Análise

A prata da casa

Todos falam e lamentam a crise da justiça, mas nada se faz, ninguém, seja a sociedade civil sejam os políticos, sejam os sucessivos governantes! A culpa da crise não é unicamente dos tribunais, é mais a crise da culpa que em stp morre sempre solteira.

Denúncias aparecem, mas nada se faz para mudar o sistema, pois isto implica ir mais fundo, mudar as mentalidades e para isso teriam de se mudar os valores!

Nem mesmo as reformas, sempre diagnosticadas e muitas vezes com as terapeuticas propostas, [e bem propostas pelos próprios operadores locais da justiça] vão adiante, vejam os encontros sobre a justiça, os estados gerais da justiça, e até por fim leiam o mais recente e carissimo relatório “encomendado” pelo misnistro da justiça.

Mas a realidade é visível, indesmentível. A justiça em STP está caduca, mal apetrechada, mal acondicionada, com péssimos juizes em todas as instâncias [com algumas boas e raras exceções, onde obviamente coloco os novos, promessas de futuro].

Antes já ia mal, pois nos fomos habituando ao “mando dos juizes”, desde o tempo dos juizes do povo do partido único, [nomeados por confiança política] onde o mérito e a competência não eram necessários, depois pela “justiça do ministério”, quando havia ministros de justiça a mandarem, e quando se iniciou o processo democrático, a abertura política do pluripartidarismo, a justiça não se modificou, continuou com os mesmos e pior, com a mesma mentalidade e prática, que ainda se mantém! Pois quando o mais alto magistado do sistema, se “arroga” poderes de revogação de uma decisão de um juiz, violando as regras mais elementares de processo civil e do direito, ainda está a “mandar” como nos velhos tempos, e pior é que a sociedade tudo aceita, pacatamente e pior ainda, para “satisfazer” interesses de regime, de classe, de “interesses” que violentam a consciência jurídica e moral.

O supremo tribunal de justiça compõe-se de juizes mal preparados, na generalidade desconhecedores do direito que tinham por suprema missão aplicar, arrogantes [existem boas exceções, de homens sérios e esforçados para ultrapassar as suas limitações da carreira e da falta de tempo de serviço e experimentação nas matérias jurídicas] como balões de ar quente, geralmente decidem mal e “as mais das vezes” sem ou contra “justum”.

As decisões do stj, não são cohecidas, pois não são divulgadas, ficando nos processos longe das críticas e dos comentários, [apontem um caso de uma sentença [acórdão] do STJ das que deram e dão que falar, que tenha sido publicada] são em geral mal fundamentadas, com graves e inconsistentes erros de grafia e incorreções linguísticas, mal estruturadas, ou mesmo sem fundamentação clara e congruente, revelando, na generalidade má aplicação do direito.

A primeira instância padece dos mesmo defeitos, com erros graves de direito e sem fundamentação compreensível.

O volume dos processos não se compadece com os tantos de anos de atrazos, sendo o número de magistrados judiciais atualmente em funções suficiente para a resolução dos processos, se estivessem mais tempo nos gabinetes a trabalhar, se se dedicassem aos processos e a resolver os problemas dos cidadãos que procuram a justiça, a situação poderia estar  resolvida.

A formação de base, originária, dos magistrados judiciais não é a mais adequada, nem a recomendável, pois existem casos de formação [e casos de juizes “de sequeiro”, juizes sem curso] em países de sistema jurídico estranho à formação e ao sistema de direito aplicável no país, direito “descendente” do direito colonial de portugal continental, sobrevivente ainda em dipolmas fundamentais em vigor em STP, nascidos do sistema jurídico conhecido como de “raiz romano germânica”.

Deste modo, sem entrar na discussão das formações universitárias, em países moçulmanos ou comunistas, onde o direito tem formação muito distinta da que é exígivel e necessária a um jusrista continental europeu, o certo é que não é a mesma coisa aprender o código civil ou penal português aplicável em STP ou estudar o Corão ou outro qualquer sistema diverso e diferente do romano germânico.

E o direito que se tem de aplicar em STP é derivado do sistema de direito continental europeu, herdado de portugal.

A agravar a situação, faltam os estágios de formação, não se é juiz por se ter tirado um curso de direito, hoje um juiz em portugal, só está “pronto” para iniciar o trabalho, depois de cerca de 3 anos de formação, depois de terminada a sua licenciatura.

Em STP, acabava-se o curso, e um primo, cunhado ou amigo mete-o no tribunal. Felizmente agora, “por concurso” [alguns entram pela porta do “cavalo”, isto é a trote em sentenças desconformes ao direito, mas para dar aquela “aparência” de que as coisas estão bem feitas, como se faz usualmente “à nossa maneira”] público foram admitidos cinco promissores jovens magistrados, [e consta que mais 2 pela porta aberta por duas sentenças do stj].

A formação complementar, não existe como base de aperfeiçoamento, falta a formação contínua, e aquela “formação” que fazem ou no caso de alguns “dizem fazer” “no estrangeiro” não é a mais adequada, pois desconhecem e desconsideram a realidade orgânica e judiciária do país, que ainda aplica os preceitos que há muitos anos dexaram de vigorar em portugal, caso dos códigos de processo civil de 1967, e de outras leis, como até há pouco os casos do código penal e processo penal e por isso, s formações baseadas nas leis modernas, não têm em atenção a situação da organização judidiária em STP onde no administrativo o stj ainda faz, embora mal, aplicação do regulamento ultramarino!

A formação deveria ser permanente e feita no país, o que não acontece, sendo que o projeto de decreto da escola de formação, sendo já letra escrita, ainda não é letra de lei, pois não viu a luz do dia, nem sei se a verá, com este ministro da justiça e no quadro de total imobilidade das reformas da justiça e do estado.

As secretarias judiciais não funcionam bem, além de estarem na generalidade mal dotadas e apretrechadas, [instalaaram recentemente umas máquinas novas, mas não está o pessoal preparado para as usar nem teem os programas de gestão adequados] não se fazem as contas dos processos de acordo com as regras do código das custas judiciais, os processos, na generalidade, estão mal tramitados, não são tramitados de acordo com o procedimento correto, aliás nem um código existe que tenha visto, ou muito poucos, tirando agora os novos juizes que estão minimamente apretechados de livros jurídicos, para poderem estudar as leis de processo que devem reger o andamento dos processos e das leis substantivas que regulam as relações jurídicas establecidas na sociedade.

Faz-se tudo por habituação e os erros tornam-se nas regras.

Os funcionários estão entregues à sua sorte e vão “aprendendo” com os mais velhos, perpetuando os erros de processamento. Fizeram uma distribuição recente, apinhando os funcionários no colo dos outros, mas o que é fundamental, a preparação, a formação, não se faz.

Quando é que um funcionário do tribunal de stp teve hipotese de ir fazer um curso de formação ?

Quem os formou, como e onde vão aprender a tramitar os processos, se nem um código de processos civil ou de custas judiciais possuem ?

O direito aplica-se em stp por que um juiz disse que se aplica, [sem fundamentar] ou porque um dos mais antigos faz assim e é assim que se deve fazr e pronto, ninguém discute, ninguêm que saber, todos aceitam e os que discutem são mal vistos e perseguidos.

Os anos decorrem e os processos estão por resolver, atrazados por centenas e centenas de prazos por cumprir, de julgamentos por realizar, de sentenças por fazer.

Não falo, unicamente, da falta de ética, da competência, da ponderação, dos costumes, falo das práticas mal formadas e do direito muito mal dito e feito nos tribunais de STP.

Porém, nem tudo estará mal, se reconhecermos o que está mal e tentarmos emendar e corrigir, para fazer melhor, mesmo com a “prata da casa”, e, talvez iludido, me convenço de que vale a pena discutir e até ser mal compreendido, insultado, maltratado, por tentar mudar as coisas na justiça no meus país natal, pois tenho a certeza de que a minha voz clama de maneira a ser escutada, mesmo por aqueles mais surdos, “os que não querem ouvir” ou dos mais cegos, dos que não querem ver. Não clamo no deserto, e o meu apelo vai para a boa “prata da casa”.

Carlos Semedo

35 Comments

35 Comments

  1. a verdade

    4 de Outubro de 2012 at 15:26

    Mas esse Sr nao tem nada a fazer ou que?
    Isto ja e demais, va trabalhar sr. Se tiveres oportunidade pra Governar, sera q faras o melhor. Q longo texto, por favor va trabalhar Homem.

    • zuchi dletu

      4 de Outubro de 2012 at 15:44

      Boa!!! e tu o que fazes “ó verdade” ? trabalhas ? em quê ? deves ser dos que vivem da mama do estado, escondido num gabinete, a passar tempo !!! incomoda-te o que escrevo? ou és daqueles que só sabe dizer mal, pensando que és o melhor da tua rua ? deves ser dos que estás de mão estendida para rapar, ou com alto cargo do governo !!! para quem como eu sabe e quer fazer coisas, tenho tempo para os meus processos, e ainda para zurzir os da tua laia, que se julgam donos de todas as coisas até mesmo pomposamente, se chamam “a verdade”. Já uma vez disse que eras “mentira” agora repito, és um “mussanda” [aquela trepadeira parasita, que se encosta e vai tapando até matar] é dos que são afinal pegadas e rematadas mentiras!!! E fica sabendo que vai chegar mais, muito mais e talvez sejas dos que eu vou denunciar… a ver vamos… olho por olho dente por dente… o verdadezita… védé védé mé, bô na sá védé fá ê, bô sá mintxila…

    • a verdade

      5 de Outubro de 2012 at 15:00

      Am Sorry Bro, just to let you know that what you’re writting it doesn’t make sense to me, anyway keep it up. I’d like to use this opportunity to let you know that I don’t work for the Government neither anyone in STP, my opnion goes to the fact that our people are starving while you are in bla bla bla, we need action Bro, therefore what is your action plan, do something Bro, help your people, am still a very young man besides my time has not yet come, I’ll let you know at the appointed time. Ante ola bila Bro

    • Elias Diakum

      6 de Outubro de 2012 at 8:29

      Your English is very lame. 🙁

    • a verdade

      6 de Outubro de 2012 at 17:24

      It’ll take u an iternity to reach my level Elias. Cool down body, u r a new born baby in English world, I never heard of u before, I can give u d list of names I respect in STP urs is not included. Clear ur eyes b4 u fall in a pit. Bye

    • ÔSSÔBÔ

      7 de Outubro de 2012 at 18:01

      Isto é uma autentica palermice! Escrever em inglês!
      Se leu em português e entendeu, porquê exibir o inglês!

    • ÔSSÔBÔ

      7 de Outubro de 2012 at 18:04

      Caracas! Viva!!!

    • a verdade

      7 de Outubro de 2012 at 21:27

      Ossobo cada um exibe com aquilo q sabe ou tem, eu exibo com aquilo q sei, e tu na rua exibes com o bem do povo. Fui

    • a verdade

      6 de Outubro de 2012 at 17:18

      Nao me incomodo com o q escreves Semedo, so me incomodo com a sua figura (foto), tens aparencia de Carlos Gorgulho. Cada vez q vejo lembro do massacre de Batepa. Tenta aparecer menos vezes ou manda trocar a foto.

    • Afinal

      8 de Outubro de 2012 at 6:40

      Pelo menos Semedo deu a cara! E tu, caro hipòcrita e arrogante????
      Com humildade

    • Takimo

      4 de Outubro de 2012 at 17:04

      Vocè deve fazer parte da escumalha que anda a poluir a nossa justiça.

    • Takimo

      4 de Outubro de 2012 at 17:05

      Vamos a ver qual vai ser o contributo desta recém criada organização da sociedade civil (CIP) para a resoluçao destas e outras situações

    • J.Rosário

      4 de Outubro de 2012 at 17:42

      Será esse o dono da verdade absoluta?Muitas dúvidas porque quem se identifica como verdade deveria ter um rosto,uma identidade real e não ter medo e esconder-se por detras de uma máscara.Se é dono da verdade saiba ser sensato e mais útil com argumentos mais aceitáveis esclarecendo melhor a razão da sua indignação para com o autor do artigo. Todos nós temos que fazer e o sr. Carlos Semedo não é um ser irracional,pois sendo ser pensante tem o trabalho de se preocupar com as funções que exerce como profissional e não ´so como o de escrever os artigos que relatam situações preocupantes que afetam a nossa sociedade e convida a reflexão de todos aqueles que são são-tomenses não só como os que são amigos de S.Tomé e se interressam com o desemvolvimento das ilhas maravilhosas.De referir que tipo desse comentário é caraterístico de quem se sente conformado porque se identifica com o eixo do mal ou arrogante se considera.É aquele que não faz e nem deixa o outro fazer…Essa marca parece-me familiar a de um comentador que outrora tinha opinado sobre um dos belíssimos trabalhos de Horácio WilL de convite a reflexão.Todos somos livres nas nossas opiniões mas que elas devam ser argumentadas em caso de desacordo isso sou a favor.A mudança de mentalidade é prioritária,isso de remeter a condicionalismo,comparações infundadadas,ERRADOOOO.”Se tiveres oportunidade para Governar,será q faras o melhor.”Onde está a ética,a moral,a determinação,o não julgar a priori…O homem integro tem que se despir de preconceitos e cultivar a consciência e estar preparado para enfrentar as adversidades e buscar respostas alternativas para a solução da boa gestão,esse ensinamento tem q fazer parte do dia-a-dia do ser humano que não se pretende parado no tempo.Não sou veiculador de bons ensinamentos mas como cada um de nós é livre na sua opinião desde que equilibrada,eu sou do tipo que falar por falar melhor deixar a caravana passar.Escrever ,falar repetidas vezes sobre um mal,alertar e apresentar soluções nunca é de mais,porque aqui encaixa bem: pedra dura que tanto a água bate nela que… “Se o inimigo nos ataca é pq estamos no caminho certo”Sou de opinião que a culpa não deve morrer solteira e o dossier corrupção tem que ser tratado dessa forma.Venham mais artigos deste calibre.Pensamento positivo,se eu for governo farei o melhor,ah,ah(sem stress)Temos que convergir os esforços na luta contra o que está mal.Os poderes disputam-se e o povo é oquem mais ordena.Bem haja,João Rosário.

    • VIOGO

      4 de Outubro de 2012 at 18:19

      O primeiro comentador é um dos grandes bandidos dessa terra ou ele tem ligações os mafiosos (familiar ou não). Porque insurgir contra uma opinião dessas do Carlos Semedo é ser criminoso e inimigo desse Povo.

      Caríssimo Carlos Semedo esse país não aranca, como nunca arancou com Pinto, Trovoada,nem Fradique e os comparsas; e mais Pinto. Nuca não anda. É mentalidade desse Povo incutido pelos faqctores historicosa e com alguma dose de colinialismo que os preparou assim para reinai.
      O país só avança com uma intervenção internacional em que se cria um órgão através das Nações Unidas que administra-o durante 5 anos e depois entrega aos nacionais. Aí sim: cria-se novas mentalidades, nov a cultura dse Estado, etc. etc. e realiza-se eleições. E até lá esses velhos casmuros e bandidos já não estarão no Tribunal. Tem, toda razão naquilo que disse. Mas não vai mudar, porque como disse todos falam (especialistas em discursos que sustenta um ministro como o da justiça etc. E inclusivé as barbaridades que se cometem nos tribunais. Não há solução… pode cantar.. . nada. Só com interven ção.

    • a verdade

      5 de Outubro de 2012 at 14:52

      VIOGO, nao sou bandido nem ei de ser tenho opiniao diferente quanto ao sr semedo acho q deve fazer algo melhor do isto, eu e vc temos acesso a internet, e o povo q sofre sera que neste dado momento estao a ler ou tenhem alguma informacao do q esta a passar, o povo esta sem norte e o Sr Semedo esta na teoria. Achas isso justo. Por a ti tambem digo o mesmo va trabalhar. A 3 anos quando fui a STP so me apetecia chorar. Eu sei o q sinto, va trabalhar. Um dia as de me conhecer…bye

    • a verdade

      5 de Outubro de 2012 at 15:08

      Desculpa pelos erros, estou a escrever a pressa e atravez do telemovel. Obrigado

    • Quem é a verdade?

      4 de Outubro de 2012 at 20:50

      a verdade.

      Repara que nenhum dos artigos escritos por Sr. Semedo foi desmentido até então pelo que até não se vê motivos para os achar sem credibilidade. Quem se chama verdade ou requere a verdade do outro, se disporia a ler artigos desses (extensos ou pequenos) e se alegraria na espectativa de melhores vontades para o bem da nação.

      Cada um lê o que quer e deixa que os outros leem o que querem. Creio que o seu problema não seja a qualidade/extensão do artigo mas sim o medo dos seus conteúdos.

  2. Gualter Oliveira

    4 de Outubro de 2012 at 16:32

    Meu caro amigo,
    Se que quiser ser respeitado, controla sua aparição, assim as pessoas nem vão leu o que escreve ( seu artigo, mesmo que tenha razão em tudo .
    Pelos visto deve ter algo pessoal com algum ou dos senhores da praça. Nem sempre quem fala alto tem razão, quem grita nem sempre é ouvido…. espera moemnto certo para mostrar que é de facto inteligente, tem soluções para o país e que as suas revindicações são legitimas…….. pense bem sobre isso.
    Sou santomense, apesar de viver maias de vinte anos fora, sei muito bem como as pessoas pensam ( lembra se de muito recentemente o preseidente da Republica dizer numa intervista a RTP Africa, que Blu Blu Blu na sá luta fá? ….. tenta saber o que ele queria dizer com isso.)

    • Gualter Oliveira

      4 de Outubro de 2012 at 16:36

      ” Momento” “mais de vinte anos”

    • Gualter Oliveira

      4 de Outubro de 2012 at 16:37

      ” ler”

  3. Odair Baía

    4 de Outubro de 2012 at 17:50

    Caro Carlos Semedo, felicito-o pelo artigo ora publicado e gostaria de colocar algumas questões:

    V. Ex. diz que “Todos falam e lamentam a crise da justiça, mas nada se faz, ninguém, seja a sociedade civil sejam os políticos, sejam os sucessivos governantes! A culpa da crise não é unicamente dos tribunais, é mais a crise da culpa que em stp morre sempre solteira”. Isto quererá dizer que é preciso encontrar um culpado e V. Ex. não ousou fazê-lo.

    Hoje existe um Governo da Justiça que é governado pelo Conselho Superior da Magistratura. Se a memoria não me falha, visto não estar diante do Estatuto dos Magistrados, aquele órgão tem uma completa autonomia administrativa (gestão e disciplina sobre magistratura judicial) e financeira (orçamento próprio). O Ministério Público também dispõe de autonomia administrativa e financeira tendo também um conselho.

    Cada conselho tem a competência para analisar os seus pares. É um poder fechado em si mesmo. Não são nomeados pelo povo e nós zé povinho sabemos como são nomeados os Juízes, Procuradores e funcionários. Trata-se de uma linhagem sanguínea, se fizessem um ADN aos Juízes, Procuradores e funcionários judiciais corria-se o risco de termos uma justiça onde trabalham manos, primos, sobrinhos, boquitas etc. No entanto vivemos num país onde somos todos primos, por isso não ariscaria uma tal certeza.

    O que eu pergunto é se esta forma do governo da justiça não é um modelo de desresponsabilização por parte do Governo?
    Havendo um Governo da Justiça, como é o de STP, quem manda de facto na justiça? Qual o papel do Governo?

    Sensação que eu tenho é que o Governo, refiro no geral, tanto este como os antecedentes, entenderam e entendem este modelo de independência como sendo “eles que se entendam”. Para isso não seria necessário um Ministério da Justiça. Este é típico do pensamento que entende que o problema de justiça deve ser resolvido pelos juízes.

    Acontece que a justiça é um problema de todos, Juízes, políticos, sociedade civil, etc.
    Penso que deve haver uma independência administrativa das magistraturas, mas deve também haver uma correspondente responsabilização e transparência.
    Sendo o Tribunal um órgão de soberania, deve interagir com os outros órgãos de soberania e vice versa.

  4. voz de povo

    4 de Outubro de 2012 at 17:52

    Acho que a verdade tem razão, esse senhor não tem mesmo o que fazer.
    Acho que os angolanos, cabo verdianos e moçambicanos nunca aceitariam isso. Ainda por cima anda a insultar as pessoas só porque formaram nos paises de leste. Sinceramente. Será que escolheram estudar naqueles paises, ou não tiveram oportunidade de estudar no ocidente?
    Sabia que em Cuba há mais qualidade de formação do que em Portugal?
    Que plante batatas ó C. Semedo.
    Fui

    • Augerio dos Santos Amado vaz

      5 de Outubro de 2012 at 0:19

      O Dr. Carlos Semedo,fala com conhecimento de causa, e ele foi a STP, por causa de insistências reiteradas do Leite, aliais, depois de ter -lhe sacaniado, lhe atribuiu um certificado de mérito. Eu estudei em Cuba, e nunca me senti ofendido pela opinião de pessoas que julgam o saber pelo local onde se estuda. E, se reparar bem, esse não é o casodo Dr. Semedo. Ele, apenas diz que para ser Juíz em S.Tomé, onde impera o sistema Romano Francês, é necessario ter o conhecimento que é adquirido nos países que impera esse sistema. Posso até discordar dele, mas é apenas e somente uma opinião. As pessoas devem se libertar de complexos e ser gentes decentes. Caso contrário, vamos continuar por longos e longos anos nesse sistema de ignorância planificada imperante em S.tomé.

    • Ernestino dos Santos

      5 de Outubro de 2012 at 17:45

      Certamente o Sr. Augério e o Sr. Carlos Semedo estão formados em direitos e sentem-se injustiçado pelo sistema e acham-se de que ao nível da justiça há juízes que precisam de formação contínua de actualizações.Eu sugere que unem as vossa a ideias criam uma escola de formação Profissional de Profissionais da Justiça na área de mestrados e doutoramento por módulos com base na doutrina jurídica de STP e não complicam as Leis que quando são por excesso torna impraticável como existe neste momento em Portugal que com excesso das Leis limitam-se a única causa jurídica Arquivamento dos processos mesmo com factos reias de crime. Só para lhes dar um exemplo: matam um cidadão STP é identificado o cadáver, vinte dias depois Tribunal ordena a cremação do cadáver, não comunicam os familiares,é identificado o criminoso colocam-o na cadeia e 6 meses depois extraditam-o para o seu país de origem.
      Pela Lei do código processo penal o crime de homicídio tem a pena de prisão por 25
      anos e pode ser reaberto o processo em qualquer momento durante 10 a 12 anos como diz a Lei portuguesa CP e CPP, mas erro grosseiro do sistema judiciário e do Estado português e de justiças portuguesa estão marimbando para o caso, a verdade é que a sua mãe, que está em STP ficou sem o seu filho e como não tem dinheiro para pagar o bom advogado, a injustiça é o pão nosso de cada dia neste país europeu, que está virado apenas para a raça branca,triste situação da raça negra que precisa de lutar para acabar com essas impunidades.

    • a verdade

      6 de Outubro de 2012 at 17:03

      Augerio, fala-me da fabrica rosema homem, como e q esta o caso? Sera q o Semedo esta a te ajudar? Passa mais tarde no papa figo, vamos tirar um gare e tomar uma bitola enquanto falamos meu. Melhor meu tomamos levantin meu com aquelas cascas enquanto lemos o Kekua. Ante ola bila

  5. santomense tambem

    4 de Outubro de 2012 at 19:54

    “Voz do Povo” outro atrasado mental. Leia o artigo de principio ao fim e deixe de baixeza, estrupicio.

  6. ANCA

    4 de Outubro de 2012 at 22:36

    Muito bem

    Carlos Semedo

    Nunca deixes de falar, denúnciar, propor, contestar, com isenção, com rigor, com transparência e sentido de Estado.

    Pois STP, é o País que te viu, e nos viu nascer, enquanto SãoTomenses.

    Por isso todos, onde quer que nos encontremos temos, de ter orgulho, coragem, obter, capacidades, competência, altruísmo, saber, saber dizer, saber ser, saber estar, saber fazer, de modo a contribuír-mos para o crescimento, desenvolvimento, e modernização sustentável do nosso País(Território, Mar, População), á nível Social, Cultural, Desportivo, Político, Ambiental, Económico, Financeiro, e no que a tua área de Formação e Competência, diz respeito.

    Nunca desistas

    Nunca desistamos caros cidadãos Sãotomenses, de procurar-mos o melhor para o nosso País(Território, Mar, População).

    Acreditemos

    Mediante a Disciplina, a Unidade, e gosto pelo trabalho árduo

    Somos Capaz

    Pratiquemos o bem

    Pois o bem

    Fica-nos bem

    Deus abençõe São Tomé e Príncipe

    Carlos força, coragem, acredita em ti.

    Bem haja

  7. Minuye

    5 de Outubro de 2012 at 13:58

    Não diria que o povo anda alienado no nosso país. Na verdade esse mesmo povo já tem tantas preocupações (falta de luz, água, comida, saúde) que lhe afeta diretamente no dia a dia, que falta tempo e disposição para fazer críticas organizadas. Além disso, não podemos nos esquecer que por causa da pequenez do nosso país, a retaliação funciona muito bem, por isso, ninguém quer se arriscar a fazer críticas e no dia seguinte perder seu pão. Enquanto isso, na classe de cima, o mesmo sistema impera,ou seja, cada um come no seu canto e ninguém se mete com ninguém. Assim, vai-se juntando alguns euros na conta, alguns carros e casas, enquanto o país STP se afunda, ao jeito africano de ser.

  8. a verdade

    5 de Outubro de 2012 at 14:42

    Repito, o Sr Semedo q va trabalhar, tantas criticas sem resultado, queremos homem em accao nao em teorias, o povo esta cansado e farto de Drs teoricos, filosoficos, cientistas etc. O homem quando tem fome e vem a sua casa pedir ajuda o q ele quer e comida nao oracao, oracao trata-se de teoria neste caso, comida trata-se da pratica (accao). Todos a contribuirem duma forma ou outra mas ninguem sai em defesa do povo. Se nao existe-se a internet o que seria do Sr Semedo? Sera q ele teria a coragem de sair a rua? Sera q faria o q o Dr Filintro fez, ou sera q faria o q os primeiros Homens do PCD anteriormente Grupo de Reflexao feziram, enfrentando o regime do partido unico. Basta de historias entre em accao Semedo. Basta Homem

    • Augério Dos Santos Amado Vaz

      5 de Outubro de 2012 at 17:37

      O Semedo já entrou em acção com o que de melhor sabe fazer, e escrever também é acção, a única acção se calhar que a Verdade pretende é que se perca a cabeça e se resolve os problemas com base na violência, mas, não se preocupa, não há mal que dure cem anos nem o corpo que resiste. È apenas uma questão de tempo.

    • panha

      5 de Outubro de 2012 at 23:22

      fala gege na verdade? ele e a mentira
      Isto é juiz? divida,bandida
      se cale

  9. J.Rosário

    5 de Outubro de 2012 at 20:57

    Este e muitos outros artigos publicados no quadro SUPLEMENTO/OPINIÃO do Téla Non tem suscitado troca de ideias entre diversos leitores e o autor dos textos publicados.Em situações diversas referindo-me concretamente a esse quadro as vozes de alerta através do mensageiro mudo tem avivado as diferentes mentes com assuntos na sua maioria de grande qualidade.Nós vivemos na era das tecnologias de informação e de comunicação(tic)e quero aqui recordar que com essa magnífica ferramenta (internet) pode-se fazer uma revolução,enriquecer os nossos conhecimentos mediante pesquisas …As mudanças recentes que tiveram lugar em alguns países onde o domínio era totalitário,ditatoial foram conseguidas através da internet,só lamento o fato do acesso a internet atingir uma camada muito restrita devido aos tarifários praticados em S.Tomé e Príncipe. Espero que essa situação se inverta e que a internet ,ferramenta preciosa do mundo moderno possa chegar a muitos da nossa terra.Todos nós somos filhos da terra ,os que estão dentro e os que estão fora por razões várias devemos congregar esforços e contribuir de forma positiva pelo desenvolvimento do país ,pondo de parte o egoismo, a persiguição,a corrupção. Quero apelar a Téla Non que ao aceitar opinões que o faça de forma seletiva ,obdecendo critérios mínimos para permitir acesso,nomeadamente:nome próprio,números de telefone,BI ou núm do eleitor,morada,e-mail obrigatórios mas não os divulgando.Nome próprio, esse sim deve ser publicado.Nos tempos em que vivemos onde a democracia existe temos o direito de manifestar,criticar e esse direito não nos pode ser negado mas é urgente estabelecer regras para credibilizar o Téla Non.Pois hoje se a internet não fosse uma realidade não teriamos um jornal on-line,as lutas atuais podem ser feitas através dessa preciosa ferramenta que é a internet. A ação é o produto de teoria ,a prática e muitas outras envolvências.Téla Non,seu Diretor deve gerir bem esse quadro de opiniões a fim de ñao ser conivente com a ocultação porque vivemos em democracia e em democracia não deve existir máscaras ou os sem rostos para dar opiniões,os pseudónimos são usados para situações outras mas não essas que referem aos temas ligados a sociedade.Aguardo do Téla Non uma revisão/alteraçao de critérios de participação quando se trata de opinião dos leitores.Bem haja,João do Rosário

  10. Santosku

    8 de Outubro de 2012 at 8:14

    Creio que o sr. Verdade não é Santomense. Todos santomenses sabem e sentem na pele o que é justiça em São Tomé e Principe. Quando o Dr. Carlos Semedo fala em relação aos quadros dos Tribunais (juizes e outros) mal preparados é verdade. Pergunta oa Frederico, Nicolau Lima, Zeca Trovoada, Guilherme, Carvalhos e + alguns onde é que estudaram, e são denominados Drs, só em STP. Está mal está mal é preciso corrigir e mudar a partir do próprio Ministro que deve ser om Ministro de Txiloli.

  11. Santosku

    8 de Outubro de 2012 at 8:17

    Corrigir, ao e o e não oa e om

  12. seabra

    10 de Dezembro de 2013 at 17:21

    Cara pàlida tem razao!!!

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