ser-se subdesenvolvido e outra é estar em via de desenvolvimento. No caso concreto de s.tomé,que o acesso á agua potável e a luz eletrica ainda é um bem exclusivo,nao se pode dizer que é um país em via de desenvolvimento.
      obs: mencionei á agua e a luz,para nao apontar mais enfermidades.

    • psiu!

      7 de Setembro de 2011 at 18:10

      estás a induzir que alguém tem escrito por ela?

      nao te negarei que gosto dos seus artigos e de facto, até pareceu tambem. mas creio que ela tem sim capacidades e talvez sim tenha um colaborador ou ajudador.
      mas de todos os modos, nao a tiro os méritos por isso!

  17. Observador Atento

    7 de Setembro de 2011 at 8:57

    Tudo isso e muita retoica e desperdicio de energia positiva por pouca coisa! Tantas palavras para explicar o sub-desenvolviment, enquanto que toda gente compreende o que quer dizer o pais subdesenvolvido. Macroeconomia, microeconomia e mais…. o essencial e comunicar positivamente e agir para que o nosso pais avance. Nao sou defensor do Carlos Graca, mais penso que toda essa energia e prosa jornalistica so serve para alimentar mais retoricas e nao ajuda a accao que o nosso pais bem precisa para combater a pobreza e corrupcao

    • edy

      7 de Setembro de 2011 at 13:30

      muito bem escrito ” Bom observador”, a jornalista ao responder o doctor com tantas palavras sem sentido mostrou o seu outro lado negativo, ao meu ver ela valorisa o doctor mostrando a “pequenes”.

  18. sulila miranda

    7 de Setembro de 2011 at 9:21

    Muito bem Dra jornalista, nesta sua resposta ao Dr Carlos Graça, vê-se que é uma jornalista a altura, escreveu muito bem ;com cabeça, tronco e membros, por isso não volta a escrever a toa! Porque como já deve ter dado conta, felizmente muitos de nós tem capacidade de analise. Eu também quando li os seus artigos perguntei se era mesmo jornalista, não por achar que não tem direito de opinião mas, porque já me abituei a ler artigos de opinião e outros bem escritos e bem estruturados e francamente os seus deixaram muito a desejar. Ora vendo esta resposta a Carlos Graça, senti que estava lendo um artigo, ou melhor um optimo artigo. Por isso digo-lhe tem que nos manter com esse último nível e não com os anteriores se quizer que a valorizemos. Quanto a sua resposta ao Dr Carlos Graça, deixo que seja ele a responder, porque verdade seja dita, mesmo aos 80 anos, o nível dele é invejável…, gostemos ou não dele…E quem nos dera termos muitos mais Carlos Graça nas Ilhas, pois eles vão-se embora dentro de muito pouco tempo e os jovens que ficam, infelizmente não têm mesmo nível cultural …punda…CUÀ CU PLÉ CA DA SOCU FÉLA CA BÊNDÊ!

    • cubas

      7 de Setembro de 2011 at 14:44

      Plenamente de acordo contigo!

  19. Alcídio Pereira

    7 de Setembro de 2011 at 9:41

    Penso que a Carlile reagiu intempestivamente.

    Se é verdade que a ela está no seu direito de escrever o que bem entender, é também verdade que o Carlos Graça goza também desse mesmo direito.

    Confesso que as respostas do Carlos Graças tendem a ser intelectualmente agressivas, mas isso (minha interpretação) é a forma dele estimular a discussão. Aliás, quando o Carlos Graça responde é porque se sentiu intelectualmente picado e isso devia constituir motivo de orgulho para a Carlile.

    Carlos Graça, daquilo que conheço, será, talvez, dos poucos democratas da nossa praça. A César o que é de César.

    Esta resposta da jornalista, do meu ponto de vista, pecou por revelar amuo, irritação, nervosismo e insegurança.

    Esperava uma reposta mais elevada e estimulante. Foi pena.

    • ÁBC

      7 de Setembro de 2011 at 11:09

      Inteiramente de acordo com o Alcídio.

    • edy

      7 de Setembro de 2011 at 13:32

      obrigado Pereira

    • Makito

      7 de Setembro de 2011 at 17:14

      Pereira, se Carlos Graça é Democrata, então deveria manifestar-lo e se-lo do princípio ao fim. Não me tinha apercebido que era democrata, defendendo o maior dos nossos ditadores (ou será ex-ditador? vamos ver).

    • Alcídio Pereira

      8 de Setembro de 2011 at 9:02

      Makito,

      Se defender PC é não ser democrata, então os 53% de santomenses que votaram PC querem o regresso da ditadura? É isso? São todos “ditadores”?

      Tanto quanto sei o Pinto da Costa, nestes mais de 20 anos não se manifestou, pelo menos publicamente, que deseja o regresso ao regime de partido único. Bem pelo contrário, participou activamente em eleições democráticas, foi agora eleito PR e jurou cumprir/respeitar a Constituição (que é democrática).

      Portanto, defender PC não faz de ninguém mais nem menos democrata. Defender os 15 anos em que ele foi ditador, aí sim o caso muda de figura.

    • psiu!

      8 de Setembro de 2011 at 6:04

      suscitá-se debate politico ou debate, ofendendo?

      sabes que é tratar a pessoa de escrivaninha?

      há mais amuo na forma satirizada com que ela respondeu ou nas palavras agresivas do senhor Carlos Graca?

      como dizia a minha tia “pimento no rabo do outro, nao arde, é apenas refrescante,
      enquanto no nosso ele arde fora de série”

      a verdade é simples como água: a visada de todas as ofensas feitas pelo Carlos Graca é a jovem jornalista que viu tanto seu curriculum como capacidade ser posto na lama, portanto ela até respondeu é com muita educacao.

    • Alcídio Pereira

      8 de Setembro de 2011 at 12:51

      Quem anda nestas coisas de “escrevinhar”, como já foi o meu caso, tem de estar preparado para lidar com respostas menos agradáveis. Tem de ter capacidade de encaixe e procurar responder sem entrar numa espiral de degradação do nível.

      Se bem me recordo da resposta de Carlos Graça, os termos usados não foram propriamente elogiosos, mas, caramba, não foram ofensivos! Há que baixar um pouco o nível da sensibilidade, sob pequena de tudo ser… ofensivo.

  20. José Silva

    7 de Setembro de 2011 at 9:41

    Coitado do Graça, quém mandou meter!!!!!! Ao menos aparecia pra ajudar.
    Confesso que é com esta natureza que os nossos jornalistas deviam contribuir de forma lucida retratando factos que vêm ao longo dos anos agoniando o nosso povo.
    Espero que não pares por aqui cara jornalista e dê sempre o seu melhor.

  21. Daniel

    7 de Setembro de 2011 at 10:32

    Reconhecendo, de forma tão inequívoca quanto elogiosa, o direito e a liberdade de expressão que asssiste à jornalista enquanto pessoa, duas notas se impõem:

    1) a jornalista, na medida em que assume ter escrito na qualidade de articulista, deve estar capacitada a aceitar críticas ou opiniões divergentes de outros, politicos ou não, sobretudo dos não jornalistas. De contrário, há o risco da mesma fazer do Tela Nom, ou outro espaço, o palco não (só)para emissão das suas opiniões (consensuais ou não)mas também para resposta a todos quantos dela possam vir a divergir;

    2) A jornalista contraria-se ostensivamente. Com efeito, após invocar no 1º parágrafo razões, sempre simpáticas, que a impediriam de responder ao Dr Carlos Graça, acaba por lançar um imponderado, emocional, desproporcionado e irreflectido libelo acusatório, já para não mencionar a despropositada cascata de adjectivações o qualificações.
    Acresce que a mesma articulista aventura-se por caminhos que nem a própria domina e pronuncia-se ex professo mas erroneamente sobre a não utilização de determinadas expressões nas ciências económicas, esquecendo (ou desconhecendo)da coexistência de várias teses, posições e teorias, sendo que cada um segue e adopta, à luz dos critérios objectivos escolhidos pelo próprio, aquela que melhor entende.

    O saudável exercício da liberdade de expressão / opinião e do direito ao contraditório, reclama, pressupõe e exige que os seus titulares estejam a altura de aceitar e reconhecer aos outros os mesmos direitos que reclamam, e bem, para si…e que deveriam, outrossim, reclamar para todos.

  22. Daniel

    7 de Setembro de 2011 at 10:50

    Adenda:

    A articulista invoca ainda a suposta maturidade do último Presidente da República em não ter engavetado o diploma constitucional aprovado pelo parlamento.

    Ora, tal invocação releva que a colunista insiste em não perceber que no quadro constitucional santomense não existe o chamado veto de gaveta por parte do PR em relação aos diplomas oriundos do parlamento. É que este último órgão dispõe de poderes constitucionais de e para a superação do veto presidencial, pelo que, num espaço de semanas, o então PR ficaria obrigado a promulgar o diploma aprovado pelo parlamento.
    Donde, 1) não se pode falar em maturidade ou falta dela e, 2) afigura-se descontextualizada a comparação com eventual posição de um então lider da bancada parlamentar do partido do Dr. Carlos Graça. É que o cumprimento de uma obrigação constitucional pelo PR é totalmente distinto da liberdade de cada partido adoptar no parlamento a posição que melhor considerar, podendo esta ser censurável mas nunca inconstitucional ou ilegal.

  23. Teresa Triste

    7 de Setembro de 2011 at 12:09

    Só estou triste porque isso começou quando Carlile falou de um político a quem cchamou pai do povo, quando se sabe que as ofertas dos políticos aos necessitados podem significar apenas tentativa para alcançar algo em prejuízo desses mesmos necessitados.

  24. Barão de Água Izé

    7 de Setembro de 2011 at 16:03

    Parabéns pela forma que expressou o seu ponto de vista que contribui para a defesa da liberdade de expressão.
    Da mesma maneira que os pais e mães da nação Sãotomense é o povo, a liberdade de expressão é de toda a gente.

    • Malanza

      8 de Setembro de 2011 at 18:03

      Cara jornalista Carlile:

      Continue sempre a enviar as suas crónicas e reflexões, provocando respostas, comentários,reflexão e debate.
      Liberdde de expressão e de opinião para todos,como diz o Sr. Barão. Agradecimentos.

  25. Zé Cangolo

    7 de Setembro de 2011 at 16:19

    Eu também acho que era desnecessária a resposta nestes termos tão hostis. Bastava que a Carllile se explicasse melhor sem ter que entrar neste tom, mas se acha que desta forma foi mais eloquente, há que se respeitar, pois a diversidade é o sal da vida. Só gostaria de chamar a atenção para o facto de o Governo de Patrice Trovoada que foi derrubado por um instrumento constituticional de aferição da legitimidade do governativa, não ter saído de eleições (moção de censura), mas sim ter vindo substituir o de Tomé Vera Cruz, não foi sufragado eleitoralmente pela maioria dos são tomenses como o actual.

  26. Santa Marta

    7 de Setembro de 2011 at 16:52

    Teresa triste é uma daquela que está a procura de regressar aos tachos e aliviar da justiça justa. Quando C.Graça candidatou também não dividiu o partido? MLSTP é de Carlos graça, Maria, Rafael e cambardas? O tempo de bandidos já acabou. Os subsídios que vem de Angola que é dividido no riboque para membros da comissão política tem que acabar. O dia que tribunal estiver a funcionar como devia, vocês ainda poderão ser julgados por isso porque o partido não é uma empresa.

  27. Pedro Cassandra

    7 de Setembro de 2011 at 17:40

    Parabens Carlile,

    É jornalistas assim que STP precisa, e não so jornalistas, a nossa sociedade como um todo deveria deixar de ser hipocrita, e começar agir como pessoas desenvolvidas.

    Tomará tao logo passe mais 15 anos pra muitas dessas mentes se extinguirem da nossa sociedade

  28. Gilmar Luis de Sousa

    7 de Setembro de 2011 at 18:07

    Cara Carlile:
    Depois de ter lido o seu texto,tive o cuidado( o bom senço assim o determina) de tornar a relêr o texto escrito pelo Dr.Carlos Graça, para não cair no erro de emitir opnião que possa ser injusta e imparcial;Ora,sinceramente,continuo sem compreender o/os motivos para que Carlile se sinta ofendida ao ponto de ter uma reação violenta a roçar o desrespeito por alguêm que ( assim como a Carlile) não fez mais do que emitir a sua opnião.O direito de opinar e contrariar é um previlegio que cabe a todos ( jornalistas,leitores,etc),e como jornalista que é deveria saber.Espero sinceramente que essa troca de “birra” tenha terminado,porque não é isso que os leitores do Téla Nón esperam da Carlile.

  29. Observação

    7 de Setembro de 2011 at 22:18

    E isso não é uma resposta ao Sr Carlos Graça… Hum, hum,hum!

    Uma autêntica novela brasileira. É triste pensar que são-Tomé precisa de pessoas assim (como indicado em diversos comentários) que pensam que só porque têm uma Licenciatura ou Doutoramento são detentoras de verdade, sabem tudo e podem tudo.

    vamos aprender a respeitar os outros, para que possamos também ser respeitados.
    Sobre o artigo em si, apenas atrevo-me a dizer no comment.

    • psiu!

      8 de Setembro de 2011 at 6:08

      de todos os modos já comentaste. devias era estar calado, entao…

  30. Lucileide Lima ( GIBELA)

    8 de Setembro de 2011 at 9:41

    Carlos Graça merece um grande respeito particularmente de nós jovens pela manera como cultiva a intelectualidade, valoriza o conhecimento e estimula o debate de ideias e respeito pelas bases da condição humana.

    • democracia

      8 de Setembro de 2011 at 13:49

      E tambem por ter sido o primeiro membro fundador do MLSTP a tomar publicamente posiçoes divergentes à ditadura em 1976 .(Por isso , foi condenado, à revelia, à mais alta pena politica proferida na historia do pais : 24 anos de trabalhos forçados). Por ter sido o primeiro à regressar para participar à construçao da democracia quando MPC começou a dar sinais de abertura politica .Por ter ficado sozinho em 1991 para manter o MPLSTP em vida, quando todos tinham fugido ( incluindo MPC). Por ser talvez o unico politico que nunca ficou envolvido em nenhum caso financeiro ou de corrupçao.
      Por ser uma figura respeitada no estrangeiro,intelectual, articulista, escritor.

    • San Fulana!

      9 de Setembro de 2011 at 8:18

      ao te identificares como lucileide gibela, que pretendes? que o carlos graca leia o teu comentário e depois mande o pinto e maria das neves nao darem um pontapé na bunda ao Aurélio, porque tens lambido botas para salvaguarda-lo?

      que descaramento senhora!

  31. Salopessa do Bailundo

    8 de Setembro de 2011 at 9:57

    Agora sim.Carlile está de parabens.Demonstraste de facto o quanto és realmente profissional.Uma chapada sem mãos pra estes velhos que parecem estar a perder juiso e só intervêm para o mal da sociedade que dizem amar.Falços e caducos deviam deixar pessoas que entendem da matéria fazer o seu verdadeiro papel e não se intrometerem onde não foram chamados.Se é Dr.na área de medicina então que cuide dos seus pacientes e deixe que os jornalistas,repórteres,escrivões,redatores e outros que fazem parte da classe(jornalistica)cuidem do resto.
    Mais uma vez Sr.Carlos Graça deixe de fazer intervenções desmedidas que só vêm prejudicar o bom nome da classe jornalistica Santomense.Se saiste da toca onde estavas escondido por causa do……então saba que ele nem esta pra aí consigo ok!Este é um dos actos que se podem considerar de VANDALISMO.Então PARA com isto e fique no seu lugar.

  32. Pinto

    9 de Setembro de 2011 at 23:51

    Ainda bem que são artigos de opinião.
    E pena que com essa linguagem não vamos a lado nenhum

  33. João Gomes Pimentel

    10 de Setembro de 2011 at 23:09

    Dr. Carlos graça triste homem, que tudo fez ao seu alcanse, mais nao conseguiu atingir o lugar cimeiro, ser Presidente da Republica.
    Agora nos limites da vida passatempo em Portugal a fomentar intrigas, enveja daqueles que podem fazer o melhor para o Pais.
    É mesmo triste.

  34. Verdade Verdadeira

    11 de Setembro de 2011 at 14:15

    A srº Carlile demonstrou,neste espaço que é uma espert na arte do dito por nao dito.
    Disse que nao ia responder ao dignissimo srº. Carlos Graça.Ora,nao só o fez como bombardeou-o desalmadamente.
    Assaz-me dizer a srª. Carlile que antes de esboçar qualquer tipo de proza,principalmente desta natureza,deve fazer uma introspecçao e nao se deixar contagiar pelo impeto emocional.
    A srª. Carlile caiu em flagrantes contradiçoes.Nao as comentarei,mas sim deixá-las-ei para sua consciencia.
    Importa-me sim debruçar,sobre o que mais me preocupa em si.
    A srª. precisa de saber que, quem muito conhece nao precisa de palavras dificeis para se explicar,nao usa de subterfugios e nao se refugia em linguagem impenetravel e superficial. O excesso de vocabulos,antes de afirmar competencia,revela superficialidade e desrespeito ao receptor.Deves usar o estilo claro,evitar a ambiguidade,a obscuridade,o pedantismo, aafetaçao, o esnobismo. Usar sim,a sintaxe correta e um vocabulo ao alcance do receptor.
    A clareza: é essencial a todo escritor,pois facilita a percepçao rápida do pensamento.

  35. Digno de Respeito

    14 de Setembro de 2011 at 5:07

    Conclusão da novela ou mora:

    Toda a acção de graça, fica na graça de quem engraça caso contrário, contrai (des)graça. Mas, a nem todas graças tem graça porque é preciso temperamento e calibre para se dar engraça. O engraçado é que todos engraçados têm o devido espaço de conquista por vezes gratuita. Logo, é desvalorizado (embora detentor de mérito) que não soube em devida altura preservar.

    Essa estória de ” atirei o pau ao gato…” nem sem sempre é eficaz porque o alvo pode ser (in)atingível… é preciso algum cuidado ou de tudo Cautela com o que dizemos ou fazemos

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